O vento da noite

O vento da noite Emily Brontë




Resenhas - O Vento da Noite


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Jonathan Vicente 16/05/2023

FINALIZADO! Para quem gosta das jovens autoras esse livro vai te fazer mergulhar em suas histórias.
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isa.dantas 19/03/2018

Poemas bastante intensos de Emily Brontë. Particularmente, não gostei da tradução. Entendi o propósito da edição, mas acaba por se tornar muito pessoal a versão feita por Lúcio Cardoso. Preferi seguir os poemas no original.
Marcos 21/03/2018minha estante
Ainda bem que é bilíngue esta edição! Também não gosto muito de poesia traduzida, tenho minhas reservas...


Nathani 05/10/2020minha estante
também não gostei nada da tradução, teve trechos que chegou a mudar o sentido original além de acrescentar versos. ainda bem que a edição é bilíngue




Carol 01/10/2016

Sensacional!
Não sou a maior leitora de poemas, e isso é um fato. Tive uma dificuldade enorme para absorvê-los durante o ensino médio, e uma dificuldade triplicada na faculdade, quando a teoria literária do curso de Letras me exigia que não só lesse muitos poemas, como os estudasse minunciosamente. Contudo apesar de não ser meu tipo predileto de literatura, hoje posso dizer que os enxergo de uma maneira diferente. Não o bicho de sete cabeças que era aos treze anos, mas com um certo ritmo, como a melodia de uma canção, o que me faz sentir as obras de um jeito inusitado e bem pessoal.

Pedi O Vento da Noite pela autora. Sou completamente apaixonada pelo pessimismo de O Morro dos Ventos Uivantes, ainda que essa seja uma das característica da obra que a maioria das pessoas não curte. Sou pessimista por vida, e me identifiquei demais com a autora por ter transcrito para o papel um sentimento tão bem quanto ela fez naquele livro. E devo dizer que ela conseguiu fazer o mesmo com O Vento da Noite, que é uma coletânea de contos publicado por Charlotte, sua irmã, depois da morte da Emily.

Na época, a publicação saiu com poemas das três irmãs, e levava a assinatura neutra que mulheres usavam para esconder seu sexo e identidade. Ser mulher e artista em pleno século XIX não era tarefa fácil, mas essas três levaram com louvor, o trabalho.

Das três irmãs, vocês devem concordar comigo que Emily é a mais taciturna. Que apesar das três carregarem uma certa melancolia em suas escritas, e aqui devo ao fato do próprio gênero feminino envolto numa época ultrarromântica literária, Emily possuía uma forma de escrever que me assustava. Era um tanto madura para uma jovem mulher. Doída demais para alguém tão novo e que a sociedade da época julgava ser tão leve, como deveriam ser as mulheres.

Lendo O Vento da Noite comecei a entender que de fato Emily não incorporou um papel de escritora infeliz para escrever O Morro dos Ventos, mas ela por si carregava uma áurea triste e machucada. Isso está presente a todo o momento nos 33 poemas do livro, e me fisgou de tão forma, que cada vez que terminava de ler um, tinha que fechar e pensar no que provavelmente Emily estava vivendo quando compilou aquilo. É pesado. Insustentavelmente pesado.

Além de me identificar com a autora em muitos quesitos, hoje me coloco também no papel de curiosa sobre quem foi Emily Bronte, além daquilo que os sites de buscas podem me revelar. O nome dela está na minha lista de pessoas que eu gostaria de conhecer, se não fosse o simples fato de que isso teria que ser feito no além. Essa mulher cunhou Heathcliff, minha gente! E falem vocês o que quiserem, esse personagem é fabuloso.


Também preciso comentar aqui o quão incrível o tradutor se portou nessa obra. Bato palmas para o trabalho de Lúcio Cardoso em transportar o sentimento dos textos originais, mesmo que perdesse a melodia do poema em sua língua natal. Mas, sinceramente? Isso é muito comum em traduções de literatura desse tipo. Seria difícil manter o sentimento e o ritmo, mas não senti falta disso, porque essa edição traz as duas versões, e o leitor pode bem entender o texto, e ainda o sentir, como um sopro frio de vento da noite, de fato.

Toda a obra foi organizada de maneira genial. Eu, que não sou fã de poemas, estou encantada com o trabalho de modo geral: com a autora, com o tradutor e com a edição. Acho que todos os livros de poemas deveriam vir nesses moldes, coma ambas versões.

Li porque sou fascinada pela autora, e não me decepcionei. Ali está a Emily, em seu mais profundo abismo sentimental. Continuo a achá-la sensacional, e recomendo essa obra de olhos fechados.

site: http://terradecarol.blogspot.com.br/2016/10/resenha-de-o-vento-da-noite-emily-bronte.html
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Clube do Farol 08/08/2022

Resenha por Elis Finco @efinco
Olá, pessoa! Hoje eu venho falar de um livro há muito desejado, que encontrou na republicação o fim da busca pelo desejo e enfim a leitura para saciar a vontade. Para quem ainda não sabe, essa tradução é um marco na história literária de nosso país, agraciada com prêmios e estudo acadêmico.

O Vento da Noite, de Emily Brontë (1818-1848) – autora de O Morro dos Ventos Uivantes —, reune uma seleção, feita pelo tradutor e escritor Lúcio Cardoso, de 33 poemas da escritora e poeta inglesa, alguns deles publicados sob o pseudônimo Ellis Bell. A coletânea apresenta o lado mais romântico e sombrio da poética brontiana.

É importante observar que a tradução da poesia é altamente complexa, porque ao se passar para outro idioma incorre em dois riscos: um de se perder as rimas e outra de não se imprimir a mensagem que vai ao âmago de cada frase. Sendo assim, Lúcio Cardoso opta por trazer uma tradução livre. Para mim, foi uma forma linda de ler as palavras de Emily Brontë em seus versos e desvendar a alma, tanto dos poemas quanto de quem segurava a pena que lhes deram vida.

Importante também salientar que a seleção foi feita pelas irmãs na primeira edição, e na segunda ganhou acrescimentos pelas mãos de Charlotte, no momento em uma publicação póstuma as irmãs. Hoje é discutido inclusive se houve verdade nas palavras de Charlotte no prefácio dessa segunda edição, sobre as últimas palavras de Emily, mas como diriam, isso já é outra história.

Aos apaixonados pelos morros, aqui encontram novamente o chamado e a canção dos ventos, a solidão de Cathy nas charnecas (pântanos) enquanto vagava a espera do encontro com Heathcliff. Conhece-se também um pouco mais do mundo que os irmãos Brontë criaram, povoaram e dividiram e que posteriormente ganhou novos contornos, afinal essa terra Bronteriana tinha governo, hino, lendas e canções, e a seus imortais foi dado poemas. A nós um vislumbre nos textos que sobraram ao colapso desse mundo e do tamanho que tinha quando em seu apogeu.

Das irmãs que sobreviveram a maior idade, Emily foi a única que, mesmo filha de um pároco anglicano, desenvolveu quase uma religião própria. Afinal sua espiritualidade era para com a natureza e sua fé para com o Deus criador dela. Confesso que ler O Vento da Noite, após conhecer um pouco mais de Emily através dos vislumbres dados por Elizabeth Gaskell ao escrever A Vida de Charlotte Brontë, nos aproxima da essência de Emily, a seus verdadeiros amores e interesses e sua relação para com os animais. Faz-se entender porque o ato mais cruel em O Morro foi para com um pequeno cãozinho, que ilustra a degradação da alma de seu herói e seu ódio para com a amada. E revela o porquê sua poesia ser repleta de noite, vento e tempestade e o flerte com a morte, que fazia a vista da janela da casa, em lápides e túmulos que compunham o cemitério a guiza de jardim da casa paroquial.

Morte, essa mesma figura tão presente em sua vida desde as primeiras lembranças ou ausências delas, com a partida ainda jovem de sua mãe, e não tão depois de suas irmãs mais velhas. Que estava sempre a porta e ao redor e conseguiu entrar e levar seu irmão, sua irmã Anne e veio buscá-la deixando o mundo sem sua genialidade e de posse de sua companhia. Nos convidando assim a não temê-la, mas entendê-la como uma das facetas que compõe a vida.

Por não ter se casado, diz-se que Emily não conheceu o amor romântico, mas não consigo pensar que por não termos tido acesso à informação não possa ter existido em seu peito a paixão por outro, o calor do sentimento que nutri a vontade de caminhar junto pela vida. Afinal, como pode alguém que não sentiu, conseguir colocar em palavras tão bem o que é o sentimento. Que alguém que não conheceu possa descrever com a precisão cirúrgica o sentir. Ah! Eu imagino que seus poemas escondam os segredos que não conhecemos, as coisas que não nos foram permitidas saber. Porque de todas as mais belas formas, a escrita é a mais biográfica das maneiras de se sair da vida e se entrar na história.

Por fim, sobre a edição: digo ser uma obra de arte por si, com suas ilustrações, histórias pregressas do que representou sua primeira edição. Com diagramação, texto e papel contribuindo para o conforto da leitura, a linda tradução e a revisão impecáveis dão ao livro uma unidade única como obra.

site: http://www.clubedofarol.com/2022/07/resenha-o-vento-da-noite.html
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Livia.Gabriela 18/03/2024

Acredito que por ser poesia, flui mais rápido. Algumas boas, outras nem tanto. Mas não foi um livro que me ganhou.
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Ana Lícia 21/04/2021

33 poemas da Rainha. Um Deleite.
Emilly Brontë é uma das minhas escritoras favoritas. Pois é criadora de um dos livros mais incríveis da literatura mundial. ( O Morro Dos Ventos Uivantes) E, como eu queria poder ler mais coisas dela. Infelizmente não é possível, mas fiquei muito feliz de ler algumas de suas poesias. E poder mais uma vez sentir sua escrita sombria, profunda e tão sensível.
Apaixonante.
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Dri 17/04/2022

A força da natureza
As 5 estrelas são para escritora, para os poemas originais em inglês. Infelizmente a tradução não me agradou e deixei-a de lado rapidamente. O tradutor, na minha opinião, reescreveu os poemas e esse tipo de tradução não me agrada. Os poemas são tão fortes e impactantes quanto o único romance de Emily Bronte, o Morro dos Ventos Uivantes. Os elementos da natureza, a morte e a paixão são os temas recorrentes e permitem um vislumbre da alma dessa extraordinária escritora. Material imperdível para os admiradores das irmãs Bronte.
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Poesia na Alma 26/02/2024

É um estilo de poesia que apreciava muito na adolescência, creio que na época teria chorado lendo, mas hoje não tem mais o mesmo efeito dramático e a leitura fica um pouco tediosa.
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spoiler visualizar
Noêmia 09/07/2023minha estante
Falsidade se vê por aqui


MarcosOMartins 10/07/2023minha estante
Falou q ia ler mas até agora nada




Danielle369 30/09/2023

"Lanço-me de joelhos nesta fria pedra, E convido ao adeus os sentimentos passados; Deixo contigo minhas lágrimas e minhas penas, Para voltar apressadamente às coisas deste mundo."
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Iasmim.Almeida 19/04/2021

Resenha: O vento da noite.
O vento da noite é uma coletânea de poemas compostos por Emily Brontë. A poesia de Emily segue a mesma linha do seu romance " O Morro dos Ventos Uivantes".
Em cada verso, podemos perceber a sutileza, a firmeza, a tristeza, a dor, os ensejos e a melancolia expressa de forma singular pela autora em cada um dos seus poemas. Os mesmos refletem não somente sua obra-prima, como espelham a vida dura e sofrida dos Brontë.
Podemos observar uma conexão direta dos seus poemas com o seu romance. Ora, somos levados pelos inclinações do coração de Caty, ora pelos ventos de sua razão. Na mesma proporção em que somos guiados pelas dicotomias de Heatchiff, que flutuam ora pelos ventos do amor, ora pela brisa do ódio.
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Jessika 23/12/2022

eu tava bem sim*
bem mal*

aí chegou na nota da charlote e foi aí mesmo que eu me desgracei de vez

eu já li e amei o agnes grey da anne e favoritei com mil estrelas o jane eyre da charlottinha mas a única que não li ainda o único romance foi a emily, essa comecei pelos poemas

declaro aqui que fui triste do início ao fim. eh isto

eu não sei até onde o tom que a emily usou nos seus poemas se aproximam de o morro dos ventos uivantes pq a muito custo cheguei até aqui sem saber quase nada sobre esse livro (e prefiro continuar assim, favor não me dizer nadinha) mas já tô com a impressão de que é uma história que vai terminar bem longe do estilo das irmãs dela então vamo de ser mais triste ainda ihu
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Charlene.Ximenes 06/02/2018

Poesia do sofrimento
Certo dia, lendo o livro "Clarice Fotobiografia", vi um trecho no qual Lispector falava numa carta enviada para Lúcio Cardoso, tradutor de "Vento da noite", sobre a sensação que os poemas da Emily Brontë lhe causaram ("Como ela me entende Lúcio, tenho vontade de dizer assim. Há tanto tempo eu não lia poesia, tinha a impressão de ter entrado no céu, ao ar livre. Fiquei até com vontade de chorar, mas infelizmente não chorei porque quando choro fico consolada, e eu não quero me consolar dela; nem de mim" - Clarice Lispector, carta a Lúcio Cardoso, Nápoles, 7 fev. 1945). Fiquei imensamente curiosa para conhecer esses poemas e corri a procura da obra.

Esse é o único livro publicado no Brasil que reúne exclusivamente a poesia de Emily Brontë, mesma autora de "O morro dos ventos uivantes". A edição de "O vento da noite", publicada pela editora Civilização Brasileira, foi traduzida por Lucio Cardoso e é uma edição bilingue. A que foi lida por Clarice em 1945 foi também traduzida por Lucio Cardoso e enviada a Clarice por sua irmã Elisa.

As traduções desses poemas são livres e beneficiam os sentidos no lugar de evidenciar uma tradução literal. Mas, pelo que pude observar, o Lúcio transpôs muito bem dos sentimentos sombrios que a autora quis passar, apesar de se ter perdido a métrica e as rimas, ou seja, sua sonoridade original.

Os temas abordados na obra tratam de morte, desilusões, tristezas, sonhos, recordações, fantasias, um mundo repleto de sofrimento, aflitivo e cheio de conflitos internos. Pareceu-me que eu estava lendo algo proibido, um poema-diário, cheio de angustias eminentes de uma pessoa que vivia numa solidão a dialogar com a escuridão dos seus dias, meio que uma forma de fuga.

Creio que não compreendi tudo que os poemas queriam passar. Achei-os complexos e profundos, porque parecem tratar de uma força e intensidade que acho que nunca li em outro tipo de poesia. Quero retomar essa leitura em alguns anos e procurar sentimentos perdidos. De todo modo, é uma experiência de leitura diferente, que me tirou de uma zona de conforto e me apresentou uma relação entre autora e tradutor muito significativa.
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Thay 20/08/2022

Emily Brontë enigmática e perfeita
Esse obra reúne 33 poemas da escritora do morro dos ventos uivantes, sempre com um tema lúgebre que dá aquela sensação de mistério e pesar. Gostei muito.
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@jaquepoesia 18/09/2023

Este livro reúne 33 poemas da escritora e poeta inglesa Emily Brontë (1818- 1848). Estes textos foram publicados pelo pseudônimo Ellis Bell e apresentam aos leitores(as) muito romantismo e também é claro a faceta sombria da autora.

Estes poemas que ao meu ver falam de uma dor intensa falam de amor tanto quanto falam de solidão. É como se refém dos próprios sentimentos a autora sentisse estar presa a seus desejos. E o que pode nos causar mais sofrimentos do que não ter nossos desejos realizados?

A escrita de Brontë é dramática, é profunda, é apaixonada e fazem desses poemas um deleite aos que assim como eu admiram as infinitas formas de se falar sobre o amor, o tempo e a morte. Há aqui saudade, luto, dor por dizer adeus, dor por não ser eterno.

Na forma peculiar de escrever poesia da extraordinária poeta, fui levada muitas vezes enquanto lia a crer que era preciso viver mil vidas para se sofrer tanto, mas a verdade é que basta uma imaginação e muito coração para em uma só vida viver mil e Emily com total certeza sabia disso.

Separei aqui alguns trechos que expressam o que estou dizendo:

"Sentada e perseguindo o meu sonho de silêncio,
A doce mão do vento brincava em meus cabelos
(...) E quando o teu coração achar enfim repouso
Enterrado na igreja sob a lousa profunda,
Então terei tempo para gemer à vontade,
E te deixarei todas as horas para ficar sozinha... "
"Diante de mim a noite se torna mais escura,
As rajadas do vento são mais frias e selvagens
(...) As solidões não me comovem mais;
A vontade se acha extinta,
Não posso mais partir..."
"Oh quando virá o tempo, quando terão fim
Estes combates no meu coração..."
"O mundo em que vivemos é a seara de frêmitos."
"E a criança, na triste aurora da sua vida,
Assiste ao melancólico cair da noite de seus anos."
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