A 25ª Hora

A 25ª Hora Virgil Gheorghiu
Virgil Gheorghiu
Virgil Gheorghiu




Resenhas - A 25ª Hora


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Leila 11/10/2023

A 25ª Hora, uma obra-prima do autor romeno Virgil Gheorghiu, é uma poderosa exploração das complexidades da guerra e das agruras enfrentadas por aqueles que a vivenciam.O livro aborda o tema da guerra, evitando o vitimismo e o sensacionalismo, enquanto revela a crueza das injustiças cometidas por todos os lados da história e questiona a moralidade dos "lados certos".

A narrativa deste livro é profundamente comovente, mergulhando o leitor em um cenário de guerra que transcende os limites geográficos e culturais. O autor utiliza uma prosa direta e honesta, que evita a romantização da guerra e se concentra nas experiências humanas cruas e sem adornos. Essa abordagem, de fato, diferencia "A 25ª Hora" de muitas outras obras sobre o tema.

Uma das características mais notáveis do livro é sua capacidade de apresentar as atrocidades da guerra sem recorrer ao sensacionalismo. Gheorghiu não busca chocar o leitor com descrições gráficas de violência, mas sim usa a sugestão e a insinuação para transmitir o horror da guerra. Essa abordagem sutil permite que o leitor se envolva profundamente com os personagens e suas histórias, enquanto também lhes permite refletir sobre a natureza da violência e da inumanidade.

O que torna A 25ª Hora verdadeiramente excepcional é a maneira como o autor pinta um retrato equilibrado das injustiças cometidas por todos os lados da guerra. Em vez de retratar os lados opostos como meros vilões ou heróis, Gheorghiu mostra que, em tempos de conflito, todos os lados podem cometer erros e atrocidades. Ele questiona a noção simplista de "lados certos" e nos lembra da complexidade da condição humana e da moralidade. Isso é uma poderosa mensagem que ressoa profundamente na consciência do leitor.

Além disso, A 25ª Hora também se destaca pela profundidade e complexidade de seus personagens. Cada um deles é cuidadosamente desenvolvido, permitindo ao leitor uma visão íntima de suas motivações, dilemas morais e lutas emocionais. Isso contribui para uma imersão ainda mais profunda na história e torna as questões morais e éticas do livro ainda mais impactantes.

Enfim, eu gostei demais da leitura e recomendo entusiasticamente a todos que desejam uma perspectiva única e impactante sobre a natureza da guerra e da humanidade.
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Fernanda 28/01/2015

A 25ª Hora é a hora da civilização europeia
A vida do jovem camponês romeno Iohann Moritz já começa com seus planos de ganhar a vida nos Estados Unidos interrompidos por causa da gravidez inesperada de sua namorada. Logo a seguir ele é denunciado como judeu, embora não o fosse, por um gendarme no qual se interessa pela esposa sendo levado para um campo de trabalho forçado. Depois Moritz cai nas mãos dos nazistas e inicia uma saga pelos mais diversos campos de concentração da Europa. Ao fugir com outros detentos para a Hungria é detido como espião romeno e é torturado. Deportado para a Alemanha, na condição de "trabalhador húngaro voluntário", é examinado por um médico nazista que o considera um espécime excepcional da linhagem ariana. Passa a servir o SS. Que
Por outro lado, este livro faz uma descrição e crítica da "sociedade técnica ocidental", conceito que também define esse livro como uma reflexão extraordinária, no que se tem na atualidade.
Triste realidade dos povos que sofreram com a 2ª Guerra Mundial.
"É a vigésima quinta hora, a hora em que é tarde demais para ser salvo, tarde demais para morrer, tarde demais para viver. É tarde demais para tudo."
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Fran 20/03/2020

Segunda guerra
Um relato emocionante de como a segunda guerra impactou uma vida. Com um fim surpreendente, vale a pena cada página lida.
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Bruna 14/12/2020

Denso, de leitura difícil. Por vezes cansativo, o que me fez deixá-lo de lado em tantos momentos. Mas é um bom livro, traz reflexões muito importantes, possui histórias muito fortes e tem análises da sociedade que são muito necessárias.
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gustavoclr 08/04/2017

Terminei a força
Só finalizei o livro pq não sou de abandonar nenhum, a menos que eu esteja muito no começo dele. E nesse o começo é legal, mas se perde numa chatice de mensagem repetitiva sobre como homens de cargos importantes não tratam as pessoas como seres humanos individualmente e sim como um numero na multidão. Daí o livro se perde numa variedade de exemplos de maus tratos, do quanto um homem pode sofrer. O detalhe é que vc não se importa com nenhum deles, pq o livro faz justamente o que tanto critica, não individualiza os personagens, não nos apresenta a eles de forma efetiva, que nos faça gostar deles.
Fabio 04/07/2018minha estante
Realmente! até a metade do livro é muito interessante,mas a partir daí a história parece se arrastar,se tornando chata. Se o autor reduzisse algumas páginas o livro seria um clássico.




Val 07/12/2016

A 25ª hora é a do começo ou a do fim?
Por aqui, querem eliminar a importante história das Guerras Mundiais do currículo escolar. Na Europa, berço dessas beligerâncias, aprende-se na escola. Sem reconhecer os fatos históricos desses períodos será impossível conhecer o Homem pré-contemporâneo, responsável principal pelo que o mundo é hoje. A ganância humana pelo poder e, para isso, o uso indiscriminado da força, levou as tradicionais civilizações europeias ao caos. Sob múltiplas justificativas - ameaça territorial e econômica, supramacia política, limpeza étnica e religiosa, e ambições inúmeras – foram liberadas as bestialidades humanas da inteligência e do corpo.
Impossível de se ensinar e de se demonstrar nas escolas, a selvageria humana transcendeu as guerras. Nos livros didáticos, tudo cabe num relato bastante simplificado e muito mais comportado do que numa descrição mais detalhada dos fatos, assim, para não assustar as crianças ou os adolescentes. Ou mesmo, para não incutir-lhes violência, segundo algumas correntes pedagógicas.
Daí a importância de se ler e recomendar a leitura – responsabilidade de pais e educadores - de obras de historiadores sérios e mesmo alguns romances históricos baseados em pesquisas de fatos reais e depoimentos de testemunhas. E esse, dentre tantos outros, é o caso do livro “A 25ª Hora”, do romeno Virgil Gheorghiu.
Escrito durante seu cativeiro, quando Gheorghiu foi preso pelas tropas norte-americanas no fim da Segunda Guerra Mundial, este livro narra a história de Iohan Moritz, um camponês romeno que é equivocadamente denunciado como judeu por um gendarme que lhe cobiça a esposa. E sua odisseia, a partir daí, é indescritível: trabalhos forçados, prisioneiro, soldado, desertor, ferido, herói, prisioneiro, prisioneiro... enfim, prisioneiro, condição que lhe é imposta sucessivamente por vários governos, por vários domínios, por vários exércitos. Consegue sobreviver graças à sua ingenuidade e à companhia de seu amigo intelectual romeno Traian Koruga – o personagem escritor que deu o título ao livro.
Queira-se ou não, este é praticamente um documento histórico. Ambientado num cenário sufocante, irrespirável, narra as barbaridades humanas contra o meio ambiente e principalmente, contra a própria humanidade e seus valores mais pessoais e íntimos. Mais do que em qualquer aula de história, o “professor” Gheorghiu nos ensina sobre todas as desavenças e as barbáries perpetradas em função da cobiça, da ambição política, da conquista e da preservação do poder, da supremacia em todas as circunstâncias e até da soberba e da saciedade sexual. Isso tudo, no período pós-guerra, tão brutal e estúpido quanto ela própria, e pouco conhecido, pelo menos por aqui. Especificamente, o autor nos apresenta a brutalidade e selvageria não dos nazistas, mas dos bolcheviques russos, turbas de ferozes, cruéis e sanguinários soldados do nordeste europeu.
O livro teve várias edições brasileiras por diversas editoras. A edição atual é da Intrínseca, detentora dos direitos de publicação.
Além de seu valor como documento histórico impressionante, o livro nos traz a crítica do autor, às vezes até utópica, mas correta e honesta em sua essência, no que diz respeito ao que ele designa a "sociedade técnica ocidental", ou seja, num conceito mais contemporâneo, a sociedade tecnológica ou pela tecnologia dominada como hoje, e isso, surpreendentemente escrito na década de 1940.
“A 25ª hora” revela-se uma condenação não só do nazismo e do militarismo, como de todo tipo de totalitarismo, além da sociedade tecnológica. Um romance emocionante, com reflexões atuais e necessárias.
“O título do livro faz alusão a um momento onde todas as alternativas de socorro já não são mais possíveis, a última hora do dia já passou, não há mais nada que possa evitar a destruição do homem.” (Frase do prof. Elvis Fernandes – FAM).
Virou um filme clássico
Em 1967, o diretor turco, radicado na França, Henri Verneuil, numa produção ítalo/francesa/iugoslava, lança o filme A 25ª Hora (La vingt-cinquième heure), estrelado por nada menos que o fantástico Anthony Quinn, como Johann Moritz, e pela belíssima e talentosa Virna Lisi, como sua esposa Suzanna. Considerado hoje um clássico, o filme é referência às interpretações soberbas de Anthony Quinn.
Se quiser, você pode baixar o filme gratuitamente: http://www.filmesclassicosraros.com.br/a-vigesima-quinta-hora/

Por Valdemir Martins, em 02/12/2016.


site: http://contracapaladob.blogspot.com.br/
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Luanna.Maba 08/06/2021

Um livro cheio de situações que te deixam com raiva, com incredulidade mas também com sensação de esperança. Demorei pra engrenar a leitura, o começo parecua difícil mas da metade em diante.... você anseia por mais, anseia por uma virada feliz já vida daqueles que estão nos campos. Ler todo o sofrimento de quem estava e de suas famílias da uma sensação inexplicável. Não que as outras vidas presentes lá sejam culpadas de algo mas acompanhar desde o inicio a prisão injusta de Moritz e toda sua luta juntamente com família e amigos sofrendo por isso nos trás uma imensa compaixão e um mergulho profundo na leitura.
Recomendo.
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alana 19/01/2017

Bom, antes de começarmos a falar dessa grande história, precisamos refletir sobre a humanidade...
Não a humanidade integral, mas a humanidade de espírito.
Todas essas injúrias , essas maldades que o ser humano fez, e infelizmente continua fazendo ,com o de sua própria espécie, é algo que eu não consigo compreender. Como pode o tal do bicho humano achar que só por ser um bicho pensante tem o poder sobre a vida de outros ....
Isso é algo de se continuar pensando e questionando.
Mas vamos ao que nos interessa né?!

Primeiro esse livro não é um livro , que um leitor de primeira viagem vá entender, ou até suportar.
É um livro denso, historicamente e intensamente emocionante.
É um livro pra quem já tem alguma bagagem literária sobre o tema.
Uma história emocionante, que nos envolve com os personagens, nos agoniam com as suas jornadas, as suas dores, as suas pequenas frações de alegria, tem alguns leves momentos de humor, para não deixar a história tão intensa .
É um livro para ser apreciado, sentindo, e refletido.
Uma história que vai muito além do título!
Esse é verdadeiramente um livro que não deve ser julgado pela capa.
E o escritor colocou as próprias emoções dá sua vivência.
Realmente e totalmente práxis!
Realmente e totalmente verdadeiro!
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Frankcimarks 21/03/2017

A 25 hora
Um livro comovente, que desperta raiva, ódio, revolta e indignação com o nazismo. Possui frases de efeito constantes e que nos fazem pensar. Personagens bem peculiares e final interessante.
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Rauana.Fonseca 15/12/2020

Me dominou!
Admito que de primeira impressão não dava nada pelo livro. Mas com o passar da leitura, me fez sentir a dor e os sentimentos que nele é descrito. Pretendo reler o mais breve! Recomendo demais!
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alex santos 15/06/2021

Depois da 24° hora
Passadas as 24 horas, teremos a implantação da sociedade técnica, aquela em que máquinas, regras e números substituirão a individualidade. Virgil antecipa com extraordinário rigor a implantação de uma sociedade sem indivíduos, apenas com... algoritmos, diríamos hoje.
Ambientado na 2° Guerra Mundial e escrito ao seu final, "A 25° hora" é muito mais que um livro sobre a guerra. É um livro sobre a nossa vida. Antes e agora.
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Siqueira 23/03/2020

Melhor leitura deste ano
Triste, sufocante, retrata muito bem o sofrimento no holocausto.
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carinarios1 20/02/2021

Tentei e consegui
Esse livro demora muitoo pra acontecer algo interessante. Não me prendeu no começo, tanto é que desisti da leitura 3 vezes. E demorei muitooo de terminar ele. Só na metade é quando começa a ficar interessante e ate que o final é bom.
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Lari 18/08/2021

Iohann Moritz é um sobrevivente.
Em um livro onde achei que nenhum personagem sobreviveria, Iohann se manteve vivo, pelo menos o corpo, pois seus espírito a muito já havia partido. Um livro que começa triste e termina mais triste ainda, porém, que traz consigo muitas reflexões e como nós, humanos, somos falhos, covardes .. Muitas vezes vi "A 25° hora" nos dias atuais, principalmente agora com essa crise do Afeganistão. Mas voltando a história.
Iohann, foi denunciado como Judeu e preso, porém, ele NUNCA foi judeu, isso tudo foi uma armadilha, de um guarda que desejava sua esposa (e nunca teve para deixar se der otário), ficou 13 anos preso, passando por 105 campos de concentração e sofrendo tudo que você possa imaginar e mais. Teve 18h para viver seu maior sonho, antes de se vê obrigado a ir ao seu 106 campo de concentração, dessa vez não como judeu, mas em uma forma de se manter vivo assim como sua família. Iohann, apesar disso tudo, se manteve genuíno e bom, em todo tempo. Um sobrevivente.
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Glauce 21/02/2024

Um drama épico que conta um lado da história da 2GM que não é abordado comumente. Linguagem clara e interessante, com uma narrativa bastante envolvente.
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