Resenhas - Questão de Pele

Bielzin 24/04/2022

A cor que importa
Lembro de escutar numa música sobre a cor de pele, e que aqui no Brasil ela importa muito mesmo, num país misto com um passado que teve, a cor importa.

Toda a história que existiu se repete todo dia, mesmo que não passe no jornal na tv, gente morre todo dia, e grande parte delas são pessoas negras. E o livro narra fatos como isso, avançando pelo tempo, desde décadas atrás até a atualidade.

O que mais fere nele é o relato no final, não há quem esteja preparado para ler. Não basta apenas se importar no mês de novembro, morre alguém negro a cada 27 minutos, a escravidão não acabou, apenas mudou de cara.

V.A (Taylor's Version) 02/05/2023

Muito bom
É um ótimo livro educativo pra quem anseia um pouco mais da literatura contemporânea com personagens principais pretos. Sempre senti falta de personagens pretos na literatura atual, na antiga nem se fala então. Esse livro nos mostra um visão escondida pela Eugênia na época que muitos deixam passar em branco. Foi muito bom ver que muitos artistas incríveis dá época, mesmo em condições ruins para expor suas artes e opiniões, não deixaram isso de lado e conseguiram dar voz à uma fala tão importante como a escravidão. Tem várias falas e perspectivas diferentes mas todas com suma importância para a sociedade. É um ótimo livro, eu aprendi e refleti muito depois dele.

Cheiro de Livro 20/11/2015

QUESTÃO DE PELE
A Editora Língua Geral é uma das minhas preferidas. Além de fazer os livros do tamanho perfeito para carregar foi nela que descobri vários novos autores. Na Primavera dos Livros sempre me abasteço de muitos títulos no stand deles e no último ano comprei os três livros da coleção Língua Franca. Os três livros são coletâneas de contos e cada um com um tema, o do livro que é tema desta resenha é o preconceito racial.
Duas coisas me fizeram começar a ler essa coleção por esse volume. O primeiro é que tive um grande professor de literatura no colégio que montou o seu programa de ensino com o tema do preconceito racial. Li um livro que me traumatizou , “O Mulato”, e ao mesmo tempo tive debates maravilhosos em sala de aula que me ensinaram muito mais do que só literatura. O segundo elemento é que queria escolher um livro de contos com um quê a mais para o desafio de leitura de 2015 que lançamos aqui no CdL no começo do ano.
A idéia da democracia racial é bastante difundida no Brasil, a ideia de que como aqui somos misturados, resultado do darwinismo racial Português, não existe preconceito no país. Essa ideia é uma falácia, o preconceito racial é super presente no nosso dia-a-dia e precisa ser debatido e enfrentado. O texto introdutório de Luiz Ruffato apresentando esse volume é um retrato da pouca representação do negro na nossa literatura e como um tema tão importante é negligenciado.
O livro é composto por treze contos de diversos autores de diferentes épocas e todos tendo negros como protagonistas. Pelo menos um dos contos eu já conhecia, “Pai contra Mãe” de Machado de Assis, esse conto é um dos meus preferidos da obra de Machado. Adoro o fato de que a igualdade entre os personagens é dada no título, a escrava e seu caçador são apenas pais nos olhos do escritor. Os demais contos eu desconhecia e de alguns gostei muito (“Manchete de Jornal” é ótimo), de outros nem tanto, mas no todo foi uma grande leitura, uma que me fez querer buscar mais protagonistas negros no que leio. Não é fácil, mas estou me esforçando.
Para fechar o livro com chave de ouro Ruffato coloca o raro depoimento de um escravo que passou pelo Brasil e conseguiu a liberdade nos EUA. É raro vermos esse tipo de relato feito por alguém que viveu a barbárie que foi a escravidão. Esse é um daqueles livros que precisam de maior divulgação, de mais pessoas lendo-os. Em breve lerei os dois outros volumes da coleção, um sobre corrupção e outro sobre diversidade sexual.

site: http://cheirodelivro.com/questao-de-pele/

Belos 27/12/2022

O livro é uma seleção de contos sobre a questão racial brasileira feita por Luiz Ruffato. Há uma introdução da Conceição e o conto de abertura é da Maria Firmino, escrito no século XIX. Alguns textos são muito bons, prendem a atenção, porém, há outros dispersos, não tão interessante. Mesmo tendo essa dualidade qualitativa, lembre-se de que é uma questão pessoal.

Antonio566 27/04/2023

Um aperto no peito a cada conto...
De autores renomados, o livro trata de contos com o tema 'preconceito racial". Contos que deixam o peito apertado, aquela angústia crescendo no corpo te fazendo querer parar um pouco após o final de cada história.
Em muitos momentos me senti bem intimido dos personagens. Suas lutas, dores e amores. Personagens tão reais quanto se pode imaginar. Lutas reais. Dores reais. Confesso que precisei que em alfuns histórias precisei dar uma pausa para digerir cada momento relatado. Pensar que são exemplos de lutas reais, pessoas com problemas reais, vítimas de tantas injustiças somente pela cor da pele.
Histórias que mostram o quanto a cicatriz ainda é profunda demais e que jamais poderá ser apagada.

RECOMENDO DEMAIS ESTE LIVRO!

i2delrey 12/11/2023

Questão de pele
Um livro necessário, para todos. Cada conto me fez pensar e refletir sobre, e como é triste que a cor de pele importa.

náthaly 04/08/2020

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Mila 23/10/2022

Questão de Pele
Este livro reune várias histórias de contextos que envolvem pessoas de cor desde o período da escravidão até os preconceitos dos dias de hoje. São questões nojentas e asquerosas, mas são reais. O tanto que ainda preciamos fatos parecidos é idigno.