Jess 10/02/2014Entrelace - Diana ScarpineDesde que recebi este livro estava muito ansiosa para lê-lo, estava cheia de expectativa pelo enredo diferenciado que a Diana me apresentou, porém ainda não havia tido tempo de parar para me concentrar nele justamente pelo pouco tempo que eu tive durante todo o ano passado. Por eu detestar ter que ficar interrompendo minha leitura resolvi então pegá-lo no momento em que tivesse sem qualquer problema de interrupção, assim poderia desfrutá-lo sem ter que parar por um grande intervalo de dias.
Como eu disse a cima; minha expectativa era grande, eu esperava muito desse livro, mas quando comecei a ler aos poucos fui me sentindo frustrada, pois realmente não era bem o que eu esperava. Não me entendam mal, o enredo é excelente, algo realmente único, muito original, porém a Diana não tem aquela riqueza de palavras a qual eu sempre espero dos autores, riqueza esta que os diferencia uns dos outros.
Desta vez resolvi fazer algo diferente e enumerar os pontos negativos que encontrei, em vez de seguir com a resenha como sempre faço:
1 – Houveram repetições de palavras desnecessárias, poderiam ter sido usadas vastas variações que daria o mesmo significado a frase sem que fosse necessário usar a mesma palavra seguidamente.
2 – A descrição dos locais, do ambiente é muito detalhada, eu sei que isto é bom, porém a forma como a Diana fez foi muito cansativa, chegou algumas vezes me dá vontade de simplesmente pular aquela parte.
3 – As falas às vezes era ou formal de mais ou infantil.
4 – O livro precisa de uma boa revisão, pois achei vários erros absurdos.
5 – Pela falta de riqueza de palavras, pela escrita tão comum, Diana acabou fazendo com que logo fosse perceptível que sua obra era nacional e quando isto acontece realmente me incomoda, pois faz com que o autor não se destaque tanto quando ele e o leitor espera.
6 – A história ficou desnecessariamente longa, vários momentos poderiam ter sido encurtados ou simplesmente retirados, pois ao final do livro já estava cansada do mesmo sofrimento que nunca era resolvido.
Tirando isto o enredo é bem agradável, emocionante, às vezes engraçadinho e muito bem elaborado, porém como vocês podem ver a cima há muitos erros que podem ser concertados para que a leitura se torne menos cansativa. Ao meu ver Diana ainda tem muito o que trabalhar para que seu livro ganhe um grande destaque entre as prateleiras das livrarias.
Após ter falado minha impressão sobre a leitura a qual tive, agora quero mostrar a vocês um pouco do enredo a qual lhes aguarda:
Henri é um morador de São Paulo que tragicamente, há vinte anos atrás, teve um terrível acidente ao qual levou sua mobilidade embora, agora ele era dependente de uma cadeira de rodas, mas não pense que este homem é um pobre coitado dependente da caridade dos outros. Em um chat ele conhece Carol, uma mulher que morar em Jequié, ambos se apaixonam e começam a namorar virtualmente, após dois anos disto eles finalmente resolvem se encontrar. Henri fica nervoso, achando que quando Carol o visse não o aceitasse da forma que era mesmo que ele tenha lhe mandando um e-mail explicando toda a sua situação, assim como lhe mandará uma fotografia na cadeira de rodas. Qual não é a sua surpresa ao ser humilhado por aquela que dizia apaixonado por ele?
Eu realmente não sei como Henri pôde suportar todo o preconceito de Carol e ainda a amar da forma como a amava, assim como também a ajudar quando ela precisava. Realmente se fosse comigo eu já teria mandado essa mulher ao quinto dos infernos, ela não mereceu em momento algum o amor deste homem incrível e eu achei realmente ótimo que a Diana tenha a feito sofrer com outro homem para que ela sentisse na pele o que era a rejeição, a humilhação.
Durante a leitura de Entrelace descobri muitas coisas as quais não fazia idéia que ocorria com o corpo do cadeirante ou até mesmo atividades as quais ele poderia fazer. Acho que como a Carol eu também tinha um pouco de preconceito a respeito destas pessoas, pois sempre as olhava com pena e pensava na dependência a qual elas tinham de que outras pessoas sempre a ajudassem, porém agora vejo que não é nada disto, agora noto que elas são pessoas tão comuns quanto nós que podemos andar, elas apenas tem um pouco de limitação.
A mensagem positiva a qual Diana queria passar de fato toma qualquer um, além de nós ensinar que o amor pode superar qualquer barreira seja do preconceito ou até da superação.
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