Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Kariênina


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Israel145 01/07/2013

Uma das obras magistrais e inesquecíveis da literatura russa sem dúvida é “Anna Kariênina” que tomou pelo menos 4 anos de dedicação do autor. Dedicação que lhe rendeu a digna imortalidade. A princípio, o volume da Cosac Naify intimida, mas logo ao iniciar a leitura, nas primeiras páginas, Tosltói prende o leitor com sua linguagem extremamente fluida. O formato da obra, com seus capítulos curtos e o tema “adultério” já puxado logo de cara na relação conturbada de Dolly e Oblónski são mais dois fatores que propiciam essa imersão.
Sem muita pressa, Tolstói vai introduzindo o leitor nos salões da aristocracia russa, despindo seus melindres, lançando luz nos cantos obscuros das famílias e vai mostrando a máquina social russa nos seus mínimos detalhes, com seus matizes e contrastes.
Em meio a grande gama de personagens apresentados, sem dúvida, o melhor personagem masculino é o fazendeiro Liévin. Com sua simplicidade e sua comovente e platônica paixão por Kitty, Liévin logo de cara ganha a atenção do leitor.
Já a protagonista principal só ganha as páginas da obra algumas dezenas de páginas depois, mas quando o faz, também arrebata logo de primeira o leitor. Seja intencionalmente ou não, Tolstói retratou em Anna a mulher do futuro. Bonita, inteligente e decidida. O contrário da mulher submissa da época, com seus casamentos por conveniência e hipócritas.
Os feitos de Anna que é a espinha dorsal da obra, intrigam o leitor, fazendo-o refletir o impacto do adultério na sociedade russa da época, despertando os mais diversos sentimentos. Sem dúvida, o que mais impactou foi o encontro com o filho depois de abandoná-lo para viver com o amante Conde Vronski.
Apesar do fim impactar bastante, mesmo o autor já deixando pistas da tragédia que estaria por vir, o final perde um pouco desse impacto por conta de um defeito que parece se arrastar por boa parte da obra de Tolstói,e que a meu vê configura um ponto negativo: a mania que ele tem de evangelizar ou redimir seus personagens. Com isso, o autor conseguiu criar um epílogo bem morno e anticlimático com o despertar religioso de Liévin. Mas isso não invalida a obra, que pode ser classificada como magistral.
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Manfredo 13/08/2012

Difícil casar lendo um livro deste. Difícil casar lendo Tolstoi . Relacionamentos como é estabelecido é muito difícil Livro passado na Rússia a 150 anos atras... Mesmo assim nos identificamos
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