O Pêndulo de Foucault

O Pêndulo de Foucault Umberto Eco




Resenhas - O Pêndulo de Foucault


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Gladston Mamede 22/11/2017

Li e reli. Umberto Eco chegou a dizer que era o seu livro preferido, ele que amava o que, numa palestra (1991) chegou a chamar de "os mercadores do oculto". Em "O pêndulo de Foucault" ele usa toda a sua erudição e conhecimento sobre o tema para compor uma história fantástica, cheia de especulações de ordem diversas, misturando tudo, como bem deseja. Amo, embora deva reconhecer que não é um livro fácil. Aliás, é um livro bem difícil.
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Dicas Literárias 23/12/2016

#Resenha 81, O Pêndulo de Foucault, do autor Umberto Eco.
Sinopse:

Um dos romances mais famosos de Umberto Eco ganha reedição com novo projeto gráfico de capa e miolo.
Casaubon, Belbo e Diotallevi são redatores da editora Garamond, na Milão do início da década de 1980. Cansados da leitura e releitura de incontáveis manuscritos de ciências ocultas, eles acabam encontrando indícios de um complô que teria surgido em 1312 e atravessado, encoberto, toda a história do planeta até o fim do século XX. Os agentes e beneficiários dessa trama secreta seriam os templários e os rosa-cruzes, cujo objetivo maior era dominar o mundo. Em O pêndulo de Foucault, Umberto Eco aborda questões contemporâneas como a emergência do irracionalismo high-tech, as síndromes do final do milênio, o mundo dos signos e os segredos da História. Aliando a tudo isso muito suspense, ocultismo e crimes misteriosos, Eco é ao mesmo tempo erudito e bem-humorado.


#RESENHA

Olá Galera tudo bem?

Cá estou eu de novo, trazendo mais uma resenha para vocês. Dessa vez o escolhido foi O Pêndulo de Foucault, do autor Umberto Eco, que infelizmente veio há falecer esse ano em Fevereiro.

Eu nunca havia lido nada do autor, só ouvido falar e sinceramente só do mais famoso livro dele chamado O Nome da Rosa, então quando tive a oportunidade de ler algo dele, não famoso por assim dizer, agarrei a oportunidade. O Pêndulo de Foucault conta a história de três amigos – de nomes difíceis por sinal - Belbo, Casaubon e Diotallevi, que trabalham em uma editora. De inicio o enredo se mostra um pouco complexo de se entender, mas no decorrer dele entendemos que os três amigos correm perigo, por causa de um Plano.

Como assim um Plano Nay? Bom, esses três amigos recebem um manuscrito para a publicação sobre os Templários, mas o manuscrito é tão louco que nenhum deles coloca fé, muito menos Casaubon que é o mais cético dos três.

Todavia o autor desse manuscrito some, evapora sem deixar vestígios e é ai que eles bolam esse Plano, somente como uma brincadeira, que acaba saindo do controle e colocando-os na mira de uma agência secreta.

Bom o que eu posso dizer para vocês desse livro é que: ele envolve muitas coisas, mas tipo muitas os Templários é só uma delas, a mais básica que conhecemos da escola. As outras necessitamos de algumas pesquisas para entender o que são. O livro também conta com algumas passagens de outras obras em suas línguas originais, os capítulos são compostos por Sephirah e cada uma diferente da outra isso achei incrível no livro.

Entretanto é um livro complicado de se compreender, temos que ter uma leitura minuciosa e muita paciência para entender tudo que o autor nos cita. Mas por mais complicado que ele fosse não consegui larga ele por um minuto sequer e galera que final após longas 613 páginas somos premiadas por um final muito interessante!

Enfim galera, para quem curte uma leitura complexa e que não se importe de vez em quando fazer algumas pesquisas, eu com certeza indico essa leitura!

Até a próxima!

Bjss, Nay =D

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site: http://dicassliterarias.blogspot.com.br/2016/07/resenha-81-o-pendulo-de-foucault-do.html
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Marcos 14/10/2016

Casaubon, Belbo e Diotallevi são três amigos, sócios de uma editora que costumeiramente publica livros de autoajuda e temática esotérica. Eles nunca gostaram muito desse tipo de literatura, mas esse era o nicho que mais vendia e, consequentemente, dava mais lucro. Até que um dia um misterioso manuscrito vai parar nas mãos deles, para uma avaliação de uma possível publicação. Porém, ao começarem a leitura, eles começam a perceber que o texto traz enigmas que vão além de uma simples história de ficção. Ao começarem a investigar o que há por trás do texto, passam a descobrir segredo de uma sociedade secreta que envolverá o universo dos cavaleiros templários e da igreja católica.

O Pêndulo de Foucault é o meu segundo contato com a obra de Umberto Eco. O primeiro livro dele que li foi Número Zero, que me foi uma leitura frustrante e decepcionante, uma vez que esse autor é muito renomado na literatura clássica mundial. Nesse livro esperava retirar todos os estigmas que fiquei para com o autor e meu primeiro contato com sua narrativa.

Muito se fala da genialidade de Eco em seus escritos, sobretudo no mais conhecido livro dele, O Nome da Rosa. Como não vi isso em meu primeiro contato com ele, como disse anteriormente, estava com boas expectativas para com esse, uma vez que ele também está indicado no 1001 livros. Para minha grata surpresa, minha expectativas foram alcançadas.

Eco tem formação como Linguista e ele usa muito de seus conhecimentos nesse livro. O nome de cada capítulo é o começo de alguma citação que terá algum tipo de reflexão na história.

Além disso, várias línguas diferentes são inseridas no texto. Esse último recurso textual faz com que a leitura seja um pouco lenta em alguns momentos. Sem dúvidas, esse é um livro que exige um pouco mais de tempo de leitura para que o leitor consiga absorver todas as suas nuances da história. Não é um livro fácil nem rápido de ser lido, muito também em virtude de sua extensão, mas sem dúvidas é muito proveitoso de ser lido.


Recomendo a todos que queiram conhecer o autor ou para quem queira dar uma nova chance ao mesmo.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2016/08/resenha-o-pendulo-de-foucault-de.html
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Luiza.Thereza 30/06/2016

O pêndulo de Foucault
Minha busca incessante por livros não em destaque nas mídias sociais e a curiosidade despertada por alguém que colocou um pouco de sangue no meu coração de pedra, fizeram-me ter bastante curiosidade sobre a obra de Humberto Eco. A morte dele em Fevereiro deste ano me atiçou ainda mais e me fez vier alguns momentos de frustração, já que, das três vezes que os livros dele apareceram nas News do Grupo Editorial Record, apenas em uma (esta) a minha solicitação pelo livro foi atendida.

Na primeira cena do livro, Casaubon (personagem e narrador deste livro) está no museu Saint-Martin-des-Champs, Paris, olhando o movimento do Pêndulo de Foucault, uma proeza da engenharia feita em 1851 e transferida para aquele local anos mais tarde. Pare ele, aquele objeto tem um significado muito maior do que o de ser um máquina exposta em um museu dedicado a elas.

O Pêndulo, para ele é a resposta, ou mais uma pista, do Plano que ele, Jacobo Belbo e Diotallevi, e seus companheiros redatores de editora Garamond, descobriram e desvendaram.

Escondido dentro do museu após seu fechamento ao público, Casaubon aguarda por alguma coisa. Enquanto aguarda, sozinho, em um museu fechado e escuro, ele volta ao passado e refaz a história que o levou até aquele lugar e momento. Momentos de um passado (não exatamente) distante são ditos a nós leitores enquanto ele, estático, espera por seja lá o que for.

Tentei fazer um trabalho mais minucioso, prestando atenção às palavras que eu não conhecia, e até buscando entender as ligações históricas e documentais que os personagens faziam. Porém, precisei reconhecer que, agindo assim, eu não terminaria O Pêndulo de Foucault tão cedo. Infelizmente (ou não), acabei voltando à minha leitura normal, prestando a devida atenção apenas a alguns pontos que já tinham despertado minha curiosidade na leitura inicial.

Uma coisa que achei curiosa, por exemplo, foi a separação dos capítulos. Cada um é intitulado por uma Sephirah (explicando de forma geral, uma Sephirah é um atributo descrito, ou mostrado, na Cabala, através do qual O Infinito revela a si mesmo e cria, continuamente, o mundo físico e metafísico. Simplificando, não letras divinas, ou assim eu entendi) e cada uma tem seu significado ligado aos acontecimentos narrados ao longo do livro (ou os acontecimentos estão ligados às Sephirahs, difícil saber ao certo) e sempre seguindo a sequencia da árvore sefirótica.

Se o parágrafo anterior complicou, vou tentar exemplificar: o segundo capítulo do livro é intitulado Hokmah, a sefirah da Sabedoria. Ela possui a ideia primordial na qual tudo é contida, e nela está contida a essência de tudo o que se seguirá. Pois bem, é nesta parte que Casaubon relata o primeiro contato dos três ao que, mais tarde se revelaria ser o Plano.

Se você pensou que trata-se de uma grande teoria da conspiração envolvendo história, misticismo e (porque não dizer) uma boa dose de loucura, bem, você acertou. Porque é exatamente isso que é. E foi construída de uma maneira tão minuciosa que se tornou genial.

Não é um livro muito fácil de ser lido: o tamanho não facilita e o enredo, por vezes intrincado demais, muito menos. Porém, em diversos momentos me vi impossibilitada de deixar o livro por mais de dois minutos e, mesmo assim, voltava quase correndo para a história.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2016/06/o-pendulo-de-foucault-umberto-eco.html
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helmalu 27/06/2016

Tentativa frustada de começar a ler U. Eco
O livro O pêndulo de Foucault apareceu para mim no momento em que eu estava querendo deveras ler Umberto Eco. Umberto Eco é daqueles autores que ouvimos falar muito bem e que ao redor dele é construído uma aura canônica, afinal, já ganhou prêmios literários e foi um renomado filósofo, semiólogo, linguista, crítico literário, além de prestigiado autor de ficção, (vide O nome da rosa, uma de suas mais conhecidas obras). Contudo, porém, todavia, no entanto, meu primeiro contato com o autor não foi, digamos, muito satisfatório (leia: não gostei taaanto da leitura). Explicarei melhor o que ocorreu nas próximas linhas...

O pêndulo de Foucault conta a estória de três amigos, Belbo, Casaubon e Diotallevi, que trabalham na editora Garamond. O início da narrativa, que a princípio se mostra confuso, se dá no Museu parisiense Musée des Artes et Métiers, com Casaubon se escondendo e à espera de "alguém". Com o progresso do enredo, que é feito em retrospectiva, sabemos que Casaubon e seus amigos estão em apuros, e tudo começa quando a editora recebe um tal Ardenti querendo publicar um manuscrito sobre os Templários, umas ideias muito mirabolantes que, a princípio, os três não dão muito crédito, principalmente Casaubon, que é de todos o mais cético. Até aí tudo bem, o problema é que, em seguida, Ardenti desaparece, se escafede, some! Ninguém sabe que fim ele levou e, então, decidem investigar, criam O plano e se metem numa enrascada sem tamanho, já que esse Plano, que surgiu de uma curiosidade e meio que de brincadeira, acaba sendo levado a sério por uma sociedade secreta, Tres, que passa a persegui-los.

"Eu devia ir-me embora, ir embora, era tudo uma loucura, estava caindo no jogo que fizera Jacopo Belbo perder o juízo, também eu, o homem incrédulo." (p.24)

"[Diotallevi] estava obcecado pelo Plano, e no Plano havíamos incluído tantos outros componentes, os Rosa-cruzes, a Sinarquia, os Homúnculos, o Pêndulo, a Torre, os Druidas, a Ennoia.." (p.52)

"Eu fizera da incredulidade um princípio científico, mas agora tinha de desconfiar até dos mestres que me haviam ensinado a me tornar incrédulo." (p. 382)

Finalizei a leitura com diversas sensações, a principal é a de que não entendi nem metade do livro. Isso mesmo! E isso porque há nele muitas coisas que sequer já ouvi falar, como os próprios Templários que só vim a conhecer e a pesquisar depois que me deparei com O pêndulo de Foucault. Há, também, trechos de outras obras no idioma original, tanto nos inícios de cada capítulo como no interior do texto, que não são traduzidos, nos mais diversos idiomas, desde italiano até latim. E eu, que não sou poliglota nem nada, ficava na mais pura ignorância, sentindo que estava, a cada trecho desse, perdendo informações importantes para o entendimento da narrativa. Penso que se o tradutor, ou o próprio autor, tivesse utilizado algumas notas de rodapé nesses casos, seria muito bem-vindo, já que em determinado momento eu simplesmente desisti de tentar entender as referências, o que culminou no início da minha frustração, sentimento que me acompanhou pelo restante da leitura.
O fluxo da leitura, que mais me pareceu uma montanha-russa, se deu tão vagarosamente que quase cogitei abandonar a leitura. Confesso que em alguns momentos pulei parágrafos que eu sabia serem descrições que de nada acrescentavam ao desenrolar dos fatos e foi a primeira vez que fiz isso, shame on me. Mas a verdade é que muito era descrito e não havia quase nada de ação no livro, eu gosto de descrições nos livros, mas convenhamos que nada em excesso é bom.
Sinto que me falta bagagem não só literária, como também histórica para que a leitura desse livro fosse mais proveitosa, pois reconheço, embora não entenda, a magnanimidade da narrativa construída por Eco neste livro. Muitos conhecidos meus que viram que eu estava lendo esse livro, me indicaram que, ao invés de começar a conhecer a obra de Umberto Eco por esse título, eu devia começar por O nome da rosa, e talvez eu dê mais uma chance para o autor nesse caso.
Quando terminei a leitura, fiquei curiosa para saber a opinião de outros leitores sobre o livro e, como de costume, fui olhar as resenhas do Skoob. Fiquei surpresa ao ver a discrepância entre as avaliações deste livro, pois muitos o amam e muitos, muitos mesmo, o odeiam, é só olharem para confirmar, há uma divergência de gostos que eu antes só vira em O morro dos ventos uivantes. Eu, todavia, não consegui classificar o livro, nem se me perguntarem pessoalmente, nem se me pedirem para quantificar em estrelas no Skoob, sinto que, nesse caso, não tenho cacife para avaliar, já que a) esse é o primeiro livro de Umberto Eco que leio, b) não fiz uma leitura suficientemente minuciosa para emitir algum juízo de valor e, como dito anteriormente c) não tenho conhecimentos enciclopédicos suficientes.
Ademais, admito que esse não é o tipo de leitura para se fazer em momentos como os que tenho passado: final de semestre e épocas de provas. Pelo contrário, indico aos que queiram se arriscar nessa leitura que escolham um momento de férias, preferencialmente, em que possam se debruçar em cima da leitura de corpo e alma, pois é isso que este livro exige.
Enfim, fica aqui a indicação - não muito confiável de alguém que não entendeu patavinas - de uma leitura rica em temas como História, Religião, Ocultismo, entre outros temas interligados como sociedades secretas, Maçonaria e conspirações.

"Compreendi. A certeza de que nada havia pra compreender, esta devia ser minha paz e meu triunfo." (p. 667)

site: http://leiturasegatices.blogspot.com.br/2016/06/o-pendulo-de-foucault-umberto-eco.html
Lineu 23/05/2018minha estante
Concordo. Faltou tradução nas citações. Há umas 10 linguas citadas e ninguém deve ser levado a traduzir por conta própria. Eco ativou o botão Arrogante Extremo.




Cheiro de Livro 08/06/2016

O Pêndulo de Foucault
Vamos começar pelo início: Eu curto muito Umberto Eco, mas enquanto autor ficcional sua escrita não é nada fácil. Na academia já estamos acostumados a essa “soberba literária”, mas na literatura nem todo mundo está disposto a continuar quando pega um livro assim. Rebuscado, exageradamente detalhado, algumas vezes até cansativo. É o tipo de autor “ame-o ou deixe-o”, não dá pra encarar as centenas de páginas de “O Pêndulo de Foucault” apenas para passar o tempo, é uma leitura que dependendo do que você gosta e do momento em que está, pode até bugar um pouco o cérebro. Se você nunca leu nada do autor, recomendo começar pelo “O Nome da Rosa”, é um livo maravilhoso, você ficará ambientado ao estilo do autor, e é uma trama bastante mais palatável.

A sinopse é até bastante curta: “Causabon, Belboe Diotallevi são redatores da editora Garamond, na Milão do início dos anos 80. Cansados da leitura e releitura de incontáveis manuscritos de ciências ocultas, eles acabam encontrando os indícios de um complô que teria surgido em 1312- quando Felipe, o Belo, supriu a Ordem dos Templários- e atravessando, oculto, toda a historia do planeta até o final do século XX. Os agentes e beneficiários do complô, seriam os templários e os rosas cruzes, cujo o objetivo era dominar o mundo. A partir deste plano, os três redatores inventam, como uma brincadeira, uma trama fantasiosa. Mas o inesperado acontece e alguém começa os levar a sério.”

Esse “Plano” desenvolvido por eles envolve basicamente todas as sociedades secretas das quais eu já ouvi falar no mundo e vários detalhes dos mais diversos séculos de história mundial, e acaba se mostrando como uma ameaça real. Para quem gosta de ter acesso as mais variadas informações históricas, teorias da conspiração e trechos de livros raros, “O Pêndulo de Foucault” é um prato cheio. O tipo de livro que faz você ter vontade de ficar fazendo anotações num bloquinho pra não perder nada. O ponto negativo (pode ser positivo, para alguns) é a arrogância com a qual Eco passa pelas temáticas, usando sempre um tom que diminui tudo que é ligado ao misticismo, quase que caçoando de quem acredita em aspectos ligados à magia, ocultismo ou outras áreas semelhantes. Acadêmico de renome, o próprio autor admite que o livro é uma espécie de metáfora, quase chacota, dos colegas ao seu redor que de tanto ler sobre estes assuntos passam a ver teorias da conspiração e sinais claros de que o ocultismo é real, por exemplo, coisas que, segundo ele, não deveriam ser levados a sério.

A semelhança da trama com os bestsellers de Dan Brown é inegável, porém, se em Brown percebemos desde o início o ritmo alucinado que nos faz imaginar quase que imediatamente os personagens em uma tela de cinema, com Eco é tudo mais arrastado, sobrecarregado de informações minuciosas, e esta, paradoxalmente, é a maior força do livro. Todos os contextos do “Plano” são tão milimetricamente explicados que você começa a duvidar se todas as teorias sobre essas organizações secretas não são reais. Sobre essa semelhança-diferença com as atuais tramas cinematográficas como “O Código da Vinci”, Umberto Eco declarou (em seu tom nada humilde):

Eu inventei Dan Brown. Ele é um dos personagens grotescos do meu romance que levam a sério um monte de material estúpido sobre ocultismo. O Pêndulo de Foucault projeto brinca com teorias conspiratórias e teve início com uma pesquisa entre 1.500 livros de ocultismo reunidos por seu autor. Ele [Dan Brown] usou grande parte do material.” Em ‘O Pêndulo de Foucault’, eu havia inserido um bom número de ingredientes esotéricos, que podem ser encontrados no Código Da Vinci. Os meus personagens, ao elaborarem os seus projetos, levam em conta a importância do Graal, por exemplo. Eu quis fazer uma representação grotesca daquilo que eu via em volta de mim, de uma tendência da qual eu previa o crescimento. Era fácil fazer uma profecia como esta. Ao pesquisar para escrever ‘O Pêndulo de Foucault’, eu esvaziei todas as livrarias que já se especializavam nessa “gororoba cultural”. Dan Brown copia livros que podiam ser encontrados trinta anos atrás nos sebos da Rue de la Huchette, em Paris. O sucesso pode ser explicado pelo fato de que os autores desses best-sellers levam tudo isso a sério, e ainda pelo fato de que as pessoas são sedentas por mistérios.
E dá pra curtir Dan Brown e também curtir Umberto Eco? Olha, de minha parte dá sim. Mas é preciso ter em mente que são duas leituras absolutamente diferentes. Se “O Código da Vinci” pode te conquistar desde o começo por sua leitura fácil e fluída, “O Pêndulo de Foucault” pode repelir os leitores menos persistentes, porque é lá pelo meio, quando os conspiradores estão escrevendo o “Plano” que tudo começa a ficar mais atrativo e te faz ter vontade de ler mais um pouquinho para saber qual informação você poderá absorver na página seguinte, desde a maçonaria, passando pelo nazismo, até os matadores de “Assassin’s Creed”.

Acredito que seja o livro de ficção mais bem embasado historicamente que já li, mas, reitero, o desdém com que Umberto Eco trata o ocultismo, a magia e assuntos afins, como não ciência ou sub-ciência, pode irritar muitos leitores por aí. É interessante perceber, também, que o livro trata de como criações podem tomar vida e como até seu inconsciente pode te pregar umas peças. “O Pêndulo de Foucault” não tem personagens absolutamente marcantes, longos romances, ou cenas de ação cinematográficas, porém é uma trama bastante cética sobre sociedades secretas e teorias da conspiração, para quem curte o gênero, é um livro necessário, um clássico imperdível.

site: http://cheirodelivro.com/o-pendulo-de-foucault/
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Volnei 30/05/2015

O pendulo de foucault
Milão 1980, cansados de leitura e releitura de incontáveis manuscritos de ciências ocultas, dois amigos acabam encontrando indícios de um complô que teria ocorrido em 1312 encobrindo toda a história do planeta até o fim do século XX ......

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
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Carlos 03/01/2015

Não há um mistério digno desse nome, como em "O Nome da Rosa", mas vale a leitura.
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Valeria 23/11/2014

Destruindo Paulo Coelho e O Código da Vinci - mas só se você tiver muita determinação
Este é um livro que adoro, que li na hora certa e cujos sentimentos sobre ele são confusos, por isso preferi traduzir uma resenha em italiano sobre ele, muito mais interessante do que eu poderia escrever neste momento. (Sou tradutora de italiano)

"Ao começar a escrever sobre O Pêndulo de Foucault, não se sabe onde começar nem onde terminar. É um livro feito de livros, como todos os livros de Eco (feitos de livros e de livros sobre livros). É um livro complexo. São muitos livros juntos. É eletrizante como um policial (O Pêndulo é um policial!), rigoroso como um ensaio (é também um ensaio), emocionante como um livro de aventura, apaixonante como uma reportagem histórica, provocativo e cáustico como um manifesto (é panfletário também), afabulatório, intrigante, pirotécnico, super-culto, sofisticado.
A ideia base do livro é totalmente antiliterária. O núcleo do Pêndulo de Foucault é a exposição paradigmática de uma tese: as aberrações da RAZÃO, embora fascinantes, geram monstros, e podem se demonstrar terrivelmente perigosas. Para demonstrar esta tese Eco escreve o livro, que, muito além de todas as intenções teoréticas é - seja bem claro - antes de tudo um ROMANCE.
Romance tecido em volta de uma formidável, muito bem controlada e calibradíssima trama narrativa.
Para demonstrar sua tese, Eco faz uma simples operação: reescreve a História Universal! Relê parte da história cultural da Itália dos anos 70 e 80, a partir dos anos cruciais
da contestação política, com seus fermentos e suas (re)descobertas: relê toda a história do Ocidente através da ótica do "saber hermético" que, como uma obscura e magmática trama subterrânea parece assinalar os destinos da Humanidade; tece, sob os olhos fascinados do leitor, uma densa rede de referências e citações literárias, filosóficas e culturais que permanecem, em grande parte, escondidos ao leitor comum (o leitor que não compartilha - leitor ideal, outro conceito conhecido pelos leitores de Eco - a cultura ilimitada e o domínio seguro que o autor demonstra sobre todo este magma).
Leitor que é, entretanto, carregado pelo vórtice mesmerizante da leitura do Pêndulo."
(Só um trecho porque a resenha também é enorme: Editora Bompiani, pela Redazione Virtuale).

site: www.deedellaterra.blogspot.com
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Silvio 21/09/2014

Meus sinceros parabéns aos leitores que conseguiram terminar este livro. Tenho a primeira edição e faz mais de 20 anos que não consigo sair dos primeiros capítulos. Infelizmente nesta obra Eco ainda não havia conseguido reunir sua grande erudição e talento intelectual inegável com as técnicas literárias (só reunidas em Baudolino) resultando em um romance cheio de clichês e confuso.
Valeria 23/11/2014minha estante
Que pena, Sílvio.....isso aconteceu comigo com outros livros do Eco, justamente Baudolino e A Ilha do Dia Anterior. Mesmo adorando Eco, não consegui terminar estes livros....Mas.....quem sabe um dia eu tento novamente? Tente dar uma nova chance quando você se cansar de tantos livros sobre mistérios inexistentes da história.....Espero que sim!




Lidiane 04/08/2014

Para quem gosta de livros difíceis
Resumindo minha “semileitura” desse livro em uma palavra: trauma.
Kkkkkkkkkkk
Trauma porque vai demorar muito até eu querer ler outra coisa de Umberto Eco e também porque foi um livro que eu tinha certeza que conseguiria ler até o final e comentar com minha amiga que o emprestou, mas eu não consegui! Simplesmente não faz meu gênero de leitura.
Para quem quiser um resumo mais detalhado do livro, clique aqui, http://hasempreumlivro.blogspot.com.br/2006/12/o-pndulo-de-foucault-de-umberto-eco.html e você será direcionado para um site onde existe realmente um resumo feito por alguém que entendeu o livro (diferente de mim, hAUahUAhaUhaUA).
A leitura já começou mal porque não entendi nada do primeiro capítulo. Só entendi alguma coisa do livro porque li resenhas sobre ele. O autor faz várias referências a coisas que eu não conheço, escreve frases em outras línguas que eu não soube o significado (e não são traduzidas) e utiliza palavras dificílimas que, se eu fosse procurar cada uma, teria abandonado a leitura bem antes. Além disso, eu me perdia nos diálogos porque não há uma indicação de quem está falando e também me perdia nas descrições de locais e objetos (Ok, me chamem de burra agora).
Enfim, quem narra a história é Casaubon, que conta como ele acabou se metendo em um plano para desvendar/ligar todos os mistérios da face da Terra (acho que é isso...), mas aí foi onde encontrei outro problema para minha leitura. Casaubon volta no tempo para contar tim-tim por tim-tim o que aconteceu com ele antes, durante e depois do tal plano, mas ele tece comentários sobre fatos ocorridos e sobre personagens aos quais nós, leitores, ainda não temos conhecimento! Sabe quando você está em um grupo e alguém deste grupo faz uma piada interna que você não é capaz de entender? E você fica com aquela cara de idiota sem saber se pergunta qual a graça ou não? Foi mais ou menos assim que me senti, sem entender quem era o bendito personagem e o que aquele tal fato tinha a ver com o assunto.

Continue lendo no blog.

site: http://mentalidi.blogspot.com.br/
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Fabricio 23/07/2014

Chato!
Um livro com linguagem difícil, sem uma cronologia muito clara, misturando de forma muito confusa as narrações do autor e a psique dos personagens. O livro se torna insípido e compreendo aqueles que o abandonam. No fundo acho que é uma tentativa egocêntrica de Umberto Eco de se mostrar o mais erudito ser humano na terra. Para quem conseguiu avançar um pouco no livro, as vezes tinha a impressão que o autor se projetava na figura do São Germano, conhecedor de tudo e de todos...
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Gustota 11/06/2014

Tipo O Código Da Vinci, só que bom
Muito antes de haver um romance de investigadores culturais que fazem releituras de símbolos de nossa cultura e falam de Santo Graal, havia o Pêndulo de Foucault.

Não vou mentir, ele não é um roteiro emocionante do cinema igual o do Dan Brown e sequer tem albinos assassinos, apesar de ter uns personagens bem excêntricos e perigosos. Mas aqui é mais um romance para estudantes de humanas, especialmente os de história e de filosofia. Esses vão adorar e vão se identificar quando nossos protagonistas vão beber, conspirar e filosofar no bar dos proletários.

Casaubon, nosso protagonista, estuda os templários para o mestrado, sem muita vontade. Em suas jornadas intelectuais e boêmias, esbarra com a dupla Belbo e Diotalevi, dois editores de que não levam seu trabalho nada à sério, aliás, levam super à sério as várias brincadeiras que fazem com os autores e as obras. Não obstante são tempos de efervescência política na Itália dos final dos anos 70, onde pipocam loucos, boêmios, revolucionários e alguns seres esotéricos. Esse é o ambiente perfeito para se duvidar e acreditar em qualquer coisa, da Revolução Socialista ao Santo Graal.

É claro que Casaubon logo se verá trabalhando com Diotalevi e Belbo, num novo filão de livros ocultistas (que vagamente tem a ver com os templários, não é mesmo?) fazendo investigações culturais numa era Pré-Google, namorando brasileiras e conspirando com Diotalevi, Belbo e o computador Abuláfia. No entanto, o problema de se conspirar é que sempre haverá um louco só esperando para acreditar numa conspiração, ou dois...

O sensacional do Umberto Eco é a pura masturbação cultural, onde os papos podem ir de Tom & Jerry, passando pelo altos cânones do ocultismo europeu, à la Crowley e Eliphas Levy, pra falar de futebol, arte sacra, Pato Donald e o que mais couber. E já falei que o Casaubon visita a Bahia? E não é tão estereotipado como você possa imaginar, na verdade foi uma das referências mais legais que já li a respeito de nosso país.

E no final, o livro vai te dar aquela sensação de pensar duas vezes antes de tratar com aquela sutil ironia intelectual e levianidade a crença do próximo. Contar um segredo que o outro queira ouvir é ser escravo e refém da expectativa do iludido.
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Virginia Barros 13/05/2014

brilhante
Ficção, realidade ou conspiração? Poucos livros me deram tanto trabalho quanto esse. Provavelmente o melhor que li esse ano, e ainda preciso ler ao menos mais umas duas vezes para absorvê-lo direito. Consegui pegá-lo na biblioteca aqui do meu bairro e quase não deu para entregar no prazo, apesar de já ter lido livros de 600 páginas em bem menos tempo que dois meses. Vou tentar explicar o porquê e transmitir a impressão que essa obra estonteante de Umberto Eco me passou até agora.

Dividida em dez partes, cada uma levando o nome de uma "sefira" da cabala, essa obra exibe ao início dos capítulos trechos inquietantes de livros antigos ligados às ciências ocultas, alguns ininteligíveis, em outros idiomas. Daí já se pode ter uma ideia do que se tem pela frente.

No começo, a narrativa lembra vagamente aqueles livros que jogam o leitor em uma situação tensa e retorna com as lembranças do protagonista, no caso, o narrador, para ir explicando aos poucos como ele foi parar ali. O cenário é o Conservatório de Paris, um museu onde o personagem que acabamos de conhecer está tentando se esconder para ali permanecer durante a noite e testemunhar uma reunião secreta. Mas desde a primeira linha a leitura flui meio devagar, e a causa disso não é nem um vocabulário complicado, mas o tom meio tresloucado do narrador, que mais confunde que explica. Por outro lado, porém, por páginas e mais páginas a obra parece se transformar em um livro de história específica de seitas e guerras religiosas, dando de início destaque à questão dos Templários, origem e transformações dessa ordem. É que os personagens principais estão desde o início envolvidos em uma pesquisa sobre ocultismo, e essa pesquisa é toda jogada na cara do leitor, nem de longe tão mastigada quanto na maioria dos livros de ficção.

Não se pode dizer que não existe uma "história" em "O Pêndulo de Foucault", mas não tiro a razão de quem desiste dela. Por vezes, me parecia estar lendo um daqueles romances de ficção científica que meu pai traz do sebo, mas são momentos bem raros até se chegar à metade do livro. É preciso muita força de vontade para seguir lendo centenas de páginas com uma narrativa tão densa, sempre interrompida, até começar a entender a tal situação tensa do início. O esforço é muito maior do que em qualquer outro livro que eu tenha lido, incluindo "Notre Dame de Paris" com seus capítulos gigantes que simplesmente param a história para ficar comparando arquitetura e literatura. E olha que eu me interesso bastante sobre religiões e ocultismo. Creio que a salvação desse livro é o jeito sempre bem humorado que o autor usa para contar as dezenas de histórias que tem "na manga", dando uma amenizada no excesso de informação. Podemos nos consolar lembrando que Umberto Eco leu mais de mil livros para escrever esse, portanto estamos tendo menos trabalho do que ele.

continua

site: http://edicoes-filhadalua.blogspot.com.br/2014/05/o-pendulo-de-foucault-de-umberto-eco.html
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