O homem do Castelo Alto

O homem do Castelo Alto Philip K. Dick




Resenhas - O Homem do Castelo Alto


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Felipe_K 27/07/2020

?O Homem do Castelo Alto?.
Estava a ler esse livro achando q o autor estava a usar drogas pesadas quando escreveu ele pela quantidade de detalhes e assuntos desconexos sem sentido e também desnecessários. Não dava pra entender onde ele queria chegar. Uma pena por ser um tema interessante. Se não fosse a explicação no final do livro de quem foi Philip K. Dick acho q a classificação seria mais baixa.
Taissa 30/07/2020minha estante
Tem a série no Amazon Prime. Bem legal!


Jon 30/07/2020minha estante
Ufa, achei que só eu achasse isso kkk


Isabella2243 11/08/2020minha estante
Eu estava tão ansiosa para ler esse livro e agora estou decepcionada, não está sendo uma boa leitura, tive que acompanhar em audiobook pois lê-lo estar a me cansar muito...Assim que terminar, assistirei a série da Amazon Prime, o episódio piloto tem mais ação que o livro


Lehh 03/01/2021minha estante
Estava pensando em comprar pq acho a capa linda e queria dar uma chance, dps dessa resenha até desisti, mas pelo menos dei risada


Lua 14/01/2021minha estante
Concordo. Estou quase abandonando a leitura. Fico na dúvida se desisto ou continuo?


Kewllyta 20/02/2021minha estante
Estou lendo há meses e não consigo terminar... tá jogado aqui pelo armário. Muito chata a leitura. Aff!!


Sandra 27/02/2021minha estante
Achei o livro confuso. A narrativa não empolga. Terminei por motivo protocolar apenas. Não sei como ganhou prêmio.


Carauna 04/04/2021minha estante
Nossa sim! achava que só eu que tava perdida kskkskdkdkdkdk


Mari 30/06/2021minha estante
Pior livro que já li na vida. Perda de tempo.


Kewllyta 04/07/2021minha estante
Se serve de consolo, me disseram que a série dele é ótima. Tem no Prime.


Erick 07/01/2022minha estante
"Achando que o autor estava a usar drogas pesadas" morri de rir kkkkkk


Jessica 29/01/2022minha estante
Kkkkkk ai também não gostei não ? kkkkkk


Kewllyta 29/01/2022minha estante
Sandra, acredito que ganhou prêmio por causa do ponto de vista do autor. Não há muitos livros que falam do holocausto pelo panorama da distopia, como se os alemães e japoneses tivessem ganhado a guerra. Acho que foi só pelo conteúdo inovador mesmo, porque pela escrita... só pela misericórdia ?????


I'mEdraNorr 12/01/2023minha estante
EXATO


Nilson Ribeiro 14/02/2023minha estante
Um dia poucos casos que a série é melhor. O livro é muito confuso ou eu não fui capaz de entender


Yasmin1372 26/06/2023minha estante
Kkkkkk acabei de descobrir que o escritor do livro era realmente maluco das ideias e acreditava em matrix e outras coisas, não é atoa que todo mundo ache o livro doido


mariafgoes 18/07/2023minha estante
simmm esse livro eh um saco meu Deus q chatice, lendo esses comentários meu coração foi confortado, to vendo q n sou doida, de fato o livro é UM SACO!!! muito desconexo


Danielly 16/02/2024minha estante
Nada a ver esse livro, criem uma expectativa, achando que ele tinha se dado ao trabalho de fazer alguma pesquisa histórica, Mas ele, supôs que o Japão ficaria comandando os Estados Unidos, etc. Foi a pior distopia que eu li em toda minha vida. Ele escreveu de forma preguiçosa, sem nenhum responsabilidade com seus leitores, acho que ele julga que todos aqui so leem ficção , não teve nem um pesquisa. Por que claro que USA, não seria reduto nimponico, que todos os negros não seriam escravizados e sim mortos, etc.




spoiler visualizar
Emerson Meira 16/04/2023minha estante
Baita resenha meu amigo! ???????? Preciso criar vergonha na cara pra ler logo, pelo jeito vale muito a pena!


Brujo 16/04/2023minha estante
Valeu, Emerson!!!! ?


Jeferson 16/04/2023minha estante
Ainda quero ler esse livro, até hoje nunca li nada do Philip K. Dick (tô com o Blade Runner me esperando aqui), eu assisti a série é gostei, mas um pessoal que leu o livro, falou que era diferente e não curtiram.


Jak Diniz 16/04/2023minha estante
Que resenha!!... Começamos a série e lendo agora a resenha, vejo que não faz justiça a complexidade e imaginação distopica dedicada do Dick.
Obrigada por nos fazer mergulhar nessa possível sandice com essa detalhada e dedicada resenha. Vc arraza demais


Brujo 16/04/2023minha estante
Começa pelo Blade Runner mesmo, Jeferson, é uma ótima porta de entrada !!


Brujo 16/04/2023minha estante
Ahhhh, obrigado Jaque!!! ??
Precisamos terminar a série!!


GiSB 17/04/2023minha estante
Sidney, gostei da resenha, bastante. Estava vendo a série televisiva, realmente arrastada. Nem lembre em que parte deixei de ver. Mas o livro, pelo que você contou, é sensacional. K. Dick é um pessimista de carteira, mas a despeito disso, tem uma esperança de caráter esotérico, místico, transcendental, afinal baseada no i-ching, uma realidade alternativa se permeia em um fundo sombrio e caótico. Antes de mais nada, K Dick era um visionário e profeta do futuro nebuloso, mas eu gosto da escrita do cara, aliás sou fã. Poucos escritores são sombrios sem serem amargos, ele é exceção. O homem do castelo alto é um alerta do que poderia ter acontecido e quase aconteceu, mas também é alerta quanto a um possível futuro tenebroso, pois o cerne do problema não está nos alemães, nem na alemanha nazista, está sim no que o ser humano em desespero pode fazer, bem como uma fé fanática e cega em líderes carismáticos e oportunistas tem a capacidade de criar. Distopia com um pezinho na realidade... Grande K Dick!


Brujo 17/04/2023minha estante
Perfeito, Giovani, concordo com tudo o que disse. O PKD em determinado ponto de sua vida literalmente se tornou alguém que crê em Deus, claro que não a entidade que as religiões tradicionais defendem, mas a visão dele própria de Deus. Mas ao mesmo tempo o grande "vilão" de suas histórias e das próprias crenças era a nossa realidade, que não é verdadeira e que é uma prisão obscura, muito próximo do conceito budista de ciclo do carma e de como você tem que superar esse ciclo para atingir o Nirvana. Ou Deus, no caso do K. Dick...




Fabio Shiva 30/05/2021

louco genial
Imagine um mundo alternativo onde os nazistas venceram a Segunda Guerra Mundial. Essa é a ideia central desse incrível romance de Philip K. Dick, publicado em 1962, que granjeou ao autor o seu primeiro Prêmio Hugo e o tornou famoso no meio da ficção científica. Nos anos seguintes, Philip K. Dick iria inscrever em definitivo seu nome no panteão da FC, com obras extremamente originais e perturbadoras, que décadas depois seriam transformadas em filmes de grande sucesso, como “Blade Runner”, “Vingador do Futuro” e “Minority Report”. Aliás, recentemente “O Homem do Castelo Alto” foi adaptado em uma série da Amazon (https://youtu.be/7-Lfs_UlIlo).

Uma das características mais fascinantes desse louco genial é que por mais que suas histórias tratem de temas fantásticos e até absurdos, à medida que o tempo passa mais e mais vamos percebendo que ele no fundo estava falando sobre as contradições e terrores de nosso mundo contemporâneo. Philip K. Dick cada vez mais se revela o sombrio profeta da distopia nossa de cada dia...

E um dos mais apavorantes exemplos dessa qualidade profética da ficção de PKD é justamente “O Homem do Castelo Alto”. Foi muito assustador ler algumas de suas reflexões sobre os nazistas de sua Terra paralela, quase 60 anos depois da publicação do livro. É muito difícil não pensar que ele está se referindo ao Brasil de Bolsonaro (ou aos Estados Unidos de Trump):

“Esse sujeito (...) devia ter aquela expressão fria mas, ao mesmo tempo, entusiasmada de quem não crê em nada e, mesmo assim, tem uma fé absoluta. Sim, é assim que eles são. Não são idealistas (...); são cínicos dotados de uma profunda fé. É uma espécie de deficiência cerebral, como uma lobotomia – aquela mutilação que os psiquiatras alemães fazem e que é um miserável substituto para a psicoterapia.”

“Um mundo psicótico, este em que vivemos. Os loucos estão no poder. Há quanto tempo sabemos disso? Encaramos isso? (...) Talvez, se soubermos que somos loucos, então não sejamos loucos. Ou estamos, finalmente, deixando de ser loucos. Despertando. Suponho que apenas poucas pessoas tenham consciência disso. Pessoas isoladas, aqui e ali. Mas as grandes massas... o que será que elas pensam? As centenas de milhares de pessoas aqui nesta cidade. Será que imaginam que vivem num mundo são? Ou adivinham, vislumbram, a verdade...?”

“É o inconsciente deles. Sua falta de conhecimento dos outros. Não sabem o que fazem aos outros, desconhecem a destruição que causaram e estão causando. Não, pensou. Não é isso. Eu não sei; sinto, tenho a intuição. Mas... são deliberadamente cruéis... será isso? Não. Meu Deus, pensou. Não consigo descobrir o que é, não consigo esclarecer isso.”

“E, pensou, eu sei por quê. Querem ser os agentes da história, não as vítimas. Identificam-se com o poder de Deus e acreditam ser divinos. É essa sua loucura básica.”

“– O prognóstico dele foi sombrio. Ele crê que a maioria dos nazistas em cargos elevados está se recusando a enfrentar os fatos à luz da situação econômica. Assim sendo, aceleram a tendência a aventuras cada vez maiores, e levando a uma menor previsibilidade e menor estabilidade em geral. O ciclo de entusiasmo delirante, depois o medo, depois as soluções mais desesperadas, propostas pelo Partei. Bem, o que ele queria dizer era que isto tudo tende a levar ao poder os aspirantes menos responsáveis e mais extravagantes.
O sr. Tagomi concordou.
– Por isso somos levados a supor que será feita a pior escolha, em lugar da melhor. Os elementos moderados e responsáveis serão derrotados no atual choque.”

Não pense, contudo, que “O Homem do Castelo Alto” se resume a descrever de modo acurado os nazistas mal disfarçados de nossos tempos. O livro é muito mais do que qualquer expectativa que se possa fazer sobre ele. Basta dizer que o tal sujeito do título é o alter ego de Philip K. Dick no mundo paralelo, um escritor chamado Hawthorne Abendsen que publica um livro de grande sucesso, “The Grasshopper Lies Heavy” (traduzido como “O Gafanhoto Torna-se Pesado”), sobre um mundo paralelo onde os Estados Unidos e a Inglaterra venceram a guerra! Metalinguagem é apenas o começo do labirinto mental que percorremos ao ler essa história dentro da história:

“– Vejo que estão lendo O Gafanhoto Torna-se Pesado (...) Um livro de mistério? Perdoem minha profunda ignorância.
Virou as páginas.
– De mistério, não – disse Paul. – Ao contrário, uma interessante forma de ficção, talvez dentro do gênero de ficção científica.
– Oh, não – discordou Betty. – Não tem nada de científico. Não se passa no futuro. Ficção científica lida com o futuro, sobretudo o futuro em que a ciência é mais adiantada do que agora. O livro não é nada disso.
– Mas – disse Paul – trata do presente alternativo. Existem muitos livros célebres de ficção científica desse gênero.”

Chega a causar vertigem comparar as nossas impressões da leitura de “O Homem do Castelo Alto” com as de uma leitora do livro escrito no mundo paralelo:

“O que é que Abendsen quis dizer? Nada sobre seu mundo de faz-de-conta. Sou eu a única que sabe? Aposto que sim; ninguém mais entendeu realmente o sentido do Gafanhoto: os outros apenas imaginam que entenderam.”

“Ele nos contou a respeito de nosso próprio mundo (...). Deste que está ao nosso redor agora.”

A trama se adensa quando PKD, através de seu eu alternativo, explica (ou complica) suas intenções ao escrever o livro:

“– Todos têm... segredos técnicos – disse Hawthorne Abendsen. – Você tem os seus, eu tenho os meus. Você devia ler meu livro e aceitá-lo pelo valor que aparenta, como eu aceito o que vejo... – Novamente apontou para ela com o copo. – Sem perguntar se é autêntico o que está por baixo, ali, ou coberto de arames, barbatanas de baleia e forros de espuma.”

E ainda estou longe de falar de todas as possibilidades vislumbradas nesse livro tão diferente de tudo o que já li:

“Somos todos insetos (...). Tateando às cegas na direção de algo terrível ou divino. Concorda?”


Essa leitura me impactou tanto que só agora encontro a oportunidade de mencionar que o I Ching tem uma participação crucial na trama. O próprio Philip K. Dick afirma ter consultado o oráculo chinês inúmeras vezes para escrever o livro. Tomar conhecimento desse fato me trouxe alegria e estranhamento, pois me fez perceber que de alguma forma pertenço ao clã literário de PKD, uma vez que meu primeiro romance, “O Sincronicídio” (https://caligo.lojaintegrada.com.br/o-sincronicidio-fabio-shiva), é uma história policial cujos capítulos são estruturados a partir dos 64 hexagramas do I Ching. Até ler “O Homem do Castelo Alto”, eu pensava ser o único escritor que havia utilizado o I Ching criativamente em seu processo literário. E agora, com muita gratidão, peço a benção a Philip K. Dick!

“Sou um filósofo que faz ficção, não um romancista; minha capacidade de escrever histórias e romances é empregada como um meio para formular minha percepção. O núcleo de minha escrita não é a arte, mas a verdade. Logo, o que digo é a verdade, e não posso fazer nada para aliviá-la, nem por atitude nem por explicação.” – Philip K. Dick

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/05/o-homem-do-castelo-alto-philip-k-dick.html




site: https://www.facebook.com/sincronicidio
GeanPerius 07/11/2022minha estante
Cara, tu escreveu merda ao comparar Trump e Bolsonaro aos nazistas. Concordo que aqueles dois tem problemas, mas nazismo é coisa totalmente diferente. Tava indo bem na resenha, mas cagou nessa parte.




William LGZ 24/05/2022

Uma ótima construção para uma conclusão decepcionante
Para mim foi um daqueles livros que ficam piores conforme se pensam neles, se salvando apenas em sua ótima composição de mundo e por um bom ritmo... que não levam à muita coisa.

Depois de se acostumar à realidade alternativa, a experiência até que estava sendo bem agradável. O sabor amargo veio ao finalizar o texto e perceber que mal saí do ponto inicial, com os protagonistas tendo desfechos bem vazios que, com excessão de um, tornaram toda a jornada insignificante.

Minha nota apenas não é menor por conta do interessantíssimo conceito de "E se?" da obra, que me instigou muito por uma boa parte dele, e por acreditar que mesmo com a brochada ao final ainda entregou bons momentos e boas reflexões.

Se for para ler algo de Philip K. Dick, acredito que hajam opções melhores como "Sonhos Elétricos" e "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?" (Blade Runner). Recomendo este aqui apenas se tiver um grande interesse no tema.
Ster 24/05/2022minha estante
Gostei mto do livro, e gostei bem mais quando assisti a série. Veja, gostei mais do livro, a série é um pavor! Juliana é uma chatola no livro, na série nem menciono. Apesar de ter gostado, considero que a ideia não foi bem desenvolvida. Um tema muito interessante, mal aproveitado.


Marcos774 08/07/2022minha estante
Estou lendo o livro agora e não estou gostando.... Não estou conseguindo idealizar os fatos. ?




Markarroni 20/05/2020

E se os nazis tivessem ganhado a guerra?
Apesar das conversas desconfortáveis, porém necessárias, que este livro possa ocasionar, ele é uma ótima leitura. Para uma experiência inédita com PKD, eu já amo o autor. Confesso que demorei um pouco para finalizar a leitura, porque ele apresenta uma história alternativa muito convincente, onde Hitler e os alemães nazistas, a Itália fascista e o Japão Imperial foram os vitoriosos. E se eles tivessem, de fato, ganhado a Segunda Guerra Mundial, o mundo que conhecemos hoje poderia facilmente ser o que é retratado no livro.

A construção do mundo é rica, e Philip K. Dick não descuida dos pequenos detalhes em sua sociedade fictícia. Gosto especialmente da maneira como temos um vislumbre de como a vitória dos autoritários afetou o resto do mundo, não apenas os Estados Unidos. Ficamos cientes sobre a situação em vários continentes e como as crenças nazistas se espalharam. O autor chega ao ponto de contar uma história dentro dessa história, ao colocar um autor especulando sobre como teria sido a vida se os nazistas tivessem perdido a guerra. Simplesmente maravilhoso!

Falando nisso, a Segunda Guerra Mundial parece algo irreal, distante, uma história contada em livros e recontada em filmes e documentários sobre como os fascistas começaram a matar pessoas e os democratas entraram e puseram um fim a tudo aquilo. Como se fosse tudo tão simples assim. Na verdade, Hitler chegou assustadoramente muito perto da vitória e só lendo esse livro é que me dei conta da extensão da ocupação e da influência alemã durante a guerra.

É um livro absolutamente genial, politicamente e cientificamente. Ele se encaixa no gênero de ficção especulativa, portanto é um livro de ficção científica, mas poderia ser um livro de não-ficção, e só de pensar nisso, eu fico com as minhas pernas todas tremendo, bate um suor frio e um desespero angustiante.

Só não dei 5 estrelas porque ele tem uma narrativa um pouco lenta e é mais focado na política e nos aspectos técnicos do mundo especulativo. Não obstante, ainda temos um final aberto, que apesar de eu gostar, fiquei chateado, porque não existe uma continuação. Eu anseio por mais! Além disso, não me senti muito conectado com os personagens, mas fiquei preocupado com o rumo que tudo aquilo iria tomar. Meu cérebro explodiu e eu fiquei verdadeiramente impressionado e satisfeito por ter lido esse livro.


site: https://www.instagram.com/marksreading
edu basílio 20/05/2020minha estante
será que não ganharam, por aqui, com um delay de algumas décadas...? :-/


Markarroni 20/05/2020minha estante
Felizmente, (ainda) não. O que tá reinando por aqui é autoritarismo e tirania, que já é ruim, imagina se piorar.


Jose 20/05/2020minha estante
Gostei da resenha, um incentivo pra mim. Estou no começo e já querendo desistir, mas vou continuar.




@tigloko 01/09/2023

PKD entregando um cenário sombrio e assustador
Imagine um cenário em que o Eixo venceu a Segunda Guerra Mundial. Os judeus foram caçados e exterminados e os poucos que ainda vivem se escondem. O continente Africano foi dizimado. E os Aliados derrotados tiveram seus territórios tomados e repartidos entre Alemanha e Japão. Esta é a história assustadora apresentada em O Homem do Castelo Alto.

Achei um livro bem imersivo pela quantidade de personagens e como suas histórias se conectam à medida que a trama avançava. É interessante acompanhar eles tomando decisões a partir do I CHING, livro real de filosofia chinesa. Combinou com o caráter filosófico e a incerteza que a maioria dos personagens apresentam, já que pode ser considerado também um oráculo na tradição antiga.

O livro foi uma ótima mistura de vários temas, como espionagem, briga corporativa, drama, geopolítica(uma pitada de ficção histórica, por que não?). O grande ?E se?? construído no livro me deixou assustado, muito devido ao olhar pessimista e sombrio na humanidade que o autor apresenta em suas obras. E é sempre efetivo em causar esse efeito claustrofóbico em mim. Porém senti falta de um olhar para outras partes do mundo, em alguns momentos não tive a sensação de escala global que o autor quis passar.

?O que não compreendem é a impotência do homem. Eu sou fraco, pequeno, sem a menor importância diante do universo. Não sou notado dentro dele; vivo sem ser visto. Mas por que isso é ruim? Não é melhor assim? Os deuses destroem quem atrai a atenção deles. Seja pequeno... e escape à inveja dos grandes.?

Outra temática recorrente nos livros do autor, a percepção do que é realidade, está presente. Não é uma surpresa mas confesso que bugou minha mente pela forma como foi usada no livro. Se foi o objetivo, foi conquistado com sucesso.

Ainda que tenha problemas com o desenvolvimento final da história, eu gostei muito do livro no geral.
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Bárbara Paradiso 22/04/2021

O que é a Realidade?
???Os personagens... Os personagens me intrigaram um pouco! Não sei se era essa a intenção do autor, mas você começa a história procurando um protagonista e quando ela termina, você encontra e ainda assim resta aquela sensação estranha.

???Eu não sei se gostei disso ou não. Afinal acho que de qualquer forma, não é esse o foco do livro.

???Agora a escrita, é realmente muito boa! P.K.D tem uma maneira de escrever que te prende.

???O tema do livro, por se tratar de um cenário de guerras e política, me deixou meio perdida, mas provavelmente por falta de conhecimento na área. Para quem curte e estuda esses temas, tem tudo para ser um grande livro.

???O que também me chamou a antenção foi o uso do I Ching, gostei muito de como foi usado na história, desperta uma curiosidade no leitor para saber mais a respeito.

???O assunto chave, que engloba a grande questão: O que é a realidade?!

???Você é livre pra refeltir a respeito depois de terminada a leitura. Não foi um grande gatilho para mim, e justamente por isso é que a discussão passa a fazer mais sentido para mim. A realidade subjetiva - "A verdade é uma; os sábios a chamam por diferentes nomes".
MARCELA PANDA 23/04/2021minha estante
O que é I Ching?


Bárbara Paradiso 23/04/2021minha estante
O I Ching é um livro chines, conhecido também como "O Livro das mutações".

Foi usado como óraculo por milênios na china, e ainda é. Rico em filosofias como o Taoísmo, o Te Ching, o Confucionismo e o princípio das dualidades, Ying e Yang.

Dê uma pesquisada, é bem interessante o volume de coisas que se descobre sobre ele.

Sugiro que assista um vídeo no youtube sobre I Ching, no canal "Conhecimentos da humanidade".


MARCELA PANDA 26/04/2021minha estante
Obg ^^ Vou pesquisar mais a fundo




bearittz 28/02/2022

Esperava bem mais
Esse livro teria sido magnífico se a ideia inicial fosse bem executada. O que aconteceu foi justamente o contrário: uma ideia muito promissora que foi desperdiçada. Uma pena.

Primeiramente, o livro troca de narrador constantemente e não necessariamente quando começa um novo capítulo. Isso fez com que eu demorasse muito para entender a dinâmica do livro e dos personagens.
Em segundo lugar, o autor não explora quase nada do contexto prometido. 85% do conteúdo é só o dia a dia da vida entediante das personagens, que também são muito entediantes (menos a Juliana). Posso dizer que, no máximo, 2 acontecimentos são realmente relevantes e interessantes na história, e foi o que me motivou a continuar.
Outro ponto que vale mencionar é que o livro é cheio de política, mas de uma maneira inútil. Eu não aguentava mais ler sobre cargos alemães e termos políticos que não faziam a mínima diferença na história, em sua grande maioria.
A verdade é que tem muita coisa inútil nesse livro, inclusive alguns personagens (principais!!). A narração desses acaba antes dos 70% da história e fica lá, desconexa com o resto.

Vale mencionar que tem uma carga filosófica relativamente alta sobre a realidade, o valor da cultura numa sociedade, sobre a vida em geral, etc.

Apesar disso, a revelação do final foi sim boa, como eu ouvi dizer que seria. Mas, infelizmente, não chegou nem perto de salvar o resto do livro para mim.
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Erika 02/06/2009

Esperava mais.
Um livro confuso, com muitos personagens e nomes alemães, o que dificultou minha compreensão imediata das ações.
Achei excessivo o uso do I Ching, o oráculo chinês. Meu pensamento cético impediu-me de ver a importância de tal livro; mas talvez fosse somente a superstição de alguns desesperados, em busca de respostas para suas aflições.
Por outro lado, adorei os conflitos humanos, o psicológico dos personagens, narrados num crescente que nos envolve.
Na parte inicial do livro, as descrições da realidade criada por Philip Dick são fantásticas, pena não se manterem tão interessantes até o fim.
O livro não é de todo ruim, mas esperava bem mais.
Jorge 28/05/2020minha estante
Comecei a série mas parei pq achei um pouco chata Kkkkkk. Os livros sempre são melhores, mas será que vale a pena?


Pequatro 17/07/2020minha estante
O próprio PKD usou o I Ching para escrever ?O homem do castelo alto?. Usou para cada ação dos personagens! Realmente, os termos em alemão dificultam um pouco a leitura, mas nada que o nosso amigo google não possa resolver... Eu gostei demais do livro, achei super interessante e incentiva muito a pesquisa de alguns termos e elementos culturais e históricos. Acho que as pouquíssimas frases e termos em alemão dão características e imersão no mundo criado por PKD.
VALE MUITO A PENA A LEITURA, super atual!




Leila de Carvalho e Gonçalves 14/07/2020

A Matriz Do Espaço-Temopo
O nome do escritor Philip K. Dick pode não lhe doar familiar, entretanto as adaptações de seus livros para o cinema provavelmente são. Afinal, quem não assistiu ou ao menos ouviu falar de Blade Runner, O Vingador do Futuro ou Minority Report.

A essa lista, um novo título foi acrescentado em 2015: a distopia O Homem do Castelo Alto. Ela foi transposta para o formato de seriado, produzido e distribuído pela Amazon via streaming, e justamente após assistir, resolvi ler o livro. Sem lançar spoilers, posso adiantar que são duas propostas com instigantes com semelhanças e diferenças e, sem dúvida, vale a pena conhecê-las.

Em especial, o livro. Vencedor do Prêmio Hugo, ele foi publicado e também é ambientado em 1962, no caso, dezessete anos após as Potências do Eixo terem hipoteticamente derrotado os Aliados na Segunda Guerra Mundial. Uma conjuntura assustadora diante da realidade que vivemos, por exemplo, os Estados Unidos surgem divididos entre duas potências emergentes: o Japão e a Alemanha. Curiosamente, em assíduo conflito, ambas vivem um simulacro da Guerra Fria que foi travada no mundo real entre o próprio Estados Unidos e a União Soviética.

A mencionada derrota dos Aliados é resultado de uma divergência com a realidade. Em 1933, Franklin Delano Roosevelt teria sido assassinado por Giusepe Zangara, sendo substituído pelo Vice-Presidente John Nance Garner que igualmente foi substituído por John W. Bricker. Nenhum nem outro, conseguiu anular os efeitos da Grande Depressão por conta de uma política isolacionista que impediu ajuda à Inglaterra e União Soviética contra o avanço do Nazismo.

O rumo dos acontecimentos expõe uma Alemanha cuja economia está à beira da bancarrota por conta da escassez de recursos causada por investimentos mal planejados, a exploração espacial é um bom exemplo, enquanto a elite política disputa a chancelaria do Reich após Martin Bormann, que ocupava o posto, falecer.

Sinteticamente, O Homen do Castelo Alto gravita em torno de uma operação secreta para salvar o domínio germânico e de um livro ? no seriado, são fitas de vídeo. Intitulado O Gafanhoto Está Pesado, ele apresenta um mundo livre, no caso, o Eixo ?perdeu? a Guerra para os Aliados, motivo de sobra para ser censurado pelo regime nazista e atrair a atenção das pessoas, a ponto de seu autor, Hawthorne Abendsen ser obrigado a viver escondido numa fortaleza no alto das montanhas.

Enfim, por intermédio da metaliteratura, Dick explora um de seus temas preferidos: a realidade, ou melhor, a matriz espaço-tempo. Afinal, o que ela é? Não é por acaso que a ficcionista norte-americana Ursula K. LeGuin chamava o escritor carinhosamente de ?nosso próprio Borges?, remetendo ao escritor argentino Jorge Luís Borges, obcecado pelo mesmo tema.

Quanto aos aspectos positivos do livro, indubitavelmente ele foi planejado com todo cuidado, exigindo inúmeras pesquisas. Igualmente, ele possui uma interessante estrutura: todas as personagens estão conectadas de alguma maneira pelo I Ching, o oráculo mais antigo do mundo. Por sinal, muito bem construídas, elas roubam a atenção, em especial, a sedutora instrutora de judô Juliana Frink e Nobusuke Tagomi, representante do comércio japonês em São Francisco que protagoniza a experiência mais insólita da narrativa.

Finalmente, a edição não me agradou, faltaram as indispensáveis notas de rodapé que ampliam a perspectiva do leitor, em especial, em narrativas que se baseiam numa conjuntura histórica, mesmo que tenham, como ocorre, a ousadia de recriá-las. Por sinal, apesar de esporádicas, sequer as traduções de palavras e frases em alemão foram vertidas para o português, uma cortesia para quem ? assim como eu ? desconhece o idioma. Outro problema é a ausência de um mapa-mundi sob a vitória nazista que encontrei por acaso vasculhando a internet. Portanto, minhas cinco estrelas são unicamente para a distopia, sem dúvida, irretocável.

Nota: Comprei o e-book que atendeu minhas expectativas.
Marcela.Maia 14/07/2020minha estante
Fiz exatamente como você! Assisti a série e agora estou lendo o livro.
Adorei a sua resenha :)


Leila de Carvalho e Gonçalves 14/07/2020minha estante
Grata. Divirta-se com o livro, também é muito bom.




Fred Vasconcelos 28/05/2022

E se os alemães tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial, e se Churchill tivesse sido assassinado e se os japoneses tivessem derrotado os americanos?

Philip K Dick, fazendo uso de um estilo frio, brilhantemente nos apresenta a sua ucronia.
O romance se desenrola seguindo o ponto de vista de diferentes personagens (o livro em alguns momentos me pareceu mais uma antologia de contos), divididos entre os americanos, submetidos à Ocupação, que buscam apesar de tudo realizar seu potencial e curar suas feridas; e entre japoneses, que ocupam a Costa Oeste da Califórnia (a maior parte da trama se passa em São Francisco), aliados dos nazistas, mas ameaçados por eles, ainda mais após a morte de Bormann, o chanceler alemão; finalmente, entre os próprios alemães, estabelecidos na América, dispersados em rivalidades estéreis.
O tom factual dá a história um aspecto bizarro. Os personagens me pareceram inacessíveis em alguns momentos, quase desumanos. Alguns acreditam em um destino melhor para si próprios e para o seu país, outros são cínicos, brutais e satisfeitos em cumprir ordens. O Sr. Tagomi, mesmo não sendo lá muito simpático no início, acaba sendo aquele que tem a personalidade mais humana.
Mundos, aparências, fronteira entre ficção e realidade, sendo a realidade como um véu que nos cega? Os japoneses precisam de um livro para orientá-los em suas decisões. A adivinhação é a regra de ouro para cada escolha importante ou não na vida cotidiana. Outro livro também está circulando sob as mãos "O Gafanhoto Torna-se Pesado", que é de fato um livro no livro, e portanto, uma ucronia na ucronia, e conta a história (especulativa) de uma derrota alemã e uma vitória aliada na Segunda Guerra Mundial .
Muitas referências ao Yin e Yang e que nem sei se ainda estão em voga como lá nos anos 60. Um texto que se sustenta sobre a filosofia oriental que tanto gosto fazia ao Dick.

Vai parecer bem estranho a quem não tem intimidade com a proposta e que não tem muito conhecimento sobre o que se passava com o autor na época.
Michele.Helena 28/05/2022minha estante
Adorei seu ponto de vista sobre a obra.




pabloegc 20/01/2022

Razoável.
O tema é para mim de muito interesse (geopolítica e segunda guerra mundial) porém, o livro em sí não é muito conciso e consistente, a história oscila entre bons momentos (onde prende o leitor) e momentos de total monotonia.
ThayroneTeodulino 20/01/2022minha estante
Tive essa mesma conclusão




sakura 16/04/2023

Bom livro, mas cansativo
ótimo livro, acho importante pra compreender o nazifascismo. acho uma distopia boa, mas é um pouco cansativo.
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Mhery 28/03/2020

é uma distopia ok. após a leitura, entende-se porque ela não está no panteão do gênero. apesar da sinopse e do que está escrito atrás dessa versão da aleph, não achei que é uma "aterrorizante história". pra quem já leu 1984 e laranja mecânica, esse aqui é um livro comum. o diferencial dessa história, como é dito nas outras resenhas, é que tem um foco mais filosófico. existem momentos de tensão, sim, e as histórias começam a se entrelaçar conforme avançam. não me apeguei a nenhum personagem, mas é interessante ver as escolhas, diálogos e dúvidas de cada um deles.

o mais interessante dessa história, a meu ver, é que é um livro, escrito por dick, cujo foco é no livro que existe dentro da história, "o gafanhoto torna-se pesado". lembra um pouco de 1984, que também tem trechos de outro livro. enfim, o livro do gafanhoto trás uma discussão referente ao oposto (que seria como realmente aconteceu na nossa história), mas que não é igual ao que aconteceu com o mundo na realidade.

enfim, indico? indico. mas não vá com tanta sede ao pote.
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kelly | @leiturasagridoces 15/09/2020

Eu fiquei um ano lendo esse livro esperando que as coisas acontecessem mas as coisas simplesmente não acontecem. A premissa é tão ótimo, mas o desenvolvimento, sei lá, não existe.
Ou eu li tudo errado e na verdade o livro é ótimo ??????
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