Sula

Sula Toni Morrison
Toni Morrison
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Resenhas - Sula


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Luisa 24/04/2024

Estranheza
O livro é bom. Mas é triste. Triste de um jeito que é até difícil explicar. Sula e Nel, mesma origem, mesma infância, amigas. Futuros tão diferentes, rumos, atitudes. A verdade é que o preconceito acaba com a vida de muitos, sem rastros.
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RaquelSales17 18/04/2024

Realidade dura
História de uma comunidade negra de 1920 até 1940, com todas as provações, injustiças e amargura que a época impunha, contada em torno da amizade da Sula e da Nell, com acontecimentos estarrecedores
Não esperava ter essa leitura, muito densa e sofrida.
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Bárbara 02/04/2024

"Não quero fazer outra pessoa. Quero me fazer"
Um romance poderoso sobre o curso de mulheres negras nos Estados Unidos entre as décadas de 20 e 60. O livro nos coloca diante de questões feministas, raciais e políticas, trazendo uma discussão em especial sobre os direitos e deveres das mulheres.

Com uma escrita intensa, certeira e perfeitamente enredada, Toni Morrison apresenta diferentes gerações de mulheres tendo que tomar decisões sobre suas vidas com o que tinham disponível para sobreviver na sociedade, tendo que equilibrar transgressões com possibilidades, o papel que lhes era imposto (de esposas, de mães, de donas de casa) e o que almejavam ser - livres. Cada uma escolheu seu tipo de liberdade: livre da fome, livre das restrições sexuais, livre da casa, livre com seus corpos.

É um livro duro, pesado, entremeado de metáforas e palavras cruas. Bem escrito e necessário.
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NathalieFoz 31/03/2024

Delicadeza entrelaçada com a dureza da criação e vida de duas mulheres nos Estados Unidos da década de 50. Leitura emocionante com o atravessamento de gênero, cor e classe.
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Higor 30/03/2024

"LENDO NOBEL": sobre protagonistas que não passam de coadjuvantes - ou figurantes
Já na primeira linha do prefácio de "Sula", eu pensei que estava diante da melhor leitura do ano, pois a justificativa da autora, Toni Morrison, para a concepção deste livro foi arrebatadora, se não assustadora. Infelizmente, o livro não passa disso: uma boa intenção de algo não tão concreto assim.

Segundo livro de uma carreira promissora, onde viria, tempos depois, a ser laureada com o Nobel de Literatura, sendo, inclusive, a primeira autora negra, Toni Morrison diz que escreveu Sula como uma forma de protesto ante o cenário socio-racional-literário na época, entre as décadas de 1950 e 1970, em que críticos brancos ditavam o que era a literatura negra, e o que era a boa literatura negra, sendo que eles mesmos não tinham embasamento para compreender tais narrativas, ou por assinalarem que os dilemas de um autor negro - e de pessoas negras, de modo geral - se restringiam aos assuntos repetitivos relativos à escravidão.

Com poucas leituras, mas que chegou a receber críticas de negros e brancos, o livro de estreia de Morrison, "O olho mais azul" foi ignorado pela sua qualidade estética e mensagem a ser transmitida, onde os comentários se restringiram em se certificar da verossimilhança entre a vida dos negros e o retrato ficcionalmente naquele livro, o que, obviamente, não só constrangeu ou frustrou a autora, mas fez com que tomasse atitudes drásticas em seu próximo livro.

"Sula" nasce, então, como forma de protesto: a autora coloca a questão racial e social em segundo plano, para dar lugar a novos temas. Por que falar sobre "os "problemas" dos negros" de sempre, como apontavam sobre a literatura de James Baldwin, Ralph Ellison, Richard Wright e Zora Neale Hurston, quando se podia falar sobre outros assuntos? Por que não falar sobre a amizade entre mulheres quando não há a mediação de homens? Como é, para uma mulher, viver fora de sua comunidade? Quais são as liberdades femininas - além da sexual, a única trabalhada?

Acontece que, enquanto tem ótimos temas a serem trabalhados, parece que Morrison não foi tão assertiva, ao escolher erros editoriais sacros, que diminuíram o livro como um todo. Veja bem, a escrita da autora é ótima, fluida, que atiça o leitor, mas suas decisões, desde a escolha do título do livro, até mesmo como optou por começar e terminar esta história, parece apenas ter enfraquecido o próprio trabalho.

Digo isso porque, embora seja apresentado como um relato cru e sincero sobre a amizade de duas mulheres e sobre a pressão da sociedade sobre os desejos femininos, "Sula" seria melhor compreendido sobre a força feminina ao longo das décadas em uma sociedade sempre tão machista, pois a história é mais sobre Eva e Hannah, talvez até mesmo mais sobre Nel, que a própria Sula. E por que diabos começar o livro com um personagem masculino? O que Shadrack tem a oferecer ao leitor?

Outro ponto é a maneira como a autora pincelou Sula, como se forçasse o leitor a crer, a qualquer custo, que a mulher, desde criança, é má, fria, individualista, egoísta. Pouco acompanhamos da própria personagem para ver seu desenvolvimento, mas as informações são jogadas como que goela abaixo, algo como a autora querendo dizer: "Sula fez, isso, olhe como ela é má", ou "Sula aparentou frieza neste momento, o que mostra sua maldade", quando um capítulo inteiro foi construído de maneira magnífica, é preciso admitir, sem a necessidade ou interferência de Sula, mas que, em um último parágrafo, Toni Morrison quer enfiá-la apenas para reforçar seu comportamento deplorável.

Bem escrito, mas com decisões catastróficas, "Sula" se perde em suas intenções. A dita protagonista é, de longe, a personagem mais desinteressante e menos trabalhada dentre as demais, belamente escritas pela autora. Que suas próximas protagonistas não sejam tão frustrantes quanto esta.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel".
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Larissa Tavares 30/03/2024

?A ausência estava por todos os lados, ferindo tudo, dando aos móveis cores primárias, contornos aguçados aos cantos dos cômodos e luz dourada à poeira que se juntava na superfície das mesas. Quando ele estava ali puxava tudo para si. Não só os olhos dela e todos os seus sentidos como também objetos inanimados pareciam existir por causa dele, panos de fundo de sua presença.?
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VAeh 24/03/2024

Um livro sucinto e envolvente. Uma história clássica, daquelas antigas com luta pela liberdade, amizade, traição e injustiças. Uma das minhas autoras preferidas, Toni Morrison sempre aborda temas sensíveis em seus livros, ressaltando a mulher negra, a sexualidade feminina, o julgamento da sociedade e sofrimento psíquico.
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Aline221 23/03/2024

Foi uma leitura rápida, que me consumiu em dois dias. Mesmo assim, tive sentimentos contraditórios com esse livro. Em alguns momentos achava a história um pouco arrastada e, do nada, me sentia presa entre algum acontecimento que no final acabava se perdendo? isso me decepcionou um pouco algumas vezes. As personagens são bem construídas, mas gostaria que Sula tivesse sido melhor explorada. Acho que Nel e outras personagens, igualmente complexas, foram melhor aproveitadas do que a própria Sula. Não sei dizer, mas parecia sempre que tava faltando alguma coisa.
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Juliana 17/03/2024

"a gente foi garotas juntas"
Passagens que me marcaram mt:

"é. mas é um solitário meu. já o teu solitário é de outra pessoa. feito por outra pessoa e entregue para você. não é incrível? um solitário de segunda mão."

""sula?", ela sussurrou, olhando para a copa das árvores. "sula?". folhas de agitaram, a lama se mexeu; sentiu o cheiro de coisas verdes maduras além do ponto. uma bola macia de pelo se rompeu e se espalhou como esporos de dentes-de-leão na brisa. "esse tempo todo, esse tempo todo, eu achei que estava com saudades do jude" e a perda apertou seu peito e subiu à garganta. "a gente foi garotas juntas", ela disse como se explicasse algo"

😭😭😭😭
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tguedes2 28/02/2024

"O sentido do mal era sobreviver"
Eu acho que esse é um dos livros mais complexos que eu já li na vida. São tantas lições, tantas interpretações.

O que mais me chama atenção nos livros da Toni Morrison é como ela constrói narrativas pretas sem o critério da santidade. A existência desses personagens é válida mesmo em virtude de todas as suas falhas, seus egoísmos e contradições. Esses corpos, na visão de Morrison, não precisam ser mais corretos, ou mais cristãos ou mais socialmente aceitáveis para serem válidos. E isso traz complexidade aos enredos.

Sula, apesar de não se resumir a isso, conta a história de duas amigas, desde a infância delas até a vida adulta, e como as convenções cristãs e tradicionais vão as afastando de certa forma.

Sula é um espírito livre e honesto. Ela abraça a si mesma de todas as formas, desde sua forma boa e gentil até sua faceta mais egoísta. Ela não vive de mentiras ou de esconder sua verdadeira personalidade e isso incomoda. Imagine viver em uma coletividade preta que tenta a todo custo trazer um fundamento para todo o sofrimento que a aflige? Que tenta a todo custo viver (ou fingir viver) vidas sem excessos, esperando que a mão divina de Deus lhe mostre piedade? Sula não vive tais pretensões: ela vive para si, não para um possível acalento divino. Por isso ela é uma personagem tão cativante, apesar de todos o pesares que acompanhamos durante o livro.

A escrita da Toni aqui é impecável, como sempre. Ora temos um tom mais poético, ora temos um quê de fantasia, ora temos uma escrita mais experimental.
Às vezes me custa crer que exista um ser humano que consiga tão bem descrever a condição humana. Toni Morrison era essa pessoa, não me restam dúvidas.
Alê | @alexandrejjr 08/03/2024minha estante
Ela é incrível mesmo! Partindo sempre da condição da mulher preta, a Morrison traça com habilidade rara o que aflige todos os humanos: o amor, a inveja, a decepção, a dúvida, a amizade... tudo mesmo! Ela era ? e ainda é ? única!!




DebsMonte 22/02/2024

Magnifico
Sula me tirou de uma ressaca literária absurda, me transportou para o Fundão e me fez sentir agonias indizíveis.

Toni Morrison é magnífica.
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Sun 09/02/2024

Excelente.
Primeiro livro da Toni Morrison que leio. Confesso que tive alguma dificuldade para acompanhar os personagens, algo que não sei dizer ao certo tirou aquela sensação de terminar uma leitura incrível. O que não quer dizer que não se trata de um livro excelente, com personagens bem trabalhados e uma história interessante. Afinal, não discutirei a relevância do trabalho da autora. Recomendo muito e pode ser que minhas impressões mudem depois de pensar mais sobre essa leitura.
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Geovani.Moreno 04/02/2024

Sula e Nel
Sula (1973) se constitui num autêntico e sensível livro da Toni Morrison. A autora deixa claro que nem sempre é necessário escrever um callhamaço para construir histórias densas e personagens profundos.
Poderia dizer que é sobre a amizade de dua meninas negras numa pequena cidade do meio oeste americano no início do século 20 mas é muito mais que isso.
Em Sula, Toni expõe de maneira contundente o abismos social a ser ultrapassado em sociedades forjadas nos processos de escravização humana nas colônias americanas. Além disso, sempre presente as histórias de mulheres pretas e de seus caminhos rumo a liberdade.
Uma leitura envolvente e que nos deixa aquele desconforto por algum tempo, de maneira provocativa e instigante.
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Gabi 26/01/2024

Foi uma boa leitura, mas não me arrebatou. Talvez eu estivesse esperando demais ou algo tenha se perdido na tradução ou não tenha funcionado tanto pra mim... não sei, mas algo na leitura me deixou um tanto desconectada das personagens. Tive muita dificuldade em criar empatia sobretudo com Sula. Talvez ela seja um personagem tipo, uma metáfora... De toda forma, eu gostei, mas não amei. Em alguns pontos me lembrou de García Marques, mas sem o mesmo encantamento. Pra mim, algo faltou, não sei apontar bem o que. Como foi meu primeiro contato com a literatura de Toni Morisson, posso não ter me conectado com seu estilo. Quem sabe numa próxima leitura...
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Amanda1983 26/01/2024

O livro da escritora Toni Morrison foi um desafio a ser lido, tanto por não ser um gênero que sou acostumada, quando pela história de Sula e sua amizade com Nel , esse livro mostra o quanto a protagonista tinha pensamentos diferente da sociedade e por esse motivo, foi taxada como ?cruel? por simplesmente pensar na liberdade e ser negra seguindo seu próprio caminho, sempre se colocando na frente.
É um livro a fazer reflexões ao ler e ver em que lugar você está.
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