spoiler visualizarLidia.Paina 31/05/2014
"Freely we serve
Because we freely love, as in out will
To love or not; in this we stand or fall"
Então The Mortal Instruments tem seu desfecho.
Ler City of Heavenly foi o que eu só posso descrever como uma prévia viagem à nostalgia.
Assim que se deu o epílogo pelo ponto de vista dos personagens da série que procederá TMI, Emma Carstairs e Julian Blackthorn soubemos que o plano de Sebastian não demorou a ter seu inicio. Atacando os Institutos e transformando com o Cálice Mortal os Caçadores de Sombra que conseguia tocar - exceto aqueles com sangue de downworlders -.
Rapidamente há grandes sucessões de eventos que demonstram que o mundo dos Caçadores de Sombra está correndo grande perigo e que não há escassez de alianças para Sebastian.
Novamente, se forma o épico cenário que anteriormente vimos em City of Glass, onde nossos heróis vão para Idris, só que dessa vez em busca de uma proteção que realmente não reside lá. Não há proteção.
Não há como esquecer o pequeno problema que está, literalmente, nas mãos de Jace: O fogo celeste. Apesar de tentar mantê-lo sob controle, Jace encontra grandes problemas ao tentá-lo. Irmão Zacariah com sua intenção de ajudar o último da linhagem Herondale, tenta ajudá-lo, e por fim isso lhe dá algo que ele jamais imaginou ter novamente: sua liberdade da irmandade.
E eu devo falar que houve pouquíssimas coisas que me emocionaram mais do que a fusão da extraordinária história de The Infernal Devices com esta sublime parte final de The Mortal Instruments. Quando Jem fala sobre Will com Jace, foi como reviver a morte de Will novamente. Ao acrescentar uma certa continuidade a estória de TID deram a Tessa e a Jem algo como uma conclusão, pois The Infernal Devices teve um final apropriado, porém não era propriamente um final.
Jace, Clary, Simon, Isabelle e Alec, após um confronto com a Rainha da Corte de Seelie, seguem para outra dimensão atrás do irmão demoníaco de Clary, que está segurando como reféns a mãe deles, Magnus, Raphael e Luke.
Enfrentam vários desafios, físicos e psicológicos para finalmente chegar onde desejavam. Até Sebastian.
Clary e Jace mantém em segredo o plano que arquitetaram para derrubar Sebastian.
Imaginei tantas coisas para o final de The Mortal Instruments, mas fiquei muito satisfeita com o que me foi apresentado por Cassandra Clare. Sempre admirei a propensão inacreditável dela para fantasia.
Adorei conhecer Emma e Julian mais intimamente, pois apesar da minha série preferida ter chegado ao fim, sei que The Dark Artificies irá compensar pela perda.
O que eu mais amo nos livros da Cassandra Clare é que você consegue tão vividamente adentrar dentro da história e pintar as cenas em sua cabeça que tudo se torna mais grandioso e emocionante. As cenas em que Jace luta mergulhado em seu fogo celeste ainda estão mesclando em dourado por detrás das minhas pálpebras. A forma como Cassie descreve a guerra dos Nephilim faz que eu consiga ver a beleza dentro daquele cenário, talvez ver beleza em guerra e morte faça de mim uma sociopata, mas adoraria conseguir ver isso claramente.
E como todo bom livro de ficção e fantasia, sempre tem que haver a evolução do romance.
o desdobramento do relacionamento predominante de Clary e Jace, que passaram por tantos empecilhos para vivê-lo; pensar que eram irmãos, passar por lutas e guerra, atravessar a morte... É muito reconfortante ao ver que apesar do livro contar uma estória extraordinária de ficção, o romance é muito real. É muito bonito modo como Jace acredita na força de Clary e o modo como ela tem fé de que ele é bom e melhor do que ele mesmo pensa é. Ambos lutaram juntos, não como namorados, mas sim como um time.
Houve algumas mortes, algumas trágicas, outras nem tanto.
Obviamente Jonathan Christopher Morgenstern foi uma dessas, e apesar de pensar que eu adoraria ver Sebastian morrer, não foi bem assim. Quando o garoto de olhos pretos maldosos se transformou em um garoto de olhos verdes como sua mãe e irmã, quase desejei que ele vivesse, porém seria muita ingenuidade achar que isso fosse mesmo possível.
Apesar do medo de ler o livro e me deparar com mortes a lá Veronica Roth e George R. R. Martin, devorei as páginas como um furacão.
O inevitável fim chegou. Nem preciso falar como me senti, nós fãs somos os únicos que sabemos como é terminar uma série como esta.
Teremos que nos contentar com uma escritora incrível que, esperançosamente, não nos deixará de fora do mundo que ela tão maravilhosamente criou.
Até Lady Midnight.