Jack Kerouac: King of the Beats

Jack Kerouac: King of the Beats Barry Miles




Resenhas - Jack Kerouac: King of the Beats


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David Atenas 30/12/2022

Interessante, mas não tão confiável
A biografia é interessante pela sua narrativa mais informal, a ponto de alfinetar uma antiga e famosa biógrafa de Kerouac (Ann Charters), porém, dentre as diversas notas sobre os acontecimentos envolvendo-o, Miles as omite em algumas descrições (homo)sexuais supostamente protagonizadas pelo escritor, além de deixar clara uma certa ojeriza pela vida dele, especialmente nos últimos anos. Por isso mesmo, fica difícil crer em tudo que é retratado na obra.
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Domino 25/06/2020

Baita resenha crua.. direta.. fácil de ser lida em termos de fluidos mas que deixa a gente agoniada com.mtas passagens
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Jacqueline 28/03/2014

Kerouac
Biografia incrivelmente detalhada e escrita de uma forma que respeita a ordem cronológica dos acontecimentos. Barry Miles sempre faz um ótimo trabalho em suas biografias, mas esse seria um ótimo começo para quem quer entender melhor sobre a vida de Kerouac.
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Átila 13/07/2013

A viagem literária na vida cinematográfica de Jack Kerouac
A vida de Jack Kerouac, um dos autores mais significativos da Geração Beat, se construiu numa tortuosa e aventureira estrada.

É difícil defini-lo em poucas palavras, pode-se dizer que ele foi um escritor vulcânico em constante contradição e confusão. Vida e obra se misturaram num temor altamente autobiográfico.

“On the Road” é um dos seus livros de maior destaque. Chegou a ir para as telonas pelas mãos do brasileiro Walter Salles. “Na estrada” levou anos para que o roteiro caísse nas garras de um diretor talentoso.

No entanto, uma coisa é tentar entender “On the Road”. Outra é desvendar seu criador. Inúmeros intelectuais já se debruçaram em ambos.

Mesmo assim, um trabalho merece atenção. Barry Miles escreveu uma das biografias mais instigantes sobre o escritor Jack Kerouac.

“Jack Kerouac - King of the beats” é um exemplar obrigatório, quase uma bíblia beatnik, para quem admira esse gênio da literatura.

Kerouac se inspirou em si próprio e no seu círculo de inúmeros amigos para discorrer sobre algo aparentemente simples: a vida como ela é. Por outro lado, Jack não foi uma pessoa fácil de conviver e tão pouco de entender.

A biografia consegue dar a dimensão da trajetória de um escritor reacionário de direita, alcoólatra, anti-hippie, anticomunista, defensor da Guerra do Vietnã, ex-budista, que no final da vida, virou um católico fervoroso.

Dividia espaço nesse caldeirão, um homem marinheiro e de serviços braçais, além de tudo homossexual, libertino e precursor do movimento underground. E que acabou virando ícone dos ideais mais progressistas da década de 1960. Confuso?

Quando seus livros foram publicados, vários jovens colocaram literalmente o pé na estrada, com ânsia em desvendar um Estados Unidos em constante mutação.

O discurso pessoal de Jack Keroauc não condizia com sua prática cotidiana. Seu modo de vida criticava o sistema e reconfigurar a tríade sexo, drogas e amor livre. Com certeza, ele abriu caminho para os Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan, e toda geração hippie e da contracultura.

Mas ele sequer foi retratado como herói, pois possuía uma genialidade ainda incompreendida. Sua prosa espontânea é didaticamente explicada nesse trabalho por Barry Miles. E suas demais referências literárias também, como Thomas Wolfe, Willian Saraoyan, Céline, Rimbaud e Lautréamont.

A grande qualidade de Barry Miles aqui é não colocar Jack Keroauc num pedestal. Barry é crítico ao extremo com relação ao escritor, tanto nas suas derrapadas literárias, quanto na sua vida pessoal.

Ele discorre profundamente sobre a rejeição de Jack Kerouac contra a própria filha (ao qual Jack assumiu judicialmente a paternidade, mas nunca a considerou como tal). É uma das histórias com o desfecho mais triste e um dos lados mais lamentáveis na personalidade do escritor.

A intimidade também é expurgada, principalmente, sobre a complicada, fundamentalista e indecorosa relação de Jack com a mãe Memere, ao qual se dedicou ferozmente e cegamente, até ele vir a morrer em 1969. Uma mulher que manipulava o escritor de forma insana.

Jack também teve inúmeros casos com homens e mulheres. Barry Miles traça um perfil psicológico, em que havia uma homossexualidade reprimida, apesar do comportamento sexual intenso misturado a um pudor mítico (só na cabeça dele).

Seus casos com os amigos Allan Ginsberg, Will Burroughs e Neal Cassidy, definitivamente, são peças de um grande quebra-cabeça. A relação com Cassidy, por exemplo, é o mote em “On the Road”, ambos são descritos nos personagens Sal Paradise e Dean Moriaty, respectivamente.

Uma das cartas do próprio Neal define bem esse tipo de relação entre os dois, que chegou a ficar estremecida no final da carreira de Jack: “Sou totalmente seu amigo, seu amante, aquele que o ama e compreende inteiramente sua grandeza - minha mente é assombrada por você”.

Diante de tantos dilemas, a escrita de Barry Miles é deliciosa, não traz uma simples biografia, e sim, quase uma degustação literária quando descreve Jack Keroauc: “Na juventude, ele tinha a beleza francesa de um Alain Delon ou de um Charles Boyer combinada com a ingenuidade americana típica e um ar de inocência confusa de muitos mocinhos de Hollywood, como Gregory Peck ou Robert Mitchum”.

Pelo visto, a vida de Jack Keroauc foi cinema prático, a sétima arte vivida na raça.

site: http://atilaouno.blogspot.com.br
David Atenas 08/01/2023minha estante
Do que havia entendido não apenas por esta biografia, mas por outras, Kerouac não era homossexual, porém, "experimentou" essas situações algumas vezes.




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