Os Cristãos e a Queda de Roma

Os Cristãos e a Queda de Roma Edward Gibbon




Resenhas - Os Cristãos e a Queda de Roma


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Ana 30/12/2021

Não sei se por ter sido escrito na época do Neoclassicismo/Iluminismo que pregava a apologia da cultura clássica greco-romana na Europa ou por mero antissemitismo mesmo, mas esse livro revela um escancarado preconceito de seu autor contra os judeus do mundo antigo. Chega a ser desconfortável de ler.
Fora isso, que a custo pode ser ignorado, é muito esclarecedora a leitura ao explicar com clareza os motivos e meios pelos quais o cristianismo espalhou-se pelo mundo, mesmo que no mundo antigo o politeísmo fosse tão forte.
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Matheus Nunes 13/04/2020

O que esperar de Edward Gibbon?
Edward Gibbon foi um historiador, engajado no ceticismo iluminista, logo não há razão para pegar este ensaio e achar que ele vai passar a mão na cabeça de religião A, B, C... O único compromisso aqui é com os fatos, sem alterações e sem exageros. Logo, dito isso, é bom deixar claro que este ensaio aqui é apenas uma parte, que na minha humilde opinião equivale a uns 5% de uma obra bem mais extensa chamada 'A História do Declínio e Queda do Império Romano', também publicado pela Companhia das Letras, enfim, não acho que esse titulo tenha sido o melhor, visto que o fato em si da queda de roma não é explicado ou esmiuçado, longe disso, ficando a cargo do leitor juntar os pontos.

O autor não se preocupa nem um pouco com cronologia ou com a didática de sua escrita. A impressão que eu tive as vezes foi de que esse texto foi escrito estreitamente para teólogos\acadêmicos e historiadores. Há momentos em que o autor se contradiz acerca de atitudes e ajuntamentos dos primeiros cristãos no império Romano, há momentos em que ele fará nesse texto aqui menções a escritos da obra geral tipo: "como já dito no capitulo anterior...", e isso deixa uma sensação de que já pegou o bonde andando e não pode comentar muito a respeito. E há momentos também em que ele é EXTREMAMENTE irônico e sem papas na língua, (principalmente quando o assunto é fraude histórica e exageros por parte dos pais da igreja em dados e relatos) e nisso eu concordo plenamente. Por fim, ignorando a parte em que ele defende Nero (acreditem!), esse texto me deixou com uma vontade enorme de ler a obra completa. O autor nos exige uma atenção máxima ao que ele esta narrando, mas, quando essa atenção é entregue o o ritmo flui bem, na medida do possível.
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Lismar 06/07/2019

O livro em questão é um capítulo tirado da obra Declínio e Queda do Império Roma. Então, se baseia em um produto curto, 70 páginas, que se pode ler em um único dia tranquilamente. Apesar do título, que leva ao leitor a fazer uma relação entre Cristianismo e a Queda de Roma, neste capítulo especificamente, isso não é tratado de form abrangente. O autor se dedica mais na disseminação do Cristianismo em todo o Império Romano e de lá para resto do Ocidente. Como que uma seita que era motivo de escárnio e desprezo pôde se tornar a religião oficial de roma?! Conquanto o autor critique veemente a religião em questão, por causa da corrupção de grandes bispos, e de sua intolerância com as outras religiões, ele também vê com bons olhos a piedade do baixo clero para com os miseráveis e os párias da sociedade de roma, que eram marginalizados e que encontravam um pouco de conforto físico e espiritual com os cristãos. Esta, aliás, foi um grande fator na estratégia Cristã para conquistar Roma, enquanto no paganismo há o obscurantismo sobre a vida após a morte, e no judaísmo, é todo centrado na temporalidade, no cristianismo, há a certeza de que caso siga o Evangelho, sua Imortalidade está garantida. O autor também aborda outros elementos, como o fator da recompensa e da temeridade que domina a mente e o coração dos fiéis, o fator de excomunhão era basicamente uma morte social, então temida por todos os adeptos a essa religião tão peculiar.
A escrita de Edward Gibbon é erudita, o que se faz com que se tenha um pouco mais de atenção que o usual, mas a impressão de se ter em mãos uma pequena parte de uma obra tão importante à História Humana compensa qualquer dificuldade que se pode ter em apreciá-la.
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Debora696 26/11/2015

Falacioso
Este livro pretende mostrar "as segundas causas do r?pido desenvolvimento da Igreja crist?" (p. 8), tendo como pressuposto a "grande lei da imparcialidade" (p. 7). Ou seja, quer ir al?m dos escritos dos pais da Igreja e dos escol?sticos, pois "os minguados e suspeitos elementos de informa??o propiciados pela hist?ria eclesi?stica raramente nos possibilitam desfazer a nuvem escura que pesa sobre os prim?rdios da Igreja" (p. 7).
Entretanto, por baixo da camada de erudi??o, do tom mel?fluo e da pretensa imparcialidade, o que escorre ? o mais puro veneno. Em v?rios trechos - que n?o vou citar, pois ficaria extenso - o autor p?e sutis espinhos de desconfian?a, em um anti-cristianismo disfar?ado de hist?ria. Na p?gina 69: "T?o persistente ? no vulgo a necessidade de crer que, ? derrocada de qualquer sistema de mitologia, se sucede, com toda probabilidade, a introdu??o e algum outro sistema de supersti??o." - um trecho que faz a alegria de not?rios anti-crist?os como Sam Harris ou Richard Dawkins.
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