Ressurreição

Ressurreição Leon Tolstói




Resenhas - Ressurreição


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Lu 14/09/2020

Mediano e longo demais!
A história em si é interessante, mas pouco cativante. A interação entre os personagens principais é extremamente pobre. Não é de jeito nenhum um romance como ja li por aí.
O tema principal é importante e atual, mas o livro sofre com delongas desnecessárias. As partes que achava interessante, acabam rápido. As que achei maçantes, se delongavam demais. Muitas páginas descrevendo a vida de personagens que não seriam tão importantes assim pra história entre outras coisas... enfim, bem mediano e poderia ser encurtado pra metade do tamanho.
Juliana 21/08/2021minha estante
Apesar de amar Tolstoi tenho que concordar, de o livro tivesse metade das páginas seria um livro incrível...enrolou demais e não concluiu


Gessi 04/03/2022minha estante
Eu já estava me sentindo culpada por não estar gostando tanto. Acho que comecei Tolstoi pelo livro errado. ?




Talita 13/09/2020

Ressurreição conta a história de um homem que participando de um júri em um tribunal, se depara com o julgamento de uma mulher a qual ele fez muito mal no passado.
Esse encontro inesperado faz com que o personagem se questione do modo como têm vivido e de suas escolhas, ele um homem da alta sociedade que vive esbanjando dinheiro, enquanto a grande maioria da população passa fome, além disso, fez mal a uma pessoa inocente e que possivelmente chegou naquele local de condenada por consequência daquilo que ele havia feito no passado.
Partindo disso, o personagem busca uma forma de se redimir do seu passado, ajudando a mulher que está sendo julgada de forma injusta e descobrindo que pode ser mais justo com a distribuição de sua renda.

Eu simplesmente amei o livro, pois ele aborda de uma forma muito fiel como funciona a desigualdade social e a importância das pessoas privilegiadas para mudar essa situação. Eu apenas mudaria o final, pois sinceramente acontece uma grande quebra de expectativa. Acho que esse livro deveria ser mais exaltado, porque é realmente um livro muito bom de ser lido e trata de questões muito importantes.
larissa dowdney 21/09/2020minha estante
Concordo plenamente! O final me brochou!




Valéria 01/09/2020

Este é um daqueles livros atemporais, que subverte os desvãos da alma, que desnuda abruptamente os sentimentos. É um romance translúcido em verdade, que prescinde de final feliz. Que aguça a dor e a coragem, que nos confronta com o pior e o melhor de sermos humanos, que ignora as convenções sociais e que mantém viva a consciência individual.
É um livro para ser devorado lentamente ao longo de anos, como a maior parte da literatura russa, onde tudo é grandioso, perturbador e extraordinário.
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Nina 08/07/2020

Super recomendo!
Ressureição é o ultimo livro escrito por Tolstoi e acabou sendo o primeiro livro do autor que leio. Publicado em 1899 o livro é tao atual que chega a assustar. Com certeza entrou para a lista dos meus livros favoritos.

Resumidamente Ressureição é sobre a jornada de Dmitri Ivanovich, nobre russo, que se encontra como membro de um júri popular para julgar um crime de roubo e assassinato. Um dos reús é Katucha, moça que Dimitri corrompeu anos atrás, fato inicial para que a vida de Katucha se transformasse em um dominó de desgraças numa época em que imperava a moral feminina. Dimitri entāo se vê diante de uma obrigação moral de reparar o erro cometido e embarca numa jornada de evolução espiritual, moral e social para com aqueles menos desfavorecidos. No transcorrer do livro o leitor logo percebe que Ressureição trás a superfície tópicos sobre o sistema judiciário e prisional, como a super população, os maus tratos, a decadência do ser humano, violência, corrupção e deixa perguntas sobre a real eficiência do sistema carcerário, sobre os reais culpados dos crimes cometidos e sobre os privilégios.
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Camila 28/06/2020

Ressurreição - TOlSTOI
Definitivamente percebo o quanto fui boba de ter medo dos russos, achava que encontraria um literatura difícil, carregada.. no fim, uma narrativa fluida e e extremamente sensível. Em ressureição temos Nekludov, um aristocrata, cheio de terras, dinheiro, privilégios quem se depara em tribunal tendo de julgar Maslova, com quem conhecera mais novo e que tomara uma atitude que desgraçara a vida desta coitada. Se percebendo isso começa uma trajetória de redenção e busca de redimir aos seus feitos egoistas que teve tomado ate este momento da sua vida.Aqui você ira se deparar com os conflitos internos de Nekludov, alem da exposição cruel que e o sistema prisional e todas as façanhas mesquinhas do judiciário, facilmente de associar com o que passa na atualidade.
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Lilian 22/06/2020

Achei esse livro mais empolgante de ler do que os outros de Tolstoi, porém achei um final um tanto quanto frustrante...
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karlinismo 26/03/2020

Nekliudov faz parte de uma listinha, um tanto longa, de personagens de perfil melancólico, romântico e espirituoso, que eu tanto amo.

Príncipe Dimitri sensibiliza-me com sua força moral demonstrada em sua jornada. Não é irrepreensível, nem tão virtuoso quanto pensa, mas é um ótimo exemplo quando o assunto é potência natural da razão. Eis o homem e sua capacidade de ser bom apenas pela graça suficiente!

Como quase todos os clássicos literários me faz pensar, com pungente pesar, em tempos distantes onde o pensamento comum era voltado para o que é Belo, Bom e Verdadeiro. Me recorda as épocas, agora longínquas, onde as filosofias eram tiradas da realidade e o homem era conduzido a uma firme maturidade. Hoje, no entando, o inteligente é duvidar do certo e ter por certo o duvidoso; a moral é relativa e a realidade ignorada.

O último capítulo, pra ser sincera, me fez rir, veio-me a mente minha amada Santa Terezinha, dizendo: "Vaidade, vaidade... Tudo é vaidade e aflição de espírito!"
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Sheila Lima 10/10/2019

Sublimação
Esse livro chegou para mim no momento exato em que me debato com as maselas e a pobreza espiritual da sociedade trazendo a tona questões que ficaram claras para mim.
O autor faz críticas contumazes a sociedade russa do Século XIX que era de moral rasa e mentirosa, a Igreja Ortodoxa que adorava um Deus do qual condenava cada uma de suas práticas e rituais, que justificava a desumanidade e desigualdade permitindo aos homens dormir de consciência tranquila, o Sistema Governamental que fabricava mais miseráveis que produtos e o Judiciário que utilizava da minoria dos homens ricos e empoderados pelo sistema falho para condenar os mesmos miseráveis que haviam produzido. A obra é ácida, com momentos de indignação explícita e ironias sutis por parte do Autor. Vale ressaltar que obra foi escrita em um período em que o número de fábricas crescia em São Petersburgo.Tolstói descreve exatamente como esse processo gerou uma multidão de miseráveis e que mais tarde tornara-se o motivo único para o início das revoluções que, aliás, são pressagiadas pelo Autor na presente obra.
O foco central da estória de Nekludov é o aprofundamento filosófico-espiritual em que este mergulha quando é convidado a ser jurado no julgamento de Maslova, antiga criada de suas tias que, após ser seduzida por Nekludov é expulsa e passa ganhar a vida como cortesã. Nekludov sob forte impressão tem uma crise de consciência após a condenação de Maslova por homicídio, crime do qual é inocente, e sente-se culpado pelo triste destino da jovem. Muda seu pensamento, seu modo de olhar a vida, a justiça, a servidão, o governo russo e desenvolve um grande desprezo pela sociedade do qual a bem pouco tempo participava.
Após sua condenação a trabalhos forçados na Sibéria, Maslova é pedida em casamento por Nekludov que ansiava reparar os erros do passado, mas não chega ao seu objetivo, porque Maslova morre durante os trabalhos na Ilha de Sacalina.
Sendo a estória real, contada em pormenores a Tolstói pelo protaganista, levou o Autor já no fim de sua vida a declarar: Tudo o que escrevi até agora é lixo! Tolstói despertou o desejo de partilhar seus bens e reparar a injustiça de uma vida em relação aos mais necessitados.
Aqui não se trata de mais um dos grandes romances de Tolstói, mas é uma obra de reflexões profundas e que tateia nosso âmago no intuito de nos tornar pessoas melhores.
Phelipe Guilherme Maciel 10/10/2019minha estante
?tima resenha!


Sheila Lima 10/10/2019minha estante
Muito obrigada, Phelipe!




Adriana Souto 06/08/2019

Uma leitura necessária
Nesse último romance publicado, Tolstoi reafirma todos os preceitos discutidos com genialidade em suas obras ao longo dos anos, deixando um legado de críticas profundas às injustiças sociais.
Dimitri Nekludov é um príncipe nascido em berço de ouro.
Em uma visita a suas tias ele se apaixona por Máslova, uma órfã que suas tias criavam.
Anos depois, Nekludov regressa a casa das tias e já é um rapaz tomado pela soberba, seduz Maslova e vai embora deixando para ela uma quantia em dinheiro.
Quando as tias descobrem que Maslova está grávida a mandam embora, levando a moça a miséria, o que a fez recorrer até à prostituicão.
O casal somente se reencontra no dia do julgamento de Maslova, acusada de assassinato.

O livro não contém muita ação dos personagens , mas, sim, muita reflexão acerca das misérias humanas, da reforma agrária e do sistema carcerário.
Uma narrativa tão atual e verdadeira que assusta e ao mesmo tempo comove.
Uma leitura necessária.
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Raphael 11/03/2019

Um encontro entre o príncipe Nekhliúdov e Jean Valjean...
Sabe aquele livro que fica parado na sua estante ao longo de anos e um belo dia você abre, começa a ler e não consegue largar o bendito? Foi esse o caso. Nem me lembro há quanto tempo comprei essa linda edição da Cosac Naify. Por diversas vezes olhei para ela, tive vontade de iniciar a leitura, mas nunca aconteceu. Sempre outras leituras iam cortando a fila. Dessa vez, no entanto, calhou de eu terminar uma leitura de um livro incrível, olhar para a estante à procura do que ler e de repente ver Tolstói da prateleira, acenando, como quem dizia: "Dessa vez você não tem desculpa..."

Meu único contato com o autor confinava na leitura de uma novela - A Morte de Ivan Ilích - que cheguei a resenhar aqui mesmo no skoob, cinco anos atrás. Há tempos queria esse segundo contato com o autor e a leitura de Ressurreição veio em um momento certo, o que, creio eu, me oportunizou absorver mais da obra.

Foi uma leitura que me envolveu bastante e, em certo sentido, me remeteu ao meu livro preferido - Os Miseráveis, de Victor Hugo. Dois livros da segunda metade do século XIX, nascidos de países diferentes, de contextos políticos, sociais, religiosos, culturais com uma diferença bastante marcada, mas sensíveis a uma mesma questão: a desumanização provocada pelo cárcere.

O Nekhliúdov de Tolstói, um aristocrata que, no ímpeto de corrigir o mal que fizera a Máslova, desce do seu mundo de privilégios e trava contato com uma realidade aterradora: o horror das prisões russas, reduto de toda sorte de injustiças, capaz de desumanizar, de embrutecer.

O Jean Valjean de Victor Hugo, um miserável que, tendo sido surpreendido roubando um pão para alimentar os filhos de sua irmã, foi condenado a cinco anos de trabalhos forçados - os quais se converteram, em razão das seguidas tentativas de fuga, em dezenove anos. Hugo nos diz que Jean Valjean, sujeito àquelas condições, tornou-se efetivamente mau e condenou a tudo e a todos ao seu ódio. Vale citar uma passagem do livro, que tem tudo a ver com as inquietações que, a muitas milhas da França de Hugo, agitavam o espírito do príncipe Nekhliúdov:

"Ó marcha implacável das sociedades humanas! Perda de homens e almas ao meio do caminho! Oceano onde some tudo o que a lei deixa cair! Sinistra inexistência de auxílios! Ó morte moral! O mar é a inexorável noite social onde as sentenças lançam seus condenados. O mar é a miséria incomensurável. A alma, à mercê da voragem, pode transformar-se em cadáver. Quem a ressuscitará?" (Os Miseráveis, capítulo VIII, livro segundo, Parte 1)

Nesse mar de miséria incomensurável, nessas águas que engolem tudo o que a lei deixa cair, caíram Jean Valjean, Máslova e tantos dos infelizes com quem trava contato o príncipe russo que protagoniza a narrativa de Tolstói.

Resguardadas as devidas especificidades, é muito curioso notar como um liberal como o Victor Hugo dos anos 1860 e um anarquista cristão como o Tolstói do final dos anos 1890 se aproximam na consciência de que o cárcere tem o condão de desumanizar e de embrutecer. Não pude deixar de imaginar um encontro entre Jean Valjean e o príncipe Nekhliúdov.

Tanto Os MIseráveis como Ressurreição, grandes obras, em sua complexidade, atravessam outras questões, das quais me desobrigo de tratar nessa resenha, elegendo tão somente um aspecto. Em Tolstói, é marcante a crítica à frivolidade e à teatralização da vida aristocrática, assentada em uma torre de privilégios que esmaga os mais pobres. A hipocrisia da classe dominante, da religião oficial do Estado, a desigualdade social em suas diversas facetas dão as caras a todo momento, na acidez da crítica de um espírito sensível às injustiças a que era submetido o seu povo.

Sendo sincero, por tudo que o livro mostra ao longo da leitura, eu esperava um pouco mais do final, onde, a meu ver, a obra perde um pouco de vigor. Mas isso não faz com que Ressurreição deixe de ser um grande e belíssimo livro e uma obra muitíssimo humana.
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Luana De Martins 26/11/2016


No último romance publicado antes de sua morte, Tolstói constrói uma forte crítica à atuação do judiciário, seus agentes, ao sistema penitenciário, à política econômica, religião e à própria natureza do homem. No que diz respeito ao processo criminal de Maslova, podemos acompanhar todas as falhas que ocorreram desde o julgamento feito às pressas, até aos recursos e pedidos baseados em concessões de favores, reforçando a imagem do patrimonialismo regendo a vida pública que é administrada com base em interesses privados.
Não se restringindo aos elementos do curso principal da história, o autor, através do desenvolvimento do personagem principal, levanta diversos problemas no âmbito criminal como: a negligência nos julgamentos dos crimes e consequente condenação de inocentes por falta de zelo pelos procedimentos e investigações legítimas; o tratamento desumano dos presos, bem como a previsão legal de penas perpétuas, de morte e a trabalhos forçados; a perspectiva das penas como punição e a desproporcionalidade destas, além de inúmeros outros que poderiam ser citados e amplamente debatidos.
Em certos momentos da história, Dimitri questiona sobre a responsabilidade dos crimes. Na marcha para a Sibéria em que alguns presos morrem de insolação, ele se pergunta quem deve responder pelas mortes visto que, no estado em que se encontravam os presos, as mortes não poderiam ser outra coisa que não homicídios, mas ninguém é condenado em razão destes. Em outro ponto, ele reflete sobre a culpa dos condenados por crimes que são produtos do meio negligenciado em que viveram; atualmente no meio jurídico, temos em discussão a teoria da co-culpabilidade que responsabiliza, em partes, o Estado pela omissão em prover os Direitos Fundamentais para crimes cometidos em razão de sua negligência, visando a promoção da justiça social e já é adotada por alguns países.
Dimitri também fica indignado com o evidente contraste entre os estilos de vida das diferentes classes sociais, chegando inclusive a se desfazer de suas próprias terras em nome da justiça social e questionando o direito à propriedade privada. Conjuntamente, a presença dos presos políticos condenados por difundirem ideias revolucionárias remontam a imagem do contexto histórico pré-Revolução Russa pela ascensão das lutas operárias.
Apesar de se tratar de um livro publicado no final do século XIX, “Ressurreição” não traz uma crítica tão desatualizada quanto se pode pensar, há que se questionar a eficácia do nosso sistema penal e o quanto dos princípios constitucionais penais são de fato praticados, uma vez que o Brasil ainda tem que lidar com situações de lotação de presídios, alta taxa de reincidência, além de casos de abuso de autoridade por membros do Poder Judiciário.
Lina.Melo 14/04/2017minha estante
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Lipe 04/08/2018minha estante
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Valério 01/09/2016

O convertido Tolstoi
Ressurreição foi escrito no período em que Tolstoi já havia se voltado para o radicalismo religioso. Dizia que tudo que escrevera até então era lixo (!!!), queria doar todos os seus bens e direitos autorais para causas sociais.
Até conhecer a história de um cidadão que, ao se tornar parte de um júri popular, se viu diante de uma prostituta acusada de assassinato. E lembrou-se ter sido ele o homem que a perdeu, tirando-lhe a castidade em um mundo onde ainda não se aceitava que uma mulher pudesse se casar se não fosse imaculada.
Diante do caso, Tolstoi achou que poderia escrever um livro com um propósito espiritualmente superior, instrutivo.
E notei que a questão da religiosidade (ou espiritualidade) foram o seu foco nesta obra, sobrepondo-se à prosa e ao enredo.
Não que o livro seja ruim. Afinal, trata-se de Tolstoi, ainda. Não havia perdido o seu talento. Mas também não se pode esperar a densidade e grandeza de outras obras de Liev, como “Guerra e Paz”, “Ana Kariênina” e “A morte de Ivan Ilitch”. Este último, alías, a meu ver, atinge de forma muito mais eficaz (embora mais sutil e implícita) os objetivos de Tolstoi ao escrever Ressureição. Indicar as possíveis respostas para as perguntas mais feitas da humanidade: Qual o sentido da vida? Quem somos? O que buscamos?
Em “Ressurreição”, o protagonista, ao ver a mulher que “desencaminhou” ser julgada – e condenada devido a um grave erro no julgamento – resolve dedicar sua vida, fortuna e esforços em corrigir o que considera precipuamente um erro seu.
Sublimação, redenção, entrega, amor, reflexões filosófico-religiosas e também um forte viés socialistas é o que se encontrará neste livro.
Obra prima? Definitivamente, não. Mas sem sombra de dúvida, mais um bom livro de Tolstói. Merece a leitura. Mas se quer o grande Tolstói, um dos maiores escritores que a humanidade teve o deleite de contemplar, vá primeiramente nos demais títulos acima citados.
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GIPA_RJ 27/02/2016

Êxtase
Estive esperando por 5 anos para ler este livro efinalmente o fiz! Estou até agora impressionado e recomendo fortemente esta leitura. Como pude perceber , Tolstoi deve ter feito um laboratório intenso e acurado em julgamentos e prisões de forma a descrever com tanta riqueza o sistema judicial do Império Russo , bem como ter tido contato com presos políticos. Ele descreve o ideal revolucionário como se tivesse vivido o que viria.
O personagem Nekhliudov é interessantíssimo e me permitiu fazer uma autoanálise sobre as possibilidades de mudança de pensamento e vida. O capítulo 59 ilustra bem este estado.
Uma coisa é certa: -Não vejo a hora de reler RESSURREIÇÃO.
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Carlos 16/04/2015

Ressurreição
Este romance de Tolstói foi a minha porta de entrada para o rico mundo de seus livros. Análise profunda e irretocável do mundo russo da época, retratando a hipocrisia, o preconceito e o remorso, este levando à ressurreição do personagem principal, após um inventário moral do seu passado.
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Ricardo Silas 02/01/2015

Ressuscite!
Tolstói, insigne escritor cujas palavras geraram os maiores clássicos literários da história cultural da humanidade, esteve perto, neste livro, da superação em todos os sentidos. Ressurreição traz a lume todo o panorama do sistema judiciário do império russo do século XIX. Personagens corrompidos, degradados pela lascívia política, são protagonistas de centenas de casos jurídicos deliberados arbitrariamente, condenando milhares de pessoas aos mais imundos moldes de punição e encarceramento. O romance que se passa em meio a esse cenário obscuro, de injustiças e luxo desfrutado pelas elevadas classes sociais aristocratas, é transcendental, e abarca fortes exortações de teor moral, religioso e humanitário. Assim Tolstói transmiti uma sensibilidade sublime, comovente, instigante e, sobretudo, revolucionária, com ligeiros e profundos apontamentos favoráveis ao anarquismo cristão. São dramas sérios, extraídos das experiências vívidas do próprio autor e suas observações das facetas da sociedade, convertidos em intensos oceanos de complexidade da natureza humana, da escuridão dos sentimentos, sem perder a essência excelsa da pureza e inocência de algumas vidas. Estou maravilhado, e também frustado, pois a inescapável identidade desta obra permite ao leitor inteirá-la em seu contexto político, concatenando-o as diabretes e os potenciais insultos ao modelo promíscuo de relação social decadente. A vida é solidamente áspera, e requer demoradas reflexões. Ressuscite!
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