Ressurreição

Ressurreição Leon Tolstói




Resenhas - Ressurreição


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Luiz111 14/04/2024

A importância da empatia
Mesmo sendo ambientado na Rússia de finais de Séc XIX, Tolstói traz temas relevantes até hoje, como: hipocrisia da religião, injustiças, corrupção dos serviços públicos, indolência dos ricos, falta de empatia.
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Marina 06/02/2024

Ótima reflexão sobre a hipocrisia da sociedade
A leitura é ótima, só achei a metade meio arrastada. Ainda estou refletindo sobre o final, não era algo que eu esperava. Ler Tolstoi é também uma aula de história sobre a Rússia e os pensamentos da época.
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Gabriela3492 05/02/2024

Arrastaaado.
Meu primeiro dos russos clássicos. Leitura muito densa, arrastada, excesso de descrições e história monótona.
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gabrisingr 10/01/2024

Teve alguns capítulos muito bons, mas teve momentos que ja tinha dado o que tinha que dar e n acabava mais
eu ja havia lido a morte de ivan ilitch do autor e quis me aventurar em um mais longo pra ter contato com a escrita pra eventualmente ler Anna Karenina
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Thamiris.Treigher 22/12/2023

Bom, mas meio maçante
"Ressurreição" conta a história do príncipe Nekhliúdov que, certo dia, em uma sala de tribunal que julgava um caso de homicídio, reconhece que a acusada em questão é Katiucha, uma mulher por quem, no passado, se apaixonou, envolveu e abandonou.

Sua vida então muda para sempre. A lembrança de tudo o que viveram e de como agiu com ela provocam muita culpa. Ele conclui que a vida de Katiucha chegou a esse ponto por responsabilidade sua; e que agora vai fazer de tudo para "salvá-la", inclusive casando e ficando ao seu lado o tempo todo.

Ao longo da narrativa, voltamos no passado e conhecemos a história de amor que os dois viveram, como ela foi interrompida e o rumo que cada um seguiu.

Nekhliúdov acha que tudo vai sair conforme sua nova decisão e que vai "recuperar" o tempo perdido. Porém, nem tudo acontece como ele quer. Katiucha não aceita casar e não nutre nenhum tipo de sentimento por ele. Sua vida mudou, ela mudou, e a realidade é bem mais dura do que parece.

A vida de Nekhliúdov passa a girar totalmente nos esforços para tirar Katiucha da prisão ou abrandar sua pena. Assim, ele descobre uma sociedade que não estava acostumado a ver, diante de seus privilégios: os problemas no sistema judiciário e prisional em uma Rússia às vésperas da Revolução.

Ele conhece vários companheiros de cela de Katiucha e suas histórias. Vários foram presos injustamente e por motivos banais. Sua luta para libertar Katiucha se estende a vários outros. Porém, mesmo com sua influência, pouco consegue fazer por aquela gente.

O protagonista - que tem vários traços do próprio autor - sente sua vida vazia e parece buscar sua purificação tentando salvar seu antigo amor, os presos, os trabalhadores rurais e uma sociedade inteira. Isso vira até algo obsessivo e sem limites. Talvez isso reflita a intenção e o sentimento do próprio Tolstói, já que esse foi seu último romance (baseado em uma história real que ele conheceu por meio de um amigo - parecido com algo que ele mesmo tinha vivido quando jovem).

Tolstói tece diversas críticas a respeito do governo, da igreja, do Estado, da repressão judicial, dos privilégios da classe dominante e das propriedades de terra.

Gostei do livro, mas achei várias partes bem maçantes, focando demasiadamente no desenvolvimento das críticas, e deixando o desenrolar da história em segundo plano. Senti falta daquele novelão de Anna Karênina. Aqui, a leitura é bem mais densa e pesada. Mas Tolstói é gigante e sempre vale a pena. Recomendo a leitura!
Gleidson 23/12/2023minha estante
Sensacional! O livro e sua resenha! ???


Thamiris.Treigher 23/12/2023minha estante
Muitíssimo obrigada, Gleidson! ????




Carolina.Gomes 20/12/2023

Não me ganhou
Comecei essa leitura com muita expectativa por ser o último romance de um dos meus autores favoritos.

Esperava encontrar aqui uma paixão como aquela de Vronsky e Anna, achei que o personagem, tentaria se redimir pelo amor.

Não! Pelo menos, não do amor entre homem e mulher (que Tolstoi parece ter tomado aversão).

Em toda obra do autor, sempre observei a crítica, ao casamento, que em muitas linhas ele reputa um mal necessário.

Nesse romance, contudo, tive a impressão que ele quis trazer a ideia de casamento como expiação para ?um mau comportamento?.

A famigerada culpa cristã impregna o personagem e isso me cansou.

Entendo que ele pretendia, não contar uma história, mas denunciar os absurdos do sistema carcerário da época. Essas críticas são relevantes para se repensar o sistema, mas a que conclusão o autor chega?

Só o amor redime. O amor resolve tudo. Se amarmos uns aos outros a humanidade será salva. ( ?!)

Não atribuo nota ao romance. N tenho pretensão de criticar uma obra dessa envergadura tampouco ouso criticar um autor como Tolstoi.

Essa é apenas a minha impressão sobre o que li. Gostei de ter lido, recomendo que leiam, mas não entrou para o rol de favoritos e não considero este a obra prima do autor.

O final ficou em aberto e muitas coisas ficaram no ar. Talvez, como dito, o escopo principal tenha sido angariar fundos para doar aos Doucobores.

Tem forte crítica social, a igreja e ao sistema penitenciário, cujos absurdos ainda são vistos em nossos dias.

Para mim, foi arrastado e cansativo porque busquei aquele Tolstoi de AK e vi um autor premido pelo peso de seus pecados e mais moralista que nunca.

Valeu a leitura, mas me frustrei.
Nath 20/12/2023minha estante
Se o Tolstói achava o casamento um "mal necessário" e uma instituição falida naquela época em 1800 e bolinha.. imagina se ele visse os casamentos de hoje em dia ein, miga?
kkkkrying ?
Sobre isso, o casamento, eu até concordo sim com ele.. mas entendi as suas ressalvas quanto a obra. Ann K e Guerra e Paz são novelões deliciosos, e esperar o mesmo do Ressurreição, onde o Tolstói já tava cansado, rs, talvez tenha sido o motivo da sua decepção. Agora fiquei com receio de achar o mesmo que vc! ? mas lerei mesmo assim, pois já tenho o livro e amo o Tolstói ?


Carolina.Gomes 20/12/2023minha estante
Leia, Nath! Eu leria de novo. Acho q vc me entende.


Gudegois 20/12/2023minha estante
????????




profa_ana_paula 19/12/2023

Meu primeiro Tolstoi - o último dele
O livro nos faz refletir muito sobre como funciona a mecânica do estado em relação ao funcionalismo, as burocracias e a desumanização de todos que ameacem a manutenção da divisão da riqueza. Me levou a pensar sobre as necessidades de castigar que possuímos, destaca profundamente o infundado mito da meritocracia, enxerga o protótipo do crime na ausência de terras para a produção. Com tudo isso de fundo, ele coloca meia dúzia de figurantes pra ter as reflexões humanas. ???
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Lasse_ 15/10/2023

Inspirado pela repressão ortodoxa a um grupo de Dukhobors, uma das muitas seitas cristãs russas que se oporam à ortodoxia católica da época dos tsares, Tolstói escreve Ressurreição com o propósito de auxiliar a emigração dos dissidentes. É importante situar que este romance é posterior ao episódio de iluminação espirital do autor, e portanto carrega uma carga moral nova que se apresenta como a linha principal da narrativa. Desde as primeiras páginas fica muito claro a imagem de um Tolstói escrevendo com uma raiva absoluta de uma sociedade hipócrita que se desvirtuou dos simples ensinamentos de Cristo.

Este romance também se propõe a ser uma espécie de enciclopédia, encompassando todas as esferas da vida russa, tal qual Guerra e Paz o foi. Mas aqui vemos tais esferas como defeituosas. Tolstói não poupa fôlego para enumerar todos os problemas da sociedade russa, e discute assuntos como a premente necessidade de uma reforma agrária em prol do proletário rural, a disfunção dos tribunais e do sistema carcerário, onde inocentes são jogados tanto por erros frequentes dos tribunais quanto por pressões políticas, e a hipocrisia da esfera religiosa, que venera símbolos antes da caridade, a qual deveria ser o pilar do catolicismo.

Mas talvez o que há de mais interessante aqui seja um aspecto psicológico que fica nas entrelinhas. O protagonista sofre uma ressurreição moral que pode se equiparar à do próprio Tolstói, a quem espanta que tudo esteja profundamente errado, mas que ninguém perceba ou pareça se importar. O ponto principal aqui é uma epifania. É somente a custo do próprio ego que Nekhliúdov pode renascer moralmente, mas o estopim ocorre quando ele se defronta com as consequências últimas de seus erros. Antes que isso aconteça, o protagonista encontra aprovação na sociedade que o circunda. Todas as pessoas parecem estar num estado similar de entorpecimento moral, compactuando com os abusos porque mostra-se que a realidade é assim mesmo.

Isto posto, o que Tolstói postula é algo como o bom selvagem, onde a sociedade é que corrompe o homem. A degradação moral vem quando o protagonista "para de acreditar em si e começa a acreditar nos outros", num processo longo de embotamento. A elevação, ao contrário, vem em despertares súbitos, cujo efeito deve ser cultivado conscientemente ao longo do tempo. Mas o fato é que a sociedade, com o sistema político vigente, incentiva o torpor moral em prol do prestígio e dos prazeres da carne, e assim, se cria um sistema onde "ninguém é culpado, mas pessoas foram assassinadas, e assassinadas, apesar de tudo, por aquelas mesmas pessoas que não são culpadas de tais mortes". Somente quando o caso se torna pessoal é que é possível que uma pessoa se dê conta de tais processos.

No mais, é importante lembrar que muitos dos problemas atacados no livro ainda se mantém como tais hoje, como a questão da reforma agrária. Problemas sistemáticos requerem soluções drásticas, revolucionárias, mas essa revolução deve começar com uma ressurreição pessoal para que se tenha uma clareza de propósito.
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Andréia 30/09/2023

Claro, excelente leitura. Livro grande mas a leitura não fica enfadonha. Me decepcionei um pouco com o final, mas não atrapalhou o encanto pela leitura. Trata de diversos temas, a propósito, atuais, como péssimo sistema prisional, diferença de classes, vantagens por conhecer pessoas influentes, prostituição, dentre outros.
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Margo_livros 23/09/2023

Encontrando-se no caminho
Falar das obras de Tolstói é um prazer imensurável. O brilhantismo fica evidente em cada página, em cada diálogo ou narrativa.

O personagem central é Dmitri Nekhliúdov, um príncipe russo, na juventude seduz uma jovem que laborava na casa de suas tias.

A infelicidade do príncipe começa quando do seu reencontro com a moça, e para piorar, participando como jurado no julgamento de assassinato, com vários réus, dentre eles Máslova.

Deste ponto começa o calvário de Nekhliúdov, uma luta interna e externa, em busca de reparar o erro cometido no passado.

O livro trata de amor, perdão e ressurreição. As discussões sobre diversos temas são intensas. Nessa leitura saboreamos reflexões sobre o ser humano, seus crimes, punição, humilhação, soberba e por aí vai.

O final faz jus ao desenrolar dessa obra ímpar. Leitura intensa e longa, mas vale cada página.

?????
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Bruna Peixoto 12/07/2023

Eu amei o livro, apenas o final que me pareceu que ainda faltava algo. Talvez o final seja o que dá sentido ao título do livro. Já que ele começa a compreender o sentido da vida, quando começa a compreender as escrituras.
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Joao 20/06/2023

Volta por cima
Quando iniciei a leitura do livro, pensei comigo mesmo que o título dizia respeito a uma personagem, mas, felizmente, eu estava errado.

?Ressurreição? é uma completa, magnífica, que entrega tudo. Tolstoi acertou em cheio. Não há críticas a serem feitas, juro. Mesmo com tantas descrições sobre clima, paisagem e pessoas, o livro não se torna maçante, pelo contrário.

Além do mais, ao final de cada capítulo, você fica imaginando o que acontecerá no próximo, pois quer saber se Maslova será solta ou não; se Nekhliúdov fará alguma arte para salvá-la; e muito mais.

Recomendo com 100% de certeza essa obra. Quem comprar o livro, não sairá arrependido e, sim, uma nova pessoa, com pensamentos totalmente diferente sobre o sistema prisional e afins.
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Daniel Andrade 12/05/2023

Espetacular
Se o final fosse melhor, seria do mesmo nível que Guerra e Paz. Não estraga o livro nem nada, mas parece inacabado. A evangelização nas últimas três páginas é bem tosca, massss... vale a pena mesmo assim. Trata de desigualdade social, encarceramento, violência, injustiça, privilégio de classe, etc.
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