Camila Ramos 07/06/2020Uma Jojo mais devagarEu já li vários livros da Jojo Moyes, e esse aqui estava encalhado na estante tem uns bons 2 anos. Resolvi ler agora no #15diaslit e foi uma leitura um pouco mais lenta do que eperava.
(Sinopse aqui no skoob)
Eu soube que esse livro foi o primeiro que a Jojo escreveu. E realmente, eu consegui encontrar bastante diferença para os outros que já li dela. Os livros dela tem uma característica de iniciar a história no passado e depois partir para a narrativa no futuro, deixando o leitor curioso já de cara.
Aqui nós conhecemos 3 gerações de mulheres Ballyantyne. Avó, mãe e filha. E nos deparamos, logo no início, com os conflitos e drama dessa família. As 3 tem personalidade forte e são muito parecidas. E querendo ou não, acabaram puxando tudo o que não queriam ter umas das outras. O drama que as envolve é um mistério que vai sendo desvendado pouco a pouco durante a leitura. E acabei ficando curiosa.
No decorrer da história, fui me chocando com tantos problemas, tantos conflitos que pareciam nunca ter fim dentro dessa família e com poucas esperanças de um final feliz. Essa foi a sensação, pois a leitura estava chegando ao final e as coisas não evoluíam.
Dos personagens, achei a mais nova, Sabine, muito dramática e mimada. A mãe, Kate, nada madura, se escondendo dos verdadeiros sentimentos e a avó, Joy, torturada pelos acontecimentos do passado e com o escudo que se obrigou a formar. Só me apeguei mais realmente ao Thom, que nem teve muito foco.
A narrativa deixou o livro super lento e cansativo. Aqui a Jojo fez descrições que achei muito longas, detalhando os personagens e cenários por até mais de uma página. Não lembro de ter sentido esse cansaço nos outros 8 livros que já li (e amei) dela.
No final, algumas surpresas e descobertas, que mataram minha curiosidade, mesmo eu tendo minhas desconfianças. No geral, a história e a trama foi boa, eu gostei e até conseguiu mexer um pouco comigo. Tirando esse problema da narrativa, que pesou na leitura, eu gostei do livro.