Cami @leiturizar 29/05/2021Esperava mais, bem mais...Nos anos 1950 a Casa Arcádia viveu seus momentos gloriosos, hospedado artistas excêntricos e boêmios que toda a cidade odiava mas que as jovens Lottie e Célia viam como bons amigos. Até que um incidente acontece e Célia precisa sair da cidade mas quando volta, está apaixonada e isso coloca em risco a amizade das duas meninas.
Agora, quase 50 anos depois, a casa é vendida para um magnata que tem interesse em transformá-la em um hotel de luxo e os moradores da pequena cidade estão revoltados com tal perturbação, estando dispostos a qualquer coisa para interditar as obras sem se importar com quem irá se machucar no caminho.
O que eu mais gosto na Jojo são essas histórias em duas linhas de tempo distintas. Amo quando passado e presente se mesclam e a forma como ela constrói todo o cenário mas acho que nesse livro ela passou um pouco do ponto. Principalmente na questão dos capítulos enormes, deixando a leitura um pouco lenta.
O livro tem momentos importantes e algumas reviravoltas interessantes e é notável como alguns personagens evoluíram como Lottie e Daisy, a decoradora do hotel.
O que me deixou um pouco frustrada foi o final do livro já que a autora teve todo o trabalho de construir uma história incrível, que poderia ter sido minha favorita para chegar no final, um determinado reencontro que eu esperei a história toda para acontecer, ser tratado de modo trivial, sem importância, supérfluo. Fiquei bem frustrada com isso embora tenha gostado da atitude final de Lottie e o epílogo eu fiquei simplesmente sem entender o que aquilo queria dizer. Na sinopse tratam Célia como uma das protagonistas mas a jovem só aparece realmente no início do livro. Na parte dois é mencionada de forma superficial. Afinal o que aconteceu com ela?
É inegável que os reencontros e alguns segredos revelados mexem com o leitor mas o final deixou muito a desejar, principalmente para quem já leu outros livros da Jojo. No entanto recomendo a leitura para todos que amam histórias de superação, reconciliação, afinal a vida pode nos trazer muitas idas e vindas. Esse livro reforça que o amor não é um sentimento, é uma escolha, uma construção, uma reforma.