Ponto de Fuga

Ponto de Fuga Mary Sharratt




Resenhas - Ponto de Fuga


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Helder 06/09/2011

Há tempos não lia um romance tão bom quanto este.
Todos os itens de um folhetim estão lá: mocinha indefesa perde a família e se apaixona por um estranho que a faz se sentir amada. Tipico livro para virar Best Seller, mas nada disso quer dizer que seja um livro fraco ou bobo, pelo contrário, mesmo tendo todos os itens do folhetim Best seller, a autora conseguiu escrever um livro extremamente original.
O primeiro ponto positivo é a época em que se passa o livro: Idos de 1600, época em que a America estava sendo colonizada. No meu caso já li livros que falavam da colonização sob o ponto de vista dos portugueses e espanhóis, mas acho que nunca tinha lido um livro que falasse sobre o inicio da colonização dos EUA. E é para lá que a autora nos leva, e com tremendo sucesso, pois sentimos todas as dificuldades dos personagens.
O livro inicia-se na Inglaterra, onde vive o médico Daniel e suas filhas, May e Hannah. May, linda, altiva e independente, foi criada pelo pai para casar com um homem com um bom dote. Prendada, sabe cozinhar, cuidar da casa e costurar, porém desde cedo descobriu que conseguia cativar os homens, e sentia extremo prazer nisso, e mesmo tomando cuidados para nunca engravidar, aos olhos da vila em que morava era vista quase como uma prostituta. Hannah, totalmente diferente, sem atrativos sensuais/sexuais, foi criada pelo pai como se fosse seu filho homem, aprendendo as escondidas o conhecimento medico de seu pai,já que a sociedade não aceitava que mulheres pudessem exercer medicina. No começo parece que o livro vai seguir para um caminho típo O Fisico, mas como disse, a estória é bem original, então segue um caminho bem diferente.
Ser médico naquela época não era sinal de riqueza, principalmente para Daniel que atendia muitas pessoas em troca de comida e afins. Assim, com uma condição financeira ruim, Daniel vê-se obrigado a oferecer a filha mais velha em casamento para um primo distante, que a aceitava mesmo sabendo que ela não era mais virgem. E assim, May embarca naquilo que considera uma aventura: Atravessar o oceano, da Inglaterra para a America, onde este primo distante tinha uma fazenda de tabaco e um filho em idade de casar.
Hannah, fica para cuidar de seu pai, pois conforme o padrão da época, esta era a obrigação da filha mais nova. O tempo passa devagar, e o que mais nos mostra isso é a diferença de comunicação que havia nessa época. Uma carta demorava seis meses para chegar da Inglaterra até os EUA,e mais seis para voltar, pois a única maneira desta carta chegar ao destino era via o navio que levava pessoas e produtos, de um lado para o outro. Neste período em que Hannah fica com seu pai, chegam poucas cartas de May contando sobre sua vida na America.
Porém após a morte do pai, Hannah só resta a Hannah continuar seu destino pré-traçado: ir para a America morar com a irmã e sua nova família. E é ai que o livro fica mais interessante.
Primeiro devido as descrições daquele novo mundo. A autora deve ter pesquisado muito, pois dá um show nas descrições. Como era tudo difícil. Como podemos reclamar de tudo o que temos hoje? O transporte no navio durante meses, cartas demorando meses, a impossibilidade de rever um familiar devido a distancia realmente global, a possibilidades de doenças, a falta de informação, o tempo passando devagar, a diferença entre sonho e a realidade de desbravar uma nova terra, as dificuldades e a rotina trazidas pelas estações (estocar comida para o inverno, mosquitos no verão), viver de caça, como cozinhar, como conseguir um pedaço de tecido para fazer uma roupa, partos somente com a ajuda de parteiras, etc.
Depois, devido ao enorme suspense que nos envolve, quando Hannah chega a America e ao invés de uma fazenda de Tabaco, encontra somente uma tapera e um rapaz que se veste como um índio e vive de caça, como um eremita, buscando esconder um passado aparentemente cruel. Este é Gabriel, o primo que recebera May como esposa. Um quase de menino de olhos azuis e olhar indefeso.
Com o tempo e a solidão do local, eles acabam se envolvendo, e ambos descobrem juntos o quanto é bom amar e ser amado.
Mas existem sempre os fantasmas pairando no ar. O que terá acontecido com May e seu bebê? Estaria Hannah se deitando com o ex marido de sua irmã em pecado? E os criados, onde foram parar? Gabriel é o mocinho ou o vilão? Qual o motivo dos boatos dos vizinhos? Dizem a verdade ou só querem roubar as terras de Gabriel? Hannah está correndo perigo?
A autora vai nos envolvendo de tal maneira com os personagens que nos pegamos torcendo ferozmente para que a verdade não seja tão cruel quanto aparenta. Há tempos não torcia tanto por um casal, e confesso que fiquei extremamente triste no final. No ponto de fuga, quando todas as linhas se encontram, queria muito que o resultado fosse outro, mas assim como em Reparação de Ian Mcwean, aqui a autora nos mostra a crueldade que pode existir em certos atos, e que para certas coisas que fazemos , as conseqüências são enormes e não existe retorno.
Dependendo de sua sensibilidade, livro de despedaçar a alma. Mas vá sem medo. No mínimo será pego por uma ótima estória.
Recomendo!
Racky 07/09/2011minha estante
Amei a sua resenha.
E durante todo o tempo fiquei torcendo pelo casal também.


DIRCE 11/02/2012minha estante
Um livro bem difícil de encontrar, Helder.


Suzi 18/04/2012minha estante
Que resenha excelente!!!
Li e amei este livro também. Concordo em gênero, número e grau com você.
E meu Deus...como torci por este casal rsrsrsrs!


Thainá 06/06/2012minha estante
Excelente resenha, descreve perfeitamente o que eu senti durante a leitura. Só discordo do fato de ser um típico folhetim Best Seller, achei bem melhor que isso haha.
Oh, como torci por esse casal, e como adorei o final, pois, apesar de extremamente triste (eu detesto finais felizes), achei-o surpreendente, diferente dos clichês que normalmente aparecem nos típicos Best Sellers


Luciane 24/07/2012minha estante
Adorei a sua resenha. Acabei de ler o livro e desde então não consigo parar de pensar sobre o fim e tudo que aconteceu devido ao fato de as verdades não terem sido reveladas nos momentos certos. Quantas decisões que poderiam ter sido melhores. Fiquei super triste também com o fim, mas gostei por ter sido imprevisível.


Hester1 25/05/2016minha estante
Adorei sua resenha, fiquei super interessada, mas já vi que terei problemas para comprar o livro. Nao se encontra nas livrarias.




marcilivros 17/01/2010

Fascinante! Este foi o adjetivo que encontrei na sinopse desta obra e com o qual concordo plenamente. Trata-se de uma nova autora, que traz-nos uma trama muito bem tecida, deixando-nos envolvidos em um entremeado de mistérios até quase o fim da leitura. Duas irmãs, residentes na Inglaterra, diferentes em temperamento, mas bastante unidas, acabam tendo suas vidas separadas em virtude da partida de uma delas para a América para casar-se com um homem que ela nunca havia visto. Aí inicia-se toda a mudança que ambas vivenciarão. Tragédias, desentendimentos, desconfianças, dor, sofrimento, amores e vidas perdidas marcam esta história. Recomendo fortemente a leitura!
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Cissa 12/01/2012

Envolvente
América, século XVII, imigrantes ingleses chegam ao Novo Mundo com a esperança de uma nova vida e riqueza. Muitos se fixam em terras e iniciam com a agricultura uma nova fonte de renda. É onde Gabriel tem com seu pai e família uma plantação de tabaco. Vindos da Inglaterra, o patriarca busca na terra natal uma esposa para seu filho e assim May vai para a América.

A autora Mary Sharratt consegue manter o interesse numa história bem construída e conduzida com talento e maestria. Desde o início prende a atenção. Não se torna em momento algum cansativa, pelo contrário, eu queria saber mais e mais da história a cada página e a cada capítulo que eu passava.

Com o passar da trama fui vendo como a vida é aquilo que se pensa, se cria e inventa. Cada atitude tem uma consequência, e nem tudo que parece ser verdade o é. No final há uma arremate perfeito. Entendi porque o nome de Ponto de Fuga e achei perfeito. Quer saber o que é? Ah, você vai ter que ler. E tenho certeza que irá gostar e concordar comigo.

O Ponto de Fuga é uma história de ficção, mas poderia ser até uma história verdadeira pois elementos para isso ela tem: enredo verossímel, personagens cativantes, suspense, coerência e pesquisa histórica. Linda e emocionante história de perdas, conflitos e decisões que mudam a vida de todos para todo o sempre.

Valeu a leitura!
Hester1 25/05/2016minha estante
Gostei da sua resenha, estou interessada no livro, mas parece que será difícil de achar.




Maria Carolina 10/06/2012

Triste e eu achei um pouco cansativo! Mas cada um tem um gosto né!
O Livro é muito bem escrito,a Autora consegue passar para você toda a tristeza, angustia, e confusão que acontece com os personagens Principais.A história e bem triste, pelo amor de Deus muita tristeza para um povo só! A Historia da Hannah , Gabriel e May é triste e angustiante,deixa você pensando será que isso não aconteceu naquele tempo?! Só não dei mais estrelas que eu achei no decorrer do livro um pouco cansativo e chato, mais não deixa de ser uma leitura razoável para Ler.
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Suzi 16/03/2012

A estória se passa no século XVII e tem como cenário a Inglaterra e a América. May e Hannah são irmãs totalmente diferentes, assemelham-se apenas em um detalhe: ambas possuem "defeitos" graves perante a sociedade machista da época. May é uma linda mulher que se encanta por vários homens e busca liberdade e felicidade nos braços destes. Hannah é uma jovem inteligente, amorosa e aprende com seu pai as artes da medicina, fato totalmente insano para a época.
Depois de inúmeros escandâlos por sua libertinagem, May é enviada por seu pai para a América. Ela é prometida em casamento a um primo distante: Gabriel. Em sua ânsia de aventuras, May se arrisca e parte para sua nova vida.
Após algum tempo e cartas vagas de May, Hannah, sozinha depois da morte de seu pai, embarca rumo a América, ao encontro de sua irmã.
Chegando na fazenda de Gabriel, Hannah tem uma triste surpresa, depara-se com um ambiente selvagem, um homem totalmente solitário e sua irmã morta...
Inicia-se uma excelente estória, onde Hannah e Gabriel se envolvem e controem uma linda relação, que é abalada por mentiras, por comentários, suposições, medo e muito mistério. Intrigas apontam que Gabriel estaria envolvido na morte de May, fato que assombrou e modificou a vida de ambos.

Livro excelente! Há todos os ingredientes necessários para uma boa estória: romance, intrigas, mistério e suspense...além do contexto histórico, que foi resultado de um longo e excelente trabalho da autora. Torci muito pelo casal, que personagens ótimos!!! Me entristeci e me sensibilizei por tamanho sofrimento.
Minhas quatro estrelas são por não ter gostado do final, queria um pouco de redenção na vida de Gabriel e Hannah: os mais inocentes e mais sofridos deste livro.O livro assemelha-se a vida, onde uma pessoa, com atos inconsequentes pode gerar inúmeras consequências negativas!
Recomendadissímo!
Helder 18/04/2012minha estante
Resenha perfeita também. Descreve todos os sentimentos trazidos por este ótimo livro.




Larissa 04/02/2012

Um livro incrível, com personagens, história, cenário, tudo muito envolvente, apesar de muitas vezes cansar a leitura.
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Claudia Cordeiro 26/05/2016

Imperdível para quem gosta de romances de época
Muito bem escrito, os capítulos alternados entre vários personagens tornam ainda mais interessante essa história, a de duas irmãs separadas pelo destino.
Odiei 2 personagens, sofri com outros... enfim, entrei na história, não gostava qdo. tinha que parar de ler para fazer outras coisas.
É mais um "drama" histórico do que um romance. Não é um livro alegre, porque é como a vida: o que acontece, acontece, não temos o controle.
Recomendadíssimo. Principalmente quem gosta de histórias de época não deve deixar de ler.
Tereza 26/05/2016minha estante
Ah, desse jeito vou querer mesmo, rs! :)


Claudia Cordeiro 26/05/2016minha estante
Blz!


Helder 28/05/2016minha estante
Este livro para mim foi uma grata surpresa. Lembro de tê-lo comprado bem baratinho, e no fim, era um mega livro que tb já recomendei. Ótima leitura.




Retipatia 05/11/2018

Sabe o que o ponto de fuga?
Na Inglaterra do século XVII, as irmãs May e Hanna vivem com seu pai Daniel Powers uma vida regrada, mas confortável, e com o apoio da criada Joan. O Sr. Powers, é médico e, disso tira o sustento da sua família. Com o avançar da idade, se tornou impossível que ele exercesse sua profissão com toda a excelência, ainda mais em se tratando das cirurgias que precisava realizar. Assim, como desde criança ele ensinou sua filha caçula a arte da medicina, em segredo, era a jovem quem realizava os procedimentos cirúrgicos nos pacientes. A conexão de pai e filha era, no que a própria Hanna descreve, como se ela fosse o filho que ele não chegara a ter, já que sua esposa faleceu ao lhe dar à luz.
May, por outro lado, não estava interessada na arte da cura como a irmã, mas sim em aproveitar os prazeres que os homens poderiam lhe dar, o que acaba conferindo a ela uma má reputação na pequena cidade em que vivem e lhe acaba por trazer um casamento arranjado do outro lado do mundo, na América, com o filho de um primo de seu pai, Gabriel Washbrook.
Preocupada especialmente com o futuro de sua irmã, May aceita o casamento e embarca na longa viagem de navio para a América do Norte. Hanna fica desolada enquanto observa o navio levar sua irmã para o além-mar, até se perder de vista, no que é chamado como Ponto de Fuga, quando, ao encarar o horizonte, não se é possível mais avistar o barco que segue.
O destino das irmãs fora traçado. Em comunicações demoradas através de cartas, Hannah fica sabendo que a irmã chegou bem ao Novo Mundo e, tempos depois, que espera uma criança. Na Inglaterra, seu pai, que já estava com a saúde fragilizada, acaba por falecer e, não podendo permanecer sozinha, ela parte em uma longa jornada até a América, para juntar-se à May.
É então que os problemas surgem para Hannah. Ela encontra Gabriel sozinho na propriedade Washbrook, não há nenhum dos empregados, e ele afirma que seu pai, assim como a filha recém-nascida e a esposa, faleceram.
Hannah se vê presa nesse desenrolar, sem ter como partir imediatamente da propriedade de Gabriel e rodeada de pensamentos acerca da irmã. Com o tempo, os sentimentos de Hannah começam a mudar e um amor nasce entre ela e Gabriel, o que faz com que sua partida seja deixada de lado. Em meio à essa convivência próxima, assim como com os sinais que ela vê espalhados pela propriedade e, em especial pelo contato e notícias que chegam através dos vizinhos abastados, os Banham, é que Hannah começa a questionar a morte de sua irmã até conseguir descobrir a verdade, que definirá o seu destino e de todos ao seu redor.
Devo confessar que a leitura começou pouco instigante, até, no máximo, um quarto do livro, eu lia páginas e páginas e parecia que não tinha avançado na leitura. Mas, como eu disse, isso foi apenas o princípio da leitura. E, com mais algumas páginas, essa sensação foi logo superada (e provavelmente não se trata de uma problemática da narrativa, mas da total falta de hábito que ando em ler romances puramente romances, por assim dizer).
A narrativa do livro foca mais no ponto de vista de Hannah, especialmente depois que May parte para o Novo Mundo. É quase como se May fosse silenciada, até, já para o fim derradeiro da trama, ressurgir na narrativa de fatos que ocorreram após sua chegada a América e ajudar a desvendar os mistérios da história. E, mesmo havendo vislumbres de Gabriel a partir de seu surgimento na história, é inegável que a narração tem tendências à mostrar mais o ponto de vista de Hannah e demonstrar os sentimentos desta. O que traz um certo contraste e desbalanço para a narrativa que, até então, mesclava a narrativa com os afazeres de ambas as irmãs. Não chega a ser nada confuso ou que atrapalhe o entendimento da história, mas é, sem dúvidas, elemento utilizado como recurso para manter o mistério que envolve a morte de May. Ainda que esta seja a razão, senti falta de May durante o percurso da história, quase como se tivesse sido começado a ser apresentada e, depois, essa apresentação fora cessada.
Esse livro me causou muitos sentimentos distintos. Em vários aspectos, é uma verdadeira obra-prima. As descrições do modo de vida, dos costumes da época, são impecáveis. Desde do ato de cozinhar, à caça, ao plantio, aos hábitos dentro de uma casa, à medicina e crenças da época. Como o próprio livro nos conta, a autora pesquisou por 10 anos sobre os costumes da época para escrever o livro. E, devo acrescer, nunca vi um romance tão bem descrito nesse aspecto. São detalhes que enriqueceram a obra de um modo incrível. Até mesmo algumas receitas que são trazidas no livro trazem a realidade da época. É realmente um patamar que muito dos romances de época costumam deixar a desejar.
Além disso, eu não posso deixar de destacar que o protagonismo feminino na obra é excelente. Os pontos questionados pela autora são alguns que fazemos até hoje, como o papel da mulher na sociedade e frente à família, sobre sua sexualidade e liberdade de profissão. Claro que não se pode comparar o tempo em que se passa a história com os dias atuais, mas, são questionamentos realizados até hoje, ainda que com maior grau de liberdade e várias conquistas pelo meio do caminho. Pelo lado de May, temos a figura de uma mulher que deseja experimentar sua sexualidade e, por isso é mau vista e colocada sob repreensões contínuas por causa disso. Ela anseia por uma liberdade, não apenas sexual, que estava longe de lhe ser permitida à época, pelo fato de ser mulher. Com Hannah, temos um outro viés, por ter aprendido o ofício da medicina com seu pai e, tendo se apaixonado por seu exercício, ela se vê pensando que seria bem melhor ser um homem, para que pudesse trabalhar ao lado de seu pai sem questionamentos e, de fato, poder exercer o ofício (tem alguns outros pontos também, mas estes não vou detalhar pois seriam spoiler total... rs).
Com o desenrolar da história, as forças de cada uma das duas irmãs se mostra, cada uma buscando, à sua maneira, a liberdade conforme a necessidade lhe permitia. E, um dos aspectos que eu saúdo a autora é exatamente este, além do intrincado da história e do próprio destino, há esse vislumbre do que era ser mulher à época e dos preços que as mesmas sofriam. Se a dificuldade estava presente às vezes por condições sociais, essa era sempre engrandecida pelo fato de ser mulher (qualquer semelhança ao mundo de hoje não é mera coincidência... rs). Além disso, tem que se destacar todo o amor entre irmãs que é mostrado na história, capaz de se fazer valer sobre outros aspectos da história e, de certa forma, definidor do destino das personagens.
Um dos pontos que a história faz refletir e, nisso, é o ponto em que provavelmente fará o leitor amar ou odiar a resolução da história de Hannah, é sobre o resultado de nossas ações. Cada ato que praticamos, independente de sua motivação, tem resultados. Às vezes tão extensos que sequer somos capazes de vê-los a pequeno ou médio prazo. Só sabemos seu alcance quando já é difícil ou impossível contornar as consequências.
Tirando o fato que achei que a força de Hannah acabou por ser destacada de um modo um tanto quanto resumido lá no fim (porque sim, essas são irmãs de garra, não há que se negar), é impossível não notar a tendência de que a autora trilhou um caminho com a história que, ainda que possa não agradar a todos, tem sua própria beleza mas, indiscutivelmente, o condão de ser tradicional. Não tradicional no sentido de ser padrão, mas no sentido de ser o que melhor seria aceito, dentro dos padrões. Porque, o fim, sem dúvidas, especialmente no que toca à vida de Hannah, não foi pensando apenas nela. Renegou-se um em prol de outro, por assim dizer. Não necessariamente melhor ou mais importante.Não poderia deixar de destacar a beleza da sutileza em que o nome do livro se entrelaça com a história das irmãs Powers. Leia e saberá! rsrsrs No fim, agora que já falei demais, é importante destacar que sim, eu recomendo a leitura, especialmente aos que gostam de um romance de época em que nem tudo são flores e a história não se resume à uma mera discussão de amor não correspondido ou da ideia de amor correspondido em que um não sabe da correspondência do outro... rs

site: https://wp.me/p7r1pU-U3
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Luciane 24/07/2012

Ao participar do Grupo Livro Viajante ( http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284), vc recebe livros que nem imaginava que existissem e livros maravilhosamente incríveis. E "Ponto de Fuga" foi uma grande surpresa. Amei a história e especialmente do jeito como ela foi contada. Vc fica querendo saber desesperadamente a verdade, mas a autora somente revela ao final, mesclando presente com passado. Dá uma agonia enorme em saber que muitas decisões foram tomadas de forma equivocada e um grande amor foi desperdiçado. Eu gosto de livros que trazem revelações não imaginadas e este é um deste. Recomendo muito.
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Esdras 26/08/2013

Envolvente e misterioso.
Hannah e May Powers são irmãs de personalidades diferentes. Porém, muito amigas e cúmplices. Linda e exuberante, May não queria viver como as outras garotas,dentro de casa a espera de um casamento.Não.Ela queria sai e curtir com os rapazes. Ela queria aventuras.Logo, sua fama não era das melhores na cidade. Após arruinar o seu noivado,o pai dela escreveu uma carta a um primo, oferecendo-a para se casar com seu filho Gabriel.
Ir para um outro país, uma terra distante, não parecia tão ruim assim para a bela May. "Uma aventura", dizia ela para sua irmã. E então,chegou o dia da viagem. Entrou no navio e partiu, deixando a pobre Hannah a chorar.
Porém, ao chegar ao seu destino, May Powers descobriu que nada era como ela imaginava....
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Comecei a ler esse livro cheio de receio pois era um livro um pouco velho(2007). Não conhecia a autora nem nada.
Minha opinião mudou por completo logo nas primeiras páginas. Já tornou-se um dos meus preferidos.
Esse romance é cheio de surpresas e me deixou ansioso e muito curioso a cada capítulo que eu lia. Uma trama muito bem escrita. Recomendo.
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Simone de Cássia 14/12/2016

Se eu gostasse de finais realistas ele levaria 5 estrelas, mas de realismo já me basta a vida... É uma ficção, mas tem tudo que retrata as reações humanas, principalmente a crueldade e a mentira impiedosa. Como romance épico é fantástico, mas não me agradou o final de jeito nenhum!! Nota "S" de sofrido demais...
Claudia Cordeiro 14/12/2016minha estante
É, tem livro que faz a gente torcer por um final feliz...




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