A Idade da Razão

A Idade da Razão Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Idade da Razão


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Ricardo 19/12/2020

O que é ser livre?
A história gira na temática sobre o que é ser livre e as consequências de viver em busca desse objetivo. Não é de leitura difícil e traz bons questionamentos.
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Gabri 09/12/2020

Leitura descompromissada
Comecei a ler o romance ao acaso, tinha acabado a minha última narrativa e estava solteiro de uma leitura. Dei uma fuçada nos livros antigos do meu pai no sótão e me deparei com essa obra prima.

A princípio, pensei que ia ser uma leitura penosa, já que não consegui passar do começo de A Náusea (que aliás pretendo dar uma segunda chance agora), mas tive a grata surpresa de estar errado.

Não fui tanto com a intenção de compreender Sartre, sei pouco do existencialismo, contudo ficou claro como a liberdade aparece como um motivo recorrente. Li em outra resenha que o homem estaria fadado a ser livre, acho que preso, também, aos efeitos decorrentes de suas escolhas.

Outra coisa que me chamou a atenção foi que a história parece o ocorrer em dois planos simultâneos: o interno e o externo, sendo que, de todos os personagens, Ivich aparece como um enigma, já que não temos acesso a seus pensamentos, porém, ao mesmo tempo, parece ser a personagem que mais "entrega" a sua interioridade... Ainda que não saibamos o que ela sente por Mathieu.
Todos os personagens possuem uma vida interior muito rica, aliás, e dão sentido ao mundo a partir delas, ainda que haja muita contradição entre o que um personagem aparenta e aquilo que ele pensa.

Enfim, história envolvente, achei o motor dela (a gravidez) como um excelente fio condutor da trama.
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Anderson 29/11/2020

Segunda leitura
Reli depois de muitoa anoa. Na peimeira vez senti vontade de sair da eacola por que queria ser livre de fato. Hj vejo que permaneço não sendo livre mas entendo que ninguém é.
Sartre estava muito a frente do tempo em 1945.
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Biblioteca Intempestiva 01/09/2020

SARTRE, Jean-Paul. A idade da razão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
O autor nasceu em Paris e formou-se em filosofia pela Escola Normal Superior (onde conheceu a escritora Simone de Beauvoir) em 1928.

Inspirou-se em filósofos como Hursserl, Heidegger e Kierkegaard para elaborar a sua teoria existencialista.

Quando a França entrou para a 2° Guerra Mundial, foi convocado e caiu prisioneiro dos alemães em 1940.

Ao escapar do campo de concentração de Trier, fundou o movimento Socialismo e Liberdade, que atuava na Resistência.

Em 1952, filiou-se ao Partido Comunista, mas a intervenção soviética na Hungria em 1956 levou-o a romper com o partido.

Em 1964, o escritor ganhou o Prêmio nobel de literatura, mas recusou a honraria.

O romance publicado em 1945, 1° volume da trilogia 'Os caminhos da liberdade', se passa em Paris, às vésperas da 2° Guerra.

Mathieu Delarue é um professor de filosofia que defende a ideia de liberdade individual e despreza qualquer tipo de compromisso.

Cruzando filosofia moral com as questões práticas da vida no período pós guerra, o personagem se vê profundamente envolvido na ideia de que ninguém poderia pará-lo ou tomar decisões por ele, pois seu caminho é construído por seus próprios passos.

Porém, a gravidez inesperada da namorada, em meio à crise político-social da época, coloca em xeque seus conceitos e os dos que o cercam. Sua liberdade fora tensionada.

Existe a necessidade de se tomar uma decisão: assumir um filho, ter responsabilidades sobre ele e casar com uma pessoa que não ama; assumir o papel social de marido e de pai, ou por outro lado o aborto?

A decisão complexa acarreta muitas variáveis: existe liberdade que não acarrete responsabilidade? Toda escolha traz consequências, não há Deus que cite caminhos ou posições; o sujeito é formado a partir das decisões que toma e a existência precede a essência.

"O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo".

O livro mantém questões vivas hoje: em tempos que somos consumidos pelas tecnologias digitais, por decisões de líderes burocráticos não populares, por trabalhos alienantes, ainda há espaço para liberdade?
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polypad 20/08/2020

Chato mas necessário pra entender melhor o existencialismo
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Jefferson Vianna 08/08/2020

Por que desejamos uma liberdade que ainda não sabemos usar?
“Que é liberdade? Que é ser livre? A liberdade é uma verdade ou uma utopia?” Essa experiência literária ecoará por um bom tempo em minha memória. Ler Sartre pela primeira vez foi um grande desafio, mas também uma surpresa agradável. A narrativa filosófica do autor e a sua visão existencialista mostraram-me o quanto eu evolui na compreensão destas questões. “A idade da razão”, publicado em 1945, é um livro complexo, a narrativa é fluída e exige total atenção por parte do leitor, visto que o enredo entrelaça situações e diálogos e exprime de forma peculiar os sentimentos e os pensamentos de Mathieu, Marcelle, Ivich, Daniel, Boris, Lola, etc; ou seja, ao longo dos capítulos somos convidados a desvendar e interagir com cada personagem, de modo a obter compreensão e entendimento acerca de temas como: aborto, homossexualidade, drogas, liberdade, entre outros. Cada personagem evidencia a sua própria individualidade, cabendo a nós leitores a interpretação sobre as nossas diferenças e as nossas semelhanças com cada um deles. Ao longo da narrativa, tão bem construída por Sartre, podemos nos autoconhecer e nos descobrir, confesso que muitos foram os momentos em que eu me perguntei: “Já cheguei à idade da razão?” O desfecho desta história me deixou um pouco angustiado e pensativo, e abriu um questionamento, estruturado em uma frase da Clarice: “Por que desejamos uma liberdade que ainda não sabemos usar?” Leitura recomendada.
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Luis.Gengibre 08/07/2020

Depois desse livro
Vou passar a me indagar se eu cheguei mesmo a idade da razão, ou não.
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Gy Botelho 16/04/2020

Dentro do livro
Realmente me senti dentro da cabeça de Mathieu e dos outros personagens, senti suas frustrações e compartilhei seus problemas. Contudo, o ritmo fez com que eu tivesse que me esforçar para chegar no final, ironicamente parecia com o cinema francês. Em suma, é um livro muito bom no aspecto de entrar no psicólogo dos personagens.
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gbarreiros 08/01/2020

A idade da razão - Jean-Paul Sartre
A trama é muito bem escrita e a história, apesar de narrar eventos aparentemente ordinários, assume uma profundidade inesperada no decorrer de toda trama. As personagens despertam toda série de sentimentos no leitor: Mathieu, em boa parte do livro, despertou minha simpatia; Ivich, raiva; Lola, dó; Daniel, asco; Marcelle, piedade; Boris, não saberia dizer. Há uma passagem do livro em que Boris narra sua relação com Lola, muito marcante. Para mim, a identificação foi inevitável. Ele diz como detesta perder o controle, e eu também detesto. Gostaria de se tornar um monge, após o fim do relacionamento. Já considerei a possibilidade, mas tanto eu quanto a personagem do livro enfrentamos o mesmo dilema: querer e não ter condições de colocar em prática aquilo que se quer. Enfim, o livro é belo e inteligente, de uma profundidade raramente vista em livros. Recomendo!
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THALES76 05/01/2020

"Minha liberdade é um mito"
Meu primeiro contato com Sartre, que deixa uma impressão deveras boa.
Foi uma leitura serena e tente lê-lo sem a menor pressa para poder assim prestar atenção em todos os seus pormenores e consequentemente compreender melhor este romance, que já considero sublime.
A história têm vários personagens (tive que anotar quem são eles para não me confundir) que têm algo em comum: conhecem Mathieu (protagonista). Mathieu vive um relacionamento amoroso informal com Marecelle que acaba gerando algo inesperado na vida dos dois, e para resolver este "inesperado problema", Mathieu recorre aos amigos, pedindo a ajuda deles, e é no desenrolar desses diálogos que o autor demonstra sua habilidade de escrita, descrevendo de forma tão íntima os sentimentos dos personagens, sejam eles nos debates, conflitos e reflexões, como por exemplo o aborto e a liberdade.
Mathieu é uma pessoa insípida despreocupada e inteligente, que tenta se desconectar de tudo, de sair das bolhas sociais, viver sem identidade e de forma autônoma, mas isso tem o seu preço, que é de cair na solidão, e isso não é nada divertido, porém é interessante esse modus vivendi.
Queria algum dia passar a noite bebendo no bar com alguém como Mathieu, Boris e Ivich.
Stella F.. 05/01/2020minha estante
Qdo li esse livro, com certa reserva ppr ser Sartre, também adorei!


Miti 25/08/2020minha estante
Também sonho em beber com alguém como eles!




Edna 13/12/2019

Escolhas x Liberdade
#Leituraconcluída

A idade da Razão ? Sartre

"Existir é isso: beber-se a si próprio sem sede."

Existencialismo e "Liberdade" e o que fazer com a imensidão existente nessa palavra.

Cenário Paris, Segunda Guerra, Mathieu Delarue defende a idéia da liberdade individual, desprezando qualquer tipo de compromisso. Uma gravidez inesperada da namorada Marcelle em meio à crise político-social da época, o deixam confuso, põe em xeque seus conceitos e questiona a sua Idade da razão, da resignação.

"O corpo vira à direita, mergulha num gás luminoso a dançar no fundo de uma greta imunda, entre blocos de gelo riscado de clarões. Massas sombrias"

É com essa angústia do Personagem entrelaçadas com vidas de outros tão bem construídos, que você se pergunta, não seria uma vida dentro da nossa!? com uma densidade suportável, pois os temas ainda são os mesmos, as escolhas, a busca da realização, a ansiedade enfim o existencialismo na sua melhor forma entre muitos conflitos.

#Personagens
Mathieu Delarue - como entende-lo tão pequeno e tão egoista?! E como questioná-lo, quando igualmente idealizamos algo tão fora do alcance e que nem tudo está pre-determinado à nós.

Ivich - quem não conhece uma!? odiei-a e reflexivamente a enxerguei em muitos.

Marcelle - a falta de comunicação a limitação a consumiu em seu mundo em seu quarto rosa que era seu único mundo.

Daniel - o que o faz parecer um Arcanjo, apelido dado pela amiga Marcelle, tão incerto, tão fiel em sua amizade capaz de sacrificar sua própria natureza de se assumir e coloca Delarue no chão com tamanha grandeza.

Boris - o sonhador, te cativa e te decepciona, tão humano.

Lola - como sofri contigo, a desvalorização da Arte e do mais belo que existe "O Artista"

"Eu, tudo o que faço, faço por nada; dir-se-ia que me roubam as consequências de meus atos, tudo se passa como se eu pudesse sempre voltar atrás. Não sei o que não daria para cometer um ato irremediável."

Ler Sartre foi uma experiência incrível, tão reflexivo e tão humano.

"Estava só em meio a um silêncio monstruoso, só e livre, condenado a decidir-se sem apelo possível, condenado à liberdade para sempre."

#Bagagemliteraria
#ResenhaBL
#Resenhaednagalindo
#Sartre
#Aidadedarazão
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Craotchky 09/11/2019

"Ora, a idade da razão é a idade da resignação."

"Existir é isso: beber-se a si próprio sem sede."

Penso cá comigo que, ao sinalizar "segunda Guerra Mundial, crise político-social da época e vida burguesa" a sinopse deste livro pode passar a ideia de que A idade da razão aborda estes temas em preferência. Todavia eles são praticamente nulos e só aparecem como um plano de fundo muito tênue, quase translúcido. O livro é sobre pessoas, sobre as incongruências de cada uma e suas relações consigo mesmas, com os outros e com a vida. Lembra um pouco A insustentável leveza do ser, de Kundera.

O livro começa levemente esquisito no que se refere a narrativa. O primeiro pensamento que me veio foi: "Percebe-se que Sartre não é um exímio romancista". De fato, achei o início estranho. O leitor é jogado em diálogos sem ter havido uma contextualização prévia. Temo não me fazer claro e não conseguir explicar exatamente esta minha primeira impressão. O que quero dizer é que, dada a estrutura narrativa deste livro, me pareceu que o filósofo Sartre não tem o cacoete próprio dos romancistas.

Contudo, rapidamente me adaptei ao estilo e consegui entrar na história. A partir daí o livro melhorou progressivamente. A narrativa intercala muitos diálogos com vários trechos de desenvolvimento introspectivo dos(as) personagens, seus dilemas, suas reflexões. Meio que cada capítulo foca um(a) personagem, de tal forma a intercalá-los(as) também. Com isso, o leitor(a) conhece essas(es) personagens aos poucos, em pequenas doses, ao longo da leitura. A rarefeita trama também vai sendo assimilada assim, gradativamente.

"Esvaziei-me, esterilizei-me para ser apenas uma espera. Agora estou vazio. Mas não espero mais nada."

Os(As) personagens são muito diferentes e é interessante acompanhar as relações entre eles(as), as diferenças de opiniões, de visão de mundo, de comportamento, de percepções acerca das relações... Além disso, cada um(a) possui aquela teia de emoções/sentimentos/afetos que fervilha em ebulição no interior de todo ser humano dotado de consciência e que, não raro, são contraditórios e/ou conflitantes. Em suma, todos os elementos intrinsecamente humanos que permeiam a vida cotidiana. Sartre faz isso bem e, claro, insere reflexões existenciais nesta mistura.

Porém, além dos dilemas humanos e reflexões, que adoro, me agradaram alguns trechos que carregam beleza estética nas descrições (okay, sei que isso é muito subjetivo). As palavras que ele usa para descrever determinado pensamento ou sensação são agradavelmente incomuns. Talvez dizer que essas partes me lembraram muito o estilo de Clarice ajude na tarefa de tornar mais claro o que quero dizer com "beleza estética". (Ao menos para quem já leu Clarice.) Jamais imaginei achar isso neste livro. Entretanto, infelizmente, essa quase prosa poética foi aos poucos escasseando, não durou muito. Uma pena.

Enfim, o livro se constitui de altos e baixos, isto é, bons e maus momentos. Não é uma leitura regular. Penso realmente que Sartre, por não ser romancista, peca ao manejar sem perícia a narrativa que neste caso exige características específicas por se tratar de um romance. Um último trecho:

"Eu, tudo o que faço, faço por nada; dir-se-ia que me roubam as consequências de meus atos, tudo se passa como se eu pudesse sempre voltar atrás. Não sei o que não daria para cometer um ato irremediável."
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Edilmar 19/06/2019

Amadurecimento
Ler este livro me mostrou o quanto amadureci no meu processo de leitura. É um livro de difícil compreensão no início, mas depois a história vai ganhando corpo, ritmo e sentido. O tempo todo o autor faz pontes entre o real e o imaginário; o que está acontecendo em seu época com as vidas dos personagens do livro. Magistral o livro!
Marcos.Azeredo 16/07/2019minha estante
O livro de literatura que mais gosto do Sartre.


Edilmar 22/07/2019minha estante
Muito bom.




Tatiana 14/03/2019

A busca pela liberdade
“A trajetória de Sartre começa na crise dos valores ocidentais expressa em seu existencialismo original e desemboca no marxismo.”

Os valores de liberdade, fraternidade, igualdade, conquistados com a Revolução Francesa, já estavam em decadência na França. A concepção de que o estado tinha que atender as necessidade do homem estava em crise. No livro A Idade da Razão essa nova tendência do pensamento é espressa quando Mathieu, um pequeno burguês, é abordado por um sujeito que esta mendigando na rua.
Começava a surgir uma burguesia que tinha como meta a liberdade em detrimento da igualdade. A idéia de liberdade é o coração de todo pensamento sartreano. No livro A Idade da Razão todas as personagens estão em busca, sem sucesso, dessa liberdade.
Daniel ilustra a tese, bastante difundida nos anos 30, de que o ato gratuito, sem qualquer motivo, é a única prova concreta da verdadeira liberdade. Daniel também acredita que só se é livre quando se faz exatamente o contrário do que se quer, uma prova disso é o fato dele se casar com Marcelle, mesmo sendo homossexual.
Para Brunet a liberdade não passa de simples reconhecimento da necessidade, ou seja, necessidade de obedecer as ordens do Partido Comunista. Neste caso a liberdade está tão comprometida que pode chegar ao ponto de se perder.
Mathieu ao tentar de todas as formas preservar sua liberdade, não se casando com Marcelle e não aderindo ao Partido Comunista, se torna um homem angustiado, sem essência. Na procura por uma liberdade pura, através de atos gratuitos, por exemplo, Mathieu enfia uma faca na mão, em um bar. O fato de Mathieu não comprometer sua liberdarde a uma causa, a faz nula e ele um homem sem essência.
Para a filosofia existencialista de Sartre a existência precede a essência, logo somos livres. Mas se essa liberdade não for preenchida por ações se torna vazia.
A individualidade vem de “mãos dadas” com a nova concepção burguesa da França, ou seja, a liberdade em detrimento da igualdade. Com a concepção de liberdade surge o amor sem compromisso, sem contratos. A relação de Mathieu e Marcelle exemplifica essa questão.
Mathieu ao não se casar com Marcelle, além de estar tentando preservar sua liberdade, quer, na verdade, preservar sua identidade individual. Pois o casamento implica dividir, se adaptar ao outro, ceder, ou seja, deixar de ser você mesmo e se transformar em algo novo para conviver ao lado de alguém.
Para esta filosofia existencialista a morte é o limite da liberdade. Mathieu e as outras personagens têm obseção pela juventude, porque ficar velho significa estar cada vez mais perto do limite da essência. Mathieu não aceita que está na idade da razão porque isso significa aceitar que está próximo o limite.
É na idade da razão que a liberdade descompromissada deve se tornar comprometida a uma causa. Jacques ao propor que Mathieu se case com Marcelle, diz que ele o deve fazer por estar na idade da razão,ou seja, deve comprometer a liberdade para não perde-la. Mathieu um homem incapaz de escolher, a escolha é o que permite ao homem criar seus valores, ao chegar na idade da razão se descobre um homem vazio, sem essência.
Para Sartre a consciência humana é sua liberdade. O tema principal do livro A Idade da Razão é a questão da liberdade humana. Ao examinar um grupo de pessoas traça a trajetória que os levaram a fracassar nessa busca pela liberdade.
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Geison 12/10/2017

Não vou relacionar o livro com a filosofia de Sartre, pois a conheço apenas difusamente. Mas é certo que são indissociáveis.

Os vários personagens do romance possuem suas angústias próprias, criando diferentes microcosmos que se interrelacionam. No centro está Mathieu, personagem que com seu princípio de liberdade sempre evita fazer escolhas e se engajar por algo. Mathieu enfrenta uma dura revisão de seu conceito quando sua amante fica grávida e ele iminentemente deve fazer algo. Mathieu pode até parecer egoísta, mas seu conceito de liberdade é até plausível. Acho que Sartre quer que superemos essa ideia irrestrita de liberdade individual, uma vez que, não tomar partido de nada já é uma escolha. E isso possui consequências. Isso fica claro no romance quando Mathieu à procura de conservar sua liberdade chega a uma situação de puro egoísmo e desvirtuamento de caráter. Alguém tem algo a acrescentar?
THALES76 06/01/2019minha estante
Achei esse livro perdido, todo empoeirado na casa da minha avó, vou lê-lo.




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