Vulgo Grace

Vulgo Grace Margaret Atwood




Resenhas - Vulgo Grace


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Mayara945 05/07/2020

A história de Grace Marks
Essa é uma ficção especulativa baseada no caso real de Grace Marks, uma mulher acusada do assassinato do patrão e da governanta da casa onde trabalhava.

A autora fez um trabalho muito bom pesquisando a todos os jornais da época, acrescentando textos reais das confissões e textos publicados a época dos crimes.

O texto é muito instigante, pois nunca ficou claro se Marks teria mesmo parte nos homicídios, tendo sido perdoada após quase trinta depois da pena que havia decretado sua prisão perpétua.

O trabalho de Atwood nessa história é preencher as lacunas que tornaram o caso tão popular, propondo explicações para o acontecimento de crimes tão bárbaros.

É um livro que retrata temas muito pesados, como o machismo extremo da época, abandono familiar, abuso sexual, violência doméstica e adoecimento mental.

A obra é muito reflexiva e levanta vários questionamentos importantes. Como diz a personagem no livro: se todos nós fôssemos julgados por nossos pensamentos, seríamos todos condenados.
Ais Almeida 17/06/2021minha estante
existe uma série chamada Alias Grace que é sobre esse livro


Mayara945 18/06/2021minha estante
Sim, muito boa, consegue ser bem fiel ao livro




Aione 09/01/2023

Vulgo Grace é o romance histórico e psicológico de Margaret Atwood. Baseado em um caso real ocorrido no Canadá na década de 1840, foi originalmente publicado na década de 1990. No Brasil, ganhou nova edição pela Rocco em 2017 com tradução de Geni Hirata.

Grace Marks é uma criada condenada à prisão perpétua por supostamente ter ajudado a assassinar o patrão, Thomas Kinnear, e a governanta da casa onde trabalhava, Nancy Montgomery. Já presa, seu bom comportamento impressiona diferentes profissionais, que se dedicam a investigar o caso a fim de elucidar se ela foi ou não acusada injustamente.


A narrativa de Vulgo Grace se dá em diferentes vozes e perspectivas, além de intercalar diferentes momentos no tempo. A de Grace, em primeira pessoa, é a principal e não-confiável. Desde o início há declarações da protagonista sobre manipular seu discurso de acordo com o que é esperado dela, além de sua memória estar prejudicada. Embora a narrativa seja em primeira pessoa, não temos total acesso à Grace, existindo sempre uma barreira entre ela e o leitor — um dos trunfos de Margaret Atwood para manter o caso sem solução e estimular quem lê a tecer sua própria opinião.



Aliás, o que Vulgo Grace mais proporciona são questionamentos. A manipulação de Grace é deliberada, para encobrir sua culpa, ou é uma condição a que ela se habituou, seja por já ter sido condenada, seja por ser mulher — e ter sido criada para ser o que dela se espera? São diversas as camadas do romance, que versa sobre diferentes temas, como a dificuldade de diagnóstico de transtornos mentais, questões de gêneros e de classes sociais.

Além da narrativa de Grace, há a do Dr. Simon Jordan, médico estudioso de doenças mentais responsável por acompanhá-la. Em terceira pessoa, no presente, assume o tom semelhante a de um relatório, próprio de quem observa e analisa; porém, apesar da aparente objetividade, a voz do personagem expressa muitos de seus pontos de vista e de preconceitos, que ajudam a definir sua personalidade e as relações de poder das quais faz parte. Também, o romance conta com diferentes trechos de poemas como epígrafes dos capítulos e trechos dos documentos originais sobre o caso, com diversos depoimentos.

Em linhas gerais, Vulgo Grace foi uma leitura ainda mais interessante do que O Conto da Aia pela habilidade narrativa de Margaret Atwood em manter as pontas abertas do caso original, sendo fiel a ele, mas sem abrir mão do toque ficcional e artístico. A leitura prende, envolve e suscita mais perguntas do que o romance pode responder, causando o incômodo exato que deveria causar. Fiquei ainda mais curiosa pela minissérie adaptada do livro e lançada pela Netflix.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2022/12/27/resenha-vulgo-grace-margaret-atwood/
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Fabricio268 06/09/2021

Excelente.
Excelente livro. A vida de Grace. A trágica história que a levou para prisão. Uma narrativa perfeita. Algo que me chamou a atenção na escrita de Margaret Atwood são os detalhes das ambientações que ela faz. Quando ela narra um pôr do sol, um passeio no jardim ou uma cena na cozinha, é possível sentir cada detalhe como se estivéssemos lá naquele momento. O calor do sol, os aromas, o frio do entardecer.
Leitura formidável.
Janaina Edwiges 06/09/2021minha estante
Ótima resenha. Fabrício! Muito interessante este detalhe da escrita da Margaret Atwood, proporciona uma imersão maior na história.




Laíssa 01/08/2022

Excelente!!
Como sempre Margaret Atwood não deixa a desejar em nada! Livro incrível, com alguns momentos onde duvidei da sanidade da condenada! Recomendo a leitura!
Maria 01/08/2022minha estante
Amo esse livro




anaclarabcruz 10/08/2020

Livro muito bem escrito, situações, diálogos e personagens incríveis! Fiquei admirada ao descobrir toda a pesquisa e trabalho envolvido, a autora conseguiu passar uma perspectiva muito interessante sobre Grace. Algumas pessoas podem achar cansativo em algumas partes, mas persista, vale cada segundo.
Dora 10/08/2020minha estante
To lendo agora e sua resenha me animou demais, obrigada!! ??


anaclarabcruz 10/08/2020minha estante
Dora, olhei sua meta de leitura e vi "O Conto da Aia" e "Sobre os Ossos dos mortos" e são incríveis também, lê os 3 kakaka ?




Bebela 01/09/2020

Vulgo Grace
Mais um livro da Margaret Atwood concluído com sucesso. Confesso que a leitura demorou engatar mas depois fluiu muito bem.
É um livro com uma riqueza de detalhes e toda a construção da história é muito bem pensada. Muito bacana a autora utilizar a história verdadeira de Grace Marks e se permitir criar novas histórias.
Vale muito a pena a leitura. E agora, estou pronta para assistir a série :)
Vanessa Lima 01/09/2020minha estante
Tu vai curtir a série


Bebela 22/09/2020minha estante
to amando! bem fiel ao livro, por enquanto ??


Vanessa Lima 22/09/2020minha estante
??


Lucas 16/11/2020minha estante
Já li outros livros de Margaret Atwood e tive justamente esse problema, demora de engatar. Inclusive esse é um que quero ler mas estou fugindo pois já espero que no início vou sofrer um pouco.

Eu fiz o caminho inverso, vi a série, e adorei, e agora quero ir para o livro.


Bebela 02/12/2020minha estante
A série é bem fiel ao livro. Gostei bastante ?


Vanessa Lima 03/12/2020minha estante
Que legal, @Bebela - também achei bem legal :)




luanivea 31/01/2021

Adoro a escrita e a forma que Margaret conta suas histórias, apesar de suas narrativas serem lentas e às vezes detalhistas demais, é super bom acompanhar o enrendo.
A história de Grace Marks é muito interessante, desde o início temos uma ambiguidade de personalidade dos personagens, principalmente de Grace. E essa característica dá um ar de mistério muito bem construído ao longo do enredo. Na metade da história não dá pra entender o que está acontecendo de fato, mas a história é cativante e te faz continuar até o fim. Aliás, o fim me deixou bem surpresa!
Esse livro tem ótimos pontos para serem discutidos e traz grandes referências.
Só não dou cinco estrelas por ter achado um pouco arrastado em alguns momentos. De qualquer forma, é uma obra muito boa.
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Angela.Dutra 23/04/2023

Atwood, com seu brilhantismo, construiu essa ficção baseada em fatos reais a partir do estudo de documentos, jornais e livros que ficaram como registro de um assassinato marcante da segunda metade do século XIX.

Ela recria a vida de Grace, que enfrentou abusos, pobreza e injustiças ao longo de sua vida, e especula sobre sua inocência ou culpa. A história apresenta diferentes perspectivas sobre o caso, explorando questões relacionadas ao gênero, classe social e poder.

"Vulgo Grace" é um romance histórico que oferece uma visão intrigante e complexa de uma história real de crime e punição, explorando questões sociais e psicológicas que ainda são relevantes nos dias de hoje.
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Math 16/03/2021

Grace é uma personagem interessante e sua história também, a escrita da Magaret Atwood também não é ruim, mas achei alguns capítulos muito longos, com descrições desnecessárias e cenas que não acrescentaram nada para o desenvolvimento da história, principalmente essas cenas de sonhos.
Sobre os outros personagens... Simon é um idiota, maníaco, muito sarcástico e com uma personalidade bastante ácida, resumindo, não gostei dele! ?.
Outra coisa que me incomodou foi a estrutura do livro, a pessoa não sabe ao certo quem está falando, quando outro personagem está apenas pensando... achei muito bagunçado.
Deisi 16/03/2021minha estante
Eu gostei da série ?


Araci.Medrado 18/03/2021minha estante
O livro tem tudo pra desenrolar uma narrativa interessante, mas começam com muitos diálogos desconexos e cenas muito detalhadas


mauriloamml 24/03/2021minha estante
Acho que ficou essa sensação de bagunça no começo. Depois que me acostumei com o estilo da autora, achei o livro muito bom. Foi uma grata surpresa.




marokasoueu 01/01/2023

Maravilhoso
Fazendo a retrospectiva dos livros que li em 2022.

O problema deste livro é que ele acaba.

Que livro senhoras e senhores.

Assisti a mini série, li o livro pelo Kindle e agora preciso comprar o livro físico.

A Grace é uma personagem que você quer proteger, ela me encantou, sua história, sua vida.

A Margareth Atwood é fantástica em desenvolver personagens.
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Jessica1248 15/10/2021

Baseado em uma história real
"A diferença entre um homem civilizado e um monstro bárbaro - um louco, digamos - reside, talvez, meramente numa fina camada superficial de autocontrole."

"E quando você é encontrada com um homem no quarto, você é culpada, não importa como ele tenha entrado."

"Mas ter um pensamento não é o mesmo que fazer. Se todos nós fôssemos julgados por nossos pensamentos, seríamos todos enforcados."


Quando comecei a ler, não sabia que de fato a Grace e todo esse caso de assassinato tivesse existido, descobrir isso após a leitura, me deixou mais sensível ainda ao livro.

Grace passou por muitas coisas na vida e tão jovem. Imigrou com sua família, perdeu sua mãe durante a viagem, o pai era alcoólatra e violento, sua família passava necessidades. Até que ela começou a trabalhar como empregada, muito novinha, com 12 anos. Fora isso, ainda era em um tempo do qual as mulheres eram muito mais julgadas e sem direitos.

Grace era muito dedicada, educada e de bom temperamento, aprendia rápido as funções e as fazia com boa desenvoltura. Após um evento traumático ela foi convidada a mudar de residência (de trabalho). E então foi quando sua vida mudou completamente.

Ela foi presa, junto com um outro empregado nessa nova residência, por assassinato do patrão e da governanta (que tinha um caso com o patrão). A sociedade foi para cima, julgou a Grace de 2 formas, a mulher demoníaca que seduziu o empregado (James) a matar ou era a mulher ingênua, submissa que foi persuadida a ser cúmplice. O que eu me perguntava era, Grace é culpada ou inocente?
Afinal ela alegava amnésia, dizia que não se lembrava dos fatos que o James disse na confissão. Grace também deu 3 depoimentos diferentes, mas vale ressaltar, que seu advogado a instruiu a falar coisas que os jurados gostariam de ouvir e com ela não tinha melhores instruções de como agir, fez o que lhe foi mandado. Preciso mencionar que ela foi presa aos 16 anos, muito jovem.

E diante disso, o livro retrata a vida da Grace na prisão e ela começa a conversar com o Dr. Simon, um médico que gostava de estudar a parte psíquica, queria conseguir "destravar" a memória de Grace que estava "travada". Temos pinceladas do espiritismo, que estava em alta nessa época (1840, por aí), o sonambulismo e a hipnose.

Foi um livro que me deixou muito curiosa, temas assim chamam muito minha atenção. Já tinha lido O Conto da Aia, também da Margaret e adoro a escrita dela, a sensibilidade e a forma direta que ela tem de relatar sobre a sociedade e as pessoas. Livro favoritado e com uma imensa recomendação, LEIAM.
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Luis.Henrique 14/11/2020

Tinas, colchas e retalhos
Recebi esse livro de presente de uma amiga que tenho em alta estima, porém, por mais que tenha levado mais de um ano para lê-lo, acho que encontrei esta obra prima no melhor momento possível.
A autora leva seu tempo para construir uma narrativa, onde entra em equilibrio com seu próprio estilo e uma emolução das convenções de obras que abordariam a sociedade do século XIX. Como um conto tudo simplesmente parece encontrar seu lugar e propósito, e antes que perceba a narrativa que poderia ser mero mergulho poderá afogar-lhe em uma correnteza traiçoeira.
Como não conhecia nada da história de Grace Marks fico feliz que essa seja a obra a introduzir-me a esta, pois a ficção histórica de Atwood me proporcionou o suficiente para construir o interesse sem tomar nenhum fato por verdade absoluta.
Um livro excelente para ler com calma e com pressa, o que é raro.
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Vitoria 27/12/2020

MARAVILHO!
Parece que está autora nunca falha!
Que livro viu, a escrita em alguns momentos e detalhista demais, mas nada do que ela escreve é em vão.
Amei, final surpreendente!.
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Duda 22/05/2020

MUITO BOM!
Esperava um pouco mais do final (caso tivesse sido um pouco diferente e aumentado minhas expectativas, teria ganhado mais uma estrela). Mas apesar de tudo, é com certeza uma leitura que recomendo. Uma estória bastante intrigante a qual você não sabe em quem confiar.
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Ro 25/01/2021

E a arma do crime?
Baseado em uma história real, "Vulgo Grace" conta a história de um surpreendente assassinado ocorrido no Canadá no século XIX. Segundo notícias da época, dois empregados de uma casa de fazenda se juntaram e assassinaram o patrão e a governanta.
Embora o livro se alicerce em um acontecimento real, a autora adicionou doses de ficção que tornam a narrativa mais literária e menos parecida com um boletim criminal de época. Atwood, como sempre, arrasou na composição de cenários, detalhamento de cenas e composição de personagens que são complexas, humanas e cheias de camadas.
Em "Vulgo Grace", nenhuma personagem é simplesmente boa ou ruim. São humanas. Erram e acertam como todos nós. Um exemplo bacana é o Dr. Jordan, que apesar de ser um médico tentando ajudar Grace a recuperar fatos que ela se esqueceu sobre os assassinatos está, ao mesmo tempo, fantasiando contatos íntimos com as mulheres que o cercam. Em um certo ponto, o médico chega ao ponto de ceder aos seus desejos e depois abandonar a "cena do crime" luxurioso.
Para quem assistiu à série homônima, talvez o mistério Grace/Mary não tenha tanto brilho, pois já conhece o plot. Contudo, não é nada que atrapalhe a leitura desse clássico atwoodiano.
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