O sentido de um fim

O sentido de um fim Julian Barnes




Resenhas - O Sentido de um Fim


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adrianlendo 10/04/2023

Foi bastante difícil encontrar sentido no fim de 'O Sentido de Um Fim' e é por isso que eu gosto de falar que me identifiquei pela metade.

O primeiro capítulo desse livro me trouxe muitas coisas interessantes que pude levar em frente para entender muito melhor quem eu sou e o que eu sigo para entender meu lugar no mundo.

A ânsia de Tony por ter Adrian, alguém que ele admira desde o primeiro instante, como parte da sua vida fez com que eu sentisse a angústia plenamente como se fosse eu ali fazendo de tudo para agradar alguém que mal conheço para conseguir a migalha que acho que preciso para sair por cima. Isso nos persegue. Essa necessidade de fazer o outro se sentir incluído para no fim sermos nós os excluídos faz com que tudo seja mais difícil mais pra frente. Acontece. E depois disso você só sente que perdeu muito mais do que deveria.

Você percebe que depois que tudo aquilo acaba o mundo já não é o mesmo. As pessoas são separadas, cada uma vive sua vida e, de repente, tudo aquilo que você deixou de lado sobre si mesmo te atinge e te faz perceber que talvez você não saiba viver porque nunca viveu um momento só seu, sempre foi para ser agradável com os outros e isso machuca ao mesmo tempo que te joga mais para trás em uma espiral maluca.

Você envelhece, e aqui começa a metade que eu paro de me identificar tanto, e é isso? Sua vida aconteceu e não há nada de interessante? O seu autor não consegue imaginar algo melhor para você do que ficar preso a uma coisa no passado que nem faz tanto sentido assim?

Por um lado é interessante porque mostra como você pode se tornar algo extremamente monótono ao fazer sua vida girar em torno de alguém que acabou durando pouco ao seu redor, mas por outro torna a história entediante o suficiente para que você adie tudo por pura preguiça de terminar de ler.

'O Sentido de Um Fim' acaba perdendo sentido no final, mas não prejudica o conjunto de tudo que ele constrói e a beleza que ele traz na crueldade pela qual passamos para que possamos ser bem vistos por pessoas que fazemos de tudo para conquistar. Definitivamente algo que eu precisava, embora imagino que o meu eu do futuro acabe tendo um destino bem diferente do que acontece com as pessoas daqui, eu espero.
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Juliana 20/03/2023

Gostei de ter lido
Acho um ótimo livro, traz perspectivas sobre a vida, principalmente sobre a memória e a interpretação dos fatos. É um daqueles que vale a releitura.
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vates.em 09/03/2023

Toda vez que o Tony falava "agora eu entendi" eu tinha exatamente a mesma resposta "pois me explique". Eu gostei muito do livro, recomendo, mesmo com a experiência estranho de tentar falar sobre com minha psicóloga e receber em troca olhares preocupados. Ele deixa claro como os acontecimentos podem não ter sido daquela forma desde o início, e talvez seja esse o principal tema do livro. Memória.
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Jhonys 22/02/2023

Reflexivo
Gosto de adquirir livros da tag curadoria justamente porque não seria um livro de fácil acesso para mim. o que foi o caso deste livro.

a leitura como um todo me trouxe diversas reflexões sobre amadurecimento, pensamentos e o quanto nós mudamos ao decorrer dos anos e o quanto nossas atitudes passadas impactam no futuro. entretanto não foi um livro surpreendente e talvez eu não o li no momento certo.
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andrealog 13/01/2023

A história conta o que houve ou a gente relata o que ouve?
Impossível de largar, a trana envolvendo um pacato inglês de meia idade na sua busca por reconstruir, apagar e/ ou recontar episódios da juventude marcados pelo norte prematura de um amigo!! Quando termina você já fica se perguntando, e agora? Quando sai o volume 2????
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adrichts 11/01/2023

plot twist incrível
eu passei o livro todo sem entender ele direito, até agora na verdade, mas ele vale a pena de se ler. é rapidinho, uma história com um plot twist incrível no final, personagens únicos (apesar de alguns não se destacarem tanto). mas leiam, é muito bom e vale a pena.
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__ElaMartins 31/12/2022

Simples e direta. É uma narrativa em primeira pessoa de um senhor e das suas memórias aleatórias dos amigos de juventude e é incrível como ele sabe que não se lembra bem e como as conclusões dele mudam toca vez q ele lembra de outra perspectiva. A história é super interessante de acompanhar, a linguagem é fácil e divertida, parece um bate papo com um idoso aleatório no ônibus. Ele conta a vida dele e a gente escuta. O final é um plot muito legal e muito bem escrito
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Giovana.Marim 04/12/2022

Preciso reler
Já li, mas foi há muito tempo e confesso que preciso reler uma ou duas vezes para poder tentar entendê-lo melhor.
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Aysha Joyce 23/11/2022

esse é definitivamente um livro e um plot. você ta lá: pelo amor de deus O QUE aconteceu. e só nas últimas linhas o autor te conta :) e no meu caso eu passei o dia todo pensando que tinha lido errado, já que não estava esperando acontecer o que aconteceu. é massa
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valentina 13/11/2022

Um livro curto com uma história incrivelmente complexa, que consegue tratar dos temas que se propõe sem parecer bagunçado ou tumultuado demais. A narrativa é envolvente e, em alguns momentos divertida, tanto que, no início, quando o narrador conta do início de sua vida, te avisando que sua própria memória não é confiável, não senti uma ânsia de saber o que estava sendo escondido de mim, mas sim aproveitei a jornada de descobrir a verdade sobre a vida das personagens junto com o narrador, como se a nossa memória e nossa caminho fosse uma só, ao contrário do que acontece em alguns casos com narradores não confiáveis, em que eles ativamente enganam o leitor, aqui vamos descobrindo juntos o que ficou escondido ou esquecido.
As reflexões do narrador, mesmo que longas e mesmo que às vezes discorde de sua conclusão, também em nenhum momento me pareceram cansativas ou arrastadas, aproveitei muito acompanhar as voltas que a linha de raciocínio dele dava a cada novo acontecimento ou descoberta, muito bom livro.
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Rebb.Rocha 11/09/2022

"Este era outro de nossos temores: que a Vida não fosse igual à Literatura" (e ela não é)
"Quantas vezes nós contamos a história da nossa vida? Quantas vezes nós ajustamos, embelezamos, editamos espertamente? E quanto mais longa a vida, menos são os que ainda estão por perto para nos contradizer, para nos lembrar que nossa vida não é a nossa vida, mas apenas a história que nós contamos a respeito da nossa vida. Contamos para outros, mas - principalmente - para nós mesmos."

Achei lindo, me surpreendeu.
Rápido e profundo, daqueles que deixa sua mente a todo vapor.
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Jéssica Maria 27/08/2022

Solipsismo
Não sei como esse livro veio parar na minha estante, mas topei lê-lo por ser um livro de poucas páginas, achei que iria se tratar de uma leitura breve, mas me enganei. A história tem um ar muito filosófico e acompanha o amadurecimento de Tony, nosso protagonista.

A primeira parte conta a adolescência, da época em que Tony e seus amigos acolhem Adrian, um menino tímido, diferente e muito inteligente no seu grupo. Em seguida somos apresentados aos anseios da juventude deles.

Na segunda parte temos Tony idoso, alguém que viveu uma vida normal, mas que em nada correspondeu às suas expectativas juvenis. Do nada, esse Tony senhor é surpreendido por um acontecimento, que o convoca a revisitar memórias que há muito tempo não o visitavam.

Eu fiquei bem decepcionada no começo, porque eu esperava uma coisa leve sobre adolescentes e recebi uma questão existencial. Depois achei um saco os devaneios do Tony longevo, porque enquanto ele pensava e refletia eu ficava curiosa sobre outros assuntos, o quais ele escolheu deixar pra lá ou não se aprofundar.

Após a primeira surpresa, que me fez ter interesse em prosseguir na leitura, fiquei curiosa para ver o que iria acontecer, mas nada que se sucedia era tão interessante quanto às minhas expectativas, então fui protelando a leitura.

Por fim, na última página do livro, entendi o que aconteceu e fiquei tão surpresa que deu vontade de reler! Pra ter uma percepção diferente da história, na tentativa de captar o que deixei passar.

Foi aí que percebi que essa é a jogada do autor. Ele quer que revisitamos nossas memórias, agora com informações privilegiadas, mas, diferente de Tony, não sinto remorso pela primeira impressão que tive e que moldou meu julgamento, pois consigo ter autoempatia e entender que aquelas impressões anteriores foram formadas a partir do que eu sentia na época. Além disso, sei que não adianta me punir por ter pensado ou sentido algo naquele momento, pois haviam algumas limitações que só o conhecimento dos fatos torna amplo. Para mim, isso é autoevidente.
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Isa 11/07/2022

É uma ótima história (inegavelmente), e a narração me prendeu bastante, li super rápido. Mas o grande problema que tive com o livro é que senti que enrolou demais pra entregar o plot, e além disso ainda deixa essa explicação bem nebulosa. Entendo que realmente se trata de uma escolha do autor, mas pelo estilo de narrativa que foi apresentado durante o livro eu esperava algo mais certeiro e bem explicado
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