Resenhas - O Sentido de um Fim

Bê. 15/04/2024

E se??
Foi difícil terminar essa leitura porque ela trata de temas profundos como suicídio, remorso, melancolia, e as vezes me senti meio triste e precisei de várias pausas.
Não indico pra quem não tiver num bom momento de saúde mental.
Apesar dessas ressalvas, é muito interessante acompanhar a jornada de Tony e suas reflexões sobre sua vida e ações. E se no fim da vida formos confrontados pela pergunta ?e se..??? Ficaremos satisfeitos com nossas escolhas? Teríamos remorso? Perceberíamos a tempo o impacto que nossas atitudes têm na vida e na história de outras pessoas? por mais pequenas que sejam, as nossas decisões se acumulam e se propagam causando impacto, as vezes bons, as vezes ruins, mas estamos prontos pra entender essa responsabilidade?
Muito se fala sobre responsabilidade afetiva e saúde mental nos dias de hoje. Mas talvez falte profundidade nesse debate para haja alguma mudança. Bem, profundidade não falta nesse livro.

VAeh 24/03/2024

Trata-se de uma narração lenta e detalhista para se entender a disposição de um personagem a morte e as razões que resultaram nesse fim. Com abordagem de um tema sensível, traições, questionamentos e insatisfação sobre a vida e escolhas.

My_bn 21/03/2024

Geralmente gosto das coisas que me irritam, mas esse aqui...

Chatisse de início ao fim, o narrado é insuportável, ao ponto até que posso ter me identificado um pouco na parte de sempre tá se justificando e criando diversas teorias, "o mundo gira em minha volta", o que é longe de ser real, só que o principal demorou 60 anos pra reparar o comportamento, páginas e páginas disso, ao ponto que pulei frases. Se no início esperei gostar de algo e ta julgando muito, no fim eu digo que isso facilmente seria um livro escrito pelo John Green, os monólogos chatos, umas investigações que só adolescentes poderiam achar profundo (talvez nem isso) e o final ???? Tava lendo pensando "agora que a fofoca foi jogada na rodinha" e acabou.

Hoje já temos na cabeça aquela frase "você não é bola de cristal pra entender as coisas não ditas" questão insuportável, a mulher ficava "você não entende nada" em vez de dizer algo, podia ser resolvido na metade do livro, podia ter o diário pra lermos, mas não, só serviu pra me irritar, agora só quero uma próxima leitura boa ou vou acabar perdendo o gosto por um tempo.

Pequena M 25/02/2024

Irritação
Chatisse de início ao fim, o narrado é insuportável, ao ponto até que posso ter me identificado um pouco na parte de sempre tá se justificando e criando diversas teorias, "o mundo gira em minha volta", o que é longe de ser real, só que o principal demorou 60 anos pra reparar o comportamento, páginas e páginas disso, ao ponto que pulei frases. Se no início esperei gostar de algo e ta julgando muito, no fim eu digo que isso facilmente seria um livro escrito pelo John Green, os monólogos chatos, umas investigações que só adolescentes poderiam achar profundo (talvez nem isso) e o final ???? Tava lendo pensando "agora que a fofoca foi jogada na rodinha" e acabou.

Hoje já temos na cabeça aquela frase "você não é bola de cristal pra entender as coisas não ditas" questão insuportável, a mulher ficava "você não entende nada" em vez de dizer algo, podia ser resolvido na metade do livro, podia ter o diário pra lermos, mas não, só serviu pra me irritar, agora só quero uma próxima leitura boa ou vou acabar perdendo o gosto por um tempo.

Ivana M. 11/02/2024

Absoluto Controle Narrativo
Minha primeira leitura como associada da Tag Livros e foi uma experiência muito positiva.
Através de uma narrativa leve - mesmo em momentos de tensão - e de idas e vindas ao passado, este livro convida o leitor a criai o seu "Sentido de um Fim".

Lembranças, família, amizade, juventude e relacionamentos vêm a tona quando o protagonista Tony recebe uma herança que o convida a visitar o seu passado e (re)construir sentido para inúmeros acontecimentos.

Gostei muito da narrativa em primeira pessoa, por me colocar tão próximo do protagonista e entender seu ponto de vista. Mesmo assim, cosegui dar o meu próprio sentido aos fins que essa narrativa tão envolvente conduz.

Quel Marnet 15/01/2024

Não confie na sua memória!
Primeira resenha por aqui, perdoem qualquer falha. Vamos lá! rsrs
Um livro pequeno, de leitura fácil. A princípio você pode até pensar que o foco seria o suicídio do Adrian (não é spoiler, isso já é falado na sinopse do livro), quando na verdade é um livro sobre "memórias", que nos faz refletir bastante sobre como nossa memória pode nos enganar.
Hoje já sabemos que nosso cérebro tem mecanismos de defesa em relação a nossas memórias. Esquecemos as coisas para nos proteger, "alteramos" detalhes que não gostamos, existe até mesmo memória implantada!
Porém o livro nos faz refletir em como nos lembramos das coisas, como contamos nossa própria história, como nos sentimento em relação a uma situação ou pessoa, e como com o passar o tempo, nossas memórias e até mesmo SENTIMENTO podem mudar em relação a mesma situação e mesma pessoa. Afinal, o tempo é a única coisa que "cura" tudo, que traz clareza e amadurecimento.
Também traz uma reflexão muito forte sobre como nossas ações podem afetar a vida das pessoas, nossos julgamentos podem estar totalmente enganados, e nossas percepções distorcidas.
Sem falar que no final tem um plot twist do plot twit. Maravilhoso!
É um livro que provavelmente deve ser lido mais de uma vez para entender tuuudo mesmo.
Super indico a leitura.

Caroline Vital 28/11/2023

Lido em 2019
Ai, gostei não. Muita onda pra pouco livro. Muito irritante. Ideia boa, pra pouco enredo. Muito mistério, pra final ruim. Achei desnecessário.

Cíntia 05/11/2023

Como me lembro de tudo o que aconteceu.
Fazia tempo que não conseguia terminar a leitura de um livro, começava vários e desistia da leitura no meio. Por isso decidi pegar para ler um livro mais fininho, com essa capa linda e enredo interessante. Acabei devorando "O sentido de um fim", não pelas suas poucas páginas, mas pela qualidade da escrita de Julian Barnes, que te prende e te faz refletir sobre a própria vida, o que para mim são a definição de um bom livro.

O livro é narrado pelo Tony Webster, que está na casa dos 60 anos e faz um balanço da sua vida. Isso se dá depois de ele receber uma herança que o remete a acontecimentos de sua juventude. Nesse exercício de rememorar o passado, ele percebe que há imprecisões em suas lembranças sobre os fatos daquela época, e ele passa a se sentir inseguro em relação ao que de fato aconteceu, e o que é invenção sua. Até que ponto isso é intencional ou é apenas a sua mente te pregando uma peça? Afinal, nossas emoções e traumas podem interferir na forma como lembramos do passado.

Vários temas permeiam as várias camadas de leitura: tempo e memória, o fim da vida, suicídio, traumas, como nossas escolhas moldam nossa vida.

Como o Tony é um narrador nada confiável, cabe a você montar o quebra-cabeça e tentar descobrir o que aconteceu. Tudo são pistas e migalhas, desde a primeira página do livro, e isso você vai entender mais para o final da história. E o final do livro é muito, muito bom.

Hudson40 26/10/2023

Um grandioso romance sobre memória e passagem do tempo, com toques de ensaio e reflexões filosóficas, e um final surpreendente. Não atoa, essa obra rendeu o Man Booker Prize ao Julian Barnes.

Jacy.Antunes 30/09/2023

Sherlock Holmes
Inglaterra, 1970.


Adrian, Tony e Verônica eram amigos. Tony gostava de Verônica, que escolheu ficar com Adrian, que se matou.

Inglaterra, 2010.

Tony recebe uma parte do diário de Adam e 500 libras depois da morte da mãe de Verônica. Tony procura Verônica para recuperar o diário e entender os motivos do suicídio de Adrian.
Julian Barnes, autor do ótimo Papagaio de Flaubert, precisou de apenas 160 páginas para contar essa história aparentemente banal.
O final do livro é tão surpreendente que precisei reler com uma lupa procurando pistas como faria Sherlock Holmes.

Gustavo611 11/09/2023

O Sentido de um Fim
Li esse livro em um só dia, não conseguindo largá-lo até terminar. Com uma narrativa envolvente, o livro mergulha nas complexidades da memória, do tempo e das escolhas que moldam nossas vidas.

A trama nos coloca lado a lado do personagem principal, que se vê obrigado a refletir sobre sua juventude, levando-o a uma jornada de autoconhecimento. A história, portanto, entrelaça mistério e reflexão filosófica, deixando os leitores ansiosos por desvendar os segredos guardados nas entrelinhas.

Sendo assim, é uma obra que nos desafia a questionar nossas próprias memórias e escolhas. Eu super recomendo essa leitura, especialmente se você gosta de livros que te fazem refletir. É uma daquelas histórias que fica com você por muito tempo depois de terminar. Vale a pena dar uma chance a ?O Sentido de um Fim?!

Ana Clara Bender 30/07/2023

Final surpreendente e reflexivo
Foi uma leitura tranquila, a narrativa é boa e super fácil de ler. No meio do livro achei que o ritmo ficou mais lento, o enredo mais arrastado. Mais para o final, com a trama ficando mais enigmática, fiquei mais presa e fui achando o texto mais instigante, fiz algumas marcações em frases que me pegaram. O final é surpreendente e deixa o leitor imaginando e elaborando o que realmente pode ter acontecido. Muito bom!

ToniBooks 20/05/2023

A causa mais próxima de um resultado
O Sentido de Um Fim é um daqueles livros que atribui responsabilidade ao leitor; a este é dada a missão de desvendar as nuances do enredo. O protagonista Tony Webster experimenta uma série de eventos em sua vida, que poderiam ser banais. Mas a própria memória do personagem principal o leva a lugares bem mais distantes que a mera consciência de uma sequência cronológica.

Marta 21/04/2023

Você nunca entendeu e jamais entenderá
O livro tem ótimas passagens, apesar de ser curto, precisa ser consumido com moderação. O final foi !?!

Sobre a importância de rever suas memórias, as memórias de toda uma vida.
Sobre como interpretamos um fato através de um viés que caracteriza aquele momento, como você está e como percebe o mundo a sua volta. Por essa perspectiva não existe verdade absoluta, apenas a interpretação de um momento, estanque.
Sobre como achamos que os problemas estão na juventude e que a maturidade é desprovida de dificuldades, que seremos sábios, sem dúvidas, culpas ou remorsos. Somos e seremos esse ser imperfeito do nascer ao morrer. Talvez com maturidade possamos analisar nossas memórias e aprender com os erros, as falhas. A vida é complexa. Talvez jamais a entenderemos.

vale refeição 11/04/2023

Foi um dos piores livros que li, a única coisa que salva é a escrita e algumas reflexões interessantes (Sobre a sociedade da época no livro, além de alguns comentários sobre filósofos e ciência). O final é decepcionante e não possui mistério algum.