Almoço Nu

Almoço Nu William Burroughs




Resenhas - Almoço Nu


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Omo Felipe de oxalá 27/03/2024

Esse livros traz uma confusão que parece que o leitor tambem esta drogado, é um livro alucinante e alucinado, ele não é retilinio, não existe historia, so pedido de socorro do autor
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Celso Filho 31/01/2024

Quando o feio é feio por ser feio
"Almoço Nu" é um livro escrito por William Burroughs em 1959, um escrito pós-moderno que sofreu por muitos anos de sua vida com adicção por diversos tipos de drogas, como heroína, morfina e oxicodona. O livro é estruturado através de vinhetas não cronológicas, recurso literário que expressa uma narrativa curta em um breve período de tempo. Assim, o livro tem como foco principal as sensações que o leitor passa ao navegar na história, muito mais do que uma narrativa bem estruturada.

Não posso negar que Burroughs distingue-se na capacidade de transferir o leitor para o ambiente degradante dos drogadictos. Para mim, entretanto, isso não é um ponto positivo. A escatologia presente no livro, do começo ao fim, torna-o completamente insuportável de ser lido, e não consigo extrair pontos positivos ou reflexivos da história. Você poderia conseguir uma sensação comparável ao ver um filme como "O poço" (2019), de Galder Gaztelu-Urrutia, que é completamente direto ao ponto e não abre muito espaço para indagação, por ser ironicamente raso, mas ainda consegue ser melhor que o livro.

No fim, a experiência da edição da Companhia das Letras lembra um pouco um camelo. Você tem como maiores pontos a introdução do livro, que aborda a vida do autor e a maneira que o livro foi escrito, e a parte final, em que o livro é brevemente discutido. Esse lugar intermediário entre os dois picos, que chamarei de vale, é todo o resto do livro.

Não recomendo a leitura e evitarei ao máximo ler outra coisa do autor.
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Rafael.Garrote 19/01/2024

Almoço nu - Muito nu e muito doido
Sexo, drogas e rock n roll !!
Dedo 🤬 #$%!& e gritaria!
Impossível definir almoço, foi a leitura mais difícil que já fiz em toda minha vida, o grotesco, descarnado e todas as espécies de gatilho fazem presença, forte presença. Mas não é por isso que esse clássico marginal se torna ruim, diferente de muitos livros que acrescentam cenas assim para atrair espectadores pelo choque, este faz o contrário, o seu choque muitas vezes afasta os espectadores, mas muito disso é de um cotidiano real como o do nosso protagonista viciado em diversas drogas, e em vendê-las.
Uma narrativa indireta, inconstante, lírica, real, muitas vezes musical, e cheia de histórias e acontecimentos perdidos em uma não linha narrativa e em uma não temporalidade.
Sem dúvida uma leitura difícil, pra quem tem estômago ( sério mesmo) e mesmo assim enjoa e choca, mas uma ótima leitura, que denuncia muito do nosso mundo e tem a coragem de poucos para falar do problema de muitos.
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oMatheusFa 05/01/2024

Esse cara deve ter se achado muito genial
Comecei a ler esse livro por estar entre os recomendados pelo professor do Charlie de As Vantagens de Ser Invisível. Eu me pergunto como que esse professor não foi expulso sa escola por indicar esse tanto de ateocidade para um aluno de 16 anos.

Resum do livro: c* mer** pin**

Tudo bem que é a visão de um viciado sobre o mundo, dadaismo, etc. mas se entendi uma página foi muito. Tem outras maneiras de escrever uma história.
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Manú 08/05/2023

Almoço nú
Não consigo descrever essa história, só que é uma maluquice danada !

Um viciado em drogas fazendo uma narrativa que não sei se é autêntica ou se é paranoia.
Li até o fim porque evito ao máximo abandonar livros, mas esse eu não entendi nada !
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Leonardo Lemes 19/07/2022

ALMOÇO NU
Literatura marginal americana, autobiográfica, política e social. Uma contra-cultura do século XX. Narrativa conturbada e marcada pelo naturalismo literário que expõe detalhes da rotina de um sujeito viciado em drogas, enquanto traduz uma sociedade imperialista com suas influências e a resistência ao sistema. A escrita foge um pouco das estruturas ocidentais, romanescas, sendo quebrada, desordenada, relacionando-se à ideia de fluxo de consciência desestrutural. A linguagem denota o sentido de ambição cultural, que molda facilmente sujeitos e sociedades. A intensidade voltada ao discurso capitalista gera a fragmentação do Eu, a alienação, o ser consumista e a liberdade da polarização das mídias. Há uma assiduidade no caráter erótico, sexual em suas fantasias e desejos, retratando situações sem qualquer resquício de pudor. O texto possui três grandes ambientes, visando uma tríade espacial familiar aos sujeitos: prisão, liberdade e contenção. É um ataque aos sentidos. "O viciado é imune ao tédio. Ele pode olhar para o próprio sapato durante horas, ou simplesmente ficar na cama. Não necessita de nenhuma descarga sexual, nem de contatos sociais, nem de trabalho, nem de diversão, nem de exercício? nada além de morfina. A morfina pode aliviar a dor, emprestando ao organismo algumas das qualidades de um vegetal."
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João 04/03/2022

difícil de ler, acredito que só consegue quem já teve experiências com cocaína e heroína, ou seja entende que não precisa ser entendido e sim sentido
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Minho - @shootinggbooks 27/02/2019

Se você nunca entrou na mente de um viciado, nunca conhecerá uma viagem tão alucinante! Almoço nu é uma mistura sádica e chocante de experiências ilógicas e de fazer seu coração e mente pararem. Nosso protagonista, William Lee (alterego do próprio autor William Burrougs), nos apresentará um mundo escondido nas vielas escuras e bizarras, onde o sexo e as drogas reinam.

Publicado em 1959, Almoço nu foi proibido logo em seguida. Sua narrativa surpreendente e repleta de duplos sentidos deixou as autoridades de cabelo em pé, mas após uma onda de leitores perceberem a grande importância dessa obra, o livro foi novamente colocado em circulação.

O que você vai encontrar em Almoço nu? William Lee está mergulhado na junk, mais conhecida como droga, diante de uma cultura gay mal vista pela sociedade (e continua sendo mal vista até hoje), desfrutando os prazeres da carne e do vício em ópios. O que difere a cultura citada no livro com a que conhecemos hoje, é a representação sexual de criaturas inimagináveis, que matam, abusam, fornicam e mantém esse fluxo bizarro para obter prazer. Loucura!

Não se preocupe caso não entenda nada que Lee observa. O propósito de Almoço nu é te fazer seguir a onda de um viciado e como ele (possivelmente) vê o mundo normal. Claro que nem tudo é regado a sexo e drogas, vemos também posicionamento político e críticas sociais que, se levadas ao pé da letra, entenderemos o motivo dele ter sido proibido numa época um tanto “tradicional”.

Os capítulos não seguem uma ordem cronológica, então você terá total liberdade para ler essa viagem. Personagens como A.J. e o Dr. Benway mostram que o bizarro pode ser mais bizarro, fazendo com que sua capacidade de enxergar a realidade nas coisas seja questionada.

Podemos citar um comportamento um tanto cômico do autor ao criar esse livro, mas saber que boa parte da história teve como base as próprias experiências do autor, me deixou bem assustado! Viver a mente de um viciado foi uma experiência alucinante, e ao mesmo tempo perturbadora, e me tirou totalmente da minha zona de conforto.

Lembrando que Almoço nu faz parte da trilogia de William Le, não necessariamente é obrigatória a leitura dos três livros, mas se você quer uma experiência completa, se joga, pois eu recomendo!
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Jaime.Azevedo 15/06/2018

Desnudando a própria literatura
Um livro desafiador, do tipo piscou/perdeu. Uma prosa poética, anárquica, delirante e provocativa. Burroughs detalha, de uma forma livre, homoerótica e decadentemente surrealista, seus vícios em drogas variadas: ópio, heroína, cocaína, maconha, babitúricos, mescalina... A linguagem é difícil como deveria ser: não existe enredo, os personagens se liquefazem junto com o cenário e com as palavras. Nunca é simples de se ler; é preciso tempo, compromisso - mas o resultado é uma viagem tão alucinante como os transes artificiais do autor.

Em um "prefácio" pós-livro Burroughs narra muitos dos fatos da vida real que se transformaram em delírios espalhados pelo romance. E escancara suas intenções malignas: "O escritor só pode escrever sobre uma coisa: o que está na frente dos seus sentidos no momento em que ele escreve... Sou um aparelho de gravação... Não pretendo impor "estória", "enredo", "continuidade" a ninguém... Na medida em que obtiver sucesso nesta gravação direta de certas áreas do processo psíquico, poderei ter uma função limitada... Não pretendo entreter ninguém." Tudo isso em 1959, antes (mas quase lá) da revolução sexual e de costumes dos EUA, terra natal do escritor. Um livro ainda arriscado, mesmo agora, 60 anos depois (tempos ironicamente prisioneiros do neoconservadorismo).
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Lindsey 31/05/2017

Desconcertante e indispensável
“Acordei da Doença [dependência de drogas] aos 45 anos de idade, tranquilo e lúcido, e com uma saúde razoável exceto por um fígado enfraquecido e pela aparência flácida e alheia de minha carne, comum a todos que sobreviveram à Doença... A maioria dos sobreviventes não se recorda de seu delírio em detalhes. Aparentemente, fiz anotações detalhadas sobre doença e delírio. Não tenho uma lembrança precisa de ter escrito as anotações que acabaram publicadas sob o título ‘Almoço Nu’. O título foi uma sugestão de Jack Kerouac. Só fui entender o significado do título depois de minha recente recuperação. O título significa exatamente o que dizem suas palavras: Almoço NU – um momento paralisado no qual todos são capazes de enxergar o que está cravado na ponta de cada garfo”. Só essa declaração de William S. Burroughs já define a que seu livro veio. Escrito no fim dos anos 50, a obra se tornou um dos romances mais importantes do século XX pela sua forma de escrita inovadora, apesar de ter sofrido diversas tentativas de censura. Na trama o alter ego de William parte pra uma viagem alucinante, física e psicologicamente falando, deixando o leitor muitas vezes ‘no grau’ ou até mesmo 'na bad', com sua linguagem junkie sem restrições. É uma leitura para quem tem estômago forte já que não é uma ‘historinha’ e sim uma ‘viagem de sensações', por vezes não muito agradáveis. Enfim, desconcertante e indispensável para caretas viciados em literatura.
* Confira minhas outras resenhas no Instagram @livro100spoiler

site: https://www.instagram.com/livro100spoiler
Ygor Gouvêa 31/05/2017minha estante
Já havia lido a respeito da obra mas me esqueci da mesma. Obrigado por me refrescar a memória, parece ser vem interessante.




Rafaele Albanezi 26/04/2017

Um almoço nu e cru junto a realidade que não conhecemos
A sensação nua e crua de ter o estômago socado com força. Essa é a principal reação que a leitura de O Almoço Nu, de William S. Burroughs, suscita naqueles que se aventuram desavisadamente por sua mais famosa obra.
Burroughs é um dos grandes autores que compõe a Geração Beat, movimento de artistas boêmios surgido no final da década de 1950, que valorizava o prazer pelo prazer, que cultivavam a criatividade espontânea e celebravam o fato de não se enquadrarem nas normas sociais impostas no período.
O romance não é linear e não possui um enredo definido, com uma cadência de acontecimentos. A ação transcorre em forma de mini narrativas, que vão apresentar em sua maioria a ótica do personagem William Lee e suas viagens, no sentido físico e figurado, que nos trazem as vivências de viciados em drogas, delírios, paranoias, sadismo e relações homoafetivas.
Uma viagem sem volta pelas sensações despertadas no organismo de um usuário de cocaína, o caos mental instaurado pela ausência da droga e a busca frenética e alucinante pelo componente que aplaca o vício. Relatos de relações sexuais que permeiam o sadomasoquismo e orgias regadas a entorpecentes. Esses são alguns dos cenários em que se encontram os muitos personagens dessa trama não costurada.
A obra se tornou um dos romances mais importantes do nosso tempo e redefiniu a literatura e a cultura americana. As narrativas se inspiram na vida do próprio Burroughs, que por muito tempo foi usuário de diversas drogas e algumas viagens que fez pelo México, Tânger e Estados Unidos.
Minha experiência com a narrativa não foi das melhores. Não sendo uma grande conhecedora do autor, do movimento ou mesmo das vivências abordadas, me vejo compelida a recolher-me a minha visão de mundo suburbana e tento de forma insatisfatória compreender a mente fragmentada de um dependente químico.
Em minhas aventuras literárias por autores com temáticas underground, admito, o mais longe que já fui se limita ao velhinho safado, também conhecido como Charles Bukowski, em um de seus romances nem tão safados assim. Kerouac e seu On the Road constam da minha lista mental de leituras obrigatórias da vida, mas ainda não tivemos a oportunidade de nos cruzar nessa estrada.
De volta ao almoço, sua narrativa emblemática ainda rendeu um filme, de gosto duvidoso e fama ao revés, de 1991, corajosamente dirigido por David Cronenberg, conhecido no Brasil como “Mistérios e Paixões”. A película é uma relíquia cult dos anos 1990, que já tive o prazer de assistir, e cujo enredo não sobreviveu ao crivo do tempo em minha mente, mas que encontrei à venda despretensiosamente na bancada de DVD’s das Lojas Americanas em um shopping de baixa circulação aqui da cidade. Quem efetua a distribuição desses catálogos nas unidades da loja, é coisa que me pergunto até agora.
Sendo uma obra tão marcante para a história da literatura americana, é de se questionar porque demoraram cerca de 10 anos para reeditar o romance no Brasil. Anteriormente publicado pela finada Ediouro, hoje se apresenta sob o guarda-chuva da Companhia das Letras, que pretende republicar o trabalho do autor.
Os temas do romance podem parecer triviais hoje em dia, mas em 1957, ano do lançamento, o livro causou muito incômodo, a ponto do próprio autor lançá-lo através de um pseudônimo, para não comprometer o nome de sua família. Apesar de não ter simpatizado, acredito, obviamente, que vale a aventura.

site: https://omenuliterario.wordpress.com/2017/04/26/um-almoco-nu-e-cru-junto-a-realidade-que-nao-conhecemos/
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Santana 09/02/2017

Almoço Nu, Cru e Explícito
Nunca escrevi nenhuma resenha aqui, mas esse livro em particular me motivou a deixar algumas palavras aqui. Nunca vi um livro que tratasse tão abertamente, para mim que não sou nada sensível, de temas como uso de drogas, homossexualidade, questões sexuais entre outros. O livro não é para qualquer um, mas quem decidir se aventurar, pode esperar diversas situações consideradas indecentes e imorais. A questão é: o livro escrito em 1959 não está preocupado em suavizar a realidade de sua época, a década de 60 foi realmente o surgimento de uma cultura que influenciou as gerações seguintes e continua influenciando. De fato, é um livro forte, estranho, dinâmico e brilhante.
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Elizandra 20/10/2016

"Quando você olha para a colher e ela está vazia"
Almoço Nu é um livro visceral, cru, pra quem tem estômago. Nessa obra Burroughs descreve os tortuosos caminhos percorridos pelos viciados em drogas "junk". A leitura é fluída, agradável, embora tenha temática tão pesada. A narrativa é feita pelo personagem William Lee, que percorre vários trechos entre Estados Unidos e México, contando suas experiências com vários tipos de drogas, encarnando personagens diversos. A obra de Burroughs faz parte do Movimento Beat, que surgiu em meados da década de 1950, tendo Jack Kerouac - como pai do movimento beat com sua obra On the Road.
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Na Literatura Selvagem 01/10/2015

Almoço Nu, de William Burroughs
Trago para vocês mais um clássico da literatura beat: Almoço Nu, escrito em 1959, de autoria de William Burroughs. Confesso que chega a ser um desafio colocar em palavras as sensações que essa leitura me trouxe... A linguagem não chega a ser difícil, mas seu entendimento, sim... Talvez ele nem seja para entender, mas para sentir...

A obra é uma verdadeira viagem alucinógena pelo mundo dos viciados. Ler Almoço Nu é algo como estar num sanatório, rodeado de loucos conversando com você, e mesmo sem entender ou enxergar uma lógica nas palavras e diálogos, ao mesmo tempo o leitor não consegue abandonar a poltrona e quer ouvir aquele papo surreal sem pressa de findar... É quase uma viagem de ácido ou a alucinação que um pico pode causar [os viciados me perdoem a comparação, caso seja algo que passe longe...]...

Para aqueles que apreciam leituras limpas e românticas, aconselho passar longe desse livro. A narrativa confusa retrata um mundo junkie', repleto de situações que beiram o aterrador, situações que podem causar repugnância nas mentes mais sensíveis. Burroughs não poupa o leitor de trechos escatológicos e degradantes, escritos com uma maestria perturbadora e quase hipnótica...

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2015/09/almoco-nu-de-william-burroughs.html
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