Sexta-Feira ou Os Limbos do Pacífico

Sexta-Feira ou Os Limbos do Pacífico Michel Tournier




Resenhas - Sexta-Feira ou os Limbos do Pacífico


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Mariah 22/08/2022

...que cedesse a sua essência instrumental.

Um ótimo livro para se analisar o "conceito", digo, a teoria dele me encanta. Sim, a ideia é encantadora se você é um curioso a respeito das peculiaridades da humanidade enquanto organização. Enfim, pouco importa o meu gosto. É um livro difícil de ser lido. Indico para acadêmicos. E, ele é bem sem "propósito" mesmo. Várias coisas dele poderiam ser escritas de qualquer forma que não alterariam em nada no livro. Tem muitos momentos de viagem mental, que não tem sentido nenhum, palavras quaisquer, sem sentido, sem importância. Não tem nenhuma identidade de conteúdo, poderiam ser alteradas carregando o mesmo sentido geral, a ideia de que a personagem faz seu monólogo diante da situação etc etc.

Parece que o livro só se sustenta na única ideia...tal, o seu conceito. Não tenho mais o que dizer, giro entorno desse aspecto "uno".

Enfim, acho muito válida que as pessoas conheçam e saibam do fato de que a humanidade no passado em meio aos seus delírios chegou a produzir uma literatura sobre uma pessoa isolada, só, contornando isso em sua única alternativa...
Isso também reflete no título, como vemos "ou"
Ou a personagem sobrevive criando "sexta-feira", e criando também todo o resto, que o faça se iludir na noção de civilidade, de civilização... Como se a ordem social, fosse o que manteria a mente a salvo, não só a salvo dos outros, ou do caos, mas também a salvo de si mesma.
Ele explora, mas enfim, ainda acho que deveria ter sido algo explorado não em romance, odeio romances literários (por gosto), pouco diz sobre qualidade. ME parece que seria uma exploração com mais impacto, e mais prazerosa... se fosse uma obra filosófica, um texto filosófico. Uma produção que cedesse a sua essência instrumental.
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RenanDuarte 12/01/2020

Que livro incrível,
a busca e o achado de si mesmo na solidão,
As muitas ilhas, os muitos eus e os muitos outros...
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Alexsander.Camargos 01/11/2014

O romance de Tournier não é, contudo, como muitos dizem, uma tese sobre perversão. Não é um romance de tese. Nem um romance de análise interior, Robinson tendo muito pouca interioridade. É um surpreendente romance cômico de aventuras e um romance cósmico de avatares. Ao invés de uma tese sobre a perversão, é um romance que desenvolve a teste mesma do Robinson de Daniel Defoe, o homem sem outrem em sua ilha, uma 'tese' que encontra tanto mais sentido quanto mais anuncia aventuras no mundo insular.
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