Resenhas - O Corno de Si Mesmo

LucasMallmann 08/04/2023

O livro O Corn0 de Si Mesmo e Outras Historias, da L&PM, é uma explosão de erotismo e sarcasmo, que desafia os limites da moral e da literatura. Em dez contos, o Marquês de Sade nos apresenta um universo de personagens libertinos, que se entregam aos seus instintos mais selvagens, sem se importar com as convenções sociais. Nobres, burgueses e religiosos são alvos de sua ironia mordaz, que revela a hipocrisia e a corrupção da sociedade francesa pré-revolucionária. Os contos são curtos, mas intensos, misturando humor e horror, prazer e dor, amor e ódio. O livro é uma porta de entrada para a obra de Sade, que influenciou gerações de escritores e pensadores, que reconheceram sua genialidade e sua ousadia. Uma leitura que provoca, diverte e questiona.

TalesVR 24/02/2023

Leve
Estou acostumado com coisas bem doentias vindas do Sade, mas esse aqui eu achei até leve em comparação com outras obras dele, são continhos de traição que expõem a hipocrisia da sociedade francesa da época e que acontecem até hoje. É bem curto, então dá pra ler de uma vez só, quem não gosta de uma historinha de c0rn0?

Nana_tsur 19/05/2022

Assim como em Contos Libertinos, esse é uma antologia de contos que trata principalmente sobre adultério, também tem alguns contos que se encontram nos dois livros.

Para uma leitura de Sade, achei leve, engraçado e sem coisas muito explícitas. É um daqueles que servem para quem está querendo começar a ler as obras do autor.

Maria 29/07/2020

Homenagem tocante do sensível marquês de Sade a este ente cuja presença é constante dentro e fora da Literatura: o corno.

Como diria um grande filósofo: chifre não é para quem quer, mas para quem pode, talkey?

Fabio Martins 07/08/2015

O corno de si mesmo
Segundo o dicionário, a palavra “sadismo” significa “perversão sexual em que a satisfação depende do sofrimento físico ou moral infligido a outrem”. O sádico, portanto, é quem pratica tal ato. Mas isso não é nenhuma novidade, pois o significado desse termo é comum e quase todos conhecem. O que pouca gente sabe é de onde vem.

No século XVIII, viveu na França o nobre Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade. Além de aristocrata e dramaturgo, Marquês de Sade foi um escritor libertino que chocou a Europa com sua vida devassa e suas obras com temas sexuais pouco convencionais. Recentemente, citei Lorde Byron e Edgar Allan Poe, dois expoentes da literatura internacional, que também ficaram famosos por comportamentos pouco usuais e algumas obras chocantes. Entretanto, as atitudes contraditórias de Byron e Poe não nem chegam perto dos desvios de conduta do Marquês de Sade e da promiscuidade de suas obras.

Donatien foi preso diversas vezes, inclusive por sodomia, e chegou a ser condenado à morte. Foi salvo por um indulto. Quando estava trancafiado na Bastilha – famosa prisão francesa –, o Marquês de Sade tinha como passatempo escrever suas obras libertinas e chocantes. Foi lá que compôs seu famoso livro “120 dias de Sodoma”, em que quatro homens ricos se trancam em um castelo por quatro meses com um harém de 46 vítimas para terem experiências promíscuas.

Além do livro, compôs também diversos contos envolvendo adultérios, ironias da vida, lições de moral e, claro, libertinagem. A editora L&PM Pocket juntou alguns desses contos em mais um de seus livros de 64 páginas (a exemplo d’ O Mistério de Marie Rogêt, de Edgar Allan Poe), intitulado O corno de si mesmo – e outras historietas.

Marquês de Sade tem uma prosa direta e objetiva. A narrativa é ligeiramente rebuscada, mas isso se deve ao período em que os contos foram escritos (século XVIII). Todos expõem, de forma exagerada, os costumes mais obscuros praticados pela sociedade burguesa da França, onde o adultério era frequente e a vingança, obrigação.

Não é um livro que desperta paixões, muito interesse e nem representa tanta importância literária. Mas a leitura é válida para conhecer a obra de um dos nomes mais controversos da história que, apesar de tudo, produzia histórias curiosas, irônicas e que servem como um passatempo mais ácido.

site: lisobreisso.wordpress.com

Má 12/05/2015

Um provocador.
Visitarei [outras vezes mais] certamente.

Isabela 27/03/2015

Livro bem light. Nenhum conto muito pesado. As histórias são muito bem pensadas e até previsíveis. Meu conto favorito foi o "O corno de si mesmo", que leva o título do livro. Gostei da maneira humorística que os assuntos, considerados como tabus atualmente, são explorados nos contos.
É uma ótima recomendação para quem procura algo rápido e de qualidade.

Henrique 25/04/2014

"Escritos nada menos que durante o período em que o Marquês de Sade ficou preso na Bastilha, por volta de 1787, os contos aqui reunidos foram editados apenas em 1926. Nestas histórias, o marquês, no seu melhor estilo, afronta todos os tipos de instituições, especialmente a do casamento. Protagonizadas por maridos devassos e mulheres submissas, ou ainda por maridos depravados e mulheres ainda mais, conta com a plêiade de personagens que são caros ao autor: padres ardilosos, mocinhas castas e ardentes, prostitutas, se revezam no universo da traição e da depravação."

Essas são as informações contidas na contracapa do livreto de contos do grande escritor, Marquês de Sade. Para que vou quebrar a cabeça em plena sexta-feira, morto de preguiça, se já encontrei tudo mastigadinho nas costas do livro, não é mesmo?.rs Não tive pudor em transferir literalmente para cá a nota elaborada por Paulo Hecker Filho, tradutor dessa obra de Sade.

Apesar de tratar de relacionamentos libertinos, Sade não pega pesado no sentido de descrever em detalhes as relações sexuais como o fez em seu romance A Filosofia na Alcova; nem mesmo palavrão usa nesses contos. Descreve o sexo uma ou outra vez com certa parcimônia. Mas não economiza em críticas a tudo quanto é instituição: Igreja, Estado, casamento, sociedade. De forma direta, com humor debochado, linguagem elegante e narrativa dinâmica, Sade faz seus questionamentos e, por tabela, nos diverte bastante com suas histórias.

Meus contos preferidos são: A Pudica ou O Encontro Imprevisto, Abençoada Simulação e O Corno de Si Mesmo ou A Conciliação Inesperada.

site: http://apenaobscena.blogspot.com.br/

Paty 10/02/2014

Deixo aqui um clássico da filosofia de parachoque: chifre é para homem, boi usa de enxerido.
Relaxa.

Dose Literária 28/07/2013

Historietas do "taradão da Bastilha"
Foi um encontro rápido, mas o retorno já está marcado. É assim que tenho me sentido em relação a Donatien Alphonse-François, conhecido mundialmente como Marquês de Sade. O primeiro contato que travei com o libertino e revolucionário francês foi através do livrinho de contos "O corno de si mesmo & outras historietas", lançado pela excelente e acessível Coleção 64 páginas, da editora L&PM pocket. São treze contos sarcásticos, avançados, de nítido teor sexual e libertário...

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/06/historietas-do-taradao-da-bastilha.html

Tito 15/07/2013

Fodinhas.

Chantal 10/01/2013

Leitura leve e divertida.
Os livros dessa coleção são praticamente "descartáveis" por causa do acabamento (e diagramação sofrível), mas são ótimos para fazer um test-drive de alguns autores clássicos.

Gostei muito do trabalho do Sade! Quero ler mais trabalhos dele.
Na minha opinião esses contos mostram como o mundo não mudou tanto em mais de 200 anos. O texto é leve, divertido, e ainda achei muito atual, exceto alguns valores que foram mudando, é claro.
Não é difícil perceber porque foi controverso na época, mas convenhamos, padres pedófilos, sociedade patriarcal, sadismo, casais infiéis e perversão em geral não são coisas que pararam de acontecer no século 18. Muito menos são coisas que ele criou, apenas expôs.

Não são contos eróticos, não me pareceu que o propósito é esse.
Apenas descreve e julga os acontecimentos da côrte, de uma forma irreverente. Interessante como o Sade consegue ser até bem moralista nas suas observações (a sua moral).
E ele é até um pouco feminista, em algumas idéias! Vide essa citação, para descrever o comportamento de um casal infiel, em que cada um tinha um amante (o que Sade considerava um equilíbrio perfeito):
"Mas o sr. de Longeville tinha, como muitos esposos injustos, a cruel pretensão de ser feliz e não querer que sua mulher o fosse."

Cassia 18/10/2012

Uma coletânea deliciosamente maravilhosa
Esta é uma coletânea de alguns contos do infame Marquês de Sade, reunidas numa proposta da editora L&PM de publicar contos de autores em livros baratos e sintéticos (R$ 5,00 por 64 páginas).

Como todos os contos do Marquês, duas leituras podem ser feitas: uma direta, como simples contos eróticos (que em si só já é uma leitura muito divertida); e outra, indireta, com as muitas provocações que ele insere em suas histórias, revelando as várias facetas que o ser humano se esforça em tentar esconder, mas que afloram com força total sob os mais diversos disfarces.

Estão lá a hipocrisia, o falso moralismo, a ignorância, o machismo, o desconhecimento sobre o próprio corpo, a falsa religiosidade, a religiosidade verdadeira sem reflexão,... e tudo, em sua grande maioria, escrito com o senso de humor peculiar de Sade.

Talvez a única reclamação a respeito da obra é que, devido ao formato "pocket econômico", as letras são por vezes muito pequenas, tornando a leitura um pouco ruim (principalmente se você decide ler em lugares como ônibus e metrô, por exemplo).

Em minha modesta opinião, um livro muito divertido para quem gosta de Sade, e uma boa maneira de apresentá-lo para o leitor que não conhece a obra desse maravilhoso provocador.

Styxx 16/10/2012

Boa Leitura
Adorei como todos no livro receberam o que mereciam. Achei super engraçado a visão de vingança que o Marquês de Sade tem e acabei satisfeita e sorrindo ao final de cada conto pois sentia a satisfação pessoal de ver cada personagem vingado: O marido corno,a esposa corna, a menina,... Todos recebem o troco ou dão o troco. Muito interessante,os finais dos contos são sensacionais.
Achei de uma poesia incrível a frase do Marques de Sade: "...não entendo como os mundos flutuam no espaço; podem assim haver coisas também na Terra que eu não entenda."

marcelo.garib 09/08/2012

Foi uma boa surpresa ler Marquês de Sade. Gostei do modo leve e rápido com que o autor trata de temas, em alguns momentos, densos e libertinos. O texto tem sempre um toque de sarcasmo e críticas inteligentes a sociedade desequilibrada e hipócrita da França naquela época. Gostei, quero ler mais obras do autor.