Minha Vida Agora

Minha Vida Agora Meg Rosoff




Resenhas - Minha Vida Agora


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Luna 12/02/2020

Gostei da história ser situada no meio de uma guerra num futuro próximo e os personagens são interessantes. No entanto, o romance não me conquistou, achei um pouco corrido.
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katajukoski 22/10/2019

Minha vida agora
Deisy, nossa protagonista, é uma menina nova-iorquina de 15 anos, ela nos narra a história que está vivendo: o pai e a madrasta a mandaram para o interior da Inglaterra junto da tia (irmã de sua falecida mãe) que é bastante ausente na família e seus excêntricos quatro primos que nunca antes havia encontrado, todos muito maduros para a idade ? Edmond, Piper e os gêmeos Isaac e Osbert -. Deisy, como era de se esperar, não gosta nada da ideia.

Este livro publicado pela Galera, embora aborde a temática romântica para centralizar o enredo: a promessa de reencontro de jovens apaixonados que foram separados, tem seu enfoque na guerra que está prestes a acontecer e que de fato acontece ao longo da narrativa. Aqui temos uma ?heroína? diferente do que estamos acostumados, Deisy não lidera uma rebelião, ela apenas tenta sobreviver, manter vivo aqueles que ama e reencontrar Edmond, o primo pelo qual está apaixonada.

O mais bacana da escrita da Meg Rosoff, a autora, constrói uma narrativa muito coesa e vamos conhecendo as causas da guerra e tudo mais junto com a protagonista, um recurso muito genuíno. A autora mostra de forma clara, nos acontecimentos finais, os efeitos da guerra em mentes inocentes, principalmente com a nossa protagonista antes tão alienada, sentindo falta da mãe que nunca conheceu e sedenta da atenção do pai que espera por outro filho, amadurecendo e dando valor a coisas até então sem importância.

O livro é uma visão que mostra o lado mais frágil da guerra e aborda isso de uma forma suave e até poética, ele aponta o desabrochar da sexualidade, a descoberta do amor romântico e não romântico, e questões como: lutar por quem amamos e a difícil descoberta de a qual lugar realmente pertencemos.
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Aline Marques 19/03/2019

Longe de ser o futuro que se imagina... [IG @ousejalivros]
Permanecer vivo é trabalhoso. Principalmente durante a guerra.

E quando se é uma adolescente calada e solitária, prestes a atravessar o oceano para viver com parentes que não conhece, sem ter certeza da própria identidade e anseios, a esperança se torna parte de um conto de fadas complicado e inalcançável.
Pelo menos é nisso que Daisy acredita, até ser acolhida por seus excêntricos primos e sua rotina livre da pressão, expectativas e cuidado dos adultos.

Com simplicidade e segurança, Rosoff narra a jornada da juventude, através de emoções complexas e intensas descobertas, enquanto a incerteza do futuro se aproxima e a liberdade desvanece.
De mãos dadas com a protagonista, o leitor irá descobrir que há força na lealdade e no caos, afinal, "toda guerra tem momentos decisivos e toda pessoa também."

Um livro curto (menos de duzentas páginas) sobre temas pertinentes que, mesmo sendo mal desenvolvidos, motivam empatia e reflexões necessárias, com personagens que abrangem o diverso e o fantástico, sem abrir mão da sensibilidade e humanidade.

A adaptação cinematográfica (2013) leva o título de "Minha Nova Vida", foi dirigida por Kevin Macdonald e estrelada por Saoirse Ronan, Tom Holland, George MacKay e outros.
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Queria Estar Lendo 23/08/2016

Resenha: Minha Vida Agora
O que falar desse livro, que começou me contrariando e terminou me arrebatando? A resenha de Minha Vida Agora que trago hoje me deixa com uma sensação de dever cumprido e de ter mais um ótimo livro na prateleira.

Minha Vida Agora conta a história de Daisy (na real, seu nome é Elizabeth, mas ela não gosta disso), uma nova-iorquina problema de 15 anos que é despachada pelo pai e pela madrasta para morar com a tia e os 4 primos que nunca conheceu em uma fazenda no interior da Inglaterra.

Daisy odeia a ideia, mas não tem muito que possa fazer sobre isso. Ela se contenta com a ideia de que vai finalmente conhecer alguém que possa lhe contar algo sobre sua mãe, que morreu ao dar a luz, e também com o fato de que vai estar longe da Madrasta Cruel e do bebê que ela está carregando.

"Eu não recebo crédito suficiente na vida pelas coisas que eu consigo não dizer."

Quando chega no aeroporto Daisy já percebe que algumas coisas estão diferentes, com a segurança quadruplicada e murmúrios de guerra pelas ruas. Lá ela é conduzida por Edmond, seu primo de 14 anos, em um velho jipe até a fazenda da família, onde ela conhece seus outros primos: Isaac, o gêmeo de Edmond; Osbert, o primo mais velho, e Piper, a prima de 9 anos. Além de sua tia Penn, uma mulher sempre ocupada.

Logo no começo Daisy percebe que seus primos são peculiares e bastante maduros para a idade e que aquela família não é como a que imaginou -- o que acaba sendo perfeito, já que ela rapidamente passa a vê-los como família e lar. Quando sua tia Penn precisa fazer uma viagem até Oslo, a fim de discursar sobre a necessidade de paz e de impedir a guerra, a história começa para valer.

A narrativa da Meg, a principio, me incomodou bastante. A Daisy narra tudo corrido, sem se interromper para separar diálogos. Normalmente ela apenas te diz mais ou menos sobre o que foi a conversa e as vezes surge uma narrativa, mas é tudo incluso nos mesmos parágrafos.

"Permanecermos vivas era algo que fazíamos para passar o tempo."

No inicio fiquei bem frustrada, porque não parecia ser um diário. Até que chegamos na segunda parte e a narrativa mudar e você perceber que aquele era um tipo bem peculiar de diário. Então eu passei a admirar a Meg Rosoff pela forma com que ela foi capaz de construir a história.

Essa não é uma história sobre guerra normal. Aqui não estamos olhando a menina que é o símbolo da revolução de um governo opressor, ou que está afrente dos insurgentes. Ela não está no front, ela não está lutando pelo país ou pela liberdade ou por nada em particular. Também não é um livro como E o Vento Levou, onde Scarlett sabia exatamente o que estava acontecendo. Daisy não tem ideia do que está acontecendo no mundo além da fazenda e, contando que não atinja ela ou os primos, ela não se importa de verdade.

"Se você nunca esteve em uma guerra e se pergunta quanto tempo leva para se acostumar a perder tudo que você achava que precisava ou amava, eu posso te dizer que a resposta é nenhum."

Minha Vida Agora é um conto trágico sobre a perda da inocência, as marcas da guerra que atingem toda e qualquer pessoa a sua volta e a luta desenfreada para sobreviver contra todas as adversidades, porque você simplesmente precisa voltar para casa.

"Na minha mente, nos meus membros, nos meus sonhos, ainda está acontecendo."

Acompanhar tudo pelos olhos e memórias da Daisy foi angustiante, confuso e bastante perdido. Exatamente como você se sentiria em um guerra onde não tem qualquer tipo de comunicação, onde a história muda de acordo com cada vizinho e onde você é criança demais para ter um voz. Não sabemos quem é o inimigo ou a extensão da guerra por boa parte do livro e quando finalmente temos respostas, ela são poucas e chocantes.

Daisy não se envolve diretamente no conflito armado, o que só serve para reforçar a ideia de que não são apenas as pessoas no front que são atingidas pelos horrores das batalhas e as atrocidades por elas promovidas. Daisy precisa lutar continuamente para fugir dos perigos que o Inimigo representa, mesmo sem saber ao certo quem são os mocinhos e os vilões. Depois de ser separada dos primos e despachada com Piper para um abrigo, Daisy começa uma jornada para reencontrar a família e voltar para casa -- a fazenda deles.

E durante toda essa luta pela reunião, ela aprende muito sobre si mesma e sobre encontrar seu lugar em meio a um grupo em quem pode confiar e chamar de lar. Daisy aprende o que é o amor de verdade e que lutar por eles talvez seja o único motivo que ela tem para continuar seguindo em frente.

"As coisas que partem seu coração quando você acha que não tem mais nada para partir."

Uma das coisas que eu mais gostei nesse livro é que a Meg não esqueceu que a guerra deixa marcas e que, no fim, não há vencedores, apenas perdedores. Muitos livros que tratam de batalhas e guerras esquecem de retratar suas cicatrizes e por isso eu admiro ela. As turbulências emocionais e psicológicas pelas quais Daisy e os primos passam ao longo do livro são ainda maiores que as físicas e não desaparecem no momento em que eles se encontram, teoricamente, em segurança.

As marcas fazem as personagens -- e você -- reavaliar conceitos de amor, lealdade e segurança. Como você pode dizer que está a salvo, se não sabe de onde o perigo vem? O não saber no que nos encontramos na maior parte do livro é angustiante. Que alguém tenha conseguido, em tão poucas páginas, despertar um sentimento tão intenso é algo maravilhoso.

Eu continuo sem saber como agir em relação a Daisy ou aos sentimentos dela. Não amo ela, embora ela seja bastante forte e determinada, nossa conexão "não fechou". O relacionamento dela com o Edmond, embora seja um estopim para toda a luta dela, não foi de tirar o fôlego ou fazer a pele formigar -- e eu também imagino que esse não tenha sido o propósito, mas sim idealizar algo pelo qual a Daisy puxasse forças para sobreviver todos os dias.

"Toda guerra tem seus pontos de virada e todas as pessoas também."

Engana-se quem acha que sobreviver a guerra é apenas instinto. Meg deixa bem claro que, quando o mais fácil é simplesmente desistir e morrer, ter algo pelo qual lutar e resistir é extremamente importante. Daisy e Piper não sobrevivem de migalhas, doentes, com dores e feridas, famintas e com medo, apenas para sobreviver. Elas fazem isso porque sabem que tem por quem lutar, pelos dias de verão perto do rio, pelo abraço de um irmão, o conforto de uma mãe, o beijo da pessoa amada.

A personagem que mais chamou minha atenção, aliás, foi a Piper, no auge de seus nove anos de idade ela era tão madura e, ainda assim, Meg nos lembra constantemente que ela é apenas uma criança através de detalhes mínimos. Minha bebê preciosa, must be protected at all costs.

No geral, Minha Vida Agora foi ainda melhor do que o filme -- que eu já tinha em alta estima -- e me ganhou completamente no final. É um livro verdadeiro e honesto, emocionante. Mais do que contar uma história de guerra, Meg contou uma história de quem passa por uma e escolhe sobreviver à ela, às suas memórias, todos os dias.

"Resistir é o que eu descobri que faço melhor."

O filme, estrelado pela minha queridinha Saoirse Ronan, estreou em 2013 direto em DVD por aqui e agora já está no netflix com o nome de Essa é a Minha Vida. Embora tenha algumas mudanças significativas, ele faz um ótimo trabalho em adaptar a ideia e os sentimentos -- por vezes, acredito que consegue tocar ainda mais fundo na parte emocional dessa sobrevivência, devido ao recurso audiovisual.

Tanto o livro quanto o filme super valem a pena. A leitura é super rápida, só 175 páginas.
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Nathi 04/02/2013

Resenha - Minha Vida Agora
Daisy é uma garota nova-iorquina de 15 anos, raquítica e com poucos amigos. Sua mãe faleceu no parto, e desde então a relação com seu pai não é das melhores; tudo piora quando sua madrasta fica grávida, o que desgasta ainda mais o que resta de o pouco contato que Daisy tem com o pai, que decide mandá-la para a Inglaterra, para morar com sua tia Penn e seus primos – Edmond, Isaac, Piper e Osbert –, que ela nunca conheceu pessoalmente.

No aeroporto, quem vai buscá-la não é sua tia Penn, mas sim Edmond. Ele fuma, bebe, dirige e não se importa em transgredir todas as regras; tudo isso com apenas 14 anos. E, Daisy se encanta tanto que logo eles começam uma relação que ultrapassa as barreiras familiares.

Quando uma guerra eclode, surpreendendo a todos e Penn precisa viajar a outro país para lutar pela paz, Daisy e seus primos percebem que precisarão enfrentar os perigos por conta própria, sem a vigilância e proteção de um responsável.

Um momento que irá mudar o destino de todos e trará marcas inapagáveis, especialmente na vida de Daisy.

Para ler a resenha completa, acesse: http://www.booksinwonderland.com/2012/09/resenha-minha-vida-agora.html
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Nivia 17/01/2013

Minha Vida Agora - Meg Rosoff
O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Elizabeth que prefere ser chamada de Dayse. Ela é uma garota nova-iorquina de 15 anos que mora com o pai e a madrasta grávida. Dayse cresceu sem a mãe que morreu no parto e quase não tem a atenção e compreensão do pai. Isso e a relação nada amistosa com a madrasta contribuíram para que Dayse desenvolvesse sérios transtornos alimentares.

O pai de Dayse a envia para o interior da Inglaterra para passar um tempo na casa da tia Penn. Lá, ela é muito bem acolhida, conhece os primos Edmond, Issac, Osbert e a prima Piper e sente que ali está a sua família. Dayse passa a conviver com todos e percebe que cada primo possui uma característica especial, mas isso é abordado de forma bastante sutil no livro.

Dayse se sente bastante conectada com o primo Edmond. (como se ele lesse os seus pensamentos). Issac é mais reservado mais possui uma grande habilidade com os animais da fazenda (como se ele pudesse se comunicar com eles). Osbert é o mais velho e está muito envolvido com a ameaça de guerra na Inglaterra. A prima Piper é a mais nova da família, e de cara elas desenvolvem uma amizade muito verdadeira como de irmãs.

A tia Penn é muito gentil com Dayse, mas por ser muito envolvida com o trabalho passa pouco tempo com ela e logo precisa viajar para Noruega, e é aí que a guerra estoura. A princípio nada muda muito na fazenda, o clima é de muita tranquilidade e amizade. Eles se divertem com a ideia de viver sem nenhum adulto por perto, leem, nadam no rio, passam um tempo acampando no celeiro, e é nesse período que Dayse tem um envolvimento com Edmond e se vê perdidamente apaixonada por ele.

Mas o que era um clima de tranquilidade começa a ficar tenso. A comida começa a ser economizada e logo depois eles são despejados por militares. Dayse e Piper vão morar em outra fazenda sendo separadas dos outros. Depois elas começam a trabalhar, mas tudo muda muito rápido por causa da guerra e é aí que o drama aumenta. A miséria, a morte, a incerteza e o desespero começam a tomar conta de todos e Dayse e Piper iniciam uma grande jornada para tentar chegar vivas em casa.

Quando comecei a leitura fui ficando um pouco confusa com a falta de pontuação do texto pois o inicio dos diálogos narrados por Dayse é identificado apenas por uma letra maiúscula o que é confuso até você se acostumar com isso, e muito embora acostumada ainda sim a sensação é ruim. Até ai meu interesse pelo livro, que antes era alto, já tinha diminuído vários pontos, mas continuava a ler para ver aonde ia dar essa história meio cansativa e sem pontuação.

Quando já estava com mais da metade do livro lido e achando o romance de Dayse com Edmond muito imaturo para não dizer precipitado, as consequências da guerra começam a aparecer de forma que a narrativa ganha outra vida. Passa de uma leitura arrastada para uma leitura intensa em que tudo vai mudando de uma forma tão rápida e trágica que você fica envolvida e tocada. A morte, a falta de conforto, comida e segurança que estas crianças estão enfrentando nessa guerra sem saber realmente o que esta acontecendo, mas tentando sobreviver de alguma forma são narrados de forma tão forte e detalhista que meche com as emoções do leitor.

Fiquei surpresa quando me lembrei do resumo e da capa do livro, e me senti um pouco enganada porque em minha opinião, eles retratam a leveza que o livro não possui. Mas por outro lado, foi essa reviravolta inesperada que fez meu interesse pelo livro retornar.

No geral, a amizade entre Dayse e os primos, principalmente o instinto protetor que ela desenvolve para com a prima mais nova Piper é algo interessante e que torna o livro bom.
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Lelê 30/11/2012

Resenha:
Ganhei este livro no sorteio do blog Burn Book. E que grande prêmio, adorei!!

"Minha Vida Agora" tem a narrativa em estilo avalanche, que nada mais é do que uma história contada sem interrupção, quase sem vírgulas e com parágrafos bem longos.

Daisy nos conta sua vida, por tudo o que passou até agora.



"É uma pena, começar o seu primeiro dia no
planeta como uma assassina mas é isso aí,
eu não tive muita escolha naquele momento."
Pah. 25


Ela foi criada pelo pai que agora tem uma nova esposa, Daisy não aceita esse relacionamento e vem acumulando problemas por causa disso, inclusive transtornos alimentares. Então seu pai resolve mandá-la para passar um tempo na fazenda de uma tia da menina no interior da Inglaterra.
Nesta fazenda vivem sua tia Penn, que está sempre trabalhando, e seus quatro primos.
Tudo estava indo bem, e pela primeira vez Daisy estava se sentindo no paraíso. Se sentindo amada por todos, estava se divertindo, aprendendo a conviver com mais pessoas e até se apaixonando.


"Se você nunca esteve em uma guerra e está
imaginando quanto tempo leva para se
acostumar a perder tudo que você acha
que precisa e ama, posso lhe dizer que a
resposta é nenhuma."
Pag. 104


Mas o paraíso ruiu quando a guerra estourou e tudo virou um terrível pesadelo.
Daisy conta com detalhes como tudo aconteceu. É triste, mas perfeito!
Uma leitura extremamente envolvente e emocionante!


"Então às vezes havia tanques.
Na maior parte só parados ao lado da estrada
com a cabeça e os braços de alguém saindo de
cima, fumando e segurando uma arma."
Pag. 72



Em alguns momentos eu me irritava com a leitura, não conseguia entender como sua tia Penn passava tanto tempo fora trabalhando, deixando seus filhos sózinhos. Me irritou que o seu primo Edmond, de apenas quatorze ano já era fumante e dirigia. Mas depois fui entender que essa era a necessidade deles, crescer logo.

O final é bem bacana, quase como uma redenção.
Gostei demais e recomendo!!
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Evellyn 27/11/2012

Minha Vida Agora é um livro da Meg Rosoff, que na capa tem uma citação do 'The Observer' que diz 'Poderoso e envolvente, um futuro clássico' wow! Fiquei curiosa né?! Mas infelizmente não senti esse envolvimento prometido e isto foi um problema.

O livro é narrado em 1ª pessoa pela nossa protagonista Daisy. Ela tem 15 anos e acaba de chegar à Inglaterra, para morar com a tia e os 4 primos. Daisy tinha problemas de convivência com a madrasta em NY, e o pai acha que seria uma boa mandá-la para uma temporada fora, ainda mais agora que a mulher está grávida e Daisy não parece empolgada com a chegada do irmão.

Então Daisy chega e é recebida por seu primo Edmond, que ela nunca vira, mas sente uma conexão instantânea já que ele parece sempre saber o que ela está pensando. Na grande casa de fazenda, ela se sente acolhida pelos primos, Isacc, gêmeo de Edmond, Osbert, o mais velho, Piper, a mais nova; e pela tia Penn.

Acontece que eles vivem poucos dias de paz e tranquilidade, a tia vai a Noruega trabalhar e nesse meio tempo uma Guerra explode no mundo e as 'crianças' acabam ficando sozinhas e tendo que cuidar uns dos outros. A principio, nada muda radicalmente na vida deles e Daisy até curte o momento-sem-adultos. No inicio ela até parece indiferente à guerra e isso é meio 'como assim?' Ela não parece se preocupar muito com o que acontece 'no mundo exterior' enquanto está a salvo. Com a casa só pra eles, nossa protagonista acaba se envolvendo num caso de amor com Edmond. Esse casinho deles é uma das coisas que acho mal explicada, parece rápido demais, incoerente demais. Ela fica falando que está fazendo muito sexo e tudo mais, mas eu me pergunto se era realmente isso ou algo da tradução. Quer dizer, é tão estranho a forma que ela descreve a situação!

Uma das coisas que me incomodou foi isso: ele parece um desses livros tipicamente adolescente, com uma capa fofinha, uma sinopse que não diz muito e te deixa curioso. Mas quando você lê é um livro intenso e forte demais. Acho que entrei em conflito psicológico!

Outra coisa extremamente incômoda é o estilo da narrativa. Não existe diálogos diretos, separados da forma tradicional (travessão ou aspas). É tudo misturado no meio da frase e acho que isso torna a leitura cansativa e um pouco confusa até você se acostumar. É o tempo todo a Daisy narrando o que os outros dizem, mas sem nenhum tipo de separação – até rola uma letra maiúscula no meio, pra indicar que foi fala, mas a falta de separação entre pensamento de ação confunde!

Voltando a história; chega um momento em que a Guerra fica tensa e eles são separados. Aí sim começa o drama! Daisy e Piper são levadas pra longe dos meninos, depois começam uma peregrinação pelo país de volta para casa e a coisa toda fica muito triste. Claro, é uma guerra, mas me senti ludibriada! Quero dizer, fui ler o livro esperando outro tipo de coisa e me deparo com toda esta miséria humana, desolação, guerra, mortes... Não imaginei que seria uma descrição tão intensa e cruel de uma guerra. Digo, são crianças! Não é como um livro do Nicholas, com caras do exercito e tal.

O outro ponto incômodo (nossa, pareço uma mala com tanta incomodação, mas é o que tem pra hoje) é que nunca é citado exatamente o ano em que se passa. Acho que foi um jogo da autora porque torna a coisa toda atemporal. Nós sabemos que é atual porque existe eletricidade e internet, mas em alguns momentos parece que eles vivem em 1960! Acho que isso é porque eles estão na roça - e na guerra, mas me deixou cismada!

Ahh claro, preciso finalizar minha epopeia com este livro. Como se o drama da guerra não fosse o suficiente, nossa querida Daisy ainda tem DA(distúrbio alimentar)! E oh gosh, isso é tão irritante!!! Sério, livros específicos sobre DA já me dão nos nervos, quando a coisa ainda é inserida no meio de outras fico ainda mais nervosa! Tenho vontade de dar uns tapas nesse tipo de gente (meu passado me condena, é isso). Mas o que me irritou mesmo é que ela é uma SONSA! Sabe o que tem e fica falando como se fosse nada demais. Assim, em NENHUM MOMENTO é citado aquela palavra com -A- ou com -B-, muito menos DA ou TA, mas fica muito óbvio pelos acontecimentos. Argh!

Minha palavra final é que é um bom livro. Só não tem o tipo de história que eu goste de ler... É pesado demais, me sentia triste de ter que lê-lo - sabe, aquele desanimo de quando você faz algo sem prazer? Tem algumas passagens interessantes e que eu marquei (marquei mesmo, no livro), mas no geral achei denso e me sentia melancólica com a leitura. O que mais me irritou foi que me senti enganada mesmo. Eles 'vendem' o livro com uma proposta e você vai ler, é outra coisa! Nem é um livro recomendado para crianças - apesar de ser sobre elas.

Não sei se ele se tornará um clássico no futuro, mas se assim for, estou feliz de ter lido porque preciso de mais clássicos na minha lista. De todo modo, apesar de ter achado algumas partes interessantes, tudo que citei, faz dele um livro que não tenho vontade de reler e incrivelmente não me senti apegada o suficiente para querê-lo para sempre em minha estante. Então, no intuito de liberar 1 cm (eu medi) de espaço na minha estante-quase-empenada, vou sortear o meu exemplar para que outra pessoa possa ler, conhecer, e quem sabe se encantar mais pela história – e você ainda poderá ver minhas marcações (ohoho - estão a lápis, você pode apagar sem danos a beleza estética do livro).
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Psychobooks 15/10/2012

Classificado com 4,5 estrelas no Psychobooks

A leitura de Minha Vida Agora é única, gera sentimentos contraditórios no leitor e uma certa confusão no início da trama.

Daisy é uma garota nova-iorquina de quinze anos quer perdeu a mãe ao nascer, atualmente o pai está muito ocupado com os cuidados da sua nova esposa - Davina, A Diabólica -, que está grávida, sem saber como lidar com sua primeira filha que tem distúrbios alimentares, ele resolve mandá-la para passar uma temporada com sua tia e primos na Inglaterra.

Ao desembarcar no aeroporto, não é sua tia quem lhe aguarda e sim seu primo Edmond, que tem apenas 14 anos, fuma e veio dirigindo um jipe caindo aos pedaços. Ela é levada a uma peculiar casa de campo e apresentada aos seus outros primos Osbert, Isaac, Piper e aos animais de estimação: um bode, dois cachorros, alguns gatos e patos. Mas a maior sensação de estranheza é a falta de supervisão de um adulto, já que sua tia está sempre muito ocupada trabalhando.

A narrativa feita em primeira pessoa sob o ponto de vista da Daisy é bem peculiar. A autora não usa pontuação para os diálogos, deixando a impressão que a protagonista está nos contando sua história em um só fôlego, com algumas frases confusas e sentimentos à flor da pele.

Confesso que a princípio, enquanto o cotidiano das crianças eram narrado de forma tranquila, o livro não tinha me cativado, mas à medida que a guerra avança, o livro torna-se incrivelmente intenso, doloroso e apaixonante. A época exata em que o livro se passa, não é revelado e a causa da guerra é uma grande incógnita, com diversos boatos sobre o início de tudo e quem seria o inimigo real. Mas sabe-se que acontece após a 2ª Guerra Mundial e já existe tecnologia de celular e e-mails.

Há muitas atitudes nos personagens que eu não gostei nem um pouco, o fato de um garoto de 14 anos dirigir sozinho e fumar, uma mãe relapsa ao ponto de deixar crianças sozinhas por dias enquanto viaja a trabalho. Mas o conjunto desses fatores foi bem calculado no enredo, de forma que nada está ali apenas para aumentar as páginas, para todas as atitudes e personalidades há uma razão que se encaixa perfeitamente na trama.

Leitura mais que recomendada, principalmente para aqueles que gostam de enredos profundos disfarçados de leitura fácil. Deixo um alerta: esse livro tem várias cenas cruéis e intensas que abalam o leitor.

"Se você nunca esteve em uma guerra e está imaginando quanto tempo leva para se acostumar a perder tudo que você acha que precisa e ama, posso lhe dizer que a resposta é nenhum."

http://www.psychobooks.com.br/2012/08/resenha-sorteio-minha-vida-agora.html
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Ju Oliveira 11/09/2012

Tocante!
Sabe quando você começa a ler um livro esperando uma coisa, e depois percebe que é outra completamente diferente? A leitura de "Minha vida agora" foi assim...

Pela sinopse na orelha do livro, imaginei que fosse contar a história de uma garota de 15 anos, nova iorquina que vai para Londres passar uma temporada na casa da tia, curtir umas férias se divertindo com seus primos.

Na verdade, Daisy vai mesmo para Londres na casa de campo de sua tia. Ela não aguentava mais encarar sua madrasta Davina - a Diabólica, que está grávida. Então seu pai, com muitos cuidados com sua nova esposa e sem saber o que mais fazer com sua filha adolescente que tem distúrbios alimentares, resolve mandá-la para Londres.

Ao chegar em Londres, tudo é completamente diferente do que Daisy esperava. Quem foi ao aeroporto buscá-la foi seu primo Edmond, de 14 anos, fumando e dirigindo um jipe muito precário. Ao chegar a casa de campo ela conhece o restante da família, seus primos Isaac, Osbert e Piper. Sua tia não estava em casa, por conta de seu trabalho fora, apenas os filhos e isso já causou uma grande estranheza em Daisy, uma casa supervisionada somente por "crianças", sem um adulto por perto.

Após se familiarizar com os primos, principalmente com Piper de 9 anos, com a casa, os animais e todo o ambiente da fazenda, Daisy começa a curtir muitos suas férias. Juntos, eles fazem "acampamento" no celeiro, pescarias e várias outras atividades. Com a proximidade cada vez maior entre eles, Daisy vive seu primeiro amor... pelo primo Edmond. Um amor ingênuo e correspondido.

Mas o que ninguém esperava, era que uma guerra fosse estourar no exato momento de maior paz e harmonia que podiam estar vivendo. Sua tia estava em Oslo e ninguém podia entrar ou sair do país. As crianças estavam completamente sozinhas, por si mesmas. O exército invadiu a casa e as crianças foram separadas. Os meninos para um lado e Daisy e Piper para outro. Nesse momento a história toma um novo e inesperado rumo.

No começo da história é tudo tão comum, narrado em primeira pessoa, por Daisy, a narrativa é até um pouco confusa e bagunçada. Como se ela estivesse nos contando uma história, quase sem tomar fôlego, emendando frases longas e até mesmo dexconexas. A falta de pontuação nos diálogos me incomodou um pouco, mas somente até acostumar com esse novo jeito de escrita. Só que simplesmente não conseguia enxergar Daisy com 15 anos apenas. A linguagem dela me pareceu desde o começo de um adulto.

A minha maior surpresa foi encontrar em um livro tão pequeno, (175 pgs) tantos sentimentos fortes como amor, amizade, sofrimento e luta pela sobrevivência. Algumas cenas são bastante fortes e violentas, que podem mexer com o leitor.

"Nem sempre você tem a oportunidade de escolher o tipo de notícia que recebe."

Enfim é uma história tocante, profunda e singela, que vai mexer com o coração dos leitores. O livro será adaptado para o cinema (#adoro) O filme já está em fase de pré-produção. Agora é aguardar para se emocionar com Daisy e seus primos na telona. Leitura recomendada!
Mais resenhas em: http://juoliveira.com/cantinho
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Vivi Pinatti 28/08/2012

Daisy
Admito que de início, achei que não seria um bom livro. Mas ao adentrar na vida da personagem Daisy, onde ela conta a realidade vivida em período guerra e ao mesmo tempo à descoberta de seu primeiro amor, é bem bacana. Tem tudo pra ser um clássico. Ela se mostra muito mais forte do que parecia ser. Em em tempos difíceis acaba até deixando pra trás o que me pareceu uma possível anorexia, doença que é muito comum nos dias de hoje. Muito bom!!!!
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Juliana Vicente 28/08/2012

http://asmeninasqueleemlivros.blogspot.com.br/2012/08/minha-vida-agora-meg-rosoff.html
Minha vida agora é diferente de tudo que já li. Um livro com apenas 176 páginas que me envolveu e emocionou. Comecei a leitura sem saber o que esperar, primeiro achei que seria sobre uma garota que viveria um verão inesquecível, cheio de momentos divertidos e muito romance, mas ainda que esses momentos façam parte do livro, esta muito longe de ser o foco da história.

Daisy é uma jovem perturbada, sua mãe morreu no parto e ela foi criada por seu pai, até que ele se casa novamente e ela desenvolve um ódio imenso de sua madrasta que em breve irá lhe dar um irmão, por isso ela começa a puni-lós e se punir. Daisy deixa sua casa em Nova-York e parte para a Inglaterra onde irá conhecer seus primos que são mais que especiais. Cada um dos primos de Daisy tem algo especial, quase como um “poder” ainda que seja sutil e não discutido entre eles. Piper e Edmund tem um papel especial na vida de Daisy, com Edmund ela irá conhecer o amor e a paixão, e com Piper irá conhecer o que é amizade.

Até a metade do livro eu juro a vocês que não conseguia entender o sentido da autora ter escrito o livro, não que seja ruim, eu logo me acostumei com o fato dos diálogos serem parte da narrativa de Daisy, mas procurava entender que mensagem a autora queria nos passar, foi quando tudo mudou e a história começou a ter todo o sentido do mundo para mim.

É um livro que não irá agradar todo mundo, tenho certeza que muita gente irá desistir antes de chegar a metade do livro, mas eu recomendo a vocês que continuem a leitura, pois quando tudo começa a mudar e tenham certeza que tudo muda, a leitura nos absorve e emociona.

Vou parar de falar, pois vocês mesmos devem ler e conhecer os pequenos e grandes sentimentos pelos quais somos bombardeados durante a leitura.
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Karine 10/08/2012

Antes de iniciar, um aviso: não leve a sério o que está escrito nas orelhas do livro porque pode te fazer acreditar que há algo de sobrenatural na história o que é hilário.

Daisy é uma garota nova-iorquina de 15 anos que se vê sendo mandada à Inglaterra para morar com uma tia e alguns primos ao mesmo tempo em que uma guerra começa. Lendo isso penso que 90% das pessoas vão achar que o foco da história é o envolvimento da Daisy com essa nova família em tempos difíceis, quando na verdade é o contrário. O envolvimento da protagonista com a família é só uma ferramenta pra mostrar como a guerra afeta as pessoas. Então quando a Daisy singulariza cada um dos membros da família lhes atribuindo características e talentos, não é exatamente só para mostrar o quão especial elas são agora para ela, mas é uma forma de lá no final você entender como essas pessoas conseguiram ou não superar as dificuldades.

Portanto Minha Vida Agora é sobre guerra. Não há descrições de batalhas e exércitos se digladiando, a autora preferiu abordar outro lado da guerra que não vemos normalmente, que é como isso atinge quem não está no epicentro do conflito e dentro disso mostra o que nos faz continuar em situações difíceis e também o que nos faz desistir. E tendo isso como proposta a autora a cumpriu, mas o leitor precisa ter um olhar mais sensível pra conseguir ver e compreender o que o livro tem a oferecer.

Há algo de muito interessante na forma como a história é contada - apenas o início de uma frase com letra maiúscula no meio da narração indica o que alguém disse – assim como na escolha dos nomes de algumas personagens.

Contudo ainda acho que a autora deveria ter focado mais em outras coisas como, por exemplo, o crescimento da Daisy. Ao final da leitura senti que a Daisy do final é igual a que morava em Nova York com o pai e a madrasta grávida. A mudança é muito sútil senão inexistente. E a Parte Dois do livro é um tanto forçada, senti até um pouco de Nicholas Sparks, mas um trecho do último capítulo tornou as coisas mais compreensíveis.
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