A Travessia de Caleb

A Travessia de Caleb Geraldine Brooks




Resenhas - A Travessia de Caleb


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Daniela742 28/09/2012

Adorei!!!!
Posso dizer que o livro foi me conquistando a medida que ia devorando suas páginas... O grande desafio de Caleb de conseguir se equilibrar entre a tradição de seu povo e a busca pelo conhecimento é descrito pela autora com maestria... Mas sem dúvida a narradora dessa história merece lugar de destaque... Como não se encantar por Bethia Mayfield e sua sede de conhecimento, quando isso era negado as mulheres de seu tempo? A história do primeiro índio a cursar uma Universidade contada pelas lembranças de Bethia tornam o livro uma travessia deliciosa de se percorrer!
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jota 03/01/2023

MUITO BOM: mais do que sobre Caleb, que existiu e estudou em Harvard, obra é sobre a narradora que conta sua história
Lido entre 22 e 31 de janeiro de 2022.

Eu me lembro de ter lido há mais de dez anos O Senhor March, da mesma autora deste volume, e de ter apreciado bastante a obra que merecidamente lhe deu o Pulitzer de ficção de 2005. Nela, Geraldine Brooks resgatava um personagem do livro Mulherzinhas (que não li), de Louisa May Alcott, o sr. March, marido e pai ausente, e acabou criando uma história tocante e envolvente passada durante a Guerra Civil Americana, que durou de 1861 até 1865. Em A Travessia de Caleb a autora volta ainda mais no tempo, para o século XVII.

Ela nos apresenta uma narradora fictícia, Bethia Mayfield, que vai contar a história de um personagem que realmente existiu, Caleb, o jovem filho do líder de uma tribo, primeiro indígena americano a se graduar na Universidade de Harvard, em 1665. A travessia do rapaz não é apenas da ilha em que vivia – hoje Martha's Vineyard, para o continente, para Cambridge, cidade do estado de Massachusetts, onde fica Harvard –, mas dos choques decorrentes da transição de uma cultura para outra, dos problemas que ele tem de enfrentar convivendo com brancos. Mas também com a ajuda que podia contar de uns poucos deles.

Certo, temos então muitas páginas sobre a vida de Caleb, os costumes dos índios wampanoags, a resistência dos mais velhos e dos curandeiros à religião pregada por missionários vindos da Europa etc. Um tio de Caleb era o feiticeiro mais temido da ilha, Tequamuck, também um dos personagens principais da história contada por Bethia. Mas me pareceu que o livro é sobretudo sobre ela mesma, a narradora Bethia, a filha do pastor do vilarejo vizinho da tribo wampanoag, cujos guerreiros seu pai tentava converter ao calvinismo. Acompanhamos a história da garota e de seus familiares por muitos capítulos, desde que ela nasce, depois conhece Caleb aos doze anos, até praticamente o final de sua vida.

Há trechos em que a leitura fica tão interessante que somente a interrompemos por necessidade mesmo, embora eu tenha achado que os capítulos finais, quando Bethia presta contas dos acontecimentos passados e do fim dos personagens, ainda que de forma tocante, já não nos entusiasmamos tanto assim como ocorria antes, entende-se, o melhor ficou no passado. E logo após vem o posfácio, onde Brooks explica que apesar de A Travessia de Caleb ter sido inspirada numa história real documentada, porém escassa, trata-se de uma obra de ficção. Mesmo não tendo todas as qualidades de O Senhor March, agrada os leitores que apreciam literatura de entretenimento com certa qualidade, meu caso.
jota 13/01/2023minha estante
Corrigindo: lido entre 22 e 31 de dezembro de 2022.




denis.caldas 05/02/2024

A travessia de cada um de nós
Excelente obra para compreender um pouco sobre a colonização norte-americana, assim como é o livro "Enterrem meu Coração na Curva do Rio", de Dee Brown. A diferença que a obra de Brooks trata de um momento muito específico, onde jovens nativos, convertidos ou não pelo protestantismo, escolhem uma vida de educação formal para compreenderem os colonizadores e, assim, realizarem uma ponte entre duas culturas. Interessantíssimo ver a educação clássica aplicada, onde todos poderiam ter uma formação básica porém robusta, onde o formando optava depois por uma especialização técnica ou acadêmica, ao invés do emburrecimento programado que vemos hoje nas salas de aula, no melhor estilo "superficial em tudo, profundo em nada" devido ao excesso de informação. Seguem alguns excertos, com alguns comentários meus entre parênteses:

"Somente Deus determina quem é condenado e quem é salvo, e nada do que eu deitar nestas páginas poderá mudar esse fato. Mas como Caleb está por vir, trazendo consigo a fumaça daquelas fogueiras pagãs e o aroma daquelas horas selvagens e repletas de visões, preciso ter a mente limpa e o coração sincero sobre o lugar onde me encontro em relação a essas questões, para conseguir realmente afastá-las de mim. Tenho de fazê-lo por ele, bem como por mim mesma."

"Sinto-me afrontada quando escuto um comentário qualquer de meu amo, ou entre os alunos ingleses mais velhos, dizendo que os índios têm uma grande sorte de estar aqui. Passei a pensar que é um defeito nosso elogiarmos o que lhes damos num caso assim, sem nunca considerarmos o que está sendo abandonado em troca. Mas não sou eu quem deve pesar esse equilíbrio: Cristo e o conhecimento em troca de um panteão pagão e uma existência errante na selva. [...] Os dois estão determinados a se matricular em Harvard no próximo outono. Assumiram a crença de papai de que estão destinados a liderar seu povo, retirando-o da escuridão, [...]."

(É sempre interessante ler sobre esse choque cultural, e as consequências de os cristãos se intrometerem em outros povos a fim de cumprir a missão evangélica. Confesso que, até hoje, sempre mudo de lado da balança, pois não sei o que é melhor: a ignorância, porém ingênua, ou o proselitismo.)

"Bom, eu tenho cinco irmãos: Rest, Thankful, Watching, Patience, Consider; e todos eles são o exato oposto do que o nome indica. Mas todos passaram por isso, e todos sobreviveram. E você também vai sobreviver, se seguir o conselho da família Atherton: tenha Paciência, fique Vigilante, e logo poderá Descansar, Refletir e sentir Gratidão. Essa é a minha Esperança."

(Sempre uma boa sacada do humor inglês!)

"Muito bem, pensei. Você conseguiu, meu amigo. Custou-lhe a casa, a saúde e a separação das pessoas mais próximas. Mas depois de hoje, nenhum homem poderá dizer que a mente indígena é primitiva e ineducável. Aqui, neste salão, está você, o argumento incontestável, o 'negat respondens'."

Enfim, uma bela tragédia do estilo clássico grego, triste e real, como a vida de cada um de nós.
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Núbia Esther 24/09/2012

Caleb Cheeshahteaumauk da tribo wôpanâak da ilha Noepe (atual Martha’s Vineyard, Massachusetts), foi o primeiro indígena a se formar na Universidade de Harvard em 1665. Os registros desse marco histórico e os detalhes de seu acesso à universidade e sua vida de estudante são escassos, mas bastaram algumas informações fragmentadas para inspirarem Geraldine Brooks a recontar a saga de Caleb.

“Suponho que precise narrar a minha vida, o meu papel na travessia de Caleb de seu mundo para o meu, e o que fluiu a partir daí.”

Para narrar esta história, Brooks nos dá Bethia, que nos conta em uma narrativa por vezes errante entre os eventos passados e presentes, todo seu relacionamento com o jovem wampanoag e todos os acontecimentos decorrentes de sua “intromissão” no mundo do garoto. Neta do fundador da comunidade inglesa da ilha Noepe (Great Harbor) e filha do pastor local, Bethia sempre teve um espírito independente e um pendor para os estudos, que naquela época eram restritos aos homens. Costume que não a impediu de aprender às escondidas e não somente os estudos clássicos que seu irmão tinha, mas também a língua dos nativos que o pai estudava para assim ter sucesso na conversão dos indígenas. Ao lhe proibirem o estudo formal, Bethia passou a utilizar a ilha como sua fonte de aprendizado e em suas andanças solitárias deparou-se com o garoto Cheeshahteaumauk. Começa então uma relação de amizade entre a garota e o jovem wampanoag. É assim que Bethia torna-se Olhos de Tormenta e Cheeshahteaumauk, Caleb. Brooks coloca a amizade como força motriz para todos os acontecimentos vindouros, pois se com ela Bethia passa a conhecer mais sobre os wampanoags e admirar sua cultura é através dela que ela modifica o mundo de Caleb e lhe dá vislumbres do que o conhecimento fornecido pelos forasteiros poderia lhe oferecer.

Mais do que a travessia solitária de um jovem, a obra traz reflexões políticas, religiosas e sociológicas. A formação da sociedade americana no século XVI e a colonização dos moradores nativos, a imposição da cultura inglesa em detrimento dos costumes considerados bárbaros e o trabalho massivo para converter os indígenas ao calvinismo geraram conflitos físicos e espirituais que não são esquecidos pela autora. Brooks utilizou as informações históricas fragmentadas muito bem. Construiu com maestria uma história de confronto de culturas e da luta pelo direito à educação não somente para todos os credos e raças, mas também para todos os sexos. Com Bethia como narradora, o romance ganhou uma nova perspectiva, pois ainda que a travessia principal caiba à Caleb, temos muito sobre Bethia também. Seu espírito incauto e seu desejo ardente por conhecimento, não só para ela, mas para todos que o desejem, transparecem ao longo de toda a narrativa. O texto de Brooks é poético e exprime o cuidadoso trabalho de investigação histórica feito pela autora. Enfim, esta não é a verdadeira história de Caleb Cheeshahteaumauk, mas ela faz jus à memória desse jovem wampanoag e dos que depois dele se aventuraram em um mundo novo, sem esquecer, contudo, de suas raízes.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/09/23/a-travessia-de-caleb-geraldine-brooks/
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@APassional 09/12/2012

A Travessia de Caleb * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Entre dois Mundos

É através dos olhos de Bethia Mayfield que veremos descortinar-se um dos mais belos relatos do confronto entre duas culturas.

1660

De um lado os colonizadores ingleses calvinistas, sua imposição aos “costumes civilizados” e religião, do outro, os nativos wanponoags vinculados a tradição pagã do culto a natureza e ritos ancestrais.

A Travessia será mesmo de Caleb ?

Caleb é o vulgo cristão que Bethia “nomeia” Cheeshahteaumauk, o filho mais novo de um dos líderes tribais da ilha, um príncipe entre os wanponoags, belo, forte e diferente dos garotos ingleses. Ele a nomeia “olhos de tormenta” ao encontram-se casualmente num dos cantos isolados da paradisíaca ilha, ambos com 12 anos e, ávidos quanto ao questionamento de seu próprio mundo interior frente ao mundo que os cerca.

Bethia é uma rebelde em todos os sentidos, inquieta, irreverente, insensata, possui um intelecto afiado e perspicaz, autodidata em línguas mortas e principalmente na língua nativa, que ela aprimora com auxilio de Caleb, a quem instrui no inglês, mediante encontros furtivos.

“ Toda vez que nos encontrávamos, fazíamos uma grande cena, como se tivéssemos nos deparado um com o outro por coincidência, e fingíamos admiração pelo fato de nossos caminhos terem se cruzado. Ainda assim ele sempre fazia questão de me avisar, como quem não quer nada, onde pretendia pescar ou caçar nesta ou naquela fase da lua, a essa ou àquela altura do sol.”

Tornam-se amigos secretos, pois era inadmissível aos costumes da época que Bethia tivesse um amigo do sexo oposto, quanto mais um nativo, tal fato seria o escândalo supremo, entretanto, ela nestes encontros, colocava em absoluto risco sua “reputação” e o fazia conscientemente:

“Eu tomava muito cuidado para que ninguém nos visse juntos, desistindo de encontrá-lo se pensasse haver a mais remota possibilidade de que alguém viesse em nossa direção.”

Durante essas tardes que os dois passam juntos, ele vai mostrar a ela sua visão pagã do mundo e ela lhe retribuirá com sua versão cristã, esses dois mundos serão a simbiose dos laços que os unirá.

INSEPARÁVEIS

Dois jovens brilhantes em um mundo hostil.

Apesar de todo encanto que une nossos heróis, serão os costumes de cada uma das culturas as quais se vinculam, que os extirparão dos devaneios de possibilidade juvenil para realidade da vida adulta.

“ - Não posso mais andar com você porque amanhã os meus passos vão me escolher, e não eu aos meus passos. Amanhã será a lua dos caçadores. Tequamuck vai me levar para o fundo do bosque, longe daqui. Ali, vou passar a lua das noites longas, a lua da neve e a lua da fome sozinho.”

Mudanças abruptas e trágicas, irão aparentemente estabelecer um abismo entre essas almas gêmeas.

“Quem somos na realidade? Nossas almas são moldadas, nossos destinos são escritos por inteiro pela mão de Deus antes mesmo de nosso primeiro alento ? Nós criamos a nós mesmos, pelas escolhas que fazemos? Ou somos apenas a argila, que é moldada até ganhar a forma proposta pelos que estão acima de nós?”

São antagonistas de complexidade psicológica e equivalente poder, que irão estabelecer o pólo de conflito e obstáculos, para que Bethia e Caleb possam alcançar seu objetivo, como se a pressão social em si, já não fosse um grilhão forte o suficiente para suprimir seus sonhos de liberdade.

Mas será que almas gêmeas podem ser separadas ?

Grandes cenários são a moldura para um enredo magnífico com diálogos poderosos, nos quais profundos e delicados sentimentos são soprados em sonoridades ora cálidas, ora passionais, às vezes turbulentas como os ventos que abraçam ou fustigam a ilha.

Bethia, para uma mulher daquela época é tão impetuosa e selvagem como Caleb deveria ser, no entanto ele é enigmático e insondável como um Lord da mais alta aristocracia:

“... Prometeu roubou o fogo dos deuses. Disse que o fogo representava a chama do aprendizado, acessa pelos antigos gregos e passada até nós, que devemos mantê-la viva. Portanto, Bethia, eu sou um ladrão de fogo. E como ao que parece, o conhecimento não respeita fronteiras, vou levá-lo aonde puder. À luz do dia, nas salas de aula. À luz de velas, com seus livros. E, se necessário, entrarei na escuridão para obtê-lo.”

Animus e Anima

Caleb e Bethia, um é a face do outro, juntos são fortes, ousados, valentes, determinados, ilimitados, infinitos em sua dualidade. Extraordinários!

Enfim, é deste modo que essa Travessia nos transpassa com sua profundidade e sério questionamento sobre a condição da mulher na sociedade, a violência da colonização e seus efeitos sobre as culturas ancestrais, a exclusão social, mas sobretudo nos impõe uma reflexão sobre o amor e o sentido da vida.

Recomendadíssimo!

Para quem tiver a ousadia de fazer a Travessia.
Nos vemos na Ilha.

Rosem Ferr.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 01/12/2012:

http://www.arquivopassional.com/2012/11/resenha-travessia-de-caleb-de-geraldine.html
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Egídio Pizarro 13/11/2015

Geraldine Brooks fez um excelente trabalho criando a personagem que narra o livro. Basta isso para o livro valer a pena.
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Nélio 15/01/2016

Uma boa leitura, com certeza!
Apesar de não ser do tipo de livro que mais leio – prefiro policial, investigativo -, esse livro me agradou muito!
A autora trouxe com muita maestria uma importante discussão para nossa vida: os choques culturais! Século XVII, “catequização” de índios pelos europeus: passamos por isso, né?!?!?
Como foi legal não apenas ler sobre, mas sentir, principalmente com Bethia e Caleb, o quanto as intepretações do ser humano sobre fé, religião, cultura, educação etc. são perigosas na mão de quem se acha investido da sua verdade! Somos, ainda hoje, fracos no respeito à diversidade e ao direito do outro.
Algo muito legal também foi “acompanhar” a “vida” inteira de pessoas... Gosto de “recortar” um pedaço do mundo na forma de conhecer uma personagem na sua infância e a seguir até a velhice... A gente sofre, claro, quando, ao final do livro nos deparamos com a morte de alguém que cultivamos afeição ao longo da leitura... e esse livro trouxe muito disso...
Destaco também a passagem de quando Bethia se vê na escolha de com quem se casar... não vou contar, quem quiser veja as páginas 248-250... a reflexão que ela faz é linda!
Há muita coisa boa a se comentar sobre o livro, mas aqui é só para deixar o gostinho....rsrs
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Horroshow 17/01/2016

Resenha por João Pedro (Blog Horrorshow)
A Travessia de Caleb é uma releitura romanciada do pouco que se sabe da vida de Caleb Cheeshahteaumauk, o primeiro índio a se formar na Universidade de Harvard. Tecida pelas mãos habilidosas de Geraldine Brooks, o romance tem uma graciosidade que encanta na forma como é escrito, apesar da história, aos poucos, se revelar trágica. A travessia a que o título se refere é entre essas duas culturas diametralmente opostas: da tribo indígena wôpanâak na ilha de Noepe ao continente colonizado (e deteriorado) pelos ingleses. É natural imaginar que, nessa travessia, esbarremos em muitos questionamentos acerca da organização social e, principalmente, dos preceitos religiosos sob os quais ela se estrutura.


Quem nos conta essa história é Bethia, filha de um influente pastor no povoado de Great Harbor, situado na mesma ilha em que habitam diversas tribos indígenas. Foi o avô de Bethia quem negociou a ocupação dessas terras pelos ingleses e é quem gerencia o vilarejo, detendo então um certo poder regional. Deixando de lado essas questões mais políticas das relações entre os ingleses e os índios na ilha, o livro poderia muito bem se chamar Memórias de Bethia Mayfield, pois é exatamente isso que ele é. Mas sua vida se cruza de forma tão íntima com a de Caleb que sua história conta também a história dele.

(Continue lendo no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/11/a-travessia-de-caleb-geraldine-brooks.html
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Ana Paula Carnevale 02/01/2021

Encantei-me com a história de um jovem príncipe de sua tribo indígena e sua amizade improvável com uma jovem branca inglesa filha do pastor missionário, enviado a apresentar o amor de Jesus aos índios pagãos desta tribo. Uma ficção que me apresenta duas culturas desconhecidas a mim: a dos índios e das mulheres sem direito algum da década de 60.



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Carlos Padilha 03/04/2021

Um tanto decepcionante
Comecei a leitura com uma grande expectativa, por conta dos ótimos As Memórias do Livro e O Senhor March. Porém, em minha opinião, A Travessia de Caleb fica muito aquém dos outros dois.
Embora no posfácio Geraldine Brooks relate os fatos reais que deram origem a sua narrativa, todo o livro soa demasiadamente fantasioso. A primeira terça parte, centrada nos diálogos entre Bethia e Caleb, parece literatura infanto-juvenil e, por vezes, torna-se arrastada.
O livro fica mais interessante em sua segunda metade, mas a sensação de fantasia permanece forte. Mesmo com a inserção de algumas tragédias, a narrativa não emociona.
O ponto positivo fica na apresentação do confronto desigual entre duas culturas, mas o resultado final fica muito abaixo das boas intenções.
Fiquei surpreso ao constatar que A Travessia de Caleb é posterior aos livros muito superiores citados no início desta resenha.
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andrezen 04/09/2015


Eu serei honesto: apesar de toda a característica histórica fascinante que o livro possui, e falar sobre assuntos muito sérios e importantes como o preconceito contra índios, mulheres e pessoas que não tinham as mesmas convicções ou religião dos colonos puritanos da época e também sobre a parte interessantíssima que dá uma certa dimensão de como eram os estudos e a educação de uma forma geral naquele tempo e local , o resumo do livro me parecia muito mais instigante do que ele na realidade foi.
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marcela.barbi.1 08/11/2015

Decepcionada
Apesar do livro trazer uma história SUPER interessante, sobre índios, pagãs, racismo, violência e cultura, eu sinceramente esperava muito mais dele. Ganhei de aniversário e quando li o resumo fiquei completamente APAIXONADA. Li o livro sem vontade nenhuma, pois é muito cansativo. Não indico a ninguém ;/
Ai vai minha resenha:

O livro é narrado por Bethia, uma menina inglesa, cristã, com uma curiosidade fora do normal. Aos 12 anos ela conhece um menino de uma tribo pagã, Caleb. Mas a amizade deles é bem restrita, ninguém sabe da existencia dela. Seu pai é pastor e tem uma missão de catequizar todos esses índios pagãos, até que consegue a aceitação de Caleb.
O livro narra a passagem, a travessia de Caleb entre uma cultura e outra, universidade e analfabetismo. Deus inglês e deuses wampanoags. Caleb se forma em Harvard e Bethia se muda para Cambridge onde fica recebendo ordens de seu irmão mais velho, que por sinal é um arrogante. Bethia luta para ter uma voz na sociedade e vai relatando toda a travessia de Caleb e sua travessia também.
Rosangela 27/07/2017minha estante
Em resumo:
Despacito: 5 estrelas
Mozart: 1 estrela




Zeca 11/04/2017

Século XVIII
Leitura excelente, ótima escritora !
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Nivia.Oliveira 25/05/2019

A travessia de Caleb de Gerladine Brooks é uma belo romance mas que trata de teologia. No final você vai se perguntar: Por que o "Deus" do outro é inferior ao meu?
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