Resenhas - Pantera no Porão

Geovani 03/12/2022

Traição
O que é traição? Qual sua importância? O que ela significa? Especialmente para um povo perseguido como os judeus.
Junto a isso, constrói-se uma história de formação pessoal, a importância da amizade e outras coisas relevantes

Alinni.Alves 31/12/2021

Um livro de puro prazer?
Amós Oz é um dos meus escritores favoritos e neste livro consegue conciliar uma narrativa suave e infantil, para temas sensíveis como perda, guerra e medo. Um livro de uma simplicidade e fácil de ler.

Bruno.Dellatorre 26/05/2019

Estou puto da vida.
Sério? Prófi fala da amizade dele com o sargento Dunlop como se fosse algo super interessante, que tivesse gerado uma consequência, mas... do nada o Dunlop some e é esquecido. O livro vira um porre nas últimas 60 páginas e termina com um final não muito conclusivo. Certamente é bem decepcionante.

Luiz 14/01/2019

Um romance de formação sensível sobre as marcas deixadas em um menino de 12 anos no ano anterior à formação do Estado de Israel e com a vida atravessada pela guerra e pelo trauma do Holocausto.


"chegou o outono e nuvens baixas envolveram Jerusalém, para nos lembrar que nem tudo no mundo é verão e submarinos e Resistência clandestina."

Sílvia 15/10/2018

Que leitura gostosa.
É um romance de formação que tem a duração de um ano na vida do personagem principal, apelidado de Profi porque ama as palavras. A história, creio que a maior parte seja autobiográfica, se passa na Jerusalém antes da formação do estado de Israel. Tem de quase tudo na narrativa curta, poderia ter o dobro do nr de páginas. Tem mistério. Romance. Espionagem. Voyeurismo. Livros. Brigas. Ameaças. Suspense. Trauma. Amizade. Criatividade. Tem que ler para entender. Recomendadissimo.

KV 30/03/2018

Pantera no Porão - Sensível relato na Jerusalém ocupada pelos britânicos
É fácil odiar de longe. Sem nunca termos nos encontrado e conversado como apenas dois seres humanos. Sob o advento da supremacia de uma ideologia. Sob uma guerra onde existem inimigos “claros” porque governos de países estão uns contra outros. Fazemos parte de um todo maior, mas no microcosmos de nossas relações um pra um, podemos nos descobrir simplesmente humanos, podemos descobrir que nos admiramos e que estamos ali naquela hora e naquele lugar pelos acasos da vida. Nesse sentido, envolver-se amigavelmente com alguém pode até ser qualificado de traição. Mas dentro de nossos corações, sabemos que a vida é muito maior.

São essas as lições que tirei deste lindo livro de Amós Oz. Uma história contada pelo protagonista, então um homem maduro, lembrando-se de quando tinha apenas 12 anos na Jerusalém ocupada e fez amizade com um soldado britânico, um ano antes da criação do Estado de Israel. Sensível, poético e, de certa forma, histórico.

Serge 23/06/2009

O dilema do encontro
Mestre Amós (olha a intimidade!) nos presenteia aqui com mais uma novela sensível e de apelo filosófico-político nos arredores da Israel pós-guerra.

A história do menino Prófi e do Sargento Dunlop traz à tona a mesma revolta e esperança que nasce em histórias como Romeu e Julieta: o dilema do encontro "proibido".

Aqui, não são duas famílias mortalmente inimigas (como os Montecchio e os Capuleto da obra de Shakespeare) onde seus filhos se encontram na surdina: imagine, agora, quando dois desconhecidos se encontram secretamente cada um representando dois ESTADOS mortalmente inimigos!

O que move os dois é a curiosidade, não o desejo e o medo da dominação colonial. O Sargento Dunlop é um homem apaixonado pela cultura israelense e busca redenção por sua vida cansada. Já o garoto Prófi é uma criança cicatrizada pelos conflitos que presencia diariamente, mas que fantasia e tem sonhos.

Juntos, os dois iniciam uma amizade que supera qualquer guerra e a todo preconceito.

Frase marcante:
"O oposto do que aconteceu é o que poderia ter acontecido, se não fossem as mentiras e o medo".

Recomendo trinta e três vezes!!!