A imaginária

A imaginária Adalgisa Nery
Adalgisa Nery
Adalgisa Nery




Resenhas - A Imaginária


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Mih 24/03/2023

Doçura só na imaginação
Um livro em volta da vida de uma mulher que cresceu através da perda e da solidão. Um vida regada de dor e pouca felicidade.... um livro permeado de poesia e tristeza. Lindo!
comentários(0)comente



kiki.marino 27/01/2023

Este é o ano da Adalgisa Nery, uma autoficcao introspectiva e poética sobre a sua vida , ou a vida de mulheres a sombra da opressão patriarcal que tentam minar a sua identidade e intelecto . É denso. É tão bom quanto Nada,de Carmem Laforet e devia ser mais valorizado em solo brasilis, pois é um belo romance de formação sob a perspectiva feminina
comentários(0)comente



Isabella 18/04/2022

Que mulher pra escrever bonito. Escrita pungente, intensa, angustiada. Tive que ler esse livro a prestação, pois ao mesmo tempo que vc é capturado por uma escrita tão cuidadosa, sinto que ela te vampiriza um pouco. Esse livro tem um caráter um tanto biográfico, apesar de não se assumir desse modo, tem um ótimo posfácio que esclarece os tais biografemas. Eu ODEIO o termo "confessional" aplicado de modo generalizado para esse tipo de escrita quando mobilizado por uma autoria feminina, pois a maior parte do tempo não há nenhuma intenção de confessar nada, muito pelo contrário... porém, acho que seria um termo que se aplicaria bem a esse livro em particular. A Imaginária faz um movimento quase egocêntrico ao redor de um Eu que parece confessar o que há de pior e mais frágil em si mesmo, de modo que às vezes eu até odiei ela por isso. Porém, Adalgisa/Berenice/a Imaginária definitivamente não se importa em ser odiada, ela já parte do princípio da precariedade e trabalha muito bem com isso. Confusa, tateante, decididamente não é uma mulher trêmula, a Imaginária é uma rocha melancólica a procura de qualquer sensação de êxtase impossível. Adalgisa foi uma grande colunista, atuante na política, chegou a ser deputada estadual pelo PSB. Acho que ela é mais conhecida pela sua poesia modernista. É isso! Não leiam esse livro se vc já estiver no fundo do poço!
comentários(0)comente



Lorraine Berg 11/01/2022

PERFEITO!!
O livro é fantástico, zero defeitos a história fascinante. A autora, majestosa. Perfeito. Você chora o livro todo, muito triste e muito lindo!!
comentários(0)comente



Fabíola 30/08/2021

QUANDO A DEPRESSÃO E A SOLIDÃO SE ENCONTRAM
Já a ler as primeiras páginas, você será absolutamente devorado pelo grito de solidão incessante contido nesta caixa de Pandora misteriosamente camuflada sob a forma de um livro. Adalgisa Nery é a força descomunal da Poesia e da Solidão fundidas em um só aspecto. Dor, lágrimas, ventos intensos soprados de seu interior como se fosse o eterno grito por liberdade inalcançável. Adalgisa me lembra muito Lispector. É imensuravelmente profunda.
comentários(0)comente



Heloiche 22/01/2021

Historia sofrida - machismo que desconsola
"Eu notava mais esse desconcerto. Ele sentia-se acima de todas as conjunturas da vida. Opinava drasticamente. Lembro-me de um fato importante para mim naquela época. Um dia um amigo nosso, poeta extraordinário, vendo-me e sabendo que eu não tinha convivência de amigas, conhecendo a minha vida entre alucinados, sem distrações normais, perguntou ao meu marido se ele não receava que eu, uma mulher tão jovem, vivendo unicamente entre homens, viesse a ter preferência por um de seus amigos. Recebeu como resposta: ‘A minha mulher é como a minha mão. No dia em que ela gangrenar, eu a decepo e continuo a viver com o resto do corpo.’
Sim, eu não passava de um detalhe que não fazia falta ao todo. Mal sabia ele que o meu mundo era grandioso, o meu mundo estava na sua vida e na sua alma separado por um silêncio que ele mesmo provocara".
...
.
.
. Uma leitura das mais sofridas! Comecei, abandonei e retomei num fôlego só. Um pedaço da vida da autora que dizem foi no real ainda mais sofrida. Uma leitura de primeira. .
comentários(0)comente



Letuza 08/09/2020

Intenso
O livro deveria ter como título, Emoção e Sensibilidade, pois é de ler sem respirar.
Adalgisa Nery, nasceu em 1905, filha mais velha de um casal típico do começo do século XX. Era uma menina extremamente sensível, observadora e perspicaz.
?
O livro A imaginária narra a história de Berenice, que é uma Adalgisa disfarçada. Berenice, filha mais velha, sensível, perde a mãe aos 8 anos. O pai casa-se novamente e a madrasta não compreende Berenice. Aos 15 anos Berenice apaixona-se por um rapaz lindo e inteligente. Encantada e desesperada para sair de casa, ela casa-se com o namorado e vai viver na casa dele, com a sogra e a irmã dela. Tudo parece maravilhoso, até que uma manhã ela acorda com uma briga entre a sogra e a irmã. O marido, nervoso, confessa que a casa dele é uma casa de loucas. A mãe e a tia sofrem de problemas psicológicos e fazem da casa e da vida deles um verdadeiro inferno. Berenice vive em estado de tensão, emoção e submissão sem iguais. Os filhos vêm e nada parece acalmar o clima insano da casa.
?
Uma notícia completa o caos emocional de Berenice. Seu marido é diagnosticado com tuberculose em estado avançado. Seu precário mundo parece desabar de vez. Ele busca tratamento, eles se mudam para a serra e nada. Ele se interna e nada. A doença avança e com ela, avançam as crises da sogra e da tia. Quando o marido tem uma melhora no estado de saúde, Berenice descobre que ele tem uma amante e ele chega ao cúmulo de contar detalhes do romance para ela.
?
Depois da morte do marido, Berenice volta para a casa do pai, que a tinha renegado por causa do casamento. Lá, ela sente-se deslocada, depois de 13 anos longe, agora viúva e com filhos pequenos. Mas pelo menos está longe das loucuras da sogra e da irmã. Ledo engano. A sogra continua atormentar sua vida e a vida de seus filhos.
?
A vida de Berenice e a vida de Adalgisa são praticamente iguais. Adalgisa casou-se com o artista plástico Ismael Nery e foi viver na casa da sogra. Lá conheceu a loucura, a opressão e a submissão. Sempre foi muito inteligente e talentosa, mas o marido a diminuía. Depois da morte de Ismael, ela tornou-se escritora, trabalhou como colunista de jornal e foi deputada estadual. Morreu em 1980, em uma casa de idosos. Sua vida foi extremamente difícil, mas ela fez do sofrimento, poesia. Conviveu com Cecília Meirelles, Raquel de Queiroz, Frida Khalo e foi uma mulher incrível.
comentários(0)comente



De Cara Nas Letras 23/01/2016

A Imaginária
Em a “A imaginária”, Adalgisa Nery usa a personagem Berenice para contar sua própria vida. Dessa forma, acompanhamos Berenice desde sua infância, até sua vida adulta entre casamento, filhos, e angústias.

Berenice era uma criança aparentemente normal, porém tinha uma grande sensibilidade, e já lhe afloravam os sentimentos poéticos. Por esse motivo era tida como menina imaginativa. Uma menina que queria ser árvore. Cercada de vários irmãos, uma mãe sempre doente, e um pai silencioso que não demonstrava um mínimo afeto, Berenice cresce a distância, entre realidade e imaginação.

“Quando menina, olhava-me no espelho e tinha a sensação de refletir uma Berenice inimiga, muito mais velha, carregando experiências que embora não me tivessem marcado a carne do meu corpo de criança já haviam arranhado fundamente minha sensibilidade.”

Desde cedo, a menina vai apreendendo que sua vida será marcada por tristezas. Sua mãe morre, quando ela tinha apenas 8 anos, depois vai para um internato. E então o pai casa-se novamente, com uma italiana severa. Até que aos 14 anos Berenice conhece o amor, percebe que só amor pode salvar sua vida. Sua família, porém não aceita o namoro. E para poder viver seu amor, e fugir das garras da madrasta e o silencio do pai, ela casa escondido.

Passa então a morar na casa do marido Ismael Nery. Com ela morava também a família do marido, um trio de mulheres descontroladas. Berenice se vê mais uma vez sufocada por angustias, loucuras, e pelo marido que se revela bem diferente do que conhecera anteriormente. Sua casa é freqüentada por artistas e poetas, mas seu marido faz questão de deixá-la de fora, afirmando sempre que ela não possui sensibilidade e lirismo. Chegando a afirmar certa vez que “A minha mulher é como minha mão. No dia em que ela gangrenar, eu a decepo e continuo a viver com o resto do corpo.” Ao ser diagnosticado com tuberculose, o marido se mostra ainda mais cruel, revelando que tem uma amante, e entre outras atitudes impiedosas.

É entre atos de loucura, mesquinharia e crueldade que ocorre a vida da personagem. A imaginaria é uma autobiografia, mas também ficção. Onde a realidade e vida da poetisa Adalgisa Nery, esbarra na imaginação e se entrelaçam. Uma mulher que desconhecia a si mesma, que encontrou no amor a sua salvação, mas não foi amada por si mesma, e vivia em um mundo que sua hipersensibilidade não suportava.

“Há vácuos tão profundos na alma que palavra alguma pode superar. Só o silêncio nos olhos, nos gestos e na língua devia ficar. E foi o que fiz.”

Ao ler esse livro, me pergunto por que esse romance demorou tanto para ser republicado, exatamente 35 anos após o falecimento da autora. Pois é um livro belíssimo, profundo e doloroso. Recomendo esse livro a todos que queiram conhecer sobre essa incrível escritora, que há muito foi esquecida, mas de importante relevância na produção feminina. É um livro de grande carga dramática, para ser ler sem presa, refletindo sobre cada passagem, que é repleto de lirismo. Como dizia Drummond é um “livro-choque, beleza dolorida e profunda”.

A edição da José Olympio está belíssima, e rica em conteudo, pois além do romance integral, trás também notas do organizador, assim como um belíssimo texto de apresentação da Ana Arruda Callado, autora da biografia de Adalgisa. Um ensaio sobre a autora e sua obra de Affonso Romano de Sant’Anna, e uma Cronologia da vida e lista de obras de Adalgisa Nery, e curiosidades sobre sua pessoa.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2015/12/resenha-131-imaginaria-adalgisa-nery.html
comentários(0)comente



Valnikson 23/12/2015

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: A Imaginária
A carioca Adalgisa Nery teve sua significativa produção literária subjugada e até mesmo esquecida pelos grandes veículos editoriais e centros acadêmicos por vários anos, embora tenha sido bem recebida pela crítica especializada de sua época. Algo realmente lamentável, levando-se em conta que tanto a poesia quanto a prosa da escritora apresentam um excelente trabalho com a palavra, explorando com maestria a subjetividade e os embates existenciais. Tendo acompanhado de perto os movimentos culturais em meados do século XX, ela tornou-se musa de importantes artistas plásticos e homens de letras. O seu romance de estreia, 'A Imaginária', carrega vários traços autobiográficos, discutindo de forma pungente a opressão do feminino no ambiente doméstico e ante a esfera pública. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2015/12/22/46-a-imaginaria/
comentários(0)comente



ViagensdePapel 03/11/2015

Este é um livro que caiu meio que de paraquedas na minha vida. Eu nunca havia ouvido falar da autora, nem de suas obras, e, quando tive a oportunidade de ler A imaginária, não sabia direito do que se tratava, nem do estilo de escrita de Adalgisa. No fim, me surpreendi com a narrativa intensa, reflexiva e profunda.

Adalgisa Nery nasceu em 1905 no Rio de Janeiro e foi uma importante poetisa modernista e jornalista brasileira. Em A imaginária, a autora traz um relato autobiográfico, no qual, pelos olhos da protagonista Berenice, narra sua própria vida. O livro se tornou um de seus maiores sucessos e na obra a autora fala principalmente da conturbada relação que teve com o marido Ismael Nery.

Acompanhamos a vida da pequena Berenice desde o início. Quando criança, sua mãe morre e logo ela é enviada para um internato. Pouco tempo depois, o pai casa-se novamente e ela tem que se adaptar a uma nova vida. Aos 14 anos, apaixona-se perdidamente por um homem poucos anos mais velho, e, apesar do inicial receio da família, casa-se aos 15. Quando jovem, nutria uma paixão intensa pelo marido, mas logo a relação amorosa tornou-se de violência. Berenice passou a ser cada vez mais oprimida e perdia sua voz.

O livro trata basicamente do primeiro casamento de Adalgisa, com o pintor Ismael Nery, e o quanto a relação se transformou com o tempo. De muito apaixonada, ela passou a viver uma vida de horror com as traições do marido e a forma como ele a enxergava, como um ser totalmente submisso. Toda a sua dor e sofrimento transformaram-se neste incrível livro, que conta a sua vida de maneira profunda, poética e dolorida.

É difícil não ter compaixão com a história narrada por Adalgisa. Logo quando pequena passou por muitas situações difíceis, como a morte da mãe, o novo casamento do pai, a vida no internato, entre outras coisas. Quando enfim achava que iria encontrar sua voz, passou a ser tratada mal pelo próprio marido. Baseando-se em todas as histórias vividas, a autora escreveu o que viria a se tornar uma das obras da sua vida.



Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:


site: http://www.viagensdepapel.com/2015/10/09/resenha-a-imaginaria-de-adalgisa-nery/
comentários(0)comente



Ju 27/01/2010

Um livro excelente e auto-biográfico.
Uma realidade dura, cruel e sofrida foi vivida por Berenice, que na verdade é a própria Adalgisa.
Uma obra profunda e dolorida, reflexiva e assustadora.
comentários(0)comente



11 encontrados | exibindo 1 a 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR