Rafael 29/06/2020
Malcolm X, nascimento e construção de um ídolo
Eu sempre ouvi falar do nome de Malcolm X, mas só vim conhecer a sua história pelo filme X com Denzel Washington (ótimo filme por acaso) que é baseado na sua auto-biografia. A nova biografia, que durou 20 anos para ser finalizada, vencedora do Pulitzer, com mais de 400 entrevistas, desmistifica o mito e revel com dados pautáveis e documentos a história de Malcolm que teve o pai assasinado pelos movimentos segracionistas como a Klu Kux Kan, a mãe internada à força numa clínica psiquiatra por ter se casado com um negro, sua vida de criança que passou fome, adotada e marginalizada. Passando por traficante, gigolo e ladrão. Até ir parar na cadeia e se converter ao islamismo. E é a partir desse momento que sua trajetoria política e social deslancha. Com discursos racistas e fascistas ele se torna símbolo dos negros. Passa a atacar em seus discursos Martin Luter King, e anos depois rompe com a sau religião e funda uma mesquita. Nesse momento Malcolm já tinha mudado de cabeça e já tem uma postura menos religiosa e mais ativista social. Malcolm foi acompanhado de perto pelo FBI, conheceu Fidel Castro, se tornou símbolo do islmismo nos EUA, e teve uma vida recheada de acontecimentos impressionantes e embates chocantes. E aos 39 anos, assim como Martin Luter King, ele foi assassinado e se tornou o símbolo que é hoje. Há muita coisa em comum nessa fase com a vereadora do Rio Marielle, principalmente na tentativa de negligenciar o assassinato e se negar a tratá-lo como crime político.
É um livro maravilhoso.