Resenhas - A Lógica do Cisne Negro

Rodrigo Santos 09/03/2024

Leitura densa e impactante
O autor traz discussões profundas sobre probabilidades e incertezas. Apresenta diversas críticas aos modelos convencionais de medição de riscos e previsões. O que me incomodou um pouco foi o fato dele criticar demais. Pra se ter noção, ele cita que o prêmio Nobel deveria ser extinto. Pro leitor menos técnico, fica difícil avaliar se as críticas são válidas, porque seria necessário ter um conhecimento mais aprofundado dos temas que ele trata. Tirando isso, o leitor menos técnico pode tirar muito proveito da leitura. Muita coisa pode ser aproveitada para uma boa tomada de decisões, seja nos negócios ou na própria vida pessoal.

Aline 04/09/2023

Muito antes de comprá-lo, eu já havia lido e escutado tanto sobre este livro e os conceitos e ideias do autor a ponto de pensar que não precisaria lê-lo. Então, uns três anos atrás eu o vi de promoção, o comprei e guardei. E guardei. E guardei. Até que agora, por algum chamado sobrenatural, resolvi de fato lê-lo. E por isso posso afirmar: tudo que ouvi anteriormente não resume o livro.

Um livro sobre possibilidades e previsões que aborda a sorte e o acaso. Taleb, de forma bastante leve (mas, talvez, um pouco pretensiosa), leva o leitor o compreender seu ceticismo, a distorção retrospectiva e narrativa, o problema da supervalorização da informação... tudo para chegar no Cisne Negro (que, por natureza, é um evento raro, de impacto extremo e imprevisível - afinal, se vice soubesse que ele aconteceria, aquilo já deveria acontecer agora, não? - algo chamado de Lei das Expectativas Reiteradas).

Os termos e conceitos do Mediocristão/Extremistão, a convexidade na exposição a riscos, a frase "ausência de evidência não é evidência de ausência "... está tudo lá. Mas, talvez, o leitor intérprete (ou aplique a ideia) de forma diferente daquela que ele ouviu falar.

Assim, não acho que se trate de um livro imprescindível, mas caso o leitor tenha se interessado pelos conhecidos termos, conceitos e ideias disseminados, eu sugiro que leia realmente o livro.

Cassio 14/08/2023

O livro é muito bom, mas a parte técnica pode ser de difícil compreensão para aqueles que, assim como eu, não são da área da estatística ou economia. Exigiu muito de mim a parte técnica do livro, mas mesmo assim abriu minha mente para os Cisnes Negros de minha própria área de atuação.

Lari 14/08/2023

Leitura difícil, mas necessária
O livro me trouxe muitas reflexões. Não sabia bem o que esperar, mas me surpreendeu. Só esperava uma leitura um pouco mais fácil, em alguns momentos parecia um pouco fora de realidade alguns exemplos do autor.

Arthur.Sousa 28/07/2023

Prevendo o imprevisível
Quando falamos em prever, pode se correr o risco de uma percepção utópica ou mágica das coisas, contudo buscar entendimento e habilidade em gerenciar o desconhecido é um necessária capacidade...

Charlie Gabriel 26/07/2023

Bomba de 500 páginas
Parece o tiozão do ZAP paranóico generalizando tudo com achismo e hipérboles, falando tanta merda sobre ciência, cientistas, historiadores e o próprio ato de estudar em geral que chega causar nojo, como se ciência fosse um movimento ideológico que fica brincando de casinha e dando opiniões e achismo sobre coisas aleatórias só para se acharem superiores ksksksksksksks o cara claramente é inseguro sobre seu intendimento científico e repertório estudantil, então tenta desmerecer tudo que ele não entende como funciona, pra ditar as próprias verdades que ele tirou da bunda pra aí sim ele se sentir importante e no controle da situação, tanto que romantiza a ignorância e o achismo como verdades de maneira tão firmente que se nota a tentativa de se validar a todo custo, é triste saber que isso é lido seriamente mós milhares de pessoas

Kyuketsu 26/05/2023

Um iceberg (pouco explorado)
Confesso que tinha grandes expectativas com esse livro. O autor apresenta uma (enorme e contundente) crítica às ciências de um modo geral: a ilusão do conhecimento e a ignorância perante a própria ignorância.

Longo e redigido na forma de reflexões do autor (com pitadas de explicações), o livro nos apresenta e convida a uma visão crítica e cética quanto ao conhecimento (e suas limitações), além de pontuar e enfatizar a existência e influência do altamente improvável no mundo, ainda que este [improvável] seja constantemente negligenciado pelos "especialistas".

Concordo com muito do que fora apresentado pelo autor, que adota uma linguagem simples (estilo "conversa informal em um café com algum amigo"). Os fractais são um presente à parte.

No entanto, senti falta de maior aprofundamento pelo autor de algum temas, com capítulos melhor/mais explicados. Excetuando -se este aspecto, a leitura é indispensável a (futuros) profissionais do Ensino Superior, em especial da Área da Saúde.

Leandro.Santana 20/05/2023

A Lógica do Cisne Negro: o impacto do altamente improvável - Nassim Nicholas Taleb
Nassim Nicholas Taleb é famoso pelas ideias e polêmicas. A Lógica do Cisne Negro sem dúvida é sua obra mais conhecida.

Segundo o autor, um cisnenegro:

É um Outlier, pois está fora do âmbito das expectativas comuns, já que nada no passado pode apontar convincentemente para a sua possibilidade
Exerce um impacto extremo.
Apesar de ser um outlier, a natureza humana faz com que desenvolvamos explicações para sua ocorrência após o evento, tornando-o explicável e previsível.
Raridade, impacto extremo e previsibilidade retrospectiva (mas não prospectiva).

A nossa geração vivenciou cisnes negros suficientes para aprender algumas lições.

É um livro que vale a pena ler e ser relido.

jonatas 01/05/2023

Um livro sensacional que todos deveriam ler. Mostra o quanto o improvável rege nossas vidas e tem diversos insights interessantes. A leitura pode ser um pouco densa, mas vale muito a pena.

eupoetizo 01/04/2023

Achei o livro extremamente chato, leitura arrastada. Não precisava esse tanto de páginas para falar tão pouco. Enfim, cansativo.

Luis 25/02/2023

Um artigo extenso demais
Demorei pra concluir esse livro mais do que deveria. eu poderia ter abandonado, claro, mas eu queria provar para mim mesmo que eu poderia terminar esse livro. entretanto, muita coisa me incomoda aqui e poucas traziam insights muito bons.

em suma, é um livro que possui alguns capítulos técnicos e estes, pra quem for da área, podem achar útil em algum momento... eu, no entanto, acho que este é o exemplo de livro que não deveria ter mais que 100 páginas.

é o tipo de livro que alguém lê, pega a ideia central, escreve com suas palavras e talvez menos repetitivo, com uma linguagem não técnica e vende bastante como livro de desenvolvimento pessoal para deixar de ser trouxa.

é o tipo de livro que basicamente te fala que cisnes negros são eventos imprevisíveis, mas que as pessoas vão sempre tentar prever e em algum ponto podem até prever algo parecido, mas nunca próximo a dimensão que de fato terá... e depois que acontecer, sempre vai ter alguém para se aproveitar do evento e lucrar com isso (mesmo não tendo autoridade alguma no assunto).

pra você leitor, pode pensar em pessoas que passam a vida pensando na próxima pandemia, mas nenhuma dessas pessoas saberia dizer quando aconteceria, como aconteceria, qual a dimensão seria ou quantas pessoas seriam afetadas. mas quando acontece, diversos especialistas do caos surgem, tentam promover algo para construir sua autoridade e conseguir algum lucro com isso.

ou as vezes pode ser levado a síndrome da influência, que qualquer termo que esteja em alta na mídia, como o ChatGPT, vão surgir pessoas que dizem ser autoridade no assunto e oferecem cursos pagos para, CHOQUEM, usar o ChatGPT para lucrar.

o sentimento quando terminei o livro foi que eu não quero ter que ficar amarrado em outra leitura como essa, pois em algumas páginas o autor de certa forma insulta a inteligência do leitor não-técnico e em outras páginas escreve com certa arrogância que é muito desnecessária para firmar seu ponto.

Antifrágil era um livro do Taleb que eu tinha vontade de ler e ainda tenho em minha estante, mas prefiro ver o que outras pessoas tem a dizer que transfira a ideia central do livro, do que ler novamente algo do mesmo autor.

Roberta.Araujo 20/01/2023

Disruptivo
O que mais me impressionou foi um dia em que eu estava lendo esse livro no ônibus e vi outro cara no mesmo ônibus lendo exatamente esse livro. Quais as chances? Temos aí um cisne negro

Rubens.Memari 31/12/2022

O Pequeno Príncipe de 500 páginas
Para ser breve. Tem ideias boas? Tem. Mereceriam um livro? Sim. Precisava ser de 500 páginas? Não.
Gostei das ideias do autor, fazem refletir sobre a nossa realidade, de por que buscamos tanto adivinhar o improvável do futuro.
Porém, quando o autor vai levantando argumentos para alicerçar seu raciocínio, aí que dá pra perceber muitas derrapadas... Ou seja, o livro não é muito acadêmico, pelo contrário, tem hora que parece um papo de bar.
Mas ainda assim vale a pena a leitura extensa. Uma dica: se não gosta muito de análise técnica, avalie pular essas páginas, não compromete o resultado final.

Cadu 23/11/2022

Fala mais sobre o autor do que do tema em si
É um livro de intelectual avançado para intelectuais avançados, com pitadas desnecessárias de complexidade, o tema é bom, a sacada ótima, mas a forma como é transmitida deixa a desejar, cansa tamanho preciosismo e temas arrastados para que outros intelectuais aprovem sua obra.
Por fim, em pouco tempo de leitura e com os inícios dos capítulos você compreende bem a ideia, que na verdade é feita pra ser incompreendida, a final o livro diz que não existe fórmula mágica para o futuro, muito menos uma exatidão sobre fatos, uma vez que eles só são debatidos depois de acontecido.

O que aconteceu com as reuniões de previsão dos próximos 5 anos, realizadas em janeiro de 2020? ??

Hugo 29/09/2022

Você não sabe o que não sabe
Uma perspectiva muito interessante sobre como a aleatoriedade e os eventos extremos, mesmo que raros, permeiam e interferem em praticamente tudo, trazendo consequências totalmente inesperadas e altamente impactantes. Isso acontece porque não sabemos o que não sabemos e a ausência de evidência não é evidência de ausência, como no exemplo dos Cisnes Negros australianos.