A Lógica do Cisne Negro

A Lógica do Cisne Negro Nassim Nicholas Taleb




Resenhas - A Lógica do Cisne Negro


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Maurino 09/02/2011

A potência da antibiblioteca de Taleb.
Se, seduzido pela promessa do misterioso título, você espera solucionar um grande enigma através da leitura de "A lógica do cisne negro", ou se acredita que ele lhe trará algum conhecimento útil, com o qual você poderá lidar com o altamente improvável,desista, pois o próprio autor o desautorizaria de imediato, na medida em que, segundo ele mesmo, "não se pode partir de livros para problemas, e sim o contrário, de problemas para livros". Destarte, o mais provável é que ocorra o inverso e você seja capturado pelo imprevisível durante a sua leitura.Espantoso? Ora, mas não seria aí mesmo, no assombro, que deveria ser buscado o "verdadeiro" valor da filosofia? Mostrando assim que não podemos deduzir o absolutamente novo de nossas experiências passadas, Nassim Taleb, esse admirável levantino, operador do pregão de Chicago,faz jus ao melhor do espírito filosófico. O imprevisível encerra uma potência transformadora. Neste sentido, mais valiosos que os livros lidos, são os não lidos,ele diz, pois a busca de confirmações ao que acreditamos já saber é o auto-engodo que varre a aleatoriedade para debaixo do tapete. Este é um livro e tanto!


Rubens.Memari 31/12/2022

O Pequeno Príncipe de 500 páginas
Para ser breve. Tem ideias boas? Tem. Mereceriam um livro? Sim. Precisava ser de 500 páginas? Não.
Gostei das ideias do autor, fazem refletir sobre a nossa realidade, de por que buscamos tanto adivinhar o improvável do futuro.
Porém, quando o autor vai levantando argumentos para alicerçar seu raciocínio, aí que dá pra perceber muitas derrapadas... Ou seja, o livro não é muito acadêmico, pelo contrário, tem hora que parece um papo de bar.
Mas ainda assim vale a pena a leitura extensa. Uma dica: se não gosta muito de análise técnica, avalie pular essas páginas, não compromete o resultado final.
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Ivan 31/12/2021

Cisnes negros
Nicholas Taleb é um escritor libanês, formado em matemática e doutorado em estatística e análise de riscos. Ele é muito conhecido por suas teorias de problemas de aleatoriedade, probabilidade e incerteza, e, a trama do livro está voltada para a definição do termo “Cisne Negro” em como as incertezas podem afetar nos investimentos.

Trata-se de um estudo sobre eventos totalmente imprevisíveis, com uma probabilidade ínfima de ocorrer, mas que são capazes de alterar completamente o cenário no qual estão inseridos, podendo trazer consequências boas ou ruins.

O termo “Cisne Negro” é utilizado pois, com base no empirismo, havia uma crença de que todos os cisnes eram brancos. Isso durou muito tempo, até que foi descoberto um cisne negro na Austrália. Ou seja, uma única observação é capaz de invalidar uma afirmação derivada de séculos de observação.

Na verdade, este fenômeno é uma questão filosófica chamada “problema de indução”, onde chegamos a uma conclusão com base na observação dos fatos. Até que algo improvável mude a nossa conclusão.

O livro aborda mais especificamente a armadilha que é darmos mais importância para o que conhecemos, ao invés de nos prepararmos para o imprevisível. Há em nós a tendência de evitarmos o desconhecido e concentrarmo-nos somente naquilo que podemos compreender.

Taleb traz a proposta da existência de dois cenários nos quais tomamos decisões e analisamos os dados através de métodos estatísticos, o "Mediocristão" e o "Extremistão". Sua proposta principal é distinguir as formas de atuação nesses dois mundos.

Um livro que apresenta um tema muito complexo, porém interessante. A narrativa é ágil e leve, o autor o faz de forma bem pessoal. Mas não é um livro fácil de se ler.
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Luiz Carlos 25/01/2021

Incertezas com pitadas de caos
Como sou novo no ramo dos investimentos decidi arriscar um pouco de teoria que, de certa forma, deveria me deixar mais preparado para lidar com a volatilidade em que iria embarcar meus sofridos rendimentos mas, no fundo, a única certeza que o livro traz é que o mercado é vivo e arredio e certamente imprevisível. Sem mais, uma obra dedicada a desconstruir certezas e previsibilidade.
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Fabiano 01/05/2020

Quando a expectativa é muito alta, fica mais fácil de se decepcionar. Apesar de dar 2 estrelas, recomendo bastante ler o livro, como assim ? Tem livro muito bem escrito sem conteúdo mas não é o caso desse livro, pois tem muito conteúdo interessante, porém não gostei da maneira como o autor escreve, o autor gosta de filosofar e usar palavras difíceis, tornando a leitura as vezes cansativa ou difícil de ligar os pontos, por isso a nota baixa. O livro tem 4 partes e quase o abandonei na primeira parte, para mim foi a parte mais chata de ler, mesmo tendo muita coisa legal. Não desanime na parte 1, força que depois melhora :)

Frases que mais gostei:

1) "A idéia de que para que se tome uma decisão seja necessário se concentrar nas consequências (que se pode saber) em vez de na probabilidade (que não se pode saber) é a idéia central da incerteza." (Página 268)
2) "... estamos excessivamente condicionados por noções de causalidade e pensamos que é mais inteligente dizer por que do que aceitar a aleatoriedade. " (Página 164)
3) "Fazer previsões exige conhecimento sobre tecnologias que serão descobertas no futuro, ... portanto não saberemos o que saberemos." (Página 226)
4) "O que determina o destino de uma teoria na ciência social é o contágio, não sua validade." (Página 343)

Pontos que achei legal

1) Terceto da opacidade (Página 37)
A mente humana é afligida por três males quando entra em contato com a história, o que chamo de terceto da opacidade: 1) a ilusão da compreensão, 2) a distorção retrospectiva e 3) a supervalorização da informação factual e a deficiência de pessoas com conhecimentos profundos e muito estudo.

2) Mediocristão vs Extremistão
Duas províncias utópicas:
Mediocristão: Eventos particulares não contribuem muito individualmente. Lei suprema: Quando a amostra é grande, nenhuma exemplar isolado alterará de modo significativo o agregado ou o total.
Extremistão: as desigualdades são tantas que uma única observação pode exercer um impacto desproporcional sobre o agregado ou sobre o total.
Peso, altura, ingestão de calorias pertencem ao Mediocristão.
Riqueza, rentabilidade de investimentos, vendas de um livro, ... e quase todas as questões sociais pertencem ao Extremistão
OBS: Na página 69 tem uma tabela interessante sobre as diferenças entre o Mediocristão vs Extremistão

3) Especificidade de domínio
Essa inabilidade de transferir automaticamente conhecimento e sofisticação de uma situação para outra, ou da teoria para a prática, é um atributo bastante perturbador da natureza humana. Chamemos isso de a especificidade de domínio.
Conhecimento, mesmo quando exato, não costuma levar a ações apropriadas porque tendemos a esquecer o que sabemos, ou a esquecer como processá-los adequadamente se não prestamos atenção, mesmo quando somos especialistas.
Tendemos a usar mauinários mentais distintos em situações diferentes: nosso cérebro carece de um computador central para todos os propósitos que começa com regras lógicas e as aplica igualmente a todas as situações possíveis.

4) Curva de Gauss (Página 298, 306, 307)
Quanto mais raro for o evento, maior será o erro na estimativa de sua probabilidade.
A curva na forma de sino gaussiana extrai a aleatoriedade da vida, que é o motivo de sua popularidade. Gostamos dela porque permite a existência de certeza! Como ? Por meio do cálculo das médias.
Se você estiver lidadndo com inferências qualitativas, como em psicologia ou medicina, em busca de resposta sim/não, às quais magnitudes não se aplicam, então pode presumir que está no Mediocristáo sem ter problemas graves. O impacto do improvável não pode ser grande demais. ... Mas se estiver lidando com agragados, onde a magnitudes importam, como renda, riqueza, retornos de uma carteira de ações ou vendas de livros, então você terá um problema e obterá a distribuição errada se utilizar a curva gaussiana, pois ela não pertence a esse lugar.

5) Tabela 4: Duas formas de se abordar a aleatoriedade
Tabela legal explicando a diferença entre "empirismo cético e a escola aplatônica" vs "a abordagem platônica".
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zolotar 27/03/2009

O 11 de setembro. O sucesso de Harry Potter. A bolsa despencando. Segundo Taleb, o que move e muda o mundo é o inesperado. Ao invês de perder tempo planejando com base no que passou deveríamos nos preparar para gerenciar a incerteza. Um livro para mexer com a sua cabeça como poucos. Não é à toa que fez um sucesso estrondoso nos Estados Unidos.


Thais.Classe 11/06/2020

Massante
O taleb tem estado muito em pauta nas discussões nós últimos anos e suas obras trazem conceitos muito interessantes, foi por isso que me interessei e fui ler este livro. Apesar, como disse, do conceito ser perfeito é só isso msm: um conceito. Explicado em um capítulo de forma detalhada já está ótimo e vc já sabe tudo que precisa. Não precisa ler o livro todo com mais de 400 páginas de exemplos repetitivos numa escrita irônica e passivo agressiva em alguns trechos.
Os amantes deste autor que me desculpem, mas perdi inclusive a vontade de ler as outras obras msm achando os conceitos principais delas muito bem aplicáveis.
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Henrique609 11/08/2022

Impressionado
A lógica do cisne negro é aquele tipo de livro que nos faz pensar que fomos enganados a vida toda.

Isso porque fomos ensinados/condicionados a pensar que a vida funciona como uma receita de bolo no qual colocamos todos os ingredientes e temos o resultado. A vida não é assim...

Existem coisas que podem ser previstas (como uma receita de bolo) mas quase tudo na vida está no âmbito do que não pode ser previsto. Ainda assim, fazemos previsões e confiamos todos o nosso dinheiro, esforço, sucesso em previsões ou técnicas pra conseguir os resultados.

Todos os que venceram em áreas complexas tiveram o apoio da sorte (por mais difícil que seja acreditar nisso).

A beleza desse livro está no que não vemos, na aleatoriedade e na surpresa que tem impactos extremos (negativos ou positivos).

Pensei que seria mais difícil de ler. Mas as palavras são simples, o problema é a lógica aqui e ali.

Esse livro não se trata de "eu acho" mas de fatos que são explicados matematicamente (essas partes lógicas são difíceis de entender).

Mas asseguro a você que vale a pena ler as 600 páginas (200 são de agradecimentos, apêndices notas e principalmente referências).
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Luis 25/02/2023

Um artigo extenso demais
Demorei pra concluir esse livro mais do que deveria. eu poderia ter abandonado, claro, mas eu queria provar para mim mesmo que eu poderia terminar esse livro. entretanto, muita coisa me incomoda aqui e poucas traziam insights muito bons.

em suma, é um livro que possui alguns capítulos técnicos e estes, pra quem for da área, podem achar útil em algum momento... eu, no entanto, acho que este é o exemplo de livro que não deveria ter mais que 100 páginas.

é o tipo de livro que alguém lê, pega a ideia central, escreve com suas palavras e talvez menos repetitivo, com uma linguagem não técnica e vende bastante como livro de desenvolvimento pessoal para deixar de ser trouxa.

é o tipo de livro que basicamente te fala que cisnes negros são eventos imprevisíveis, mas que as pessoas vão sempre tentar prever e em algum ponto podem até prever algo parecido, mas nunca próximo a dimensão que de fato terá... e depois que acontecer, sempre vai ter alguém para se aproveitar do evento e lucrar com isso (mesmo não tendo autoridade alguma no assunto).

pra você leitor, pode pensar em pessoas que passam a vida pensando na próxima pandemia, mas nenhuma dessas pessoas saberia dizer quando aconteceria, como aconteceria, qual a dimensão seria ou quantas pessoas seriam afetadas. mas quando acontece, diversos especialistas do caos surgem, tentam promover algo para construir sua autoridade e conseguir algum lucro com isso.

ou as vezes pode ser levado a síndrome da influência, que qualquer termo que esteja em alta na mídia, como o ChatGPT, vão surgir pessoas que dizem ser autoridade no assunto e oferecem cursos pagos para, CHOQUEM, usar o ChatGPT para lucrar.

o sentimento quando terminei o livro foi que eu não quero ter que ficar amarrado em outra leitura como essa, pois em algumas páginas o autor de certa forma insulta a inteligência do leitor não-técnico e em outras páginas escreve com certa arrogância que é muito desnecessária para firmar seu ponto.

Antifrágil era um livro do Taleb que eu tinha vontade de ler e ainda tenho em minha estante, mas prefiro ver o que outras pessoas tem a dizer que transfira a ideia central do livro, do que ler novamente algo do mesmo autor.
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Mário 04/04/2021

O Poder do Imponderável
O livro desconstrói a ponto de desmoralizar pensandadores matemáticos e estatísticos e respectivas teorias que ditam e inspiram escolhas individuais, sociais e governamentais baseadas na aleatoriedade, previsão de eventos e riscos intrínsecos; ordinariamente construídas em premissas equivocadas que subestimam o imponderável, ou seja, os Cisnes Negros.

Obra audaciosa, por não dizer com pitadas de arrogância, em que o autor desafia a partir de experiências pessoais de trader no mercado financeiro e pensador empírico, aliado a teóricos da mesma linhagem, toda uma doutrina estatística consolida ao longo da história e dos bancos acadêmicos.

Para se ler com prudência, além de certa dose de força de vontade, pois nem sempre de fácil compreensão diante de determinadas passagens extremamente técnicas aos olhos leigos e exageradas remissões a capítulos lidos.
Daironne 08/09/2021minha estante
Essa é a questão chave pra se aproveitar bem o livro: ler com prudência. Concordo plenamente q certa arrogância do autor pode desmerece perigosamente muitos conceitos válidos. Taleb se excede demais... Mas há muito proveito na obra, filtrados seus vieses




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Bruno Mancini 01/06/2021

Denso
Por ter sido o primeiro livro do autor Nassim Nicolas Taleb, senti um desfiladeiro de conhecimento que tenho que adquirir para transpor está ponte de conhecimento. Com certeza lerei novamente para poder compreender melhor o conceito do Cisne Negro.
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Juli 02/04/2021

IMPROVÁVEL E IMPACTANTE!
Me chama a atenção nesta obra a reflexão, de um ângulo diferente, que o autor nos propõem. Explica sobre que os fatos improváveis são muito mais comuns do que pensamos e o quão impactante são positiva ou negativamente em nossas vidas e chama isto de Cisnei Negro.

Na lógica do Cisnei Negro defende que, "o que não sabemos é mais importante do que sabemos."

Uma passagem que achei pertinente: Aceite riscos menores e calculados e que te insira no Jogo das Possibilidades, ajude a sua sorte, ela é obra do acaso, mas você precisa se posicionar no pário daquilo que almeja para que a sorte tenha condições de acontecer!

Para mim foi um livro muito diferente de todos os que li, foi um pouco difícil a compreensão em alguns momentos e o ideal seria lê-lo novamente! De qualquer forma super indico!
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Leonardo.Broinizi 31/12/2021

Mais um ponto de vista que deve ser conhecido.
O autor pode não agradar a todos pelo estilo um pouco "fanfarrão" de colocar suas ideias, mas que o ponto de vista dele é relevante, não se pode negar.
Pra quem quer ter um vislumbre da filosofia da incerteza, esse livro é uma boa introdução.
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