Eu, primata

Eu, primata Frans de Waal




Resenhas - Eu, primata


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Sasa 05/11/2022

Sensacional
Livro incrível e único que me faz pensar como é bonita a natureza. Recomendo muito para as pessoas homofóbicas e super religiosas.
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Pablo Paz 03/04/2022

A singularidade do homo sapiens não é assim tão singular...
"É bom ter em mente, porém, que ao enfatizar a bondade as religiões estão recomendando o que já faz parte da nossa condição humana. Não estão invertendo o comportamento humano, apenas ressaltando capacidades preexistentes. Como poderia ser de outro modo? Semear moralidade em solo infértil é tão impossível quanto ensinar um gato a ir buscar o jornal".

[...]

"Cada época oferece à humanidade sua própria distinção. Nós nos consideramos especiais e estamos sempre em busca da confirmação dessa singularidade. Talvez a primeira delas tenha sido a definição do homem, por Platão, como a única criatura sem pêlos que anda com duas pernas. Isso pareceu absolutamente correto até que Diógenes soltou uma galinha depenada no salão de conferência e ironizou: ?Eis o homem de Platão?. Dali por diante, a definição de Platão incluiu ?e que tem unhas largas".
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minefreitas 07/01/2022

Essencial
Ando lendo muito sobre natureza humana baseada na biologia, e esse livro conversa perfeitamente com as questões levantadas por outros autores. É interessantíssimo compreender como somos parecidos e não tão especiais quanto costumamos pensar.
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Filino 05/03/2021

Chimpanzés, bonobos, humanos e outros primatas - sois isto!
"Eu, primata" é um conjunto de verdadeiras lições sobre ciência, humildade, comportamento (nas mais diversas esferas: política, sexual etc.) e muitas coisas. Frans de Waal escreve uma obra que inevitavelmente nos faz sentir uma conexão com nossos parentes primatas. Sim, aquele "desconforto" ou riso nervoso que muita gente tem quando se depara com o comportamento de um chimpanzé ou outro animal do gênero é bem revelador: guardamos enorme semelhança com esses animais, muito mais do que admitiríamos. E essa semelhança ocorre tanto para qualidades ditas "positivas" (como empatia e generosidade) como as "negativas" (combatividade e até crueldade).

Sim, mesmo que o homem se julgue, em muitos aspectos, um ser único, não há como negar que somos irmanados, de modo bastante intenso (e primitivo) com chimpanzés e bonobos. Com os primeiros, o autor estabelece um paralelo com o aspecto mais guerreiro; quanto aos segundos, a intensa (e rica) experiência sexual, além da empatia. E - sim - nesses dois grupos há ajuda mútua.

Frans de Waal investe pesadamente (e alicerçado em fatos) contra os que veem o homem simplesmente como "lobo do homem" (comparação injusta, até mesmo para os lobos) e os que apregoam um darwinismo social para sustentar a "lei do mais forte" como elemento fundador da sociedade. A obra demonstra como a generosidade desempenha um papel importantíssimo na própria coesão do meio em que os primatas vivem. Isso não quer dizer, contudo, que sejamos totalmente bons e caridosos. Mas parece que existe um pouco de chimpanzés e bonobos nos humanos. E é importante ressaltar que esses dois se encontram a igual distância do homem, na árvore da evolução.

O livro é recheado de episódios irônicos, tristes, engraçados e inteligentes. Definitivamente, estamos mais próximos do que achávamos - e do que muitos teimam em não admitir - desses nossos parentes mais peludos.

A escrita é bastante fluida. Um livro agradabilíssimo de se ler e uma maravilhosa fonte de instrução.
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Tho 08/06/2020

Mais semelhantes do que você imagina
Minhas impressões:

Comecei a leitura desse livro de forma desconfiada. Inicialmente achei os embasamentos e explanações um tanto pobres. Mas dá segunda metade em diante renovei as esperanças. No geral, foi bem interessante! Como nossa sociedade se assemelha aos nossos parentes próximos!
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Gustavo.Borba 24/09/2019

Mais natural que nunca
#LivrosQueLi



Eu, primata: Por que somos como somos, de Frans de Waal. Ed. Companhia das Letras. O autor, um primatólogo ? profissional que estuda os grandes primatas ? aborda de maneira leve e bastante informativa as similitudes e diferenciações entre nós e chimpanzés e bonobos em questões como o poder, o sexo, a violência e a bondade. Muitas vezes idealizamos os animais e nos consideramos bastante diferentes deles em relação às principais características que nos definem. Dizemos que somos produtos de nossas culturas e que nos alienamos da natureza. Os estudos de grandes primatas nos mostram o quanto nos parecemos com esses ?parentes?. Assim como os grandes primatas, somos gregários e nos fazemos nas relações com nossos iguais. Pensamos que os valores humanos como a solidariedade, a cooperação, a bondade, surgiram do avanço cultural, mas tais características também são encontradas entre os primatas, frutos da evolução. E assim é com outros atributos que podemos identificar tanto em chimpanzés quanto em bonobos. As duas espécies trilharam caminhos evolutivos diferenciados por viverem em ambientes diferentes, mas a espécie humana carrega traços tanto de uma quanto de outra, indicando a possibilidade de que nosso ancestral comum já apresentava a diversidade manifestada hoje naquelas espécies, e nós, com nosso ambiente super complexo, somos capazes de expressar essas características comuns a ambos. Assim, há que se evitar uma visão simplificada sobre os humanos, considerando-nos ou completamente irascíveis ou irremediavelmente sensuais, ou qualquer outra díade de características idealizadas. Somos essa complexidade de opostos que habitam em nós, frutos da evolução natural e espelhados nesses nossos ?familiares?. O livro é muito bom e bastante informativo, numa leitura agradável. A única nota crítica é que o autor parece não valorar devidamente a influência cultural na determinação da forma com que nossas sociedades se estruturam. Recomendo a todas as pessoas.



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Danilo 30/12/2016

A obra é um belo trabalho de divulgação científica sobre a etologia dos primatas e dada nossa proximidade evolutiva, os paralelos traçados são justos. Longe de querer antropomorfizar nossos parentes taxonômicos, nós temos nossas particularidades e eles (Chimpanzés e Bonobos) a deles, mas alguns fenótipos comportamentais expressos são assustadoramente semelhantes aos nossos e no livro isto é demonstrado com riqueza de detalhes e descrição, com exemplos in situ e ex situ.

A narrativa do autor é, no mínimo, apaixonante e a complexidade das sociedades de primatas descritas é instigante. Tal como nós, a obra nos mostra que, chimpanzés demonstram comportamentos deveras agressivos e mesmo guerras entre bandos, do outro lado, os bonobos, também como nós, usam e abusam do sexo para recreação social.

Muitos dos exemplos descrevem a capacidade de bonobos e chimpanzés improvisarem respostas quanto expostos a problemas e de preverem eventos futuros, como consequência de uma ação presente. Outro ponto forte do livro, se da referente a organização política dentro dos bandos, as alianças, as inimizades e maquinações destes animais que não devem nunca serem subestimados.
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Mariele 10/01/2016

Sim, somos mais próximos dos macacos do que imaginamos
Ao ler os relatos do autor primatólogo neste livro fica evidente o quanto nós humanos e os grandes primatas somos iguais em termos de organização, temperamento, comportamento.... entender que existe o sentimento de empatia, revolta e tantos outros de forma tão frequente nestes animais nos demonstra ainda mais como tudo no Universo faz parte de um só grande corpo, de onde tudo se origina e pra onde tudo vai.
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Henrique 25/01/2015

Somos primatas
É necessário voltar no passado se quiser saber quem você realmente é. Um passado bem longínquo. Para entender a nossa espécie é preciso ter a humildade de reconhecer que somos animais. Somos primatas, moldados pela seleção natural. E nosso cérebro, assim como qualquer outro órgão, é resultado desse processo de seleção. Portanto, se queres compreender o comportamento humano é preciso olhar também para nossos parentes mais próximos: os chimpanzés e os bonobos. Essa é uma das lições que o primatólogo Frans de Waal vem nos ensinar, a de que fazemos parte dessa gigantesca árvore da vida. Mas contrariando o que alguns ainda possam pensar, não estamos em um galho especial, não somos o topo de nada, muito menos somos o resultado final da evolução, somos apenas mais uma espécie entre tantas outras. Algumas vivendo nesse planeta bem mais tempo que nós e provavelmente continuarão a viver quando nossa espécie se for.
Ao olhar o comportamento dos outros primatas percebemos o quanto eles cooperam e competem entre si, como se relacionam e praticam sexo, se cumprimentam, guerreiam, fazem alianças, se importam e ajudam até mesmo indivíduos de outras espécies, o quanto eles se emocionam e o quanto eles são parecidos conosco. Diante de tantas semelhanças as evidências moleculares e fósseis tornam-se um bônus extra na comprovação de nossa ancestralidade comum.
Frans descreve bem as diferenças entre chimpanzés e bonobos, não deixando de destacar as semelhanças que temos com ambos. Chimpanzés são mais agressivos e propensos a guerras, são territoriais e vivem em uma sociedade controlada por um macho alfa. Já os bonobos são mais tranquilos, preferem resolver as desavenças com sexo no lugar da violência, na verdade eles usam o sexo para praticamente tudo, vivem em uma sociedade matriarcal controlada pelas fêmeas. Essas diferenças marcantes possivelmente foram moldadas devido ao ambiente em que esses grupos evoluíram, sofrendo pressões seletivas distintas.
Outro ponto importante é que além de sermos seres biológicos somos também seres culturais, e nosso comportamento sofre grande influência do aprendizado e da nossa cultura, sendo muitas vezes difícil determinar o que pode ser considerado um comportamento inato. Ao longo de nossa história ideologias políticas fizeram uso da biologia e de um determinismo biológico para justificar comportamentos condenáveis e sabemos o quão prejudicial foram tais ideias. Por isso é preciso ficar atento para não cair nas armadilhas de argumentos determinísticos, sejam eles biológicos ou culturais. Somos uma mistura de fatores biológicos e culturais, de genes e aprendizado.
Portanto, o estudo dos grandes primatas é importante para entendermos a nossa espécie, nosso passado evolutivo e nos aproximar de nossa natureza simiesca, criando assim, quem sabe, uma consciência mais humilde naqueles que pensam que somos o topo da já ultrapassada, Scala Naturae. E esse é um papel que esse livro cumpre com maestria.

site: http://evolutionacademy.bio.br/blog/2015/01/25/eu-primata-por-que-somos-como-somos/
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Valdir 07/08/2014

O homem ainda faz o que o macaco fazia
Livro que muda perspectiva. Excelente para conhecer mais sobre a natureza dos nossos primos primatas, que está presente também em nós, afinal, compartilhamos um mesmo ancestral comum.

O humano é muito orgulhoso de sua condição de ser dominante do planeta, e este livro traz um banho de humildade ao mostrar comportamentos que consideramos inatos apenas aos seres humanos em outros animais, lembrando também do lado animal no humano.

Quem estiver com dúvidas sobre a leitura, sugiro que assista a apresentação do autor no TED Talks ("Comportamento moral em animais"), cujo vídeo legendado segue abaixo.

site: https://www.youtube.com/watch?v=FDRX2QQ_Xo8
Faruk 05/11/2015minha estante
Puxa obrigado!




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