spoiler visualizarDani 01/09/2011
Gravidez inesperada
Contém spoilers
O livro "Grávida aos 14 anos?" é bastante interessante por ser uma história realista e por mostrar o drama dos jovens que enfrentam o triste dilema da gravidez precoce. Ele é narrado em forma de um diário, ora contado por Ana, ora por Marina e, às vezes, é apenas o narrador quem relata a história. A obra não é dividida em capítulos, possui 87 páginas e algumas imagens, as quais ajudam na interpretação. A história retrata dúvidas que os jovens possuem não só sobre gravidez, mas também sobre coisas do dia a dia. O livro mostra o medo dos jovens de assumir algumas responsabilidades, de enfrentar o desconhecido e também mostra que eles acham que gravidez é algo que não vai ocorrer com eles, por isso, na maioria das vezes não se previnem. A personagem principal expõe seus pensamentos, sua opinião, suas incertezas e inseguranças e se faz várias perguntas ao decorrer da obra. O livro passa dicas, conhecimento, lição de vida ao relatar a difícil escolha entre fazer o aborto ou ficar com o bebê.
Ana, a personagem principal, era filha de pais separados e morava com sua mãe, Marina, e seu irmão, Diogo. Ela tinha um diário e adorava escrever nele para tentar achar uma solução para os seus problemas. Diogo sempre levava alguns amigos para casa e certo dia, Ana se apaixonou por um deles, Ricardo, que assim como Diogo, tinha 16 anos. Eles começaram a namorar, apesar de Ana ter apenas 14 anos.
Certo dia, os pais de Ricardo viajaram e ele convidou a Ana para ir à sua casa. Chegando lá, os carinhos aumentaram e sem pensar nem se prevenir, eles transaram. Algum tempo depois, Ana descobriu que estava grávida e resolveu contar à sua melhor amiga, Flávia, que disse que a apoiaria, mas achava melhor ela abortar. Depois, Ana contou à sua mãe, que ficou surpresa e desapontada, já que sempre conversava sobre sexo e camisinha com a filha. Quando o pai da Ana ficou sabendo, ele não quis nem conversar, achava que a culpa era da Marina e já havia decidido que sua filha não abortaria. Ricardo, porém, não queria ser pai e já tinha uma viagem prevista para o próximo semestre.
Ana não sabia se queria ter o filho ou se queria abortar. Toda hora ela mudava de opinião, mas sabia que podia contar com sua mãe e seu irmão. Quando queria abortar, Ana pensava que se tivesse o filho não poderia mais ir à escola, nem sair para dançar com os amigos, teria estrias e nunca mais poderia usar biquíni. Mas no momento seguinte, ela já pensava no quanto gostava de bebês, que era mais um coração batendo dentro dela, que aborto era arriscado e que teria o apoio da sua família. No final, depois de vários sentimentos misturados, Ana decidiu ter o filho. Ricardo viajou para os Estados Unidos antes de o bebê nascer, mas ele e Ana continuaram a namorar, trocariam cartas e quando Ricardo voltasse, eles resolveriam o que fazer. O bebê nasceu e era um lindo menininho.
O livro faz uma crítica aos jovens que querem viver cada momento intensamente, sem se preocupar com as consequências. O título do livro chama a atenção, pois ao lermos a pergunta presente nele, ficamos ansiosos pela resposta e, a imagem da capa, nos atrai para uma leitura prazerosa. A linguagem é de fácil compreensão, o que facilita o entendimento.
A obra é recomendada para os jovens, pois assim eles se conscientizam da necessidade de preservativos e também ficam sabendo das dificuldades que as jovens grávidas passam e aprendem a não julgá-las.
Daniela de Lima Sousa