spoiler visualizarThais 19/03/2013
Falsa impressão.
Sinceramente, li o livro por indicação. Tinha acabado de ler Easy, da Tammara Webber, e esperava encontrar algo igualmente incrível, porém acorreu justamente o contrario. Em sua sinopse, Belo Desastre parece ter tudo para ser uma ótima história. A questão das brigas clandestinas, o passado dos personagens... Mas no fim da contas, nada é o que prometia ser. Se a intenção da escritora foi criar personagens profundos e com vidas difíceis, ela não poderia ter errado mais. Abby é insosa, parecendo não ter opinião própria em momento algum. Ela, constantemente, se deixa levar por motivos bestas e mal elaborados, por exemplo, POR QUE DIABOS ELA PAGA A DIVIDA DO PAI DELA? O pai é um desgraçado, viciado, que culpa ela por toda a merda de vida dele, e ela vai como um cordeirinho, se meter em problemas(talvez o mais grave de todo o livro) para salvar um pai, que ela nem sequer considera. Isso tudo fora o fato dela tentar agir como se o passado dela fosse tão ruim, sendo que na realidade, chega a ser bobo. Abby se deixa envolver com seu passado POR QUE QUER, ela bebe e joga e depois chora pelos cantos. E, quando você pensa que não podia surgir nada mais irritante que Abby, entra Travis. Um bad-boy, que da noite pro dia, na mais clichê das hipóteses, se apaixona por Abby. Ele é mulherengo, babaca, e possessivo a um ponto que torna a leitura quase insuportável. Um cara que dorme todos os dias com uma garota diferente, praticamente ao lado da menina por quem se apaixona, é, no minimo, doente. Travis é um personagem TÃO confuso, que chega a dormir com duas garotas ao mesmo tempo, na presença da menina por quem ele está supostamente apaixonado e, ao mesmo tempo, tem a capacidade de tatuar o apelido de Abby após apenas uma semana (não me lembro exatamente do tempo) de namoro. E as piores partes, são quando Abby e Travis terminam. Você assiste Abby vacilar entre santa e diabinha e Travis entre possessivo doente e bebê chorão. As ações de todos no livro parecem ser movidas por motivos fúteis e nada reais. As apostas são descritas como se fossem questão de vida ou morte e os "problemas" são sempre de solução simples, mas dificultada pelas infantilidade de Travis e Abby. Nisso, o livro se torna um grande vai-e-vem, chato, infantil e repetitivo. Por fim, apesar de tudo que dizem, não encontrei profundidade ALGUMA na história, muito menos nos personagens. A história que prometia tanto, acabou sendo vazia. E, aposto que se qualquer garota tivesse que lidar com o homem com um perfil como o de Travis na vida real, já teria pedido uma ordem de restrição, para ele não se aproximar. No meu ponto de vista, na vida real, Travis seria um ciumento doente, o tipico cara que bate na namorada e não deixa ela seguir em frente com a vida dela. Não, não consigo ver nada de apaixonante nele, ser gostoso é uma característica tipica de todo mocinho de YA, então não acrescenta nada de novo. Por fim, creio que o livro é para quem curte 50 tons de cinza, submissão e amor rápido e meloso demais. Poderia ter sido tudo de bom, mas não foi, a autora me enganou com a sinopse e me decepcionou com o conteúdo.