A Política Sexual da Carne

A Política Sexual da Carne Carol J. Adams




Resenhas - A Política Sexual da Carne


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Murillo 11/04/2014

Livro muito esclarecedor.
Nos faz enxergar o quanto somos manipulados pelos interesses de uma minoria, e quão atrasada é a nossa sociedade, baseada em conceitos medievais e brutais.
Mostra com clareza como todas as formas de escravidão e opressão estão interligadas e que de nada adiantará tentarmos banir somente uma, mas sim todas as formas de opressão, desde a aparentemente mais inofensiva até a mais evidente.
Mais um livro que deixa claríssimo o que já é sabido: que a morte gera morte e que enquanto qualquer criatura e não só o ser humano não for liberto da crueldade que a nossa espécie comente contra si mesma e contra a natureza, não teremos paz.
Enquanto olharmos somente para nossos umbigos e não fizermos nada pelo sofrimento daqueles que não possuem voz para se defenderem, enquanto formos sepulturas vivas de criaturas irmãs nossas que foram torturadas, massacradas e mortas simplesmente para satisfazer nosso paladar doentio e egoísta, continuaremos a viver em uma sociedade e em um mundo primitivo e cruel onde o sofrimento ainda impera.
Comecemos a banir o mal pelo nosso prato, que em seguida automaticamente passaremos a banir outros males que praticamos.
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Hugo.Lousada 17/10/2021

Um livro pra todos
É sobre política mas é também sobre alimentação. É sobre o patriarcado mas também é sobre economia e propaganda. É extremamente abrangente, e de maneira geral: é sobre como mudar o mundo pra melhor.

No começo a teoria parece falha, ridícula e ao leitor parece até beirar algum tipo de esquizofrenia literária. Mas conforme a autora vai moldando a ideia, é incrível as associações feitas.

Para os sulamericanos pode ser um pouco mais difícil de entender algumas coisas do livro por que ele é propriamente pautado na sociedade estadunidense, mas com um pouco de esforço e vendo os exemplos que a autora dá principalmente no meio artístico (séries, filmes, canções), fica muito mais evidente na prática os conceitos apresentados.

Ontem assisti Albert Nobbs na Netflix e em uma das cenas no café da manhã uma garçonete conversa sobre sedução com outra pessoa, usando uma frase em específico que denota a cultura carnívora, foi algo como "e se eu perguntasse a ele se ele gosta de peitos de frango? Daqueles bem rosados..."

O livro é sobre isso, a relação da junção dessas duas ideias no cotidiano sem que percebamos.
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Pamella 11/07/2020

Embora seja um livro que conta com alguns anos desde a primeira publicação, "A política sexual da carne" continua muito atual em seu tema. O livro aborda questões importantes para uma alimentação vegetariana aliado às pautas feministas, uma vez que considera serem indissociáveis do ponto de vista da opressão.

Em diversos momentos, Adams nos lembra que comer é um ato político, e não uma ação alheia às problemáticas sociais, mas que as refletem. Considerar e modificar nosso consumo alimentar é essencial para compreender (e então desmembrar) os dispositivos de nosso tempo, principalmente aqueles que agem sob a dinâmica do patriarcado, pois "retirar a carne da refeição é ameaçar a estrutura da cultura patriarcal mais ampla".

O livro é um start para diversas questões do impacto ambiental e social da nossa alimentação, que, por sua vez, é parte de uma engrenagem de opressão que precisa ser alterada. Acabei lendo este livro para tentar me inteirar mais dessas discussões entre feminismo e vegetarianismo e sanei muitos pontos de dúvidas, acredito que seja uma boa porta para as discussões. Mas que não terminam aqui, já que a leitura acaba acionando outros pontos de dúvida e questionamento.
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Taci 07/10/2013

Livro surpreendente
Deixei este livro de lado um bom tempo acreditando que se tratasse de uma leitura enfadonha, muito pelo contrário. O texto é fluido, interessante cheio de resgates históricos e pontuações surpreendentes. Recomendo muito. Só lendo você vai descobrir o referente ausente das situações. Vale a pena.
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29/04/2021

Consumo de carne x opressão feminina
Livro muito bom para refletir a relação do consumo da carne e a opressão feminina.
O quanto consumir carne é também uma forma de exploração de fêmeas de outras espécies. Levanta o questionamento sobre a visão do patriarcado que por ser fêmea, há "licença" para poder explorar, dominar e ser "serva" do homem.
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Luiza 17/05/2021

?O vegetarianismo é, na verdade, o progressismo na dieta.?
Mesmo com tantos anos desde a primeira publicação, a política sexual da carne, segue sendo tão atual quanto na época da primeira publicação. Ao decorrer de nove capítulos, a autora nos mostra que a opressão de animais e mulheres, têm mais em comum do que imaginamos.

"Mas essa opressão das mulheres e dos animais, apesar de unificada pela estrutura do referente ausente, é experimentada em separado e de modo diferente pelas mulheres e pelos animais."

O livro é ótimo para quem quer começar a entender mais sobre veganismo. Explica diversos pontos importantes, desde a história humana, problemas de saúde causados pelo consumo de carne, até o sofrimento e exploração animal. Várias críticas são feitas as feministas que, por muitos anos, deixaram o vegetarianismo de lado em suas pautas.

"Se o corpo se torna um foco especial para a luta das mulheres por liberdade, o que é ingerido constitui um ponto primordial lógico para anunciar a independência da pessoa. Ao recusar a ordem masculina da comida, as mulheres praticaram a teoria do feminismo por meio do seu corpo e da sua opção pelo vegetarianismo."

Por fim, o livro acaba com o poema da Fran Winant.

"coma arroz, tenha fé nas mulheres.
o que não sei agora
ainda posso aprender
lentamente, lentamente.
se eu aprender posso ensinar as outras
se as outras aprendem antes
eu devo acreditar
que elas voltarão e me ensinarão."
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Rene15 13/08/2014

É complicado enxergar ligações entre o carnivorismo e o patriarcado, principalmente pra quem não é adepto do vegetarianismo. O livro explica essas ligações, como por exemplo, a "coisificação" da mulher como objeto, sem voz crítica (e que através do vegetarianismo adquiriram uma certa emancipação), assim como animais desmembrados que antes tinham vida, e depois viraram coisas; peito DE frango, e não peito DO frango.
Lari 10/01/2022minha estante
Acho que foi difícil pra você entender o que é, de fato, o patriarcado e dentro disso o machismo e o racismo; e não a ligação entre o carnivorismo e o patriarcado. Parece que você leu o livro por cima e veio dar a sua opinião


Rene15 14/01/2022minha estante
Bem, não entendi por quais vias você concluiu que me foi difícil entender o que é o patriarcado (e com isso machismo e racismo). Obviamente hoje em dia eu teria discorrido um pouco melhor a resenha, mas quando escrevi a 7 anos atrás, e o assunto ainda estava chegando as rodas de conversa, pontuei ser "complicado enxergar ligações..." não fazendo referência a mim. De fato pra quem estuda sobre feminismo, e tem uma linda paixão por carne, ler esse livro é um evento de emoções contraditórias internas. Dito isso, para algumas pessoas antes de ler o livro, pode ser complicado enxergar ligações entre consumo de carne e o patriarcado. E mesmo que se leia, não garante aceitação da ideia.




Lud 07/09/2015

Depois que uma amiga comentou comigo que vegetarianismo e feminismos estão totalmente conectados, algo que eu não tinha me dado conta, achei este livro que tratava do tema e me interessei pela leitura. A autora apresenta vários argumentos extremamente interessantes sobre o assunto, várias questões do vegetarianismo que eu nunca havia pensado (apesar de ser vegetariana há 2 anos). Recomendo muito a leitura, mesmo para pessoas carnívoras, para se repensar essa ordem dominante da carne em que vivemos sem questionar.
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Thayse 28/02/2020

Leitura incrível
Ótima leitura para iniciar a relação entre o consumo de carne e o machismo.
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Jamile.Carneiro 26/09/2018

O livro trás um ponto de vista interessante sobre a relação do femininismos com o vegetarianismo, mas os argumentos são repetitivos e cansativos. fazendo a leitura ser arrastada e entediante.
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Bianca1148 16/03/2023

A política sexual da carne
Em geral, a tese da autora defende que a morte de animais para consumo e a violência contra a mulher estão interligadas. É um livro denso em conteúdo, que traz reflexões e conexões que ligam o ato de comer carne com o machismo desde o início da evolução humana, política e alimentação. É bastante provocativo, em diversos momentos, me peguei soltando um: "realmente", no meio da leitura. Pessoas que comem carne, que estão de alguma forma fora do "nicho" desse livro, deixo o conselho: vão com a mente aberta.
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Gabí 01/03/2024

"coma arroz e tenha fé nas mulheres"
"a carne é uma relação estruturada no poder, na qual se acredita que o poder é transferido para quem a consome."
a leitura não é tão fácil, por conter muitos dados e muitos trechos extraidos de outras obras, porém, é tudo o que a gente já desconfia e sente na pele o tempo todo quando deixa de consumir a carne, quando retiramos o referente ausente e trazemos a alma do animal de volta. e com o tempo as coisas não mudaram, carne é vista como símbolo de riqueza, de virilidade e sem ela é dito que ficaremos fracos, doentes, que não há nada como a "proteína animal". sempre colocando de lado a vida (que não é considerada digna de pena e compaixão) dos animais, que estão aqui com a gente e não para a gente.
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Japa 15/05/2022

É um livro revolucionário. Amei e releria dezenas de vezes.
Repassando as leituras da minha antiga conta pra essa.

Pra ver a resenha desse livro completa:

*ID antigo: @7073934*
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