Eli Coelho 23/12/2012Lirico e Filosófico: religião sem doutrinasPaulo Coelho, amado ou odiado, é impossível ser indiferente a algum lançamento seu, devido a sua representatividade na literatura mundial.
Nesse livro ele volta a fazer o que faz de melhor (re) transmitir ensinamentos e verdades universais como um Grande Mestre Filosófico suprindo anseios da humanidade.
Esse é um livro religioso. Religioso? Sim, no sentido de religar o homem as suas essências e valores e fugindo de qualquer doutrina. Através do debate de alguns temas um copta grego deixa ao povo israelense (as vésperas de ser invadido pelos cruzados) uma mensagem de aprendizado através da valorização do cotidiano e exaltando o maior de todos os milagres: a esperança e o amor.
Os temas abordados são: Conhecimento, Fracasso, Solidão, Autoconhecimento, Propósito, Mudança, Beleza, Destino, Amor, Coragem, Amizade, Sexo, Elegância, Trabalho, Sucesso, Fé, Ansiedade,Esperança e Lealdade.
Quem é familiarizado com a escrita de Paulo consegue facilmente antever a utopia dessa mensagem (a crença no potencial do homem para a mudança e para o bem). Com seu lirismo e dose poética chega a ser cansativo em alguns momentos.
Cita o autor nas primeiras páginas que está apenas transcrevendo um manuscrito apócrifo encontrado no Egito, que chegou as suas mãos através de um amigo. (Ficção ou Marketing? - cabe ao leitor decidir)
Paulo Coelho parece conhecer o poder de seu marketing e esse livro tem altíssima probabilidade de ter citações de suas páginas em inúmeros scraps nas redes sociais.
Enfim, Paulo Coelho continua não sendo um bom escritor. Julgo-o como um bom narrador e certamente com sensibilidade para “ouvir na voz do universo” o desejo de seu publico cativo e ir de encontro a ele.