GabrielGLourenço 22/01/2020
Um "dossiê" histórico, antropológico e sociológico da Roma Renascentista.
Primeiramente, o livro apresenta um grau de dificuldade de leitura mediano, ou seja, determinadas partes fluem muito bem, já outras, não muito. Não é um livro de difícil compreensão, mas na minha opinião, a riqueza de detalhes nesse caso, acabou por prejudicar um pouco a fluidez da leitura, mas nada que te impeça de concluir a obra, apenas vai requerer mais tempo e mais atenção.
O livro retrata as famílias: Cenci, Santacroce, Mattei, Colonna, Della Rovere, Farnese, Borghese, Barberini, Pamphilj (ou Pamphili) e Chigi. Cada família tem seu próprio capítulo no livro, e dentro de cada um deles, se subdivide em "Histórico familiar" e "Itinerário", o primeiro, descreve todos os membros daquela família e o convívio entre eles, o segundo ilustra em mapas da cidade de Roma e conta a história dos locais onde cada família tinha suas propriedades, suas praças, palácios, capelas, basílicas e fontes, que ainda hoje podem ser vistos e visitados.
Analisando de um modo geral, cada família retratada no livro possui suas particularidades, seus hábitos e costumes, mas todas têm um objetivo em comum: ascender a um cargo dentro da Corte dos Papas. Lembrando que na época que a história é descrita, o Vaticano não se limitava ao que conhecemos hoje, um enclave na cidade de Roma. Os Papas governavam vastos territórios dentro do que hoje conhecemos por Itália, conhecidos por Estados Papais ou Estados Pontifícios.
O livro é recheado de tramas, assassinatos, golpes, conquistas, glórias e muita opulência. Um verdadeiro "jogo de xadrez" na perdulária e suntuosa Corte Papal renascentista, marcando para sempre a vida e o cotidiano da "Cidade Eterna".