Antônio e Cleópatra

Antônio e Cleópatra William Shakespeare




Resenhas - Antônio e Cleópatra


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carlos 04/02/2020

E eu achando que os Macbeths eram o casal mais intenso da obra de Shakespeare. Me enganei. Cleópatra tem um temperamento muito forte (deve ser geminiana) e por várias vezes manipula Marco Antônio para que ele a bajule e faça sua vontade. Em determinado momento, ela pede para um personagem ir saber de Antônio e ordena que, se ele estiver triste, que diga que ela está dançando, e que se ele estiver feliz, que diga que ela está doente. Não acho que na Inglaterra jaimesca o termo “relacionamento tóxico” já tinha sido cunhado, mas fica a dica. Por outro lado, Antônio fica tão cego de amor que negligencia seus deveres políticos, mas também não demora a se virar contra Cleópatra quando acredita que ela o traiu por Otávio César – além de culpá-la por seu insucesso nas batalhas em um piscar de olhos.

Muita coisa acontece nessa peça. As cenas são demasiadas e às vezes duas ocupam a mesma página, de tão curtas. No quarto ato chega a ficar até um pouco difícil de acompanhar todos os acontecimentos – os em cena e os de fora de cena, reportados, também. Mesmo assim, é uma leitura bem rápida e emocionante.
Manoel 04/02/2020minha estante
(Deve ser geminiana) ???? Minha lua em gêmeos concordou!


carlos 04/02/2020minha estante
Sem ofensa! HAHAHAH




Clara 04/02/2010

Politica romace e traição.
Interessante, requer um minimo conhecimento histórico sobre Roma e Egito para melhor apreciação.Ainda estou lendo depois comento melhor.
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Haylane.Rodrigues 14/06/2011

- De mim própria fui a conquistadora!
A sétima Cleópatra, grega, nunca escondeu sua origem macedônica, mas ficou conhecida como a última grande figura do Egito antigo, para mim e tenho certeza que para muitos, uma das mais fascinantes figuras femininas da história. Cercada de mitos sobre sua pessoa e principalmente sua extrema vaidade, os banhos de leite e pétalas de rosas que um grande número de escravos preparava em seus aposentos, seu exagero com o ouro e mesmo naquela época, diz-se que Cleópatra já pintava seus lábios e unhas de carmim. Mas sua maior profundidade foi entregar-se de forma apaixonada ao destino sob os cuidados e vontades da poderosa Ísis, aquela que seria, segundo ela própria, sua verdadeira mãe.

A divina filha de Ísis! Sedutora, enigmática, determinada e ainda reconhecida como genial estadista política. Que mulher não inspira em ter em si seus ares de Cleópatra? E que homem não se renderia a beber de bom grado o veneno de tão doce víbora egípcia?
O ponto alto da sedução será a imprevisibilidade da senhora do Nilo?
Seria o maior trunfo da mulher, fazer o homem se sentir no poder? Pois Cleópatra enchia Antônio de júbilos, levava-o sonhar e eloqüente se entregar com prazer a tais sonhos ambiciosos, dentre eles o de unir o império Ocidental e Oriental.

Marco Antônio abandona o posto de militar romano para viver aos caprichos de sua senhora, e torna-se motivo de chacota entre os romanos.

Como o homem, quando enlaçado por o desejo nada mais enxerga a não ser o objeto desejado? Onde a bravura e a honra apeteciam-no como o que lhe era de mais valoroso, deixou-se em deleite levar pelas ondas ardentes do velho Nilo, a princípio atordoado por uma estratégica encenação helênica da chegada de Baco aos vinhedos, e logo mais entregue as carícias no leito da Rainha do Egito. Apaixonado, confuso, intenso, assim é Marco Antônio; ainda fiquei com a impressão que ele não era firme em suas decisões quando ausente do governo dos Césares. Inseguro quando percebeu que seu status diminuía quando estava à presença de Octavio Augustos, talvez isso o tenha repelido e o tornado como um felino dócil para Cleópatra.

Vejo Antônio como um homem verdadeiro, atordoado com suas obrigações e desejos que não se vinculam, as fatalidades levaram-no ao desfecho.
Cleópatra, exótica como foi em vida, também não poderia deixar de ser ao partir de volta ao colo de Ísis.

Mesmo na realidade, o fim de Antônio e Cleópatra, parecia já ser moldado às tragédias Shakesperianas.
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Mônica 20/05/2012

Confesso que ainda não me recuperei
Não encontro outra palavra para classificar a narrativa que não poderosa.

Está certo que a história começa a chamar a atenção por se tratar daqueles que trazem no nome a fama de terem conquistado e divido o mundo, mas sem dúvida a narrativa de Shakespeare foi a grande causadora de "Antônio e Cleópatra" ter atravessado séculos e ainda permanecer como atemporal.

Seus versos possuem uma vida que nunca havia conhecido em outro texto. Por diversas vezes fico relendo alguns trechos e tentando guardá-los dentro de mim, pois não merecem de modo algum o esquecimento, muito pelo contrário: deveria ser obrigatório lê-la e relê-la.

Comparam-no muito com Romeu e Julieta, devido ao fato de que o mesmo amor que os uniu torna-se causador da tragédia de ambos. Mas, com todo o respeito, acho que a trama do primeiro casal ganha disparadamente.

Nada contra o jovem par,mas é impossível não se encantar pelas cores apaixonadas com que Shakespeare pinta Cléopatra e Antônio, que se encontram após ter passado por tantas vicissitudes que a vida lhes impôs e que, a despeito de tudo, se entregam ao amor [descrito como sensual, mas que de modo algum vi um trecho que os preteriria ao amor pleiteado pelo casal mais famoso do autor].

Talvez por já serem grandes, ele tenha tido mais liberdade para expressá-los com a majestade que lhes era digna, mas não posso denominar a escrita aplicada por Shakespeare de outra forma que não magistral.

E também a complexidade de suas personalidades, como a de Marco Antonio, dividido pela vida que lhe trouxe o status de grande e essa nova existência, ao lado daquela que lhe ganhou a alma.

Essa sensação épica, de estar na mesma realidade do que aqueles que um dia tiveram o mundo na mão, é algo que não se encontra todo o dia e o autor soube incluir esse sentimento de forma natural e muito profunda.

É uma história de tragédia mas, que fala, acima de tudo, do amor e da honra.

E fica a pergunta: será que um dia lerei algo tão bom?
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Danny 23/02/2014

Ninguém é perfeito
Mesmo Shakespeare pode ser chato.
Antônio e Cleópatra tem como tema central o romance entre o militar romano e a rainha do Egito.
Intrigas políticas e declarações de amor.
Definitivamente não é minha praia.
Maçante!
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Coruja 12/08/2014

Faz muito, muito tempo desde que li essa peça pela primeira vez – creio até que tenha sido um dos primeiros trabalhos do bardo que me chegou em mãos, presente de um cliente dos meus pais que era livreiro. Não me lembrava de absolutamente nada da história, exceto pela parte em que uma víbora aparecia em algum momento (...), de forma que o peguei para reler.

Fiquei absolutamente fascinada. Eu me esquecera da figura imponente de Cleópatra, em sua mais fascinante forma na poesia do bardo, ao lado de um Marco Antonio majestoso mesmo em meio ao vício, à “luxúria e o vinho”, que em seu grandiloqüente final nos remete ao famoso discurso de Julio César, quando vira toda a Roma contra Brutus e os outros assassinos de César.

Dos casais escritos por Shakespeare, Antonio e Cleópatra são os que mais estão um à altura do outro. Não que Antonio não seja um babaca como quase todos os outros protagonistas masculinos do autor – afinal, ele traiu a primeira esposa, depois traiu a própria Cleópatra com Otávia, depois largou Otávia e voltou para a rainha egípcia.

Sou capaz de entender o casamento com Otávia como manobra política, mas tenho minhas dúvidas se ele era mesmo necessário. Uma forma mais fácil de manter uma aliança com César Augusto, mas se desde o princípio Antonio sabia que acabaria por voltar para sua rainha, porque embarcar em tão temerosa aventura? Ele iria voltar para a “grande rameira”, Otávia retornaria a Roma humilhada e obviamente César se aproveitaria da chance para acabar de vez com o triunvirato e a ascensão do rival pela púrpura.

O casamento com Otávia é muito provavelmente a pior estratégica de um general que em tudo o mais sempre se destacara e se fizera brilhante. Não havia como competir a ‘frígida’ princesa com a voluptuosa rainha que personificava uma das culturas mais fascinantes e um dos reinos mais ricos do Império. Cleópatra, nas próprias palavras com que a ele se dirige o general romano, é mais que uma mulher, é o próprio Egito.

Ambos são personagens transcendentes. Toda a peça, do começo ao seu trágico fim é grandiosa, de tirar o fôlego – pergunto-me qual será a sensação de não apenas ler, mas assisti-la representada. Eu bem que gostaria da oportunidade...

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2014/08/projeto-shakespeare-antonio-e-cleopatra.html
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alineaimee 31/08/2016

Peça vibrante, com traições, intrigas, vaidades, personalidades fortes e um texto muito bonito e poético.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 03/07/2018

Famoso Par
Cleópatra VII (69 A.C. - 30 A.C.) é uma das mais fascinantes figuras da Antiguidade. Natural da Grécia e rainha do Egito, ela é apontada pelos historiadores como uma grande estadista e estrategista militar. Sedutora e ambiciosa, foi amante de César, ditador romano, e do general Marco Antonio com quem pretendia criar um grande reino, unificando Oriente e Ocidente.

Escrita em 1606 por William Shakespeare, a tragédia "Antônio e Cleópatra" apresenta o confronto emocional e militar envolvido neste malfadado projeto. Ela foi baseada num texto de Plutarco, "A Vida dos Nobres Gregos e Romanos" que serviu de inspiração para outras duas obras, "Coriolano" e "Júlio César" cuja ação antecede os acontecimentos apresentados.

Com cinco atos e 3500 versos, ela é composta por pequenas cenas, uma novidade para a época, mas que dificulta e encarece o custo de produção. Por sinal, a própria força física dos atores é necessária, quando Antônio, agonizante, é içado até o templo de Cleópatra, representado por uma sacada sobre o palco.

Talvez, esse seja o principal empecilho dela não ser tão popular, pois o texto entre a farsa e a tragédia é brilhante, ao apresentar um Antônio dividido entre Roma e o Egito, obrigação e desejo, razão e sentimento. O papel de Cleópatra equipara-se em importância e o último ato é reservado inteiramente para ela. Ao contrário das tentativas de suicídio frustradas de Antônio, que beiram o picaresco até conseguir seu intento, a rainha é a personificação da heroína trágica e sua morte, de manto e coroa, é um grande espetáculo.

Otávio César, fundador do Império Romano, possui um pequeno papel e é responsável pelo epitáfio que sintetiza a tragédia: "Nenhum túmulo jamais encerrará em toda a terra um tão famoso par". Como afirma Emma Smith, professora de literatura na Universidade de Oxford, o leitor ou espectador está diante de duas celebridades e, tal como ocorre em nossos dias, o que se apresenta é sempre uma performance. Os protagonistas estão sempre rodeados de pessoas, jamais desfrutam de um momento de privacidade e o flerte, os acessos, a grandiloquência, tudo levanta suspeitas quanto à autenticidade. É impossível responder, se Antonio/Cleópatra ama Cleópatra/António, como se pode saber? Na realidade, a peça aborda a difícil tarefa de entender o "indivíduo público" e vai mais além, ao reconhecer a impenetrabilidade do "eu privado".

A escritora norte-americana Marilyn French possui uma frase exemplar, para fechar meu comentário: "Ao final de "Antonio e Cleópatra", Otávio César fica com o mundo; Antonio e Cleópatra" ficam com a vida."
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Cida 02/08/2018

Simplesmente Shakespeare
Shakespeare é demais! Essa obra poderia ser comparada com as tragédias gregas. Bom, eu gostei muito. O jeito de escrita as vezes complica o entendimento, mas eu gosto de ler Shakespeare e a reflexão é garantida com certeza. A história desse casal nada convencional, envolvendo vários problemas entre reinos e aliados, é de tirar o fôlego. De forma alguma é apelativo e você se sente quase como dentro da historia. A forma de descrição é para teatro o que deixa bastante descritivo então facilita um pouco a forma de visualizar. Com um final espetacular, só posso dizer que é Shakespeare. Sem mais explicações.
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Biblioteca Álvaro Guerra 09/08/2018

" Obrigada vos fico. O poderoso
Jove fez de mim, fraca, tão fraca,
vossa conciliadora. Uma contenda
entre vós, fora como se o universo
viesse a rachar, devendo corpos mortos
soldar a grande fenda."

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788588069848
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Bia 22/09/2019

ANTÔNIO E CLEÓPATRA – UM AMOR QUE DESAFIA LIMITES
Eu gosto muito das histórias de Shakespeare porque sinto que sempre tem um pouco de realidade e fantasia misturados na medida perfeita. Cada linha que você lê, por mais que saiba que é ficção, deixa aquele pensamento de que uma história assim poderia ser real. Já falamos sobre Romeu e Julieta e hoje vamos falar sobre Antônio e Cleópatra. Mais uma história de amor.

Marco Antônio, um dos grandes homens do exército de Otávio César, foi encarregado de conquistar o Egito. Lá, além de conquistar a terra, teve seu coração conquistado pela grande rainha Cleópatra. Passou dias em festa com a rainha e, enquanto isso, sua esposa e seu irmão declaravam guerra a César. Antônio talvez não saberia de nada e continuaria em festa se sua esposa não tivesse morrido.

Acompanhe mais sobre a história no link: bit.ly/pdl-antonio-e-cleopatra

site: bit.ly/pdl-antonio-e-cleopatra
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Keell 30/04/2020

Por se tratar de Shakespeare, pensei que a leitura seria lenta e complicada, mas foi surpreendente. Leitura fácil e em determinados momentos até engraçado.
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Élida Mercês 17/05/2020

Uma livro que expõe as contradições inerentes ao ser humano.

site: www.longedesereno.com.br
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Ericles Santos 22/05/2020

Ora ora, Antônio maior que Július...
Em comparação a outras obras consagradas do teatro elisabetano, Antônio & Cleópatra segue outro tipo de magistralidade, uma vez que confunde-se com um romance real.
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