Resenhas - A Flor do Pântano

jumorgensten 14/10/2020

A Flor do Pântano é um romance espírita antigo e foi escrito por Wera Krijanowskaia em parceria com o espírito J.W. Rochester. Ao contrário da pegada de narrativa mais pesada da dupla, esse é mais suave e com menos questões "obscuras", digamos assim.

Aqui temos Marina como protagonista, onde a mesma foi criada pela mãe e longe do pai. Tudo corria bem até sua mãe cometer suicídio sem maiores explicações.

A partir de então, um novo mundo se abre para a Marina. Ela vai morar com o pai e a madrasta e por lá começa a sentir e entender algumas coisas. A madrasta Juliana engravida do seu amante Stanislav e Marina, após descobrir essa situação e para não deixar o pai infeliz mais uma vez, resolve se casar com o mesmo.

Em paralelo a isso, temos as questões religiosas muito presentes e fortes naquela época. Com um indivíduo que se esconde na forma de padre para conseguir seus intentos e com a condessa que usa a religião para ampliação do seu poder. A dupla move mundos e fundos para transformar todos em católicos e iniciam esse processo com Juliana. Além do padre se apaixonar perdidamente por Marina.

Aos trancos e barrancos, a protagonista consegue se manter correta e fugir de todas manipulações impostas para ela, tanto que acaba sendo sequestrada pela dupla para ver se muda de opinião e fica mais tranquila e submissa.

Sempre muito protegida, Marina busca na fé auxílio para permanecer sã e não cometer alguma loucura como o suicídio.

Já com os outros personagens vão acontecendo um plot twist atrás do outro. Stanislav descobre a verdade com Juliana a beira da morte, a dupla "religiosa" acaba sofrendo as consequências dos seus atos e pai e filha, enfim, se entendem apesar de todos os ventos contra.

O texto é de fácil entendimento e a leitura é fluída. Para quem gosta da dupla Wera e Rochester e quer uma narrativa mais suave dos dois é uma ótima pedida.

site: http://hidratarvicia.com.br/2020/10/14/a-flor-do-pantano-wera-krijanovskaia/

cid 02/07/2009

Crescemos num solo movediço que nos alimenta, mas um dia seremos tragados por êle.
Leitura muito agradável, que combina belas imagens , como pântanos floridos com lirios dágua , castelos com passagens secretas, e uma boa estória. Mas, a narração ficou muito na superfície dos fatos, e quando o livro acabou fiquei com a impressão que o autor estava com pressa e cortou todos os detalhes. Poderia ter sido contada a estória da primeira prisioneira do subterrâneo , do padre Ksaveri e seu sonho premonitório, da recuperação de Marina Audirova. Melhor trabalhado, teria sido um bom livro.