As Cavernas de Aço

As Cavernas de Aço Isaac Asimov




Resenhas - As Cavernas de Aço


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Sabrina 04/08/2020

Asimov aparentemente não erra
Não sou fã de romances policiais e posso falar com toda a certeza de que esse livro não se resume a esse gênero. Personagens simples, mas com uma construção magnífica, Asimov consegue, de maneira sucinta, nos fazer mergulhar em seu mundo de robôs, futuros incertos e filosofia pura!
Wolf1 04/08/2020minha estante
É no mesmo universo da fundação?


Sabrina 04/08/2020minha estante
Não é não (pelo menos acredito que não. Fundação é o próximo da lista hehe)


Wolf1 04/08/2020minha estante
Vai fundo que é a melhor coisa dessa vida!


Wolf1 04/08/2020minha estante
Indico ler os três em seguência sem pausa, manter o feeling é a melhor coisa nesse série


Sabrina 06/08/2020minha estante
Aaaa então vou ler sim e te falo o que eu achei rs


Grazi Comenta 28/06/2021minha estante
É no mesmissimo universo da Fundação, todos os livros dele são, um acaba levando ao outro e quando você lê Fundação e Terra depois de ter lido a série de robôs fica MUITO MELHOR. Acreditem.




Felipe 05/04/2015

Circuitos e intrigas.
Asimov é com certeza absoluta um dos meus autores favoritos e pela primeira vez li algo dele que mistura romance policial com sic-fi e posso dizer, ficou muito bom. Eu não gosto muito do estilo de livro policial, mas a forma como foi construído cada personagem é incrível. A história se passa num futuro onde a Terra tem uma super população e vive no subterrâneo em estruturas engenhosas e nunca se vê a luz do dia, apenas tudo o que se tem é artificial. O personagem principal é incumbido a desvendar o caso de um assassinato e seu parceiro para o caso é um robô chamado R. Daneel, o que causa um desconforto já que seu pai enquanto policial foi demitido por que um robô fazia o trabalho bem melhor. A sociedade retratada nesse livro em geral não aceita robôs, principalmente os que tem forma mais humana, como no caso do parceiro do protagonista Elijah Baley. O robô foi construído com todas as características físicas do seu criador (Que foi assassinado e daí surge o caso).
A trama é muito bem amarrada e composta por elementos surpreendentes e cheia de reviravoltas e conflitos sociais, desses até com os conhecidos como siderais que querem que os humanos que ainda habitam a Terra (sim, colonizamos outros planetas!), explorem e povoem outros sistemas na galáxia e introduzam os robôs de forma pacífica, o que gera um conflito de anos. Lembrando que o termo robótica surgiu pela primeira vez no mundo neste livro, o termo foi criado pelo autor, assim como as leis da robótica que com certeza você já deve ter visto em filmes como "Eu, robô", que também foi inspirado em um romance do autor com o mesmo nome - Esse homem era incrível. Isso é só o começo do livro, as primeiras páginas.
A conclusão do livro é bem amarrada mesmo dando espaço para as outras continuações, como "Sol desvelado" e seus seguintes.
Quatro estrelas! :D
Felipe 05/04/2015minha estante
Tenho dois desses, pena que um veio com defeito ahaha


Jadson 30/04/2015minha estante
Terminei esse livro hoje. Amo Asimov desde de 'Eu, robô' e esse livro é tão bom quanto.


Felipe 04/05/2015minha estante
Veio faltando páginas, com capítulos repetidos, tudo embaraçado kkkk Ms a editora linda me mandou outro e mais marcadores e outras coisinhas.




50livros 06/07/2020

Livro bom para fãs extremos de sci-fi
Sabe quando você lê a sinopse, se empolga pensando que é uma coisa, mas no fundo é outra? Então, aconteceu exatamente isso comigo. Calma, não me decepcionei em nada com o livro, mas ele é vendido como um romance policial futurista, mas, na verdade, é só uma ficção científica com um crime no meio. É um sci-fi primoroso, com certeza, mas está longe de ser policial. Nessa leitura, meu primeiro contato com Azimov, mostrou porquê ele é referência no gênero. O mundo que ele constrói é extremamente original, com contornos muito reais, o que é um tanto chocante. Só que eu acho que ele só é excepcional na parte científica mesmo, porque, apesar dos personagens serem bons e bem construídos, não são nada cativantes. São bem chatos, para falar a verdade. O final é bem interessante, mas não me empolgou em nada para continuar a série. Com certeza foi uma boa leitura e com inúmeras qualidades, mas não sei se foi realmente a minha praia. Tenho quase certeza de que não continuarei a ler a série e pensarei duas vezes antes de ler outro livro do autor. Para lê-lo, com certeza precisarei estar inspirada para isso.

site: https://www.50livros.com/post/resenha-de-as-cavernas-de-a%C3%A7o-s%C3%A9rie-saga-dos-rob%C3%B4s-vol-01-de-isaac-azimov
Rodrigo 29/12/2020minha estante
"Asimov"


Ian 11/01/2021minha estante
Fiquei com a mesma impressão.


Paula1735 28/04/2021minha estante
Começando a ler hoje esse livro, confesso que tô achando chatinho. Mas adorei "O Fim da Eternidade" e toda a trilogia da Fundação


Grazi Comenta 28/06/2021minha estante
Na verdade esse livro o Asimov escrever pra provar que você conseguiria colocar scifi em qualquer outro tipo de gênero, então é um romance policial sim, tem investigação, detetive, parceiro, mistério, reviravolta, resolução. O pano de fundo que é a scifi mesmo. Digamos é um 50/50 MARAVILHOSO


Fred 06/11/2022minha estante
Recomendo tentar outros livros do Asimov, caso queira voltar no autor. A série "A Fundação" é uma obra prima do gênero, recomendo muito. De forma mais independente recomendo também a leitura do "Eu, robô" como são contos, fica mais fácil de absorver e não tem o compromisso de ler uma grande obra até o fim se achar chato.




Fernando Lafaiete 27/08/2018

As Cavernas de Aço (Robôs #1): Desmistificando Asimov e uma tentativa (talvez falha) de análise de sua obra. Vale a pena ler Isaac Asimov?
******************************NÃO possui spoiler******************************
Nota: 4.5

Quando ficção-científica é o assunto é praticamente impossível não citar Isaac Asimov, considerado quase por unânimidade o maior escritor do gênero de todos os tempos. Ao lado de Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, forma a famigerada Trindade da ficção-científica. Seu status dentro da literatura e seu invejado curriculum, onde consta vários fatos interessantes, como o de ter sido durante muito tempo vice-presidente da MENSA (instituição formada pelas pessoas mais inteligentes do mundo), faz com que muitos leitores elevem suas expectativas em um nível alarmante antes mesmo de lê-lo.

Mas é importante termos conhecimento de alguns pontos para desmistificarmos esta errônea e prévia certeza de que o autor é um gênio inquestionável que está acima de qualquer crítica.

1. Asimov não era um grande estilista quando escrita é o assunto. Escreve bem, mas nada no nível de Dostoiévski, Victor Hugo entre outros grandes nomes da literatura mundial.

2. Portanto, levando em consideração o fato citado no item 1, não encontramos em suas obras grandes descrições e explanações recheadas de linguagem rebuscada repletas por terminologias de alto nível onde apenas leitores com QIs elevados são capazes de ler, entender e absorver. Isto é um mito imposto à ele, apenas porque para muitos é difícil admitir que o "pai" da ficção-científica pode (e é) facilmente superado por muitos escritores (dentro e fora do gênero científico) quando o o assunto da análise é a escrita.

Tudo que falei até agora é importante para que entendam o que irei explanar sobre "As Cavernas de Aço", primeiro volume da mais que famosa série dos robôs. No romance supra citado, o autor desenvolve uma trama policial futurística onde o foco é a investigação do assassinato de um importante roboticista.

Conforme vamos lendo, vamos entrando em contato com as leis da robótica, com um mundo onde devido ao crescimento exacerbado da população a superfície não é mais habitada, onde outros planetas são colonizados e onde revoltas sustentadas por preconceitos e medos sociais são recorrentes devido a presença de robôs na sociedade.

O protagonista é o detetive Elijah Baley que se vê obrigado a ter que trabalhar com um parceiro nada desejado para poder correr contra o tempo e desvendar o misterioso e até então ilógico e quase impossível assassinato. O personagem principal se vê em um dilema. Quem cometeu tal crime? Quais as razões? O criminoso é um humano ou um robô? Seria possível um robô burlar as leis da robótica e assassinar um de seus criadores? Se sim, qual seria a razão?

"As Cavernas de Aço" não é a primeira história em que Asimov apresenta tais leis que são um dos importantes pilares de seu universo. Na antologia de contos "Eu, Robô", o autor não só as apresenta como desenvolve narrativas inteligentíssimas que possuem teores psicológicos, sociais, filosóficos e religiosos muito mais palpáveis do que o que encontramos no primeiro livro da série Robôs aqui resenhado.

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Leis da robótica:

1. Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação permitir que um ser humano venha a ser ferido.

2. Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto nos casos em tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.

3. Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal propósito não entre em conflito com a Primeira ou com a Segunda Lei.

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A escrita apesar de bem simples, passa longe de ser ruim. É boa, funcional e colabora com a narrativa que além de fluída é bastante envolvente. Os personagens são bacanas e entregam bons diálogos. O Worldbuilding é bem visual e acredito ser capaz de instigar os leitores a quererem saber mais sobre o mesmo.

Em contrapartida, o processo investigativo é problemático. Levando em consideração que "As Cavernas de Aço" se trata de uma história futurística, a investigação apresenta furos e é fraca quase em sua totalidade. A falta de descrições mais sólidas empobrece em várias momentos a narrativa quando o foco são as etapas investigativas. O que traz a tona os itens que citei anteriormente quando expus minha percepção sobre a escrita do referido autor.

Devo salientar também que a narrativa de Asimov é bastante expositiva e que portanto, você não correrá o risco de se sentir perdido ou menos intelectual que outros leitores. A leitura é mais que válida e é mais que interessante acompanhar os conflitos entre roboticidade e humanidade muito bem desenvolvido por Isaac Asimov.

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O plot principal e as Leis da Robótica foram grandes inspirações para a adaptação do roteiro de Jeff Vintar que gerou o filme "Eu, Robô" protagonizado por Will Smith em 2004. O filme não é uma adaptação de "As Cavernas Aço" e nem dos contos que o antecedem e que dá nome ao filme. Tanto a antologia quando o romance são meras inspirações. Mas devo frisar que "Eu, Robô" (o filme) possui personagens importantes criados por Asimov e muito presentes em suas obras.

O autor também é uma das grandes inspirações do queridinho de muitos leitores, o elogiado John Scalzi, autor de "Guerra do Velho" e "Encarcerados". Este último também inspirado em "As Cavernas de Aço".

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Gosto demais da escrita e narrativa de Asimov. Ele não é perfeito... Mas como não considerado nenhum autor perfeito, como muitos o fazem, este fato não se torna um problema para mim. O indico pra quem procura um livro divertido, despretencioso e inteligente. Mas leiam "Eu, Robô" antes, acredito que ter este background é importante apesar de não ser essencial.

Ps. O detetive protagonista é meio lento e não transborda inteligência. Mas seus questionáveis raciocínios o tornam mais humano, consequentemente mais relacionável. Me irritei com tal lerdeza, mas consegui relevar.
ROBERTO468 27/08/2018minha estante
Nunca ouvi falar sobre esse livro. Me parece ser bem interessante.


Fernando Lafaiete 27/08/2018minha estante
Sério Junior? Me surpreendi agora (rsrs). Esta série é um marco dentro da ficção-científica. Se nunca leu Asimov, super indico. É uma leitura fácil, cheia de reflexões e muitas vezes divertida. Indico!


ROBERTO468 28/08/2018minha estante
Vou colocar na minha lista agora. Mas é pq eu quase não leio ficção científica, e fico meio desinformado sobre.


Fernando Lafaiete 28/08/2018minha estante
Acredito que irá gostar. Assim espero... Rsrs


Crys 04/04/2019minha estante
gostei muito desse livro quando li e quero continuar a trilogia.

você lembra quem foi o assassino do Dr Sarton? não me recordo agora




Campos 25/01/2021

Muito bom
Meu primeiro contato com o Asimov e tenho que dizer que gostei muito a trama lembra um pouco o filme Eu Robô do Will Smith, que também é inspirado nos livros do autor. Curioso pelas continuações que vou demorar para ler, por conta da lista de livros na frente
Giovana456 25/01/2021minha estante
Pô, vê de ler o livro "eu, robô". Vc provavelmente vai curtir bastante (o eu robô foi o primeiro do asimov q eu li)


Campos 25/01/2021minha estante
Então eu vou atrás tô com Fundação aqui para ler ainda


Gilberto Alves 25/01/2021minha estante
Já leu "O fim da eternidade" dele? Achei bem legal!


Campos 25/01/2021minha estante
Então esse tenho a edição clássico, do clube do livro




@tigloko 03/07/2022

Um humano + robô se unindo para resolver um assassinato
Assim como Eu, Robô consegui aproveitar melhor a história na releitura. As discussões sobre o preconceito dos humanos com os robôs, a escassez de recursos do planeta Terra e a necessidade de colonização num futuro próximo, são bem mais interessantes do que a parte policial do livro.

A mistura de ficção-científica com policial funcionou até certo ponto. Da parte científica não há o que reclamar. É bem imersivo as descrições da Cidade e da Vila Sideral de uma forma que não fica chato de ler. Mas da parte policial não gostei muito do crime. Dá a impressão de ser bem elaborado. Mas para mim foi previsível os caminhos onde a história ia parar. Espero que os próximos sejam melhores nesse sentido.

Apesar desse ponto negativo não consigo achar esse livro menos do que ótimo. Tem personagens interessantes(a interação entre o Elijah e robô Daneel é divertida de acompanhar. Toda hora o Elijah ficando p*to com o Daneel e ele tranquilo kkkk), a construção do mundo é sem igual e me deixou curioso para saber como vai ser daqui pra frente essa parceria inusitada.
Fernanda 04/07/2022minha estante
Baita resenha, curti ela e o livro ?


@tigloko 04/07/2022minha estante
Valeu Fernanda ??


Núbia Cortinhas 04/07/2022minha estante
Adorei a resenha! Ela ainda contagia para uma releitura, kkk, uauu! ????????


@tigloko 04/07/2022minha estante
Obrigado Núbia ?. Asimov sempre vale a pena ler denovo kkk




raquellruiz 11/07/2011

A história até que é boa, mas o texto é PÉSSIMO! O pior é que da vontade de saber o resto da saga.
Márcio Lima 18/10/2013minha estante
O Asimov não é o que poderia ser chamado de "grande estilista" da escrita. Mas daí a dizer que o texto é "péssimo" é exagero seu.


raquellruiz 20/02/2014minha estante
Você está certo Márcio Lima, hoje, 3 anos depois e tendo lido muitas outras coisas, vejo que o Isaac Asimov até que não era dos piores não. E sobre a as histórias, ainda estão vivas na minha mente, sinal que são boas!


Jessé 06/02/2019minha estante
Já eu, acho ele um grande escritor com uma imaginação e textos incriveis. Pra época que foi escrito, acho incrível como ele imaginada tudo aquilo já que naquela época, não existia muitas referências de tecnologia como hoje.




Haniel Ferreira 11/01/2021

As Cavernas de Aço é o primeiro romance Policial de Isaac Asimov. Publicada originalmente em 1953, essa história nos leva a uma Nova York futurista, ao lado de Elijah "Lije" Baley, um detetive policial que recebe de seu chefe, o Comissário Enderby, o trabalho de investigar um caso de assassinato envolvendo um sideral – um humano nativo de outro planeta. A ele é designado um parceiro, Daneel Olivaw, um robô construído pelos siderais, e que os representa na investigação, já que é de interesse deles descobrir também o assassino e a motivação para o crime.



Durante o desenvolvimento da narrativa, somos inseridos na ambientação de As Cavernas de Aço. O mundo é afetado por uma série de problemas, como a superpopulação, escassez de recursos e dependência de um complexo sistema de abastecimento. As pessoas são divididas em classes de acordo com seus empregos; a maioria dos alimentos é sintética e desenvolvida em laboratórios; robôs estão substituindo humanos nos trabalhos mais simples.



A história evolui conforme novos elementos são adicionados à trama. Descobrimos novos grupos, filosofias, objetivos e teorias da conspiração. Aprendemos mais acerca do mundo sob diferentes pontos de vista, e, a partir deles, podemos entender o porquê do conflito se encaminhar para o desfecho apresentado.



Conseguimos acompanhar muito bem a investigação de Baley. Os elementos utilizados por ele para construir sua linha de raciocínio são muito bem definidos. Diferente de diversas histórias de detetive, Isaac Asimov não esconde as informações que auxiliarão no desfecho da trama, pelo contrário, muitas delas estão presentes desde o início, e quando nosso protagonista chega à sua conclusão, podemos acompanhar perfeitamente sua construção.



Porém, o melhor de tudo na obra são a ambientação e as interações idealizadas por Asimov. É impressionante pensar que o cenário futurista de um livro de quase 70 anos continua atual. Os diálogos são precisos, construtivos e carismáticos, principalmente entre os dois protagonistas, Elijah e Daneel. Essas características são a alma (ou talvez o cérebro positrônico) da obra; e a tornam tão cativante que você sente falta quando conclui a leitura.



A história é dinâmica, e faz com que você termine a obra com tamanha velocidade que é difícil de acreditar que o livro tem quase 300 páginas. Infelizmente não é possível fazer uma análise mais detalhada do projeto gráfico e acabamento do material impresso, visto que minha leitura foi inteiramente realizada em um e-reader, mas conhecendo os trabalhos da Aleph, não duvido da qualidade do produto. Para você, que gosta de ficção científica, mistérios e/ou romances policiais, a leitura de As Cavernas de Aço é uma excelente recomendação.
Julia Zangrande 12/01/2021minha estante
Parabéns, amei!


Julia Zangrande 12/01/2021minha estante
Como sempre vc arrasa




MarceloBighetti 19/08/2010

A primeira vez que li este livro foi em 1992 e terminei agora minha segunda leitura.

Da primeira vez não percebi o que Asimov estava realmente querendo dizer. Eu via apenas uma história policial em um mundo fantástico criado por este gênio, tendo como base as leis da robótica, mas hoje vejo que o conteúdo é muito... muito mais que isto.

Deixando de lado a trama principal da investigação de um assassinato percebemos algo interessante nesta sociedade terrestre do futuro onde a humanidade vive em cidades redomas e as pessoas não tem contato direto com a atmosfera. A simples idéia de uma exposição ao ar livre se transforma em uma fobia. Nesta época, além da Terra, há outros 50 planetas que foram colonizados séculos antes pelos terráqueos. Agora o povo da terra sente ódio dos espaciais (habitantes dos 50 mundos), talvez por inveja de seus mundos melhores ou pela ingratidão dos mesmos em não permite mais a imigração dos terrestres. Os espaciais por sua vez sentem nojo e repulsa pelo povo da Terra, tendo o argumento que estes são cheios de doenças e podem contaminar seus mundos, o que é verdade pois eles perderam a imunidade às doenças terrestres a muito tempo. Mas sua repulsa vem de sua superioridade, menosprezando os mais fracos e esquecendo suas origens.

Na época em que Asimov escreveu este livro (1957) a população mundial era de aproximadamente 2,5 bilhões. Na história de "Caça aos Robos", muitos séculos a frente de nosso tempo, Asimov estimava a população mundial em 8 bilhões. Atualmente somos 6,5 bilhões e os 8 bilhões imaginados por Asimov estimasse que será alcançado em 2025. Acho que estamos bem adiantados.

Com este breve panorama deste mundo Asimoviano tento traçar uma correlação com nossa sociedade atualmente. Será que vivemos em Cavernas de Aço como o título original em inglês sugestiona? É claro que não mas infelizmente vivemos em Cavernas Virtuais e possuímos um preconceito como o dos espaciais.

É com uma certa frequência que ouço muitas pessoas compartilharem com certo orgulho a quantidade de amigos que possuem no orkut, facebook e afins. Se gabam que conseguem "falar" com "tantas" pessoas ao mesmo tempo no MSN. Não estou aqui dizendo que estas ferramentas não são úteis, pelo contrário, as utilizo de forma a aumentar meu desempenho em algumas atividades. O que quero dizer é que as pessoas estão se isolando fisicamente com a falsa auto justificação que neste mundo globalizado precisamos ter contatos pelo mundo afora. Concordo, mas desde que isto não o isole. As redomas virtuais estão se tornando cavernas virtuais, onde a fobia pelo contato social começa a aumentar em proporções .

Nestes 4 dias de carnaval os jovens da minha Igreja foram acampar. Na terça-feira quando fui buscar minha filha e ao ver as sorridentes e cansadas jovens descerem do ônibus uma moça amiga minha responde a minha pergunta de como foi o acampamento desta forma: "Foi uma experiência interessante ficar 4 dias sem internet." Eu espera qualquer resposta, menos esta.

E para terminar, e tratando apenas de uma faceta, vejo o preconceito tecnológico. Quantos mega pixels tem sua máquina? Qual a geração do seu celular? Qual a velocidade da sua banda larga? Qual seu processador? De quanto é seu HD? Só isto... o meu é bem melhor...
ogilvieira 18/11/2013minha estante
Medievalista detected, concordo com tudo que disse.


Junio.Coelho 10/12/2019minha estante
Excelente texto. Parabéns!




Gabriel 11/03/2020

Excelente como esperado.
Excelente livro! Gostei demais, livro bem construído com final surpreendente, queria ler "AS CAVERNAS DE AÇO" depois que li "EU, ROBÔ", entre os 2 gostei mais de "EU, ROBÔ", que é quase um prelúdio para esse livro.

Gostei dos personagens, da forma como a história é contada e do mundo criado e bem explicado por Asimov, já que se passa num futuro distante com costumes bem diferentes do que estamos acostumados, ainda assim, não fiquei perdido nem achei difícil entender como tudo funcionava, se tiver pensando em ler essa obra, não pense mais, simplesmente leia.
Nanda 11/03/2020minha estante
Entrou para os meus favoritos. Vou começar fundação que dizem ser maravilhoso.


Gabriel 11/03/2020minha estante
Entrou na minha lista de favoritos tbm, agora quero "O sol desvelado", depois vou pra "Fundação", intercalando com outras leituras tbm, depois me diz o que achou.




heitor 29/05/2020

Finalmente terminei
Bom, provavelmente o problema deve estar comigo por que eu não gosto da escrita do Asimov...

Uma investigação tão básica e forçadamente complicada, com voltas e voltas desnecessárias apenas por uma ação específica de um personagem específico que lá na frente serviu como base bem genérica para a resolução do mistério.

Acho que o que mais me incomodou foi o desenvolvimento de teorias pelo personagem até o limite para no final ele estar equivocado e começar do zero (isso aconteceu duas vezes; ler todo um mistério, uma linha de raciocínio pra chegar no final e o personagem perceber que estava errado).

A filosofia e tudo mais é interessante, mas foi penoso demais terminar de ler! Por fim, o livro ficou no "bom" pelo plot (que eu já suspeitava desde o começo, mas mesmo assim, foi legal).

Já me senti inferior por não entender ou não gostar do autor, já que muitas pessoas gostam e entendem as viagens que o cara faz, mas a verdade é que a leitura tem que ser algo prazeroso e ler Asimov não é nada prazeroso pra mim.

O Fim da Eternidade foi o meu primeiro dele e As Cavernas de Aço, o último...
Thiago.Garisto 18/06/2020minha estante
Também foi penoso para eu terminar o livro, vi tantos comentários positivo que pensei o problema ser comigo mas sua resenha foi exatamente como me senti para chegar no final.


heitor 18/06/2020minha estante
Não tem como forçar algo! O Asimov pode ser um excelente autor, mas em questão de narrativa, pra mim, peca mto no ritmo! Já pensei q era característica do gênero sci-fi, mas já li outros livros bem mais dinâmicos! Essa linearidade constante é difícil demais de prosseguir kkkkk acho que a culpa não é nossa nem dele, só não somos compatíveis kkkk




Antonio Luiz 21/08/2014

A robótica de Asimov, uma ciência passadista
A Editora Aleph continua sua série de edições ou reedições de clássicos da ficção científica, na maioria datados da chamada Golden Age do gênero (de fins dos anos 1930 ao início dos 1960). Alguns deles envelheceram razoavelmente bem, outros nem tanto. É pena, mas os dois primeiros romances da série robótica de Isaac Asimov – As Cavernas de Aço e O Sol Desvelado, de 1953 e 1957, respectivamente, pertencem à segunda categoria. Podem interessar do ponto de vista da história das ideias, mas não mais para quem busca a ficção científica como uma interrogação sobre os rumos do futuro.

Trata-se de histórias sobre a interação entre humanos que sempre têm como pressuposto as hoje famosas “Três Leis da Robótica”: “1) Nenhum robô pode ferir um ser humano, nem permitir que sofra, por inação, qualquer dano; 2) Um robô tem que obedecer às ordens que lhe forem dadas pelo ser humano, a menos que contradigam a primeira lei; e 3) A obrigação de cada robô é preservar a própria existência, desde que não entre em conflito com a primeira ou a segunda lei”.

As duas edições vêm acompanhadas de uma introdução na qual o autor explica a origem dessa concepção na sua insatisfação com obras dos anos 1920 e 1930 sobre robôs. Cita a peça R.U.R. de Karel Capek, que em 1921 introduziu o conceito de “robô” e Frankenstein (aparentemente o filme de 1931 e não o romance de Mary Shelley) e poderia ter lembrado também o Metropolis de Fritz Lang, de 1927. Asimov via essas obras, nas quais robôs foram retratados como inventos perigosos que destroem seus criadores, a um “complexo de Frankenstein” cuja moral se reduz a “há coisas que os homens não devem saber”. Atribuiu (corretamente) essa desconfiança da tecnologia ao desastre das guerras mundiais, com seus tanques, aviões e gases venenosos e queria defender a tese de que é preciso defender o avanço científico e lidar com seus perigos. As “Três Leis” foram concebidas em fins de 1940 e explicitadas pela primeira vez em um conto publicado em 1942, para convencer os leitores de que os riscos do progresso podiam incorporar suas próprias salvaguardas.

Como deve ser claro para qualquer leitor de 2014, Asimov trapaceou. O uso de robôs assassinos é cada vez mais generalizado, incluídos neles sistemas de combate automático como o AEGIS dos EUA (que em 1988 matou 290 pessoas ao abater, por engano, um avião de passageiros iraniano), drones bombardeiros, mísseis nucleares e outras ameaças hoje na fase experimental. Garantias automáticas não existem nem podem existir, muito menos em um mundo submetido ao capitalismo desenfreado, outro mecanismo do qual é ilusório esperar qualquer autorregulação eficaz. A única restrição possível está na intervenção externa do debate e política democrática, coisa que a mentalidade tecnocrática do chamado “Bom Doutor” da ficção científica não cogitava.

Mas não é só por isso que estes dois romances, que se passam milênios no futuro (a partir do ano 5020, segundo cronologia posteriormente desenvolvida pelo autor), estão não só datados, como especialmente ultrapassados. Os contos da antologia Eu, Robô partem da mesma premissa, são anteriores (1939 a 1950) e se passam no futuro próximo, no século XXI. Mesmo assim, soam algo menos antiquados, seja pelo foco em problemas lógicos e éticos em parte atemporais, seja pelo ambiente restrito em que geralmente se passam (estações espaciais e fábricas de robôs, com raras alusões à sociedade mais ampla) e pelo protagonismo de Susan Calvin, que dá às histórias um ar feminista – desde que se ignore que a misantropa doutora é vista como uma anomalia em seu próprio mundo.

Já os dois romances abordam mistérios criminais com implicações sociais e políticas que exigem uma abordagem da sociedade do futuro. Nisso, a imaginação de Asimov se mostra surpreendentemente travada, a ponto de ocasionalmente contrariar sua própria lógica para não violar convenções que era incapaz de ultrapassar. Não era apenas uma limitação da época, pois Arthur C. Clarke, no contemporâneo A Cidade e as Estrelas (de 1956, recentemente republicada pela Pulsar, selo da editora Devir), pôde ir muito além delas. Duas em especial servem de exemplo: o antropomorfismo dos robôs e o papel das mulheres e da família.

Os cidadãos da Diaspar de Clarke vivem cercados de realidades virtuais e de inteligências artificiais onipresentes, mas quase invisíveis de tão rotineiras e integradas ao quotidiano que se tornaram. Tomam inúmeras formas (em geral não antropomórficas) e algumas delas lembram muito os drones hoje tão na moda. Mesmo se a tecnologia que os torna possíveis não é explicada, é do ponto de vista da informática um mundo surpreendentemente moderno do ponto de vista de 2014.

Já o VI milênio de Asimov, fora serem as cidades subterrâneas e servidas por esteiras rolantes, reflete o mundo dos anos 1950. Os robôs são todos humanoides e exercem funções antes desempenhadas por empregados subalternos exatamente da mesma maneira, inclusive calçar senhoras nas sapatarias e levar e trazer recados em escritórios como contínuos – um correio eletrônico, aparentemente, não passava pela mente do autor. São até chamados por “garoto” (boy) à maneira paternalista de estadunidenses brancos da época para com empregados negros. Apesar de supostos milênios de convivência com a robótica, essas máquinas continuam desajeitadas e caricaturais. O autor alega que a forma humana é a mais versátil e adaptável às diferentes ferramentas e painéis já existentes, mas o argumento faz pouco sentido mesmo na sua Terra, onde a maioria dos robôs desempenham tarefas especializadas. Menos ainda em Solaria, cenário do segundo livro, onde cada indivíduo tem milhares de robôs a seu serviço. Vê-se, por exemplo, um robô cuja única função é manter a sintonia de um sistema de comunicação holográfica à distância, manipulando diais analógicos com as mãos. Sua versão da robótica é essencialmente um escravismo idealizado e atualizado, embora sirva também à construção de interessantes enigmas de lógica e dedução.

Na cidade futurista de Clarke, os indivíduos são projetados e gestados por um Computador Central, as famílias tradicionais não existem e a igualdade entre homens e mulheres é enfatizada. Este último ponto vale inclusive para na cidade alternativa de Lys, onde as crianças continuam a nascer da maneira convencional. Já na Terra do futuro de Asimov, espera-se que as mulheres abandonem a carreira quando se casam e dependam exclusivamente da carreira do marido, mesmo se o número de filhos é limitado por lei e há pouco trabalho doméstico a fazer, pois apartamentos são minúsculos e muitas tarefas são automatizadas. É o caso de Jessie, esposa do protagonista Elijah Baley, como foi o dos pais do detetive. A situação é diferente em Solaria, onde a única função do casamento é promover relações sexuais geneticamente desejáveis, as crianças são gestadas e criadas numa instituição especializada e as mulheres têm propriedades, robôs e carreira à sua disposição tanto quanto os homens, mas isso é tratado como indesejável e contrário à natureza feminina. Clichês sobre os gêneros são tão naturalizados e projetados no futuro que se torna um fator decisivo para a trama do primeiro livro que, indiscutivelmente, homens jamais falam entre si quando estão em banheiros públicos e mulheres sempre o fazem.

Dado curioso, Jessie se orgulhava do verdadeiro nome, Jezebel, associado na tradição cristã popular a crueldade e sedução – algo como o único grão de pimenta de uma existência de resto insossa –e o marido a irrita ao convencê-la de que a Jezebel bíblica foi uma “esposa fiel, e uma boa esposa (...), ela não teve amantes, não ficava de brincadeira e, moralmente, não tomava liberdades de maneira alguma”. Essa frustração a leva a se unir a um grupo subversivo e a um choroso arrependimento. De resto, a história de como os dois se casaram e vivem juntos é árida e monótona. O que há de mais sensual e romântico neste ciclo (e talvez em toda a obra de Asimov) é a tensão sexual entre o detetive e Gladia Delmarre, suspeita do segundo romance, que segue os clichês do gênero noir tanto quanto cabe na sociedade ultraelitista imaginada por Asimov nesse planeta. Embora talvez a relação amorosa mais genuína seja a que se desenvolve entre o protagonista e seu parceiro robô, R. Daneel Olivaw.

As obras citadas de Asimov e Clarke têm, por outro lado, uma peculiaridade em comum: ambas mostram um mesmo horror ante a possibilidade de uma civilização “fechada” em si mesma – a cidade de Clarke é protegida por uma cúpula, as cidades da Terra de Asimov são subterrâneas –, cujos cidadãos perderam o interesse pela exploração espacial e temem até sair a céu aberto. Estranhamente, ante o recém-terminado pesadelo da II Guerra Mundial e a ameaça crescente da aniquilação nuclear, ambos receavam sobretudo um acomodado “fim da história”. Pareciam suspirar por uma expansão sem fim, por alguma forma de retornar aos tempos das conquistas imperiais britânicas ou dos pioneiros do Oeste norte-americano.

Diaspar é uma sociedade igualitária, próspera e tão cheia de luxos e diversões como um misto de parque temático com shopping center gratuito, ao passo que a Terra futura de Asimov aparece pobre, superpovoada e sobrecarregada de complicadas e ridículas distinções sociais, de forma a evocar estereótipos sobre a União Soviética de Stálin e ao mesmo tempo sobre a China ou a Índia coloniais. Não há dinheiro e as pessoas (que não sejam mulheres casadas) são premiadas ou punidas com promoções e rebaixamentos numa minuciosa escala de graus – o protagonista, por exemplo, começa a história com uma classificação C-5 e aspira a ser C-6, o que lhe daria mais alguns invejáveis privilégios. “Um assento na via expressa na hora do rush, e não apenas das dez às quatro. Mais opções no cardápio das cozinhas comunitárias da Seção. Talvez até um apartamento melhor e uma cota de entradas para os andares do Solário para Jessie.” Há um governo mundial com sede em Washington, tecnocrático, burocrático e aparentemente não eleito.

Essa situação poderia ser facilmente apresentada como uma distopia tirânica, mas essa não é a preocupação de Asimov. Os únicos descontentes são os “medievalistas”, que detestam robôs por tirar empregos e pregam uma vida mais natural e a céu aberto, mas são representados como sonhadores ingênuos e desajustados. O protagonista não se sente oprimido e não questiona sua realidade a não ser na medida em que se sente humilhado pelos Siderais, descendentes de colonos humanos que vivem em mundos mais ricos e poderosos (como Solaria) e que interferem em assuntos terrestres. É só quando percebe que seu mundo é insustentável a longo prazo que conclui que a solução é retomar a conquista espacial que tenta persuadir as autoridades de seu mundo a planejar mudanças.
Curioso um autor obviamente inteligente não ser então capaz de perceber que a estreiteza e o provincianismo de suas concepções sobre a vida e a humanidade eram uma limitação muito mais real à aventura humana do que os obstáculos imaginários às aventuras espaciais. Tratando-se, bem entendido, do Asimov da Golden Age. Suas obras dos anos 1970 aos 1990, influenciadas pela revolução da New Wave da ficção científica, mostram mais abertura e questionamento de seus preconceitos anteriores. Mas essas são outras histórias.


site: http://www.cartacapital.com.br/blogs/antonio-luiz/a-robotica-de-asimov-uma-ciencia-passadista-1515.html
Pedro.Abelin 17/02/2016minha estante
Excelente crítica! Acabei de ler "As Cavernas de Aço" e também tive a impressão que o livro de Asimov envelheceu mal.


Rodrigo 27/02/2021minha estante
Suas resenhas são ótimas,toda vez que começo ler uma me dá um sono danado,vou recomendar pra quem sofre de insônia




@gezaine_ 13/02/2020

Ainda muito atual!
Excelente livro de ficção científica que, embora seja da década de 1950, ainda é bastante atual. Leitura leve, divertida e história com muitas reviravoltas!
Agnaldo Alexandre 13/02/2020minha estante
Olá, tudo bem? Leia as continuações, que não são de fato continuações, mas ambientadas no mesmo universo. São demais também.


@gezaine_ 13/02/2020minha estante
Oi, Agnaldo. Pretendo lê-las. Obrigada pela dica




Daniel1841 18/04/2021

Excepcional
Sempre tive um receio de ler as obras do Asimov, por achar que seriam incompreensíveis demais para um iniciante em ficção científica. Entretanto, fui devidamente surpreendido e tomado por uma narrativa envolvente. Acredito que por ser um romance policial, tenha auxiliado tb.
As discussões trazidas no livro, como superpopulação, questões de alimentação, são abordados de forma maestral.
Aconselho pra quem quer se aventurar em ficção científica.
Obs.: Já quero dar continuidade aos demais da Série dos robôs.
Lucia101 18/04/2021minha estante
Estou com ele aqui doida para ler.


Marcelle.Evelyn 14/06/2022minha estante
Se ainda não leste, indico a trilogia Fundação do Asimov!




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