Resenhas - Habibi

Milena 17/10/2022

A HQ com os desenhos mais lindos que já vi
Não tenho o que dizer da arte disposta nesses quadrinhos. A riqueza em detalhes é bem típica das artes e construções muçulmanas, lindo demais! A cada quadrinho me impressionava mais.

Referente à história, Craig Thompson é mesmo MUITO versátil! Li outra HQ dele, Retalhos o nome, é auto biográfica, e é TOTALMENTE diferente dessa, em história, arte, contexto, referências... bem doido! Aliás, Habibi é, visivelmente, uma obra fruto de muita pesquisa, há muito conteúdo sobre a cultura muçulmana aqui.

Acontece um fato ali no meio do livro totalmente inesperado, isso é bem legal de acompanhar e nos tira da zona de conforto. No entanto, essa extrema sexualização da personagem no decorrer do livro me incomodou um pouco, ainda mais sendo um livro escrito por um homem... acho um tanto desnecessário. Isso é diferente de expor, por exemplo, os abusos sofridos por mulheres, esse sim necessário de se abordar para repensarmos, pois faz parte de nosso cotidiano, infelizmente.

Bem, ao meu ver é um ótimo livro, mais uma vez enfatizo que a arte é tremenda, e a história como um todo também bem bonita. Recomendo!

gabrielt3norio 15/10/2022

vinheta jesus!!!
Intenso, acho que nem se eu lesse mais umas dez vezes ia esgotar as camadas dessa trama política-simbólica.

Renato Zanotte 10/10/2022

Praticamente uma aula de história.
Queria muito ler essa hq por tudo que eu já tinha ouvido. Mas confesso que foi difícil. Eu parei por um tempo e retomei há pouco. É uma bela história, mas o fato de não termos nenhuma intimidade com o idiota ou a religião árabe, fica um tanto complicado mesmo com algumas explicações.

Houve uma grande pesquisa do autor para a criação dessa obra, e claro a deixa ainda melhor. Toda história que envolve amor, medo, renúncia, exploração, violência, deixa o leitor angustiado em vários momentos. É um verdadeiro épico por tudo que aconteceu, durante essa essa história.

Muito interessante, também, para conhecer um pouco da cultura daquela parte do mundo. Algo tão distante de nós, mas ao mesmo tempo tão próximo.

Habibi merece sim ser lido, mas com toda atenção e calma necessária.

Priscila 06/10/2022

Envolvente e com ilustrações tão ricas como jamais vi
Ilustrações riquíssimas, em preto e branco mas cheias de detalhes como nunca vi, várias páginas com diagramação que quebra a barreira dos requadros, criando uma sensação de movimento incrível.
Apenas quando cheguei ao final é que percebi que há várias notas que me ajudariam a compreender melhor algumas páginas, quero reler acompanhando as notas.
A narrativa é envolvente, são 672 páginas que passaram muito rápido, eu não conseguia parar, queria ver qual seria a próxima reviravolta.
É uma história linda de duas pessoas que se conhecem numa situação muito difícil mas acabam criando um vínculo afetivo forte e passam o resto da hq tentando se reencontrar, Cada um passa por grandes provações nessa jornada, numa constante luta de sobrevivência e resiliência.
Definitivamente uma HQ que vale à pena revisitar muitas vezes.

Rafa569 13/08/2022

????? Habibi
Uma das HQs mais lindas que já li, uma obra monumental de Craig Thompson, fruto de mais de 7 anos de pesquisa.
Acompanhamos a história de Dodola e Zam, de seus encontros e desencontros, com muita dor e muita miséria humana.
Cada página é um show, e muitas vezes os quadrinhos tem verdadeiras molduras, bem trabalhadas, e ao longo da história dos personagens vamos tendo contato com a riquíssima cultura muçulmana, até mesmo com as passagens do Corão.

Thamiris.Treigher 22/07/2022

Uma obra de arte
Habibi é uma história de amor bem diferente dos clichês que conhecemos. Nessa graphic novel LINDA (cada ilustração é uma obra de arte cheia de detalhes incríveis) conhecemos a história de dois escravos fugitivos, que precisam lutar todos os dias pra sobreviver. E essa sobrevivência é mais difícil a cada dia.

Dodola é esperta desde pequena, quando foi vendida por seus pais para o seu então marido, que aparenta ter idade para ser seu avô. Depois de vários acontecimentos, ela consegue fugir de seus captores e leva consigo uma criança, Zam. Eles crescem juntos no deserto, isolados de tudo e de todos. Em meio à solidão e tantas incertezas, eles sobrevivem contando histórias.

A história de Dodola e Zam é contada numa mistura de Corão e Mil e Uma Noites, em um estilo singular que mostra elementos da cultura islâmica, da caligrafia árabe e das narrativas dos textos sagrados dos mulçumanos de uma forma majestosa.

O desenrolar da história apresenta amores, tensões, fugas, preconceitos, lendas, erotismo, fantasia, luta pela sobrevivência, religião, filosofia, tragédias, patriarcado, o poder das histórias e os laços eternos do verdadeiro afeto.

Esse livro é um verdadeiro tesouro!

@rodolfo_lab 28/06/2022

Abstrato e completo
Um livro bem fora da caixa. Imaginava uma coisa totalmente diferente mas é surpreendente o nível de detalhe além de todos os assuntos que ele aborda. Indico pra todos que possuem uma mente mais abeta a novas percepções.

EduardoCDias 24/06/2022

Cultura árabe
Uma garota muçulmana é vendida para um marido e, ao fugir dele, e contra um garoto abandonado. Os dois desenvolvem um sentimento de fraternidade e ela se dedica a criá-lo, educá-lo e alimentá-lo a todo custo. Mas um dia o destino os separa, mas nenhum esquece o outro até se reencontrarem. Traços muito bonitos, com muitos temas, lendas e escrita árabe.

Larissa V 11/06/2022

Um mix de emoções
A história foi linda e triste, me emocionou e me deixou reflexiva, me fez sair da bolha e pensar longe. A arte ta perfeita e também me encantou.

Igor 08/06/2022

Avassalador, em cada detalhe. Como não tenho experiência lendo HQs e vistorias em quadrinhos, em certos momentos da leitura me senti mal, as imagens começaram a me cegar, foi uma experiência psicodélica, me senti eufórico após os momentos nos quais pude ler. Completamente embasbacado pela história.

Matheus656 13/05/2022

Habibi
E realmente é tudo e um pouco mais do que eu esperava. Além dos desenhos serem lindos, a história tem tantas camadas e representações, mesmo que das formas mais singelas. Achei a moral final da história (pegando mesmo apenas o final ali) a coisa mais linda. Quadrinho realmente recomendável.

Geo 11/05/2022

De superação é feita a vida
Uma graphic novel que aborda diversos temas, alguns bem pesados. Em parte preciso ressaltar sobre a beleza dos traços.
Vamos acompanhar a história de dois personagens principais, onde vão nos mostrar que a vida é feita de superação.

Isadora 29/04/2022

Muito mais do que eu esperava
Após ter lido Retalhos, não esperava muita coisa de Habibi. O ? estilo? de Craig não tinha me cativado.

Acontece que na história de Dodola e Cam, o escritor submerge o leitor em uma história de cultura, religião, amor e, no meio de tudo isso, nos apresenta realidades de extrema pobreza, onde é feito de tudo para sobreviver.

Mesmo com todos os aspectos negativos que permeiam essa narrativa que pode ser considerada triste, Habibi é principalmente amor. Pois, apesar de estarem em seus piores momentos, Dodola e Cam
nunca esquecem um do outro.


Uma graphic novel que ficará eternamente em meu coração.

Flavio - @geekcorp303 15/03/2022

Gostei
A primeira vez que tentei ler esse quadrinho não consegui me conectar a história é acabei abandonado. Agora retomei a leitura e consegui concluir, a escrita do Graig é muito boa, mas aqui acho que ele se arrasta um pouco, e acaba deixando os capítulos muito longos, e a narrativa fica um pouco arrastada, mas fora isso, a história é interessante, os personagens muito bem desenvolvidos, e a arte é perfeita!

Karoline 09/03/2022

Cara, a história é impactante, todo o relato de Dodola é muito triste e chega a ser cruel, apesar da forma simples com que ela descreve. Muita coisa pela qual Zam passou poderia ter sido evitada com conversas e talvez até por histórias, como Dodola gosta de fazer. Todo o cenário é caótico, o abandono é muito bem demonstrado, a exploração é muito real, a forma como tudo se desenvolve na cidade "grande" e as pessoas continuam sem ter direitos, sejam mulheres ou homens sobre si mesmos ou seu trabalho, sem acesso a comida, moradia, dignidade.
No fim, mesmo com tanto desenvolvimento urbano, as pessoas continuam podres da mesma forma que as cidades que estão nadando em dejetos.