Dani 10/03/2016Leviatã : A Missão Secreta - Trilogia Leviatã # 01Aleksandar Ferdinand, mekanista, é filho do arqui-duque Austríaco, portanto é príncipe do império austro-húngaro, mesmo que ele não possa herdar o império devido à linhagem plebeia de sua mãe. Quando seus pais são assassinados, Alek precisa fugir com seus servos para um local seguro, ao mesmo tempo que é caçado devido a guerra que explode.
Nesta guerra, de um lado estão os mekanistas, aqueles que criam máquinas avançadas com diversas funcionalidades, e de outro estão os darwinistas, que criam animais modificados geneticamente para serem usados como ferramentas a serviço dos humanos.
Deryn Sharp, darwinista, está fingindo ser um garoto, chamado Dylan, para poder se alistar à Força Aérea da Inglaterra, uma vez que as mulheres desta época não têm liberdade para assumir certas profissões. Porém sua esperteza e inteligência garante que ela se saia bem nas mesmas tarefas que os outros rapazes.
Quando o zepelim Leviatã, formado por uma baleia e outros animais vivos, onde Dylan está, acaba caindo vítima de um ataque, os mundos dos dois personagens se cruzam e eles perceberão que precisam muito da ajuda um do outro.
Nunca fui fã de livros infanto-juvenil ou de fantasia, apesar de ás vezes me deparar com leituras excelentes do gênero, mas as obras de steampunk sempre me atraíram. Estava adiando a leitura deste livro por muito tempo, e quando peguei-o, infelizmente não me envolveu como eu queria.
O enredo é muito interessante, mas não me prendia a ponto de querer continuar. Tive de forçar a leitura muitas vezes, pois eu me perdia na narrativa, tão detalhada. Esta narrativa é característica de livros de fantasia, onde o autor deve explorar cada centímetro do mundo criado, para transportar o leitor, mas não consegui me envolver nesta. Talvez o problema seja apenas comigo mesmo.
O que me interessou mesmo foi a descrição de cada criação deste mundo, principalmente as criações darwinistas. Achei fascinante a forma como tudo foi construído, e as ilustrações presentes no livro contribuem para a imaginação.
Quando li a sinopse, pensei que o encontro de Alek e Deryn aconteceria no começo, que seria este o ponto de subida do enredo, mas aconteceu quase na página 200. Mas não atrapalhou; o começo é importante para conhecermos cada personagem e suas circunstâncias. A narrativa é em terceira pessoa, mas no foco de Alek e Deryn, então dá para conhecer bem cada um.
Alek no começo tinha sido neutro para mim, mas aos poucos fui gostando dele, e é notável seu crescimento durante a obra. Deryn tinha me agradado no início, mas depois fui me irritando demais com seu jeito, principalmente depois que ela fez uma certa coisa (coisa que deveria ter sido feita sim, senão não haveria estória, mas me irritou mesmo assim HAHA). Também fiquei enjoada da mania do autor (ou do editor, não sei) de colocar 80% do que ela fala (e do que se referia à narrativa dela), em diminutivo. Parecia até que tínhamos de ser lembrados que se tratava de uma garota ali, então devia ser "delicada" (se bem que a última coisa que Deryn era, era delicada, mesmo quando garota).
Enfim, a narrativa foi pouco envolvente, para mim, mas foi um bom livro, pela estória e pela forma como foi construído. E o fato de o autor ter usado elementos verdadeiros, como Darwin, a Primeira Guerra Mundial e alguns personagens mesmo, é muito interessante. Acredito que quem gosta de livros cheios de aventura (porque isso não falta no livro, definitivamente), vai devorar.
Como se trata de uma trilogia, o final deixa muitas perguntas e curiosidades, pois a aventura não ficou nem perto de ser finalizada.
Sobre a trilogia~
Os seguintes livros da trilogia Leviatã são Beemote: A Revolução e Golias: A Revelação. Me admiro com o quanto as capas são bonitas e representam bem a estória, com o contraste mekanismo e darwinismo. Ainda não sei se continuarei a ler a série, mas tenho lido opiniões positivas sobre as sequências.
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