Lelê 12/10/2012Resenha: A Ideia Estou perplexa com tudo que li. Foi uma leitura cheia de altos e baixos, mas no final foi alto, aliás altíssimo.
A Ideia é escrito em formato Backward Motion, ou seja, no começo de cada capítulo vamos presenciar um personagem conversando diretamente com o leitor, falando sobre suas dores e seu sofrimento, outras vezes, conversando com Deus e perguntando porque Ele permitiu que tantas coisas ruins acontecessem.
Logo em seguida o tempo retrocede e a história começa a ser narrada por Beatrice Dumont, Bia para os amigos.
Bia era uma garota muito estudiosa, cursava Letras, tinha sonhos normais para uma moça da sua idade.
Ela perdeu os pais quando ainda era menina e por isso foi criada por uma tia. Sua relação com essa tia era muito complicada. Algumas vezes eu entendia que essa tia gostava mesmo da sobrinha, pois seu extremo cuidado demonstrava isso, em contrapartida dalgumas vezes parecia que ela estava colocando na sobrinha sua infelicidade por ter se privado de coisas porque tinha que criar como filha uma garota que não era dela. Complicada mesmo a situação. E por isso Bia se achava mesmo um fardo. Sempre dizia que "tinha uma vida estragada".
"Eu sou uma vencedora, mas isso não
faz da minha vida uma vitória. Um
desgosto por cima do outro."
Pag. 83
Mas ela vai levando, tem bons amigos que estão sempre presentes e não deixam que ela se sinta só.
Numa tarde ela resolve jogar bilhar em um barzinho e lá ela vê um garoto que chamou sua atenção de imediato. Bia nunca se envolveu afetivamente com ninguém, mas esse garoto mexeu mesmo com ela.
E assim ela volta ao bar algumas vezes, até conhecer o garoto que invadiu sua mente.
Muitas coisas acontecem até que os dois comecem a se entender, depois mais e mais coisas vão acontecer...
"Quando você vive a realidade, o seu
sorriso é mais forte, O sol brilha mais
intenso. Seu coração fica mais calmo,
sua respiração, leve."
Pag. 222
É um romance leve, tranquilo de ser lido, pois acompanhamos o dia-a-dia de Bia sossegadamente.
"Mas que eu não vivo, eu vegeto. Viver é ser
feliz, rir bastante, conhecer pessoas
interessantes, chorar por amor."
Pag. 297
Acho que todas as reclamações feitas à editora sobre os erros de revisão finalmente foram resolvidos, pois esse é o primeiro livro bem escrito e sem erros, ou melhor, se tinha algum passou despercebido.
A capa é linda e sua diagramação é simples. As páginas são levemente amareladas.
Eu recomendo a leitura para quem gosta de romances bem escritos e rico em detalhes no decorrer da história.