Entre o céu e o mar

Entre o céu e o mar Robson Oliveira Gundim




Resenhas - Entre o céu e o mar


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Lígia Colares 30/01/2017

Resenha de Entre o céu e o mar - Uma odisséia além do oceano
Primeiro, antes de falar sobre o livro, preciso explicar a sequencia para vocês. Imaginem o seguinte, existe um livro de aventura em que os personagens se envolvem nas maiores histórias, mas que também são totalmente enigmáticos. Esse volume, Uma odisseia além do oceano, é esse livro. Mas acontece que esses personagens possuem um passado intrigante, os livros I e II do Nos montes da inocência fala sobre ele. Assim, esse livro que vou resenhar é, de certa forma, independente dos dois anteriores. E eu acho que começar por ele é uma ótima ideia! haha! Veja a imagem ao final do post, que talvez fique mais claro! ^^

Mas vamos lá, nesse livro somos inseridos em uma realidade bem diferente do primeiro. Annette entra em contato com seu tio pirata, e por ele fica sabendo de uma realidade devastadora sobre a morte de seus pais. Com um forte sentimento de obrigação, Annette, seu irmão Vasseur, e um grande amigo Simon montam, passo a passo, um plano para conquistar um navio, obter tripulantes, e ir em busca de seus objetivos.

Confesso que gostei muito mais desse livro do que do anterior, mas eu sou sempre a que gosta de muita luta, né? Haha! Annette continua sendo uma mulher linda e inteligente, minuciosa e perfeita em tudo o que faz. Mas, dessa vez, ao invés de me parecer uma menina enjoada, ela demonstrou força e perspicácia, conquistando no mínimo minha admiração! E acompanhada dos mais diversos personagens, ela se envolve em várias situações que me envolveram nesse novo estilo pirata de ser, com guerras em alto mar, confusões de tripulação, e muitos segredos! Também foi com grande prazer que conheci um pouco mais de seu irmão, Vasseur, pirata nato, com grande habilidade com armas brancas, e dono de um carinho tão grande por sua irmã que me conquistou!

Para os mais românticos, eu indico começar pelo primeiro volume do Nos montes a inocência, para conhecer um pouco mais do passado romântico de Annette, Richter, e ficar curioso sobre o que vai acontecer no futuro… Agora, para quem gosta de uma boa aventura pirata, comece pelo Odisséia além do oceano, que eu garanto que não haverá curiosidade que resista ao passado de Annette!
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Ana 09/09/2013

Resenha:
Entre o Céu e o Mar é uma história épica que começa com o nascimento do pequeno Richter Belmont, em 1642, mesmo dia em que perdeu sua mãe, logo após o seu parto. Ele, por isso, foi levado para a casa do Sr. Loweed Schwartz que o cria como um filho. É em um rancho que se desenvolve a infância de Richter e é nesse mesmo ambiente que conhece a jovem e inocente Annette Legrand. Esses acontecimentos são passados rapidamente em um curto prólogo, pois não é esse o principal tema deste livro.

As aventuras de Entre o Céu e o Mar começam na Ilha Tortuga, em 1670, onde encontramos Annette Legrand, uma forte a aventureira pirata, e seu tio, o lendário capitão Martinez, em uma fraternal conversa. Ele convence sua sobrinha a viajar para San Juan, em Porto Rico, para seguir a mensagem que seu falecido pai deixo-lhe antes de morrer. E esse segredo talvez leve a jovem pirata a encontrar o assassino de seus pais e assim ter o seu desejo de justiça saciado. Nessa viagem, cheia de perigos a frente, ela tem a companhia de seu irmão Vasseur Legrand, seu amigo Simon e uma tripulação pronta para seguir os seus comandos. E essa aventura guarda segredos que Annette chamais imaginou.

Esse é um breve resumo da obra do meu querido amigo Robson Gundim.

É a clássica história sobre aventuras além mar, com piratas, um tesouro perdido, segredos e perigos iminentes. Então, o que Entre o Céu e o Mar tem para nos oferecer de novo?

Podemos começar pela personagem principal, Annette Legrand, que dá a obra um toque mais leve as terríveis histórias de piratas. Bonita, inteligente, forte e corajosa, ela surpreende do começo ao fim, desde as cenas de luta eté os brilhantes diálogos. Seus pensamentos e sentimentos mais profundos são guardados muito secretamente pelo autor, que, é claro, tem o intuito de nos frustrar terrivelmente ( rs - brincadeira). Na verdade, essas lacunas serão preenchidas futuramente.

Vasseur Legrand, irmão de Ann, tem momentos muito marcantes no livro, principalmente nas cenas de maior ação. Suas aparições ao lado da irmã são sempre queridas, pois a relação fraternal entre os dois é tão agradável que quebra bastante a brutalidade do ambiente.

Simon, eu diria que é o pirata que faz ri. Amante de rum e de festas. Ele é a personalidade engraçada que te encanta desde o inicio. Teve uma leve mudança de personalidade, mas que não durou até o final do livro.

Capitão Martinez, tio dos irmão Legrand, é um clássico pirata. Ele é surpreendente.

A linguagem, os cenários e os personagens de Entre o Céu e o Mar nos transporta a um tempo de lembranças remotas - nos arranca sensações e sentimentos que jamais poderíamos vivenciar se não fosse por essa maravilhosa obra de Robson Gundim.


site: http://www.mundodaelizabeth.blogspot.com.br/2013/01/resenha-entre-o-ceu-e-o-mar-robson.html
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Barbara 08/05/2013

Belíssima saga no mar
Resenha Entre o Céu e o Mar, de Robson Gundim.

Sinopse:
Mediante a revelação de um segredo, em nome do capitão Vincent Martinez, os irmãos Annette e Vasseur Legrand se lançam na maior aventura de suas vidas, navegando por águas estranhas e intranquilas para cumprir uma dificultosa missão. Ao que tudo indica, o segredo lhes apontará a direção de um mapa, cujo desígnio é a lendária fortuna dos Rackham, soterrada em uma ilha do Caribe. Para isso, deverão realizar incríveis proezas, na tentativa de conseguir um navio e, pior; uma bem suprida tripulação. Através das páginas passaremos a descobrir mais sobre a personalidade de Annette, uma mulher que abandonou uma vida tranquila, assomada pelas lembranças de sua inesquecível infância, para viver livremente ENTRE O CÉU E O MAR.

Resenha:
Eu já conhecia o talento do autor baiano Robson Gundim antes mesmo de ler este livro. Li alguns contos do autor pela internet e apreciei seu vocabulário vasto e marcante. Por isso, não pensei duas vezes antes de me atirar em seu primeiro romance.
Logo ao iniciar a leitura, podemos perceber a linguagem elegante e sofisticada de Gundim, que utiliza palavras estranhas ao nosso vocabulário atual. E ele as utiliza com muita propriedade. Apesar de ser um autor jovem, Gundim usa as palavras com uma destreza que ainda não vi em um autor nacional da atualidade.
Bem, falando sobre o livro, o que mais me impressionou foi o fato de ter me transportado para a história logo nas primeiras páginas. Com o avanço da leitura, não havia mais como sair da história. Annette e Vasseur me puxaram e não me largaram mais. Confesso que tentei me soltar, mas a mágica de Gundim foi mais forte. Acabei cedendo.
Não há como não se deliciar com Annette. Que personagem feminina! Forte, com atitude e presença. O autor conseguiu fazer minha alma sentir orgulho. Annette é linda, é mulher de verdade, é guerreira e é respeitada por um bando de homens babões, cientes de sua força e beleza. Uma personagem que certamente marcará a literatura brasileira. Também não posso me esquecer de citar o tio Vincent Martinez - eu amei e odiei esse personagem (confesso que ele se transformou em um dos preferidos) e Vasseur com quem sorri muito. Um personagem bem-humorado e sagaz. Os diálogos da obra são maravilhosos, parecem reais, embora seja uma história de piratas ocorrida em pleno século XVIII!
A genialidade do autor ao conduzir a história impressiona. Percebe-se uma forte pesquisa histórica, um esmero na combinação de palavras e um respeito pela inteligência e gosto do leitor. E não me lembro de haver em nossa literatura uma obra que trate de piratas. E com que beleza! Algumas passagens do livro são pura poesia. A mulher, o amor, o passado e as cenas são tratados com carinho e beleza.
E as ilustrações feitas pelo próprio autor? São lindas e realistas. Os desenhos ilustram as situações vividas pelos personagens e nos encantam. Além de um escritor incrível, Gundim é um desenhista excepcional.
Não consigo entender como este livro não recebeu o valor que merece e como seu autor ainda não é conhecido do grande público. O talento do nosso brasileiro Robson Gundim é irrepreensível!! A escrita é verossímil, coerente, os diálogos são maravilhosos e os personagens existem, sim. A história é conduzida com maestria e segurança. Não posso acreditar que sejam apenas ficcionais, pois eu os ouvia nitidamente. Esse é o maior mérito de um grande autor: criar um mundo totalmente distante do leitor e fazê-lo acreditar que esse mundo existe e está bem próximo. Leitura obrigatória!
Os próximos volumes dessa saga prometem!! E eu não vou perder.
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Drik Ramiro 23/04/2013

À Deriva, esperando a próxima aventura de Annette e Vasseur para embarcar...

Acostumada a romances, há muito não lia um livro de aventuras como este. Mas chamar de aventura é muito clichê, realmente lhe cabe "Uma Odisseia além do Oceano".
Quero agradecer o autor pela dádiva e a certeza que nossos novos autores brasileiros só vem construir um espetáculo de belas literaturas. E que fique registrado, dentre os homens de bela escrita, Robson Gundim tem se revelado, sem sombra de dúvidas o que escritor mor. Suas palavras, um mergulho na linguagem rebuscada,relíquia imensurável aos olhos de quem lê. E se está pensando que estamos falando de uma linguagem difícil, não se engane. Em nenhum momento sequer, o leitor será capaz de perder o fio da meada, pois sim, poderá cair ao fio da navalha da jovem e bela Annette Legrand e de seu irmão Vasseur.
Ambos, por reviravoltas em suas vidas e movidos por um segredo, seguirão o tio, o lendário capitão Vicent Martinez em uma busca desenfreada pelo tesouro do temível capitão Rackham.
As águas turbulentas que os envolverão nessa trama são as mesmas que os aguardam com indescritíveis momentos de terror, adrenalina e humor. Aliás, o autor com maestria me colocou nos cenários mais inusitados e com sagacidade nos leva ao suspense como a gargalhar.Muitas gargalhadas, só posso dizer que a intrépida trupe ao comando de Annette é de fazer rir. Os irmãos Legrand, tendo em vista a missão a eles destinada, a principio precisam além da ínfima e duvidosa tripulação, também de um navio; coisa nada fácil de arrumar a beira da praia e com pouco tempo para zarpar, guiados por um mapa e muitos símbolos a desvendarem. E nesse momento que todas as impossibilidades deles são postas a prova. E os revelarão muitos mais que loucos aventureiros em mares tenebrosos e de águas incertas.
Entre decorrer do conflito e desfecho, vai se revelando aos poucos, o que os levou a pirataria. Desnudando a alma da doce Annette e o gaiato Vasseur, nos encantando e sendo impossível descer a âncora para uma longa pausa.
E o final é de derrubar lágrimas - acho que sou emotiva até em meio a piratas malucos e flibusteiros dos altos mares - assim como se torna uma promessa de que muitos mistérios serão ainda revelados pelo segundo volume.
Nesse exato momento, aperto minhas vistas, foco o horizonte Entre O Céu e o Mar e espero que o sol, ao nascer me revele o que me aguarda Annette Legrand Nos Montes da Inocência.

PORQUE RECOMENDO O LIVRO: É uma história que prende nos desfolhar das primeiras páginas. A habilidade do autor, possibilita se envolver com a trama, com diálogos e descrições sucintas e objetivas em poucas páginas. Principalmente para quem está começando a tomar gosto pela leitura, "mega" recomendo. E para os amantes de aventuras, saudosos de escritores que os embale do começo ao fim, essa é a deixa. Com certeza, se tornarão fãs.

O DIFERENCIAL: Robson Gundim, além de ser um escritor nacional e de prima escrita, ele nos presenteia, de próprio talento com lindas ilustrações tanto na capa como dentro do livro, demarcando partes - o livro é divido em partes - e transições de passagens. Alto recomendo para adolescentes, que curtem muito Marcos Rey(coleção Vaga-lumes) e Pedro Bandeira. Ressaltando, o livro não tem faixa etária, mas a recomendação é para todos que amam ler um bom livro.

Por fim, obrigada Robson Gundim!
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Cristiane 11/04/2013

Resenha de Entre o céu e o mar

SINOPSE

Mediante a revelação de um segredo, em nome do capitão Vincent Martinez, os irmãos Annete e Vasseur Legrand se lançam na maior aventura de suas vidas, navegando por águas estranhas e intranquilas para cumprir uma dificultosa missão. Ao que tudo indica, o segredo lhes apontará a direção de um mapa, cujo desígnio é a lendária fortuna dos Rackham, soterrada em uma ilha do Caribe. Para isso, deverão realizar incríveis proezas, na tentativa de conseguir um navio e, pior; uma bem suprida tripulação.

RESENHA

Entre o céu e o mar começa com um chamado à aventura. Ao ser procurada pelo tio, Annete Legrand parte com o irmão em busca de um navio, e uma tripulação, para desvendar os mistérios que acercam a morte de seus pais.
Logo no início temos uma dimensão da força dessa personagem que é forte, ousada, inteligente, e ao mesmo tempo feminina. O amor que os irmãos sentem um pelo outro é algo lindo. Eles se entendem com o olhar, sabem de antemão o que um ou outro está pensando em fazer, e de certa forma se completam. E a escassa e desajeitada tripulação vai se mostrando hábil no decorrer da história, conforme os perigos se aproximam.
Tesouros, batalhas e mistérios estão presentes na trama, que ainda tem momentos que nos deixam curiosos sobre o passado de Annete e seu grande amor.
Um quote que demonstra esse amor:
Existem pessoas assim... Pessoas que se assimilam a lendas pelo simples fato de viver algo mais além.
Este foi o primeiro livro de aventura que eu li, e devo dizer que gostei muito de aprender mais sobre piratas, navios, lugares e épocas que jamais sonhei algum dia conhecer. Saliento a excelente pesquisa do escritor, que demonstrou ter domínio sobre tudo que envolve a trama, inclusive o ambiente hostil da pirataria. Hoje me sinto um daqueles corajosos tripulantes da Estrela do Mar.
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Amoras Com Pimenta 15/03/2013

Hoje trarei a resenha de seu livro: Entre o Céu e o Mar _ Numa Odisseia Além do Oceano.
Seu livro foi uma das gratas surpresas que tive até agora com relação aos livros que li. Apesar de gostar do gênero literatura fantástica, não me lembro de ter lido um livro sobre piratas. E posso lhes dizer que foi uma leitura pra lá de agradável, e o autor consegue de uma maneira muito simples nos transportar para dentro do livro. Com uma forma “simples” de descrever tudo que se passa na trama, podemos sentir como se estivéssemos fazendo parte de tudo.
Eu raramente gosto de livros que são adaptados para o cinema, mas esse me despertou a curiosidade em imaginar como tudo seria se fosse levado para as telonas. As aventuras, as batalhas piratas, a trilha sonora meio que ficou ecoando na minha cabeça em cada cena lida.
Mas vamos ao livro, se não eu fico divagando e acabo que não lhes conto minhas impressões, rsrsrsr.
Sempre que gosto muito de um livro tenho certa dificuldade em externar o que li. Ao mesmo tempo quero contar tudo e esconder tudo também, Eu sei coisa de gente “louca”, mas é assim que fico rsrsrs.
Logo no prólogo somos apresentados aos personagens, que eu diria que são foco central da trama: Richter, Annete e Vasseur. Temos os demais personagens, mas para mim eles são o centro. Todos três foram criados na Romênia. Outra coisa que gostei no livro, porque eu já fui para todo conto do mundo lendo, mas essa foi a primeira vez que fui para Romênia.
Richter é o último dos Belmont, todo seu nascimento e criação são envolto em certo mistério. Eu ficava o tempo todo imaginado como tudo ao redor dele seria.
Annete e Vasseur são irmãos e conheceram Richter quando se mudaram com os pais para um rancho vizinho de onde este morava. Tudo ia lindo e maravilhoso na infância das três crianças, quando um dia Annette é mandada para um colégio interno, Vasseur também teve seu destino traçado, e Richter... Bem Richter é outro assunto.
O tempo passa, nossas lindas crianças crescem, e somos apresentados a uma capitã de um navio pirata, e seu irmão. Annette e Vasseur se transformaram em piratas, buscando dessa forma vingar a morte de seus pais. Por trás deles temos seu tio Martinez. Não sei se amo ou odeio Martinez, mas é um personagem magnífico.
Quando Annette e Vasseur conseguem seu navio e formam sua tripulação, eles vão atrás das Marcas do Dragão. O que vem a ser a Marca do Dragão? Vou lhes contar só por cima, para eles é a maneira de encontrar o assassino de seus pais, mas o “querido” Tio Martinez tem outros planos para quando eles o encontrarem.

Como todo livro de pirata, temos uma caça ao tesouro, e é aí que as coisas acontecem. Não que não acontecessem antes, mas oque seria de um livro de piratas sem uma boa caça ao tesouro e as coisas que acontecem ao redor disso?
Eu recomendo muito a leitura, é um livro rápido de se ler, mas confesso que demorei um pouco mais além do costume, pois quando foi chegando perto do final fui diminuindo o ritmo, porque não queria terminar de ler.
Amigos, o livro é o primeiro de uma série. Quem acompanha o blog, sabe que essa blogueira que vos fala é louca pro uma série. Agora vejam meu drama, o segundo vai ser lançado só na Bienal do Rio, vou ter que esperar até Setembro para emendar as pontas soltas que quase me mataram de curiosidade. Mas fazer oque né? Setembro já está quase aí, rsrsrsrs.
Se gostarem de livro de piratas, embarquem no Estrela do Mar e se joga nessas águas com Annette e Vasseur, e seu querido, ou não, tio Martinez.
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Lu. Franzin 15/10/2012

Diferente e empolgante!!!
Entre o Céu e o Mar – Uma odisseia além do oceano.
Autor: Robson Gundin
Editora: Multifoco
Categoria: Literatura Brasileira / Ficção - Aventura

Sinopse:

Mediante a revelação de um segredo, em nome do capitão Vincent Martinez, os irmãos Annette e Vasseur Legrand se lançam na maior aventura de suas vidas, navegando por águas estranhas e intranquilas para cumprir uma dificultosa missão. Ao que tudo indica, o segredo lhes apontará a direção de um mapa, cujo desígnio é a lendária fortuna dos Rackham, soterrada em uma ilha do Caribe. Para isso, deverão realizar incríveis proezas, na tentativa de conseguir um navio e, pior; uma bem suprida tripulação. Através das páginas passaremos a descobrir mais sobre a personalidade de Annette, uma mulher que abandonou uma vida tranquila, assomada pelas lembranças de sua inesquecível infância, para viver livremente ENTRE O CÉU E O MAR.

Resenha:

De antemão preciso confessar agora, por que não vou conseguir manter a minha opinião para o final dessa resenha: O Livro Entre o Céu e o Mar é de uma grandeza tão avassaladora e sublime ao mesmo tempo, que destoa de tudo o que vi até agora dos autores nacionais e até estrangeiros, visto que a “moda literária” da vez ainda são os vampiros e seres sobrenaturais, e o erotismo pornográfico.

Estou meio zonza, ainda sentindo náuseas da viagem marítima a qual fui arrebatada sem minha total permissão. Desejava embarcar, mas aos poucos e meu desejo sucumbiu indefeso, quando fui sugada e destinada a ser cumplice dos irmãos Annette e Vasseur Legrand.

Mas não se assustem achando que minha náusea seja um mau sinal, pelo avesso do contrário, do outro lado, do reverso! É de empolgação e mais uma vez orgulho em afirmar que esta obra é fruto de mais um brasileiro, é da casa, é da nossa terra.

O texto é extremamente envolvente, daquelas histórias que nos aprisionam nas primeiras paginas e somente devolvem a nossa liberdade, após o leitor seduzido e transmutado para dentro do livro, voltar a respirar de maneira mais compassada quando ao final chegar. E para quem gosta de histórias cheias de ação, aventura e reviravoltas de tirar o fôlego, a obra de Robson Gundin é um prato cheio! Transbordando para ser mais concisa!

Existem na história pontas soltas que ao invés de depreciar o contexto achando que o autor esqueceu-se de elucidar esses fatos, nos faz apenas abrir a mente e desejar com desespero e ansiedade a continuação que está por vir. E os fatos e feitos narrados, com destreza e sutileza de detalhes, nos obrigam a estarmos presentes na ação enquanto nos embriagamos com suas descrições, detalhadas e vivas.

E os desenhos? E as imagens feitas pelo próprio autor que recheiam as páginas e que por vezes entendi-as como subtítulos de capítulos que não eram quebrados. Detalhes a mais que colaboram sutilmente para o nosso completo deleite.

Em muitos momentos me vi com um sabre na mão e duelando contra uma criatura grotesca, um homem barbado e sujo, com hálito fétido a exalar por entre seus dentes enegrecidos pelo tempo, suando em bicas enquanto me desvencilhava de suas investidas. E, além disso, e melhor ainda, senti o cheiro da água salgada do mar, o gosto do rum envelhecido em barris de carvalho vermelho e da carne curtida. E a melhor parte, foi descer pela corda da fortuna, tendo o desconhecido a minha espera!

“Bem á frente, se aproximavam as ribanceiras dos altos picos montanhosos, forrados pela mesclagem de arvoredo com a série envelhecida das giestas.” Pag. 197

Um fato que me chamou a atenção surpreendentemente foi o uso de palavras diferentes ao nosso vocabulário cotidiano. Sentenças como: areia visguenta, encalistrar, compatrícios, laivos, caturrar, rezingando, açambarcava, baldadamente, estiolado, além de muitas outras me deixaram estupefata com tamanho leque de conhecimento de nossa língua portuguesa. Confesso que por vezes busquei o dicionário e me maravilhei com a aquisição de mais um membro ao meu livro de conhecimento da nossa língua pátria.

Se alguém já assistiu a um filme chamado a Ilha da Garganta Cortada, de 1995, com a atriz Geena Davis no papel da capitã de uma nau corsária, pode até pensar que pode haver alguma semelhança entre o filme e a obra de Gundin, mas garanto que os fatos e ações de ambos não se assemelham em nada!

Tramas, duelos entre navios com direito a tiros de canhão e desespero dos tripulantes quando a pólvora chegava ao final, espadas, sabres, facas, fragatas e naus submergindo sobre a espuma manchada de sangue... E bombordo e estibordo... Que maravilha! Piratas, trapaças, segredos, mapa do tesouro, e mais Piratas!

Ah!

Admito que estava me sentindo um pouco saturada de vampiros, anjos, bruxarias e feitiçarias, mesmo sendo fiel seguidora da literatura fantástica.

Entre o Céu e o Mar, explora uma parte influente do nosso imaginário. Mesmo sem confessarmos, em algum momento, nos encantamos com as aventuras, talvez imaginárias, porém mais plausíveis e soberanas da trajetória dos desbravadores dos mares.



Lu. Franzin

Monique 15/11/2013minha estante
Ótima resenha! Fiquei louca para ler o livro!




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