Leyd 27/02/2020
Esta novela gráfica gentil e inconfundivelmente francesa, escrita por Jean-Jacques Sempé é sobre o cotidiano em um café-restaurante chamado Chez Picard em Paris. Quando um personagem chamado Lambert um dia não aparece para o almoço regular, seus amigos e colegas de mesa se perguntam o que poderia ter acontecido a ele.
Quando a curiosidade dos amigos pela ausência de Lambert está prestes a explodir numa panela de pressão, eis que ressurge nosso personagem. Seu segredo, degustado em pequenas doses, tem nome: Florença. “Uma mulher com M maiúsculo. Aquela que todo homem percebe na hora.”
Sempé oferece um vislumbre da vida cotidiana e das paixões secretas dos frequentadores de um pequeno bistrô parisiense.
É uma história calorosa sobre conversas durante o almoço sobre futebol, mulheres e política… Esta é claramente uma narrativa que reflete como os homens de meia idade começam a pensar nas mulheres e como eles acham que as mulheres certamente não combinam em importância com seus interesses. Também há muitas lembranças, de quando, em seus dias de juventude, as mulheres significavam o mundo para eles, quando estavam apaixonados e por isso hoje só restam as lembranças de uma vida distante.
O trabalho de Sempé é instantaneamente reconhecível. Ele é conhecido internacionalmente por suas ilustrações caprichosas de paisagens da cidade. O traço fino característico do artista, que sugere apenas o contorno de cenas criando uma atmosfera aerada, é a cereja do bolo, que parte de um ponto de vista distante ou do alto e costumam ser montados em uma Paris de telhados de mansarda e janelas francesas. Seu humor varia de levemente irônico a tumultuado, mas exigem olhos atentos para captar detalhes reveladores do comportamento humano.
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