Pedro Henrique 04/06/2013Direto ao assunto: não gosteiSinceramente, na minha opinião, o livro foi decepcionante.
Eu sou um Fanzaço de Raphael Draccon, a trilogia Dragões de Éter é uma das minhas favoritas e eu inclusive possuo um exemplar autografado de Fios De Prata.
Achei o romance do livro fraco ( um cara muto bem sucedido se apaixona por uma mulher muito bem sucedida que, advinha, corresponde esse amor.) As personalidades deles eram conflitantes, mas de uma forma muito “arroz e feijão” chega á ser clichê e até enjoativo, a primeira “Cena” de sexo do livro é extremamente forçada, eu gosto de quando isso é retratado de forma mais sutil, mas isso não condena uma obra, pôs George Martin expressa o sexo de uma forma crua e realista, a dos Fios ficou meio besta, quando alguem fala algo tipo “volte aqui, temos de terminar de estudar o Kama Sutra”
Na minha opinião Allejo (eu dei um sorrisão quando vi o nome pela primera vez) não foi um personagem muito original, mas foi bem retratado, ele é um ricão, comedor, que abandona sua natureza comedora por uma mulher que ele ama, tema de umas 40 comédias românticas; Ele também é aquele cara que sem pre fez o que quis e quando descobre que é a única pessoa que pode salvar a humanidade de um destino terrível, se torna uma pessoa boa, justa e respeitável, que começa a valorizar coisas como o amor, a solidariedade e a bondade, isso é algo prevsível de todos os ângulos, Allejo é demasiado bom, e como um doce com muito açúcar, enjoa rápido.
Ariana Rochembach é a meu ver a mocinha da comédia romântica, responsável, inteligente, humilde, sarcástica e independente, o fato de ela ser uma ginasta e até mesmo uma gaúcha é apenas um pano de fundo para a elaboração de um personagem muito clichê e acaba tornando-se um pivô de um romance de contos de fada. Aquilo tudo de reino dos sonhos, citações de livros famosos, e o fato do protagonista ser, poxa, o Allejo ajuda a amenizar aquela mesmice toda do romance (e com exeção do mesmo o livro é legal)
Agora focando em outras pontos menores: Aquele lance dos três principes dos sonhos, um é o soberano (Morfeu): roubou o trono na base da crocodilagem. Outro é o bonzinho (Phantasos, Que na minha opinião deveria ser um personagem mulher): é super do bem, e chega a se conformar com a trapaça do irmão. E o último: aquele cara mau, que tem trauma de infância, o filhinho revoltado que planeja tomar o trono do outro irmão. Não é lá muito original mas não é um clichê também, não irei reclamar disso.
Os reinos do sono.
Algo que achei genial foi aquele lance de uma planície com várias árvores as quais as pessoas esperam embaixo, tentando cultivar sua própria mudinha, curti isso muito.
O desenrolar da história
eu acho que Draccon é muito pouco direto, as vezes você se perde pois ele faz alguns comentários desnescessários, não quero parecer ignorante, mas aquela conversa de Lúcio Vernon (nada a declarar do mesmo.) tem com Allejo no carro, sobre o “Criador” e o “Creador”, esse trecho e alguns outros com um profundo “e daí?” preso na garganta.
Spoilers
A arma de Allejo: Uma Katana, na minha opinião, um protagonista de um livro como Fios de Prata, não deveria ter uma katana, foi provavelmente para ter algum apelo para os jovens que curtem essas coisas (eu tenho 14 anos, isso digo com certeza) na minha opinião, forçou a barra um pouco, mas é um detalhe.
A Guerra: estava flundo de forma agradável, até que aparecem os anjos e arcanjos, eu li e pensei “Puta que pariu! Anjos? O que raios eles tem haver com a história toda?” por mim, isso foi muito fora da realidade do livro, e a guerra ficou muito “viajada”.
A vitória de miguel sobre o general de Phobetor: Completamente clichê, me deixou descontente, o herói vence o vilão só com palavras e o vilão se arrepende de tudo e cai derrotado, senti vontade de matar aquele general viadinho e partir pra cima do miguel com um porrete.
O Final: Fraco, aqueles trechinhos de pessoas que milagrosamente curavam o câncer e coisa e tal, muito água com açúcar, deixou aquele final Perfeitinho cheio de arco-íris.
Finais felizes, ainda mais a esse nível, faz com que o livro pareça um livrinho de criança, todos os problemas se resolvem e todos fazem as pazes.
Demorei muito tempo para engolir esse final.
No final de contas, Fios de Prata é na minha opinião infinitamente inferior á Dragões de Èter, não o recomendaria e realmente espero que o repertório de Draccon melhore, pois esse livro o fez cair no meu conceito.
de 0 a 10: 5