A casa das sete mulheres

A casa das sete mulheres Letícia Wierzchowski




Resenhas - A Casa das Sete Mulheres


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Bruna | @bmartinssss 27/12/2021

Talvez pelo fato de ser gaúcha, essa história sempre me tocou muito. Lembro de ter assistido a minissérie e ter amado, quando soube que era baseado em um livro, não descansei até comprar.

Confesso que no início achei meio cansativo, demorei muito para realmente engatar na história. Mas fico feliz de não ter desistido por que é realmente um livro maravilhoso.

Quando falamos na Revolução Farroupilha sempre falamos na perspectiva da guerra em si, dos combates e seus soldados, mas nunca paramos para pensar nas pessoas que não estavam lutando, mas ainda assim sofreram os 10 anos de revolução.

Acompanhar essas mulheres que sofreram, choraram e se permitiram a pequenas alegrias enquanto esperavam o final da guerra, foi uma experiência incrível. Foi angustiante e foi sofrido "ver" os impactos da guerra, as perdas (todas elas) talvez tenham sido as mais marcantes para mim.

É um livro que eu super recomendo para todo mundo!
Mayara945 27/12/2021minha estante
Esse livro é maravilhoso ??


Viviane.Fonseca 27/12/2021minha estante
Eu amooooo! Gaúcha por aqui também ?


Bruna | @bmartinssss 27/12/2021minha estante
Aeee ??




Fernanda Nunes 10/06/2010

Amores, esperanças e perdas
A casa das sete mulheres mostra nada mais do que a espera e a guerra, não tem como ponto principal os ganhadores e as frentes de batalhas, porém mostra o que está por trás de tudo isso, mostra a família dos grandes guerreiros e soldados, mostra as longas esperas, que parecem nunca ter fim.
O amor que se perde, e perca é o que mais se acontece nas guerras, a mulher que perde o marido, o filho, o irmão, o primo, o tio.
E não são apenas as percas pessoais, são também as percas emocionais.
A guerra seca a vida, corroe a fé, a esperança e também o amor.
Espera-se por homens que talvez, jamais voltarão. Os filhos crescem sem o pai, tendo o como um visitante, em alguns momentos da frágil vida.
Perde-se um pouco da infância, e muito mais da adolescência e da sanidade.
Isso é o que o livro nos conta em suas páginas de espera.
A espera de um bilhete, de um recado, de uma rápida aparição, a espera do amor.
O mais triste de todo o livro, não foi nem o fato de Manuela ter morrido como a "noiva de Garibaldi", pq esse, foi o fim que ela mesma lhe traçou, mas foi por Caetana, que esperou amargamente por seu Bento Gonçalves, que voltou para casa, já velho e doente, sem forças para viver. Totalmente desapontado com a guerra.
10 anos da vida de Bento e Caetana foram enterrados, pela espera e a vontade de um dia poder voltar.
Apesar de não ter morrido fisicamente com a guerra, Bento morreu espiritualmente a cada dia em que a guerra durava, seu corpo físico foi sepultado 2 anos depois, porém ele já estava morto, desde antes do fim da guerra, Bento já havia morrido, e com certeza, Caetana já sabia disso, devido sua angustia pelo marido, mas ela sabia a quem amava, sabia que Bento era da república, e mesmo assim ela esperou e anciou por sua volta a cada dia, com suas rezas, com sua família e principalmente o amor.
O amor que não era como o de Manuela por Garibaldi, o de Rosário por Steban, o de Mariana por João, ou o de Perpétua por Inácio, mas era um amor que suportou todos os enlaces da guerra, todo o medo da perda, suportou tudo, até mesmo as traições, mas mesmo assim ela desejou por Bento todo os momentos, não que suas cunhadas não esperassem pelos maridos, mas eles morreram nos primeiros anos da guerra, apesar da dor que elas sentiram, acostumaram-se com a perda, já Caetana não, ela não perdeu o marido fisicamente na guerra, mas no decorrer dos 10 anos, foi como se matasse o seu amado a cada dia, torturando-a com o passar do tempo.
E para mim, essa foi a dor que mais senti, de saber que depois de anos, Caetana que tanto esperou por seu Bento, já o havia perdido sem que ela soubesse de verdade, mas que involuntariamente já o sabia disso.
Jane 25/04/2018minha estante
;')


Juuh 24/09/2020minha estante
Não gostei desse livro


Harma 27/06/2023minha estante
Livro maravilhoso que mostra uma realidade vivida por muitas mulheres.. leitura complexa mas muito bem desenvolvida? A espera de Manuela em algo romantizado em sua mente? A loucura de Rosário por acreditar num amor que já teve seu fim? A longa espera de Caetana por todos os seus anos recebendo o mínimo do seu amado? As viúvas retratando uma vida infeliz pq renunciou a felicidade? A infelicidade de Perpétua por conta da sua culpa? e as outras com o desejo de ter mais do que lhe era permitido?

- O livro e a minissérie valem muito a pena de serem lido e assistido? As guerras e conflitos são nosso passado de maneira direta ou indireta.. precisamos conhecer a angústia da espera e tortura do tempo, para que não volte a se repetir!
É um romance mascarando a verdadeira intenção que seria retratar todo conflito da época!




Nathalia Almeida 06/12/2017

Além do tempo
Sempre sonhei ler este livro, desde a mini serie feita pela teve globo, porem na época ele estava muito caro. Estou mais que apaixonada.... O livro e extenso, difícil de ler, tem expressões um pouco complicadas, devido a época que ele se refere, porém ele não deixa de ser maravilhoso.
"(...) Sim, sempre os homens se vão, para as suas guerras , para as suas lides, para conquistar novas terras, para abrir os túmulos e enterrar seus mortos. As mulheres é que ficam, é que aguardam. Nove meses, uma vida inteira(...) "
Luciana 14/12/2017minha estante
Também sempre quis comprar e ler esse livro, agora consegui! Não cheguei nem na metade ainda, mas já posso dizer que é maravilhoso!


Nathalia Almeida 03/03/2018minha estante
Ele é maravilhoso vale a pena. Agora ansiosa para ler a continuação




Cadmo 08/06/2023

Esplêndido
Eu tenho uma história com essa história. Pega a cadeira. Senta aí


Lá em 2002, eu operado de apendicite, pós operatório, faltando a escola, assistia a minissérie " a casa das sete mulheres ". Me encantei desde então. Descobri algum tempo depois que era um livro. Não tive acesso na época. Só vim ter acesso em 2018. O livro em outra edição, outra capa. Comprei naquela mesma época. Li ainda em 2018. Mesmo amor, ainda expandido. Vi nas linhas do livro ainda mais encanto nas história narrada. Que escrita linda, poética, sensível e tocante
Agora em 2023 decidi reler. Ainda assim o mesmo amor. Aquele amor guardado, jurado pra sempre, que só aumenta com o tempo. Aquele confinamento que as 7 mulheres sofrem na guerra, ainda tem mais força agora. Algumas coisas que não faziam tanto sentido Lá em 2002/2018 agora ganham total força.

Manuela te amo e te defendo. Te entendo demais quando tu tens um amor pra sempre e guarda ele. Se guarda pra ele. Agora que todos somos um pouco assim né?

Acho que nos meus quase 35 anos de idade, em que essa história me "persegue" desde os 15 essa foi a leitura, o encantamento mais forte que tive com o enredo, como ja falei outras coisas fizeram mais sentido agora do que tempos atrás.

Continua favorito, continua no meu coração , agora mais maduro e mais amor antigo, cultivado e regado.

Agora vou fazer o caminho inverso que fiz lá em 2002. Ver a minissérie novamente (...)
Vini 15/06/2023minha estante
Sempre tive uma vontade enorme de ler. Me conquistou só pela sua descrição.


Cadmo 16/06/2023minha estante
Leia. Você não vai se arrepender




Luciane.Gunji 06/08/2017

Definitivamente, a literatura brasileira está bem representada por uma mulher gaúcha. Letícia Wierzchowski é a autora de um dos melhores livros que tive oportunidade de escolher em parceria com o Grupo Editorial Record, me fazendo ter a certeza de que todo o meu preconceito com os livros daqui é pura ignorância.

Muitos devem se lembrar da minissérie exibida pela Rede Globo durante o ano de 2003, onde sete mulheres viviam confinadas em uma casa durante a Revolução da Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, e que aconteceu de verdade entre os anos de 1835 e 1845. A narrativa de A Casa das Sete Mulheres é dividida entre os relatos da escritora com trechos do diário de Manuela, filha de Maria Manuela e irmã de Rosário e Mariana.

Aliás, essa foi a primeira vez que registrei os principais personagens e a relação entre eles, visto que o livro carrega muitos nomes. Na maioria das vezes, me confundi e tive que reler as páginas para tentar entender a importância de cada um na história.

Em resumo, A Casa das Sete Mulheres é simplesmente um livro sobre sete mulheres (Maria Manuela, Caetana, Manuela, Rosário, Mariana, Perpétua e D. Ana) que são levadas para uma casa isolada e distante dos solos em guerra. Mulheres estas que são obrigadas a conviverem juntas, cada uma com seu tormento, tentando sobreviver ao medo de perder seus entes queridos na batalha que durou pelo menos 10 anos.

Seria injusto fazer uma resenha que consiga fazer o leitor entender a importância deste livro para a literatura brasileira. Com maestria, Wierzchowski narra a angústia de quem vive esperando pelo pior e por uma guerra que parece não ter fim. Fiquei bastante impressionada com os pontos de ligação dessa história, onde cada personagem tem seu papel e não passa despercebido.

Quando cheguei à última página, fiquei tentando entender como poderiam ter mais dois livros dando continuidade. Um Farol no Pampa e Travessia prometem explicar aquilo que ficou sem respostas, mas confesso que não senti necessidade de mais explicações. Lembrando que é preciso ter bastante paciência para decorar os personagens e, enfim, entender a relação entre eles. Se você gosta de um desafio, vale a pena encarar esse.

site: http://www.pitacosculturais.com.br/2017/08/05/a-casa-das-sete-mulheres-wierzchowski-leticia/
Gustavo Rodrigues de Vargas 06/08/2017minha estante
Eu lembro de assistir a série da Globo quando mais jovem e adorei. E é bom saber que o livro é de qualidade também!


Luciane.Gunji 06/08/2017minha estante
Espero que você tenha a mesma impressão quando tiver oportunidade de ler, Gustavo. :)




spoiler visualizar
leticiavianac 08/03/2021minha estante
eu nao aguentava mais a autora escrevendo o nome inteiro delas que ooodio


Ana@anapwatrin 09/03/2021minha estante
Nem eu hahahahah desnecessário




DaniBooks 27/02/2023

Há 20 anos, a série A Casa das Sete Mulheres me encantou. Porém, o livro em que ela se baseia nunca meu interessou; só agora quis lê-lo de fato. Nesse romance histórico, acompanhamos a Guerra dos Farrapos, conflito ocorrido entre 1835 e 1845. Seguimos de perto a vida das mulheres da família de Bento Gonçalves, líder da revolução, e sua longa espera durante os 10 anos de batalha. Vemos as angústias, os amores, as decepções, a força, o desespero, a loucura, enfim, todos os sentimentos que perpassam as almas dessas mulheres. Também acompanhamos o desenrolar da guerra, com cenas sangrentas de batalhas e de mortes. A escrita da autora é fluida e ela constrói imagens e metáforas muito bonitas, principalmente nas descrições da natureza e dos sentimentos dos personagens. Leticia Wierzchowski mistura belamente ficção e fatos históricos. Personagens da nossa história, como o próprio Bento Gonçalves, Giusepe e Anitta Garibaldi, entre outros, ganham vida nessa história de amor, de sonhos malogrados e de resiliência. É uma homenagem às mulheres de séculos passados, estereotipadas hoje pela sua submissão, mas que tinham uma força invejável. Dona Ana, Dona Antônia, Maria Manuela, Rosário, Perpétua, Mariana e Manuela são personagens marcantes, que, com o olhar de hoje, fazem a gente revirar os olhos algumas vezes, mas sem deixar de reconhecer o valor que tinham. O livro alterna entre capítulos narrados em terceira pessoa e os cadernos de Manuela, que são páginas do diário da que ficou conhecida como A eterna noiva de Garibaldi. Nessa alternância, reside minha primeira crítica: um diário tem um tom mais intimista, é um registro de impressões e de sentimentos, porém, aqui, não há muita diferença em relação aos capítulos narrados em terceira pessoa, parece uma continuação da história do capítulo anterior, só que contada em primeira pessoa. Outra crítica é a romantização de figuras como Bento Gonçalves, um senhor de escravos, dono de terras, que nunca sonhou com a República, na verdade. Em determinado momento, o costume desses senhores de abusar e de estuprar mulheres escravizadas é tratado como apenas uma necessidade de homens e algo muito agradável para aquelas mulheres. A abordagem da escravidão e da participação dos negros na guerra também deixa um pouco a desejar: a autora flerta com um pouco de criticidade, mas, no fim das contas, o assunto fica um tanto para escanteio. Claro, é um livro de 2002, em que as discussões e a consciência sobre essas questões eram mínimas, mas é inevitável, e necessária, a observação sobre esse assunto hoje em dia. Por fim, só reforço que gostei bastante da leitura e deixo a recomendação.
Maysa Dias 27/02/2023minha estante
Concordo. Estou fazendo a leitura desse livro e já li mais da metade.
Já tinha assistido a minissérie antes, quando era mais nova, e amei muito. Então, quando vi o livro em um sebo eu não exitei em comprar.
Porém o livro tem me incomodado muito. A escrita da autora é linda, ela é bem descritiva, então quando eu estou lendo me sinto dentro daquele cenário. Ela escreve de forma impecável. Mas a história em si é muito machista, misógina e alguns trechos muito preconceituosos. Talvez seja um retrato daquela época e até mesmo na época em que foi escrito e publicado, mas isso me incomodou muito.
Não gostei de nenhum personagem. A vida dessas sete mulheres giram em torno dos homens, então não vi profundidade em nenhuma delas. E os homens também não me encantaram. Detestei o Bento Gonçalves (tem uma parte do livro em que ele acabou de chegar na estância após um período de guerra, a esposa chorando e agradecendo de felicidade e ele na varanda assistindo uma jovem/criança negra e pensando o quanto ela cresceu e está bonita, já planejando levar ela para a cama), ele é nojento. Os outros personagens homens também não são lá muita coisa. Não entendo também o fascínio da Manuela pelo Garibaldi, ele é um chato que não tem nenhuma responsabilidade afetiva.
Ainda não terminei a leitura, mas acho que darei só duas estrelas pela escrita da autora e a forma como ela descreve tão bem os cenários tanto da estância quanto as cenas de batalha.


DaniBooks 27/02/2023minha estante
Acho que o fato de a vida das mulheres girar em torno dos homens é um retrato da época. A romantização da figura de Bento Gonçalves, ao mesmo tempo em que traz uma certa complexidade ao seu caráter, tb me incomodou. A Manuela me pareceu uma mulher que não saiu da adolescência, apesar de sua história ser narrada de uma forma muito bonita e delicada, o que fez com que me incomodasse menos. Acho que o livro tem problemas sim, mas é uma história bem escrita e envolvente. Hoje, 20 anos depois da publicação do livro, muitas coisas que passavam batidas não passam mais. É inevitável e é ótimo que assim seja. Mas, ainda assim, gosto do livro e pretendo ler os outros dois que compõem a trilogia.




Nay Moura 25/08/2017

[RESENHA]: A Casa das Sete Mulheres, Letícia Wierzchowski
A maioria, deve lembrar da famosa série da Globo, A Casa das Setes Mulheres, que tinha como pano de fundo a Guerra dos Farrapos (1835-1845). E como aprendemos na escola, essa guerra deu-se entre latifundiários do Rio Grande liderados por Bento Gonçalves, contra o Império. O que muitos não sabiam era que a série baseou-se no livro homônimo da autora gaúcha Leticia Wierzchowski.

Assim como na série livro traz a história das mulheres da família de Bento Gonçalves (D. Ana, Caetana, Perpétua, Maria Manuela, Manuela, Rosário e Mariana), numa espécie de exílio, protegendo-se na Estância da Barra, interior da província. A trama gira em torno da clausura dessas sete mulheres, da angústia dos dias carregados de espera e solidão. O leitor acompanha e se envolve muito facilmente com a história, não é difícil imaginar e visualizar tudo que está descrito, em parte porque pra quem assistiu a série vai lembrar de muita coisa, mas muito por conta da escrita da Letícia, que é bastante rica em detalhes e muito gostosa. Ao longo da trama vão se desenvolvendo os vários romances. Histórias de amores proibidos, improváveis, alguns felizes de certo modo, mas drama é o que não falta. Tudo isso atrelado a História da Revolução Farroupilha. Os relatos que permeiam a guerra em si, narrando as batalhas, as pelejas e toda a movimentação dos republicanos é descrita de forma muito precisa e com bastante propriedade. A autora consegue misturar a ficção e realidade daquele tempo de um jeito muito convincente, muito bem desenvolvido e muito bonito.


A narrativa se divide em dois tempos e visões. Antes de cada capítulo, há trechos dos Cadernos de Manuela, relatado em primeira pessoa. A outra parte da narrativa é contada em terceira pessoa, narrando os muitos anos e cada pedaço de tempo que sucedem a guerra. E como tudo vai ficando mais intenso, mais difícil e insuportável para elas. A perda dos filhos, dos maridos, irmãos, primos, sobrinhos, amigos e entes queridos vai despedaçando a esperança aos poucos.

Mas, umas coisinhas me incomodaram bastante e não poderia deixar de citar.

Levando em consideração a época e que o regime escravocrata ainda era vigente, eu entendo que descrições do tipo: negrinho(a), mestiço(a), preto(a), etc., eram comuns. O que me incomodou foi a excessividade delas.

-Haa Nay, mas na época era natural e não dá pra problematiza tudo buscando representatividade sempre. O foco é a revolução e a vida das 7 mulheres e não os negros da casa.

Sim, entendo isso, e é claro que é preciso questionar, pois existe diferença entre caracterizar o racismo e expressar racismo. Não se trata de buscar "representatividade ou protagonismo em tudo", se trata de ler algo e se sentir incomodado com a naturalização dessas expressões.

E pelo amor de Deus, eu não estou dizendo que a obra é racista, ou pior, que a autora é racista. Muito provavelmente, essas descrições foram sem intenção de causar desconforto, até por conta dessa visão naturalizada do racismo fomentada pela nossa cultura, e também pelo contexto da época. Mas não consigo ignorar, é preciso sim falar sobre isso. Pode ser um livro da Clarice Lispector (minha autora favorita), se tiver algo que me incomode eu vou falar.

Pra finalizar, eu espero que entendam o meu ponto. Eu acho o livro muito bonito e adorei ter lido, teria gostado muito mais se não fosse essa questão que citei, mas eu recomendo sim, para todos que já amavam a série e querem reencontrar esses personagens maravilhosos, e até para tirar suas próprias conclusões. Vale muito a pena a leitura.
Jéssica Lenz 27/03/2019minha estante
Entendo muito! Estou lendo esse livro agora e me sinto muito incomodada também. Ok que a história se passa no século XIX, durante a escravidão, mas ela foi escrita muitos anos após isso. Até o momento, esse é realmente o único ponto que me incomoda




Bella 22/06/2022

"Do mesmo sonho que se vivia também se podia morrer"
O primeiro contato que eu tive com A Casa das Sete Mulheres foi em 2003, quando a Rede Globo lançava a minissérie de mesmo nome. Desde criança sou muito noveleira, um costume meu e da minha mãe, e essa minissérie sempre foi uma das nossas favoritas, tanto que assistimos a reprise no Canal Viva.
No começo desse ano, o nome do livro não saía da minha cabeça, então eu decidi que precisava experimentar a obra original. Que construção incrível a da autora! As descrições e narrações das batalhas, os detalhes extremamente palpáveis, a sensibilidade de algumas cenas... É um romance histórico completo. Achei que a leitura seria um pouco arrastada por conta de conflitos políticos e tudo mais, mas a história flui muito bem e sem ser maçante.
Muito bom, recomendo!
Ray.Cass 23/10/2022minha estante
Aconteceu o mesmo comigo, não cheguei a acompanhar toda a série quando passou na televisão, mas nos últimos tempos ela me vinha muito à mente e eu simplesmente tinha que lê-la. Eu não esperava que fosse ficar tão envolvida com a história.




Marina516 27/09/2022

Arrebatador
Eu amei esse livro! Em 2003 quando a Rede Globo lançou a minissérie, eu tinha apenas 6 anos, lembro que já queria assistir, pois era sobre o RS, e eu como gaúcha sempre tive essa chama de orgulho no peito.

Acompanhar a Revolução Farroupilha durante os seus dez anos de duração através da ótica feminina, mostrando as ausências, angústias e espera que a guerra traz, sem dúvidas é muito interessante.

Ao mesmo tempo em que a autora descreve os acontecimentos da Guerra dos Farrapos, elas nos traz amores proibidos e paixões que foram capazes de transpassar o tempo.

A Narração da personagem Manuela em seus diários é imprescindível, além de suas vivências ela conta o que o acontece com as sete mulheres da família do General Bento Gonçalves da Silva. Além da vida pessoal da família, o livro nos traz as motivações da Revolução.

Essa leitura me prendeu, além de me fazer viajar pelo tempo. Merece as cinco estrelas.
DANILÃO1505 04/10/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Karol 27/01/2020

Um história sobre esperas e perdas
Durante a leitura, me veio muitas vezes aquele mesmo vazio que senti quando li Cem Anos de Solidão. O sentimento de compactuar de alguma forma com o que aquelas mulheres sentiam. Um amor lancinante muitas vezes não correspondido, a espera, a perda, o medo da solidão, o abandono, a impossibilidade de não poder fazer nada para mudar as coisas. Percebi que tenho um pouco da cada uma daquelas mulheres; e em diferentes fases da minha vida, tive mais a ver com umas do que com outras. Esse livro também me fez pensar sobre como as mulheres eram (e são) educadas. Com certeza se a educação fosse outra - de mulheres mais fortes, independentes, autoconfiantes e de alta inteligência emocional - as coisas teriam sido diferentes e não teriam sofrido tanto assim - e sem o destino trágico que algumas tiveram. Depois de terminado o livro, preciso dizer que a mulher que mais me inspirou foi D. Antônia. Equilibrada, ponderada, solícita. Quem eu preciso mais me aproximar um dia.
arrobasamara 17/04/2020minha estante
Nossa, eu também SUPER lembrei de cem anos de solidão quando tava lendo a casa das sete mulheres




Lucashpaz 15/09/2021

Uma guerra de um ponto diferente
A casa das sete mulheres conta a história das mulheres parentas de Bento Gonçalves durante os quase 10 anos de revolução Farroupilha aqui no Rio Grande do Sul. De forma geral, a obra mostra os desafios por trás da espera da volta dos maridos, filhos e pais os quais pouco as viam por questões da guerra.
A obra reflete situações complicadas às personagens e a forma retratado disso é impecável. Letícia Wiertzchowski conseguiu fazer exatamente o que eu esperava de uma obra revolucionária sobre a minha terra de origem.
Acredito que a quantidade de personagens confunde bastante, porém é normal que naquela época se tivesse muitos filhos. Mais no meio do
livro, quando ocorre umas paixões, a história desanda, entretanto logo volta a ficar viciante.
A representatividade é inexiste, o que é compreendido para um livro de época, e algo que não consegui compreender é quanto à escravatura. Eles lutavam à favor da abolição, mas tinham escravos. Não entendi.
Minha figura favorita com certeza é a Dona Antônia que diversas vezes mostrou apoio às sobrinhas e acolheu uma em específico. Obviamente o final não é um conto de fadas (já esperado se você sabe um pouco da guerra), porém foi notório criar uma finalização agradável e compreensiva.

Obrigado, Letícia.
Luly @projetocabeceira 15/09/2021minha estante
UAAAAU




Hester1 02/06/2012

O livro é excelente. Embora um tanto triste e pesado. Li muito lentamente alternando com outros, pois em alguns momentos me deixou bastante triste, parecia que eu tb fui contaminada pela angustiante atmosfera da guerra e da espera...
Em alguns trechos me lembrou muito de Érico Verisimo, meu escritor brasileiro, depois de Machado, preferido. Como na obra "O Tempo e o Vento", aqui a autora cita muito o tempo e o vento, o tempo de espera, infindável, daquelas mulheres de certa forma confinadas na estância, sem notícias de seus maridos e filhos, e o vento que soprava como que trazendo sempre notícias da guerra distante e ao mesmo tempo perto.
Excelente livro.
Thais Soares 01/01/2015minha estante
Esse livro é fantástico! Já o li umas três vezes! Se você achou ele triste, vai morrer de tristeza quando ler "Um farol no Pampa", a continuação. História muito boa, mas que te deixa muito angustiada. Você sente a dor e a perda dos personagens! Esse é o tipo de livro que te leva pra dentro da história! Faz você se sentir como no livro "A História sem fem", ou seja, vivendo a história.




Li 29/05/2012

DESAFIO LITERÁRIO 2012 - MAIO - FATOS HISTÓRICOS *LIVRO 4*
Sinopse: Este romance de Leticia Wierzchowski mostra a Guerra dos Farrapos - (1835-1845) e suas conseqüências maléficas sobre o destino de homens e mulheres. O líder do movimento, Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito com o propósito de protegê-las. A guerra começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar...

Eu assisti a série da globo e amei... Daí surgiu a vontade de ler o livro! Sopa no mel!

O problema de ver filmes, seriados e afins antes de ler o livro que deu origem é que você tenta encaixar uma coisa que foi adaptada no texto original. Personagens que são só citados no livro tem um papel super importante na série, alguns foram colocados lá e não tem nada a ver com a paçoca do livro, outros não apareceram, enfim, muitas diferenças entre os personagens, suas personalidades, fisionomias, no enredo, enfim... E a autora tem um estilo muito romântico e poético, então achei meio cansativo de ler.

De qualquer forma, é interessante saber da revolução por uma visão mais doméstica, mais... Contemplativa, talvez, por pessoas que lutam a batalha que é viver dia a dia a esperar! Ela divide a narrativa em partes gerais e nas anotações de Manuela, acho que na segunda o estilo romântico vinha a calhar, mas na primeira seria bom que o tom fosse mais seco.

Acho que este trecho descreve bem o livro... Tirei das anotações de Manoela:
“Sim, sempre os homens se vão, para as suas guerras, para as suas lides, para conquistar novas terras, para abrir os túmulos e enterrar os mortos. As mulheres é que ficam, é que aguardam. Nove meses, uma vida inteira. Arrastando os dias feito móveis velhos, as mulheres aguardam... Como um muro, é assim que uma mulher do pampa espera pelo seu homem. Que nenhuma tempestade a derrube, que nenhum vento a vergue, o seu homem haverá de necessitar de uma sombra quando voltar para a casa... Minha avó Perpétua dizia isso, disse-nos isso muitas vezes ao contar das guerras que meu avô lutara. É a voz dela agora que ecoa nos meus ouvidos.
E lá fora os grilos cantam.
Deve ser bem tarde.”
E antes que alguém diga que o trecho é machista, lembrem-se da época que a revolução farroupilha se deu!

É um bom livro, mas é outro que é interessante para se conhecer os “bastidores” da história, e só.


http://desafioliterariobyrg.blogspot.com.br/
Viquinha 30/05/2012minha estante
Sou fã da minissérie, e não tive coragem de ler o livro com medo da desconstrução de todo um imaginário forjado pela minissérie.




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