A casa das sete mulheres

A casa das sete mulheres Letícia Wierzchowski




Resenhas - A Casa das Sete Mulheres


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Fernanda Nunes 10/06/2010

Amores, esperanças e perdas
A casa das sete mulheres mostra nada mais do que a espera e a guerra, não tem como ponto principal os ganhadores e as frentes de batalhas, porém mostra o que está por trás de tudo isso, mostra a família dos grandes guerreiros e soldados, mostra as longas esperas, que parecem nunca ter fim.
O amor que se perde, e perca é o que mais se acontece nas guerras, a mulher que perde o marido, o filho, o irmão, o primo, o tio.
E não são apenas as percas pessoais, são também as percas emocionais.
A guerra seca a vida, corroe a fé, a esperança e também o amor.
Espera-se por homens que talvez, jamais voltarão. Os filhos crescem sem o pai, tendo o como um visitante, em alguns momentos da frágil vida.
Perde-se um pouco da infância, e muito mais da adolescência e da sanidade.
Isso é o que o livro nos conta em suas páginas de espera.
A espera de um bilhete, de um recado, de uma rápida aparição, a espera do amor.
O mais triste de todo o livro, não foi nem o fato de Manuela ter morrido como a "noiva de Garibaldi", pq esse, foi o fim que ela mesma lhe traçou, mas foi por Caetana, que esperou amargamente por seu Bento Gonçalves, que voltou para casa, já velho e doente, sem forças para viver. Totalmente desapontado com a guerra.
10 anos da vida de Bento e Caetana foram enterrados, pela espera e a vontade de um dia poder voltar.
Apesar de não ter morrido fisicamente com a guerra, Bento morreu espiritualmente a cada dia em que a guerra durava, seu corpo físico foi sepultado 2 anos depois, porém ele já estava morto, desde antes do fim da guerra, Bento já havia morrido, e com certeza, Caetana já sabia disso, devido sua angustia pelo marido, mas ela sabia a quem amava, sabia que Bento era da república, e mesmo assim ela esperou e anciou por sua volta a cada dia, com suas rezas, com sua família e principalmente o amor.
O amor que não era como o de Manuela por Garibaldi, o de Rosário por Steban, o de Mariana por João, ou o de Perpétua por Inácio, mas era um amor que suportou todos os enlaces da guerra, todo o medo da perda, suportou tudo, até mesmo as traições, mas mesmo assim ela desejou por Bento todo os momentos, não que suas cunhadas não esperassem pelos maridos, mas eles morreram nos primeiros anos da guerra, apesar da dor que elas sentiram, acostumaram-se com a perda, já Caetana não, ela não perdeu o marido fisicamente na guerra, mas no decorrer dos 10 anos, foi como se matasse o seu amado a cada dia, torturando-a com o passar do tempo.
E para mim, essa foi a dor que mais senti, de saber que depois de anos, Caetana que tanto esperou por seu Bento, já o havia perdido sem que ela soubesse de verdade, mas que involuntariamente já o sabia disso.
Jane 25/04/2018minha estante
;')


Juuh 24/09/2020minha estante
Não gostei desse livro


Harma 27/06/2023minha estante
Livro maravilhoso que mostra uma realidade vivida por muitas mulheres.. leitura complexa mas muito bem desenvolvida? A espera de Manuela em algo romantizado em sua mente? A loucura de Rosário por acreditar num amor que já teve seu fim? A longa espera de Caetana por todos os seus anos recebendo o mínimo do seu amado? As viúvas retratando uma vida infeliz pq renunciou a felicidade? A infelicidade de Perpétua por conta da sua culpa? e as outras com o desejo de ter mais do que lhe era permitido?

- O livro e a minissérie valem muito a pena de serem lido e assistido? As guerras e conflitos são nosso passado de maneira direta ou indireta.. precisamos conhecer a angústia da espera e tortura do tempo, para que não volte a se repetir!
É um romance mascarando a verdadeira intenção que seria retratar todo conflito da época!




Bruna | @bmartinssss 27/12/2021

Talvez pelo fato de ser gaúcha, essa história sempre me tocou muito. Lembro de ter assistido a minissérie e ter amado, quando soube que era baseado em um livro, não descansei até comprar.

Confesso que no início achei meio cansativo, demorei muito para realmente engatar na história. Mas fico feliz de não ter desistido por que é realmente um livro maravilhoso.

Quando falamos na Revolução Farroupilha sempre falamos na perspectiva da guerra em si, dos combates e seus soldados, mas nunca paramos para pensar nas pessoas que não estavam lutando, mas ainda assim sofreram os 10 anos de revolução.

Acompanhar essas mulheres que sofreram, choraram e se permitiram a pequenas alegrias enquanto esperavam o final da guerra, foi uma experiência incrível. Foi angustiante e foi sofrido "ver" os impactos da guerra, as perdas (todas elas) talvez tenham sido as mais marcantes para mim.

É um livro que eu super recomendo para todo mundo!
Mayara945 27/12/2021minha estante
Esse livro é maravilhoso ??


Viviane.Fonseca 27/12/2021minha estante
Eu amooooo! Gaúcha por aqui também ?


Bruna | @bmartinssss 27/12/2021minha estante
Aeee ??




Cleber 11/10/2023

LC no lerantesdemorrer
E chega ao fim a jornada das sete mulheres, Bento Gonçalves a guerra dos farrapos. Gostei muito da leitura e agora vou esperar para o final da LC.
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Thiago548 27/06/2023

A casa das sete mulheres.
Hoje terminei de ler esse livro espetacular, para mim muito especial pois sou gaúcho, e ler essa história do meu estado e dessa mulheres guerreiras, com uma uma força inacreditável.
O livro é longo e pode ser lento muitas vezes, mas é muito bom, cada momento você se prende e se apaixona, sofre, fica com raiva e feliz juntos com esses personagem.
Realmente vale muito ler.
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Lucashpaz 15/09/2021

Uma guerra de um ponto diferente
A casa das sete mulheres conta a história das mulheres parentas de Bento Gonçalves durante os quase 10 anos de revolução Farroupilha aqui no Rio Grande do Sul. De forma geral, a obra mostra os desafios por trás da espera da volta dos maridos, filhos e pais os quais pouco as viam por questões da guerra.
A obra reflete situações complicadas às personagens e a forma retratado disso é impecável. Letícia Wiertzchowski conseguiu fazer exatamente o que eu esperava de uma obra revolucionária sobre a minha terra de origem.
Acredito que a quantidade de personagens confunde bastante, porém é normal que naquela época se tivesse muitos filhos. Mais no meio do
livro, quando ocorre umas paixões, a história desanda, entretanto logo volta a ficar viciante.
A representatividade é inexiste, o que é compreendido para um livro de época, e algo que não consegui compreender é quanto à escravatura. Eles lutavam à favor da abolição, mas tinham escravos. Não entendi.
Minha figura favorita com certeza é a Dona Antônia que diversas vezes mostrou apoio às sobrinhas e acolheu uma em específico. Obviamente o final não é um conto de fadas (já esperado se você sabe um pouco da guerra), porém foi notório criar uma finalização agradável e compreensiva.

Obrigado, Letícia.
Luly @projetocabeceira 15/09/2021minha estante
UAAAAU




Layla.Ribeiro 17/06/2022

Desafio literário 2022- Região Sul
O livro conta a história da família e principalmente das mulheres (irmãs, sobrinhas, filhas e esposa) do maior líder da Guerra dos Farrapos, Bento Gonçalves da Silva, mulheres que tiveram que se exilar na estância da irmã de Bento e por lá ficaram enquanto os homens da família iam para o combate. Acompanhamos a vida dessas mulheres em clausura, sobre a angústia, o medo de perder um ente, as consequências da privação e também histórias de amor que surgem em meio ao caos, mas também o narrador nos mostra a guerra do início ao fim, aprendi muito ao ler este livro, uma verdadeira aula de história sobre a Guerra dos Farrapos, aprendi mais sobre a história gaúcha e sobre a sua cultura. A autora utiliza de instrumentos narrativos que nos leva a pensar que ela realmente viveu nesta época. É um livro muito bom, recomendo a todos que gostam não só de História do Brasil, mas a quem aprecia Romance Histórico, lembrando que deve se atentar que há muitas doses de elementos ficcionais, porém foi uma grande viagem para mim.
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Mariana 16/01/2021

Foi uma releitura difícil
Eu li esse livro pela primeira vez em 2009, mas recentemente resolvi fazer uma releitura. Isso porque lá em 2009, eu deliberadamente pulei todas as partes políticas. Eu queria ler o romance naquela época, a parte da Manuela e do Garibaldi.

Mas agora, minha experiência foi diferente. Eu não pulei nenhuma parte e consegui entender muito melhor o que estava acontecendo. E a primeira coisa que eu percebi nessa releitura foi a romantização de uma guerra que não serviu para nada.

Foram 10 anos de jovens morrendo e batalhas perdidas porque um grupo de homens brancos ricos estava insatisfeito com o que estava ganhando pelo seu trabalho. Imagina se todos nós fizéssemos uma guerra toda vez que rolasse insatisfação com pagamento, né?

Enfim, o que eu quero dizer com a romantização é que o livro trata alguns assuntos com muita leveza e, às vezes, nem chega a tocar em assuntos delicados, como o massacre aos lanceiros negros, aos criados escravizados na casa das sinhás e todo o "grande" propósito dos generais com aquela luta.

O livro tenta vender que é pela liberdade, que todo mundo estava lutando pelo mesmo objetivo, que Bento Gonçalves queria a liberdade do RS sem custar a vida da população... porém, tudo cai por terra quando a gente olha por outro ângulo que não o da família rica do Bento Gonçalves.

Eu entendo que a ideia da autora foi retratar o que era ser mulher nesse ambiente. E o livro consegue nos dar essa ideia, de que as mulheres podiam apenas esperar. Existe essa aura de espera, de paciência, de conforto e força que as mulheres têm.

Mas ao mesmo tempo, a gente não pode esquecer que essas eram mulheres ricas e brancas. O período de guerra para uma mulher que não está isolada na estância da família é muito difícil. Eu senti falta de conseguir ver um pouco disso, de ter um recorte diferente.

Além disso, eu fiquei muito incomodada com a narrativa e o estilo de escrita. Não gostei do estilo de escrita, algumas frases são confusas, cheias de adendos, e não tem um ritmo legal.

E a narrativa em si, e eu não consegui identificar se foi proposital ou não, é bem racista. O tratamento com os criados escravizados, os pensamentos dos personagens em situação de poder ao falar deles... chega um momento em que o Bento Gonçalves comenta sobre "como é bom tirar a virgindade de uma negrinha".

Eu entendo que a gente precisa saber que esse tipo de coisa era falado e feito (ainda é, na verdade), mas em nenhum momento eu senti que a autora classificou esse tipo de pensamento como errado. Era dado apenas como "algo que acontecia".

Porém, o RS tendo a fama que tem, tendo a história que tem, me incomodou que a narrativa não tivesse tomado o cuidado de contar algo, mas comentar sobre esse algo.

Sobre as mulheres na estância: de maneira geral, eu gostei de acompanhar o dia a dia sem nada acontecendo na vida delas porque consigo entender que isso devia acontecer mesmo. A coisa só animava quando vinham notícias da guerra, e quase nunca eram notícias boas, então elas tinham alguma agitação por alguns dias.

A trama da Mariana é a que eu mais gosto, desde a primeira vez que eu li. Manuela, eu acho chata. Entendo, mas não gostei muito dela nessa segunda leitura. A trama da Perpétua se resolve tão rápido que no final, ela nem parece ter acontecido.

E a trama da Rosário merece um parágrafo só para ela:

Eu não entendi ainda o que aconteceu com a Rosário e o motivo disso. Ela simplesmente ficou louca porque foi isolada. Não tinha mais bailes e nem soldados, então ela ficou louca e imaginou um soldado morto que falava com ela. Eu odiei essa trama e entendo agora porque a Globo modificou o background do Estevão (Steban, no livro) na minissérie.

Eu entendo que a família do Bento Gonçalves tem um lance um tanto mágico no sangue, eles conseguem sentir coisas, tem uma intuição aflorada (a Manuela até consegue prever coisas), mas não fechou para mim a trama da Rosário.

Enfim, foi uma releitura difícil porque a romantização me incomodou desde o início. Porém, consegui finalizar a leitura de maneira certa dessa vez, sem pular nenhuma parte.

site: http://marianabortoletti.com.br/blog
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Micaasantos 02/09/2020

Um livro de espera
Um romance de época de respeito. Durante a guerra Farroupilha, no Rio Grande do Sul, enquanto os homens da família lutavam, as mulheres ficavam em casa, na espera. Em situações como essa, de guerra, o que elas podiam fazer era esperar, governar a casa e rezar pelos familiares para que eles voltem para casa, com esperança de revê-los vivos. Tudo dura dez anos e acompanhamos todas as angustias, tristezas, felicidades, conflitos e espera de sete mulheres no pampa, afastadas da cidade. Mulheres essas da família de Bento Gonçalves, um dos principais líderes dos farrapos que querem a república. Um livro muito emocionante e cheio de amor e saudade.
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gi 11/01/2023

esperar, esperar, esperar...
começo o ano com o pé direito finalizando essa leitura, que desde as primeiras páginas, ja imaginava ser um favorito da vida.
história linda e triste, que faz parte do nosso país e com certeza nao deve ser esquecida. amei os personagens, me vi torcendo pelos homens e aflita junto as mulheres, anos e anos de luta e espera.
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Biggie 15/11/2023

A casa das sete mulheres
O livro é baseado em eventos reais ocorridos durante a Revolução Farroupilha, um conflito militar que aconteceu no sul do Brasil entre 1835 e 1845.
A vida se concentra nas vidas das sete mulheres da família Gomes que, devido à guerra, se veem obrigadas a viver todas em uma estância, uma propriedade rural.
A história é narrada por Manuela, sobrinha de Bento Gonçalves e uma das sete mulheres.
O livro destaca não apenas a bravura e resiliência das personagens femininas, mas também aborda questões mais amplas, como as transformações sociais e políticas decorrentes do conflito.
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Luciana 23/04/2022

Vidas, amores e guerra
Vidas, amores e guerra é uma bela canção escrita por Marcus Viana para minissérie de televisão A Casa das Sete Mulheres,  produzida pela TV Globo em 2003 e com certeza traduz muito bem todos os meus sentimentos por essa história simplesmente maravilhosa.

O livro escrito por Letícia Wierzchowski deu  origem a minissérie, que na minha opinião só melhorou o produto original, traduzindo perfeitamente toda a atmosfera sensível e quase poética criada pela autora para embalar  a trajetória de sete mulheres que durante a Guerra dos Farrapos (1835-1845), ficaram isoladas na remota estância do Brejo, em meio a vastidão do pampa gaúcho e o cortante vento do Minuano enquanto esperavam... esperavam por seus maridos, por seus filhos, por seus irmãos, por seus primos e que nestes dez anos de solidão,  aprenderam a amar e a experimentar  diferentes formas de amor.

É um livro de uma sensibilidade incrível, que nos arrastada pra dentro de um cotidiano e costumes dos pampas e onde quase conseguimos tocar ou cheirar a história que está sendo contada. Claro que tem um pouco de romantização sobre a guerra e assuntos mais delicados, pero nada muito alarmante ou que esteja fora da proposta principal do livro: ser um romance baseado num momento crucial da história do Brasil.

"Dentro da casa, a festa prosseguia, alegre. Eram quinze pessoas em torno da mesa posta, e nenhuma delas viu o que eu vi. Foi por isso que, desde essa primeira noite, eu já sabia de tudo. A estrela de sangue confidenciou-me este terrível segredo. 1835 abria suas asas, ai de nós, ai do Rio Grande. E eu, fadada a tanto amor e a tanto sofrimento. Mas a vida tinha lá seus mistérios e suas surpresas: nenhum de nós naquela casa voltaria a ser o mesmo de antes, nem os risos nunca mais soariam tão leves e límpidos, nunca mais aquelas vozes todas reunidas na mesma sala, nunca mais."
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DaniBooks 27/02/2023

Há 20 anos, a série A Casa das Sete Mulheres me encantou. Porém, o livro em que ela se baseia nunca meu interessou; só agora quis lê-lo de fato. Nesse romance histórico, acompanhamos a Guerra dos Farrapos, conflito ocorrido entre 1835 e 1845. Seguimos de perto a vida das mulheres da família de Bento Gonçalves, líder da revolução, e sua longa espera durante os 10 anos de batalha. Vemos as angústias, os amores, as decepções, a força, o desespero, a loucura, enfim, todos os sentimentos que perpassam as almas dessas mulheres. Também acompanhamos o desenrolar da guerra, com cenas sangrentas de batalhas e de mortes. A escrita da autora é fluida e ela constrói imagens e metáforas muito bonitas, principalmente nas descrições da natureza e dos sentimentos dos personagens. Leticia Wierzchowski mistura belamente ficção e fatos históricos. Personagens da nossa história, como o próprio Bento Gonçalves, Giusepe e Anitta Garibaldi, entre outros, ganham vida nessa história de amor, de sonhos malogrados e de resiliência. É uma homenagem às mulheres de séculos passados, estereotipadas hoje pela sua submissão, mas que tinham uma força invejável. Dona Ana, Dona Antônia, Maria Manuela, Rosário, Perpétua, Mariana e Manuela são personagens marcantes, que, com o olhar de hoje, fazem a gente revirar os olhos algumas vezes, mas sem deixar de reconhecer o valor que tinham. O livro alterna entre capítulos narrados em terceira pessoa e os cadernos de Manuela, que são páginas do diário da que ficou conhecida como A eterna noiva de Garibaldi. Nessa alternância, reside minha primeira crítica: um diário tem um tom mais intimista, é um registro de impressões e de sentimentos, porém, aqui, não há muita diferença em relação aos capítulos narrados em terceira pessoa, parece uma continuação da história do capítulo anterior, só que contada em primeira pessoa. Outra crítica é a romantização de figuras como Bento Gonçalves, um senhor de escravos, dono de terras, que nunca sonhou com a República, na verdade. Em determinado momento, o costume desses senhores de abusar e de estuprar mulheres escravizadas é tratado como apenas uma necessidade de homens e algo muito agradável para aquelas mulheres. A abordagem da escravidão e da participação dos negros na guerra também deixa um pouco a desejar: a autora flerta com um pouco de criticidade, mas, no fim das contas, o assunto fica um tanto para escanteio. Claro, é um livro de 2002, em que as discussões e a consciência sobre essas questões eram mínimas, mas é inevitável, e necessária, a observação sobre esse assunto hoje em dia. Por fim, só reforço que gostei bastante da leitura e deixo a recomendação.
Maysa Dias 27/02/2023minha estante
Concordo. Estou fazendo a leitura desse livro e já li mais da metade.
Já tinha assistido a minissérie antes, quando era mais nova, e amei muito. Então, quando vi o livro em um sebo eu não exitei em comprar.
Porém o livro tem me incomodado muito. A escrita da autora é linda, ela é bem descritiva, então quando eu estou lendo me sinto dentro daquele cenário. Ela escreve de forma impecável. Mas a história em si é muito machista, misógina e alguns trechos muito preconceituosos. Talvez seja um retrato daquela época e até mesmo na época em que foi escrito e publicado, mas isso me incomodou muito.
Não gostei de nenhum personagem. A vida dessas sete mulheres giram em torno dos homens, então não vi profundidade em nenhuma delas. E os homens também não me encantaram. Detestei o Bento Gonçalves (tem uma parte do livro em que ele acabou de chegar na estância após um período de guerra, a esposa chorando e agradecendo de felicidade e ele na varanda assistindo uma jovem/criança negra e pensando o quanto ela cresceu e está bonita, já planejando levar ela para a cama), ele é nojento. Os outros personagens homens também não são lá muita coisa. Não entendo também o fascínio da Manuela pelo Garibaldi, ele é um chato que não tem nenhuma responsabilidade afetiva.
Ainda não terminei a leitura, mas acho que darei só duas estrelas pela escrita da autora e a forma como ela descreve tão bem os cenários tanto da estância quanto as cenas de batalha.


DaniBooks 27/02/2023minha estante
Acho que o fato de a vida das mulheres girar em torno dos homens é um retrato da época. A romantização da figura de Bento Gonçalves, ao mesmo tempo em que traz uma certa complexidade ao seu caráter, tb me incomodou. A Manuela me pareceu uma mulher que não saiu da adolescência, apesar de sua história ser narrada de uma forma muito bonita e delicada, o que fez com que me incomodasse menos. Acho que o livro tem problemas sim, mas é uma história bem escrita e envolvente. Hoje, 20 anos depois da publicação do livro, muitas coisas que passavam batidas não passam mais. É inevitável e é ótimo que assim seja. Mas, ainda assim, gosto do livro e pretendo ler os outros dois que compõem a trilogia.




Cadmo 08/06/2023

Esplêndido
Eu tenho uma história com essa história. Pega a cadeira. Senta aí


Lá em 2002, eu operado de apendicite, pós operatório, faltando a escola, assistia a minissérie " a casa das sete mulheres ". Me encantei desde então. Descobri algum tempo depois que era um livro. Não tive acesso na época. Só vim ter acesso em 2018. O livro em outra edição, outra capa. Comprei naquela mesma época. Li ainda em 2018. Mesmo amor, ainda expandido. Vi nas linhas do livro ainda mais encanto nas história narrada. Que escrita linda, poética, sensível e tocante
Agora em 2023 decidi reler. Ainda assim o mesmo amor. Aquele amor guardado, jurado pra sempre, que só aumenta com o tempo. Aquele confinamento que as 7 mulheres sofrem na guerra, ainda tem mais força agora. Algumas coisas que não faziam tanto sentido Lá em 2002/2018 agora ganham total força.

Manuela te amo e te defendo. Te entendo demais quando tu tens um amor pra sempre e guarda ele. Se guarda pra ele. Agora que todos somos um pouco assim né?

Acho que nos meus quase 35 anos de idade, em que essa história me "persegue" desde os 15 essa foi a leitura, o encantamento mais forte que tive com o enredo, como ja falei outras coisas fizeram mais sentido agora do que tempos atrás.

Continua favorito, continua no meu coração , agora mais maduro e mais amor antigo, cultivado e regado.

Agora vou fazer o caminho inverso que fiz lá em 2002. Ver a minissérie novamente (...)
Vini 15/06/2023minha estante
Sempre tive uma vontade enorme de ler. Me conquistou só pela sua descrição.


Cadmo 16/06/2023minha estante
Leia. Você não vai se arrepender




Livinha 01/11/2023

"A Casa das Sete Mulheres" é um romance histórico escrito por Letícia Wierzchowski. O livro narra a história real das mulheres da família de Bento Gonçalves, líder da Revolução Farroupilha, mais conhecida como a Guerra dos farrapos, que ocorreu entre os anos de 1835 a 1845.

A trama se passa no período conturbado da guerra, onde Bento Gonçalves lidera um movimento separatista contra o governo imperial. Enquanto Bento está na linha de frente da batalha, sua esposa Ana Joaquina e suas filhas ficam em casa enfrentando as dificuldades e incertezas da guerra.
Cada uma das sete mulheres tem sua própria personalidade e enfrenta desafios diferentes durante o conflito. O livro explora as relações familiares, os laços de amor e lealdade entre as mulheres e como elas se adaptam às circunstâncias adversas.

A autora retrata a vida cotidiana das mulheres da época, mostrando suas lutas, medos e esperanças. Ela também aborda temas como o papel da mulher na sociedade, a força feminina e a importância da união familiar.

Além disso, "A Casa das Sete Mulheres" apresenta uma rica ambientação histórica, com detalhes sobre a guerra, os costumes da época e a cultura gaúcha. A narrativa é envolvente e emocionante, transportando o leitor para o cenário da guerra e fazendo-o sentir empatia pelos personagens.

O livro também foi adaptado para uma minissérie de televisão que fez grande sucesso no Brasil. A adaptação trouxe vida aos personagens e à história, tornando-a ainda mais cativante.
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Ana Carolina 22/02/2013

Como a História foi escrita por seres humanos do sexo masculino, sendo quase sempre relegado às mulheres serem meras mães de seus filhos, é muito interessante ler um livro em que 7 mulheres fazem parte da História e cada uma com uma personalidade única e cativante. Quantas assim existiram e nunca ficamos sabendo??
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