Zana 12/02/2018
"Filhos? Melhor não tê-los!
- "Era uma vez uma menininha que tinha um cachinho bem no meio da testa. E quando ela era boazinha, era muito, muito boazinha. E quando ela era má, ela era… - Uma menina muito má!"
Quatro mulheres adultas com suas respectivas proles apostando corrida em um parque para chegar a três balanços de criança. É desta forma que Susan, Vicki, Bárbara e Chris se conhecem dando inicio a uma amizade que perduraria por mais de vinte anos. Elas passam a dividir todos os momentos e enfrentam os desafios da vida, sempre seguindo em frente motivadas pelo amor que as unia. Amigas inseparáveis, até uma delas ser assassinada e outra, acreditando estar fazendo a coisa certa, defender juridicamente o responsável pelo assassinato.
Com uma escrita leve e muito bem estruturada, Joy Fielding explora em sua trama o significado dos relacionamentos, da amizade, do amor incondicional e suas consequências. Existe alguma similaridade na abordagem da autora com a de Liane Moriarty, que diga-se de passagem sabe desenvolver muito bem este universo. (Ou seria o contrário? É a escrita da Moriarty que parece com a de Fielding? Bem não saberia afirmar, porém devo dizer que conheci primeiro a Moriaty, mas como também isso não tem relevância alguma é melhor deixar quieto! ).
As personagens principais são agradáveis e bem elaboradas, mas os filhos nosso Senhor! Ariel, Tracey, Montana, Wyatt e Rowdy o que são aquilo?! Contrariando o Vinícius de Moraes em seu poema enjoadinho que diz "Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos. Como sabê-lo?", já eu digo: melhor ficar sem saber mesmo! Quanto ao livro leia sim, pois só assim você vai ficar sabendo.