majunixx 13/07/2021
Levantem os pés pois eu irei passar pano pra esse livro rs
Me sinto na obrigação de cadelar sobre esse livro porque eu gostei muito dele e acho que ele foi injustiçado! KKKKKKKKKKKK
Eu até entendo o porquê de algumas pessoas não terem gostado desse livro ou achado ele sem sal. E acho que isso se deve ao fato de que ele prometeu muitas coisas que foram apenas colocadas em segundo plano, como por exemplo o desenvolvimento do romance entre os protagonistas. Esse ponto, para mim, não foi algo necessariamente ruim, já que em contra partida a trama deu prioridade ao mistério/suspense envolvendo a nova vida de Ian Rufford. Mistério esse que eu achei bem construído e fluido, não aquela enxurrada de informações desnecessárias que logo a seguir serão descartadas como em alguns outros livros do gênero eu li. A medida em que se passa as páginas, a gente acompanha a trajetória do nosso protagonista em busca do entendimento sobre o que aconteceu com ele e como ele pode lidar com isso. E é aí que surge uma amizade que eu achei muito fofa entre ele e a Elizabeth, minha queridíssima prota; já que ela se torna a única pessoa disposta a compreendê-lo e ajudá-lo nessa nova fase da vida dele sem sentir medo. A partir daí ambos passam o livro inteiro se ajudando e criando um companheirismo que eu achei muito importante - e lindo também - para o desenvolvimento do romance deles, que realmente só vem acontecer lá pra o finalzinho do livro. Inclusive, quando terminei de ler, eu também acabei sentindo falta desse romance porque eu tinha me apegado aos personagens rsrsrs.
E, sim, o Ian realmente é abusad0 pela Asharti, a antagonista. Antes de ler o livro eu vi algumas resenhas aqui no skoob e em outros blogs dizendo que eram cenas fortes, mas na verdade até que foi bem "resumido", focando mais no sentimento e nos traumas do Ian. Traumas esses que foram (também) responsáveis pelo romance dele com a Elizabeth ter se desenvolvido tão lentamente.
A vampirona Asharti me lembrou muito a também vilã vampira Missora da duologia Kaori de Giulia Moon (recomendo que leiam porque é muito bom, além de ser de uma escritora nacional). Ambas foram transformadas em vampiras após terem uma vida difícil, são muito sádicas e você não sabe se elas são doidas ou simplesmente más mesmo. Coisa que me fez classificar ambas como sendo vilãs genéricas e sem muito mais. Afinal, pra mim, vilão bom é aquele que tem motivo para ser mau.
(Obs: Só é explicado o porquê da Asharti ser assim no terceiro livro dessa série, o "Instintos Ardentes")
Eu amei que o cenário em que boa parte da trama se desenrola tenha sido no Egito e em outros lugares do continente africano, quebrando aquela mesmice da excêntrica vida na sociedade britânica e o medo constante de escândalos e afins.
Existe uma teoria de que alienígenas estiveram aqui na Terra há milhares de anos atrás e ajudaram os humanos da época a construírem seus monumentos, desenvolverem conhecimento matemático mais avançado, e que em certo momento foram também cultuados como sendo os deuses de alguns desses povos. Tendo explicado isso, gostaria de dizer que achei de uma criatividade maravilhosa a autora ter inserido isso na estória como se esses alienígenas fossem os criadores da raça vampira. Talvez daqui há um ano ou mais eu leia de novo esse livro e ache isso uma ideia bem ruinzinha, PORÉM comparado aos outros livros com vampiros que eu já li - em que na maioria das vezes mal era explicado como eles surgiam -, essa origem foi a mais inusitada. Não sei de Squires aludiu a isso propositalmente, mas achei bem legal.
Enfim! Resumindo: Não é necessariamente um livro de romance, mas o mistério/suspense é muito bem feito e acho que vale a pena uma leitura (ou releitura) dele para passar o tempo ou pelo menos tirar uma ressaca.
(a resenha ficou enorme mas pelo menos eu defendi ele kkkkkkk)