Kadh0 25/03/2022
Ar Armas Da Persuasão
As armas da Persuasão
Como influenciar e não se deixar influenciar de Robert B. Cialdini Ph.D
Uma imersão nesta leitura de Cialdini me fez ir e voltar várias vezes. Parar, absorver todo aquele conteúdo.
O autor relata que para uma pessoa dizer “SIM” ela precisa se identificar com a outra, ao se tornar simpático com ela.
E como isso acontece? Cialdini irá a bordar e argumentar 6 gatilhos mentais um processo de tomada de decisão.
• Reciprocidade;
• Compromisso;
• Aprovação social;
• Afeição
• Autoridade
• Escassez
Os argumentos por ele relatado como gatilhos mentais que, disparados se conectam rapidamente a uma parte do cognitivo do nosso cérebro.
Podendo ser acionados por meio de atitudes e palavras inseridas psicologicamente, convencendo-a muitas das vezes a tomar uma decisão.
Primeiramente para entender como funciona cada parte do cérebro, é necessário conhece-lo um pouco mais. Além do lado direito e esquerdo, o cérebro humano é dividido basicamente em três partes ou níveis.
Cérebro primitivo ou reptiliano: é a área mais primitiva e interna do seu cérebro. Controla seus reflexos, respiração, batimentos cardíacos e digestão. Ativado por sensações mais primitivas, como dor, medo, prazer, sexo, fome e raiva.
Cérebro intermediário ou Líbico é responsável por emoções mais complexas, parte da memória e do aprendizado. Ativado por símbolos, lembranças e sensações táteis, auditivas, gustativas e visuais.
Neocórtex responsável pelas decisões mais racionais, frias e calculistas. Controlando seu comportamento social e raciocínio logico.
Nossa comunicação primeiramente passa pelo sistema LÍBICO do cérebro, no emocional, provocando uma reação. Em seguida, a pessoa busca razões para tomar ou ter tomado aquela atitude, ou seja, ela racionaliza a informação que chegou para ela. Processo que ocorre no NEOCÓRTEX, localizada a parte do emocional.
Agindo rapidamente em nossas tomadas de decisões, impulsos. Um gatilho é disparado no cérebro antes que possamos racionalizar.
Esse gatilho pode ser uma promoção, uma novidade. Algo que nos pareça ser tão atrativo e familiar. Incentivos que nos levam a compra por impulso.
Persuasão não é manipular. Persuadir é provar com fortes argumentos, que uma ideia pode ser atrativa. Estimulando sentidos aquela pessoa.
De fácil compreensão, como consumidores estamos informados, acesso a dados, comparativos. O vendedor já não é a única parte da negociação.
A persuasão se faz necessário. O trabalho de convencimento agora vai além de apresentar funcionalidades e bom preço.
Os seis argumentos que Cialdini apresenta nomeando as Armas da Persuasão.
1. Reciprocidade - A troca social demonstra que quase todo mundo se sente pressionado socialmente a devolver um favor ou uma gentileza.
Imagine um vendedor oferecendo um benefício com incentivo de ajuda-lo verdadeiramente, o mesmo se sente na “obrigação” de retribuir o favor. O que pensa neste caso é a gentileza.
Alguns exemplos do que oferecer são cursos, encontros com especialistas em uma determinada área.
2. Compromisso e Coerência. – Comprometer-se com alguém, a torna pressionada psicologicamente.
Uma abordagem bastante utilizada como compromisso e coerência em vendas. Inicia-se a abordagem com perguntas que podem ser respondidas como um “sim”, para já estabelecer um clima positivo na conversa.
Mais perguntas menos afirmações. Lembre-se disso!
3. Aprovação Social - 95% das pessoas são imitadoras e apenas 5% são iniciadoras, convencidas mais pela ação dos outros do que qualquer prova que possamos a oferecer.
As pessoas são persuadidas a agirem de acordo com o coletivo – o que a maioria faz, de certa forma, nos influencia.
Utilizar a técnica. “Sente, sentiram, se deram conta” Exemplificando “Eu sei como se SENTE, muitos de meus clientes já SENTIRAM assim, até que SE DERAM CONTA.
4. Afeição – Dentro a nossa sociedade pessoas estão dispostas a se comunicarem e se relacionarem quando existe afeição.
A profissão nos acolheu utilizando a afeição, aumentando nosso interesse no produto simplesmente porque a atendente foi simpática. Utilizando-se dessa técnica; observando particularidades. O cérebro é automaticamente acionado pelos gatinhos mentais, podendo ser alcançados de forma natural e harmônica através do argumento e afeição.
5. Autoridade - Os gatilhos de autoridade são os mais conhecidos nos dias de hoje. Fazemos uso deles o tempo inteiro sem sequer perceber. Quando penduramos diplomas nas paredes, exibindo orgulhosamente nossas conquistas. Em vestimentas, causando uma boa impressão e profissionalismo.
Usamos o argumento tendo uma boa oratória, uma comunicação assertiva, objetiva. Mantenha sempre mesmo tom de voz, não seja agressivo, mantendo sempre a postura.
6. Escassez - Sentimentos de perda é mais forte que sentimentos de ganho. O gatilho mental é rapidamente acionado quando estamos em posição de perder algo.
Acontece quando estamos em uma loja e o vendedor comenta que a blusa que estamos experimentando é a última. O cérebro acionado rapidamente pelo gatilho da escassez. Basta Observar as liquidações de Black Friday, saldões em lojas departamentos e até mesmo filas de ingressos para festivais concorridos.
Podemos usar a regra da persuasão comentando sobre benefícios de seu produto ou serviço que seja exclusivo ou por tempo limitado;
Agregando valores, vantagens competitivas de forma limitada;
Dizendo que falta pouco tempo para o terminar o material especifico, o curso que se inicia. Ou a promoção em reta final.
O gatilho da escassez será acionado e a pessoa não perdera a oportunidade, tornando mais fácil apresentar os seus benefícios e soluções, facilitando essa interação com o cliente e seus produtos.
Depois de alguns dias imerso na leitura de Cialdini concluo que antes de racionalmente dizer o sim, uma pessoa precisa ser acionada emocionalmente. Levando a decisão da compra acontecer, antes de tudo no nível emocional.
Um bom profissional precisa saber quando lançar esses gatilhos mentais, saber guiar esse processo emocional. Desenvolvendo bons momentos de empatia, conexão e confiança.